Marcus Marques
O mundo
todo ainda está se perguntando como Donald Trump, o personagem mais “amado” e odiado do ano,
conseguiu transpor sua imagem ultra negativa e se eleger como o novo
presidente dos Estados Unidos, uma das maiores potências econômicas do mundo.
Resolvi também pensar a respeito, mas de forma bem diferente do que todos estão
fazendo, e analisar sua eleição sob o viés da minha visão de empresário e
empreendedor.
Podemos
dizer, sem errar, que grande parte do sucesso de sua campanha eleitoral se deve
a sua bem estruturada estratégia de Marketing, que soube, como ninguém, vender os benefícios e
vantagens de se comprar o produto/serviço: Donald Trump. O voto confirmou
a preferência e agora é esperar para ver se o republicano vai cumprir suas
promessas estapafúrdias (espero que não!) e também aquelas que fazem total sentido
para os americanos, como a retomada da economia e dos empregos, que migraram
para países como México e China, por exemplo.
Controvérsias
a parte sobre a decisão do eleitorado americano eu, como
empreendedor, resolvi fazer uma análise mais empresarial e menos emocional
da eleição de Donald Trump. Isso quer dizer olhar para ele como o
empresário que ele também é, e pela ótica das ideias e promessas que o fizeram
conquistar a vitória sobre HiIlary Clinton.
Ressalto
também que não há aqui nenhum tipo de partidarismo, apenas a opinião de um
mentor de empreendedores que também é empresário. Vamos lá!
A
população está cansada de políticos profissionais
Assim
como no Brasil, os americanos estão bastante descrentes e cansados da velha
política, feita por políticos profissionais, que entendem muito do
“politiquês”, mas muito pouco das necessidades reais da população. João Dória,
por exemplo, foi eleito, em São Paulo, com a promessa de administrar a cidade
como uma empresa.
Voltando
para os Estados Unidos, Obama, apoiador de Hillary, é o presidente mais mal
avaliado de todos os tempos, o que comprova ainda mais que ao votar emTrump, os
eleitores acreditam realmente que um empresário possa promover um choque de
gestão e levar às mudanças que o país está precisando para voltar a crescer.
A
confiança no empresário e empreendedor
Todos
podem dizer o que quiserem a respeito de Trump, mas é inegável que ele é
um empresário de sucesso. À frente de suas empresas do ramo imobiliário,
promoveu milhões de empregos nos Estados Unidos e prometeu fazer com que o país
volte a gerar novos postos de trabalho e a ser grande novamente.
Quem
voltou nele acredita em seu “eu empreendedor e eu empresário” será bom para o país,
pois é aquele que tem tanto: visão, coragem e
competência como:estratégia, liderança e inteligência para fazer
acontecer e mudar o cenário negativo em que se encontram.
Estes
eleitores, especialmente os trabalhadores das áreas mais afetadas pela crise
econômica americana, o chamado – Cinturão da Ferrugem – composto por estados
como: Pensilvânia, Ohio, Illinois Michigan, Indiana, West Virginia e Wisconsin;
que concentravam milhares de empregos na indústria automotiva e nos setores do
carvão e aço, que foram extremamente afetados pelo desemprego, com sua eleição
agora esperam voltar a ter trabalho, riqueza, renda e prosperidade.
Acordos
comerciais melhores e mais empregos para o país!
Um país
não é muito diferente de uma empresa, especialmente quando avaliamos os acordos
que são bons ou ruins para ela, aqueles que ajudam em seu crescimento e os que
são um verdadeiro retrocesso. Para Donald Trump e grande parte dos
americanos, os acordos comerciais feitos com outros países prejudicaram a
população e levaram embora os empregos. Como reflexo disso, a atual classe
média americana parou de crescer, perdeu oportunidades e, é hoje, uma das menos
promissoras de todos os tempos.
Na
prática, a terceirização da mão de obra para países como China, México e Índia,
onde os custos são bem mais baratos, tirou emprego dos americanos e só fez
aumentar a insatisfação, uma vez que os produtos que antes eram fabricados no
país, agora são feitos fora e, quando voltam, têm preços bem diferentes dos
praticados antes.
Uma das
empresas muito criticadas por isso é a Apple, gigante do Vale do Silício, que
resolveu dar aos chineses a fabricação dos seus Iphones, por exemplo, e
tirou do seu país seus investimentos.
O Efeito
Donald Trump
De fato
é inegável que mesmo que não seja uma sumidade, Donald Trump pode não
ser o líder que todos querem, mas é o que uma grande parte acredita ser o
melhor para os Estados Unidos neste momento. Numa empresa, por exemplo, muitas
vezes temos que assumir posturas e tomar decisões que não agradam a todo mundo,
mas que, muitas vezes, são necessárias para que os planos se confirmem e o
negócio possa avançar. É esperar para ver!
Por fim,
eu tenho esperança que como presidente, Trump use mais do seu lado
empreendedor e empresário, aquele que o fez expandir os negócios da família e
transformá-lo num império bilionário, do que o do candidato preconceituoso,
agressivo, egocêntrico e hostil que vimos durante toda sua campanha.
Espero
que use seus conhecimentos, habilidades, competências, experiências e visão
para administrar muito bem o seu país, que dê bons exemplos de como fazer isso
e criar novas oportunidades em meio à crise e mostre que sabe realmente como vencer os
muitos desafios econômicos, políticos religiosos e sociais correntes e fazer
sua nação crescer novamente.
Assim
como tantos outros eleitos este ano, o sucesso dele pode confirmar que cada vez
mais também podemos usar o espírito empreendedor e a visão empresarial para
conduzir cidades, estados e países rumo à prosperidade, crescimento acelerado,
estruturado, focado e planejado.
Também
desejo que ele concentre seu tempo em gerar empregos e não em disseminar
discursos preconceitos e discriminações contra as mulheres, os estrangeiros e
as minorias e não coloque o mundo em mais uma guerra. O que o futuro nos
reserva quanto a Donald Trump nós não sabemos. Agora esperar para ver
e torcer para que venha o melhor e que esta eleição seja boa também para o
Brasil.
Marcus Marques
Mentor
de pequenos e médios empresários.
Alerta
Total – www.alertatotal.net
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