Martim Berto Fuchs
Analfabeto:
aquele que não sabe ler nem escrever. Temos também o analfabeto funcional, mas
esta já é outra história.
Já
defendi o voto de analfabetos. Depois dos 13 anos de experiência esquerdista no
Poder, mudei de idéia.
Eleitor. Hoje defendo que o eleitor ao fazer
seu Título, seja obrigado a ler um parágrafo da Constituição Federal,
aleatório, e depois escrever outro, qualquer um, ditado pelo funcionário da
Justiça eleitoral. Se não atender estes dois quesitos, deverá retornar um ano
depois e repetir a prova. Até então não receberá seu Título.
Candidato. Como já exposto no projeto
Capitalismo Social, para se apresentar como candidato, o cidadão deverá ter o
Título Eleitoral regularizado – além de ficha limpa - e se prestar a uma Prova
de Qualificação na Justiça Eleitoral. Nesta prova, além de outros temas, nada
difíceis, nada comparado a um ENEM ou vestibular, ele terá que demonstrar que
consegue interpretar textos. Nada também daqueles textos esdrúxulos com os
quais alguns de nossos “intelectuais” brindam o público e que nem eles mesmos
entendem. Seriam textos, principalmente, de Leis existentes e que o candidato
deverá interpretar.
Faço
questão de frisar este aspecto, pois o país está tomado de pessoas que tem
diploma e ... só. Com a preocupação de formar “profissionais” em quantidade cada
vez maior, nossas faculdades se transformaram em fábricas de diplomas.
Esqueceram de transmitir saber, e, deveres. Só fazem transmitir direitos, para
que depois esses alunos possam reclamar de tudo e de todos, cada vez de forma
mais violenta, mas sem saber oferecer soluções.
Analfabetos,
por mais que tenham caráter e experiência de vida, não podem escrever as regras
que nortearão o convívio da sociedade. Se são incapazes de ler um projeto e de
interpretá-lo, não podem absolutamente legislar.
O que
temos que alcançar, e rapidamente, e isto é possível, é a escolarização, mas com
qualidade, do hoje analfabeto, seja ele jovem ou já de mais idade, passando por
aqueles que já se encontram nos bancos escolares, do 1º ao 3º grau.
Para que
esta transformação seja possível, temos que enfrentar o principal problema
brasileiro: o custo da máquina pública, que gasta quase todo dinheiro arrecadado
de forma criminosa.
Não falta arrecadação, o que falta é honestidade na sua gestão, um mínimo que
fosse.
Por mais
que tenha trazido benefícios, a Lei de Responsabilidade Fiscal, - ultimamente acintosamente desrespeitada -, traz
no seu bojo um grave defeito, que é permitir contratação de pessoal até um
limite percentual da arrecadação,
independente se estas contratações se fazem necessárias ou não. Subiu a
arrecadação, pronto, pode contratar mais alguns da grande família: cabos
eleitorais, parentes, amantes e amigos.
A
realidade tem nos mostrado que estas contratações são sim desnecessárias,
principalmente quando feitas para a área administrativa, onde a burocracia cria
papéis à serem preenchidos, apenas para dar serviço para o excesso de pessoas e
infernizar a vida do contribuinte. Lei de Parkinson.
Observa-se
também na União, além de estados e municípios, que onde tem trabalho a fazer, faltam pessoas. Nas
Secretarias de Educação então, o fenômeno chega ser grotesco. Faltam
professores (trabalho), atividade fim, e sobram pessoas no serviço burocrático,
auxiliar, que para ter o que fazer, se dedicam a preparar a greve do próximo
ano, já marcando data, local e duração.
Neste
momento histórico que atravessamos, Lava Jato, temos a maior parte dos estados
falidos, sem falar dos municípios. Com 11 milhões de pessoas empregadas no
setor público e a metade sobrando, nenhum político ousa desafiar os sindicatos
da categoria e trazer este grave problema à tona, para ser racionalmente
debatido. Primeiro que os sindicatos são tudo menos racionais. Segundo, que
quase todos que estão nas folhas de pagamento, e sabidamente sobrando, foram lá
colocados por estes mesmos políticos.
Então,
para não ter que se incomodar com isto, permite-se que analfabetos votem, que
analfabetos legislem, que analfabetos inchem as folhas de pagamento, uma vez
que ninguém está mesmo preocupado em resolver problema nenhum, apenas cuidar dos
seus interesses particulares e de seus partidos.
A “Nova
República” instaurada em 1986 e que elaborou a Constituição de 1988, a
“Cidadã”, não tem solução para o problema. Tudo que nossos “governantes” fazem,
é passar o pinico em Brasília, para ver se o Tesouro Nacional quebra o galho
deles, até que a economia, cada vez mais dependente dos outros países, volte à
crescer em função de decisões externas. Provavelmente não haverá mais indústria
e empresas brasileiras para celebrarmos, mas os parasitas da nação terão garantido
seus cabides de emprego.
O Brasil
tinha em 2013, 5 milhões de desempregados. Chegamos em 2016 à 12 milhões. Isto
não sensibiliza ninguém no setor público, que continua, através dos seus
sindicatos, fazendo greve por aumento de salário e invadindo prédios públicos
para impedir que alguém ouse sequer debater a situação calamitosa à que foi
levado, em primeiríssimo lugar, pelas suas folhas de pagamento.
Máquina pública cara, ineficiente e
falida
Enquanto
isto, quem trabalha, produz e paga os impostos para que o Estado possa atender
suas obrigações Constitucionais em educação, saúde, segurança e
infra-estrutura, está parando.
Sem
dinheiro, desestimulado e cansado de pagar imposto para sustentar parasitas,
que além de não trabalharem, depois se aposentam com salário integral.
Nem é preciso
salientar que o dinheiro arrecadado e que não é gasto em folhas de pagamento, aquele pouco que resta, esse é roubado, por todos aqueles que tem poder de decisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário