Martim
Berto Fuchs
“A Petrobras terá de recorrer à recuperação judicial para
fazer frente à suas dívidas, disse Mark Mobius, presidente executivo da gestora
Franklin Templeton Emerging Markets, considerado o guru dos mercados
emergentes.”
Nosso
sistema político, que permite sermos "governados" por bandidos, já
havia quebrado os bancos estatais dos estados. Os que não foram passados à
iniciativa privada, como o BANRISUL, resolveram criar vergonha na cara e
passaram à ser administrados com um mínimo de competência, apenas para não
fechar as portas; mas continuam à ser administrados internamente pelos
sindicalistas pelegos, em muito maior número que o necessário.
O
BB, para que não quebrasse, durante o governo FHC tiveram que injetar 8
bilhões.
A
CEF, nessa desgraça de desgoverno que nos assola atualmente (há 13 anos), já se
discute a participação da iniciativa privada no seu controle acionário.
Nos
dois governos do FHC, estatais foram "vendidas" porque estavam
falidas. O que ainda salvou aquele governo e o Brasil, foi a criação da Lei de
Responsabilidade Fiscal, hoje flagrantemente desrespeitada.
Petrobrás.
Há anos venho vaticinando: - Vão quebrar a Petrobrás. Basta analisar a forma
como ela é "administrada". Nenhuma empresa resiste ao que estão
fazendo com a petroleira. Se somarmos a péssima administração à baixa do preço
do barril de petróleo, ela não poderia mais resistir.
Motivos
? O mesmo de sempre. Empreguismo escancarado, 3 vezes mais pessoal do que o
necessário, e, diga-se de passagem, em relação a média dos salários pagos nas
empresas nacionais, os da Petrobrás são salários de 1º mundo. Do empreguismo,
que já é corrupção e roubo, à orgia sem limites que vem caracterizando a
Petrobrás, é um passo. Uma coisa leva a outra.
Enquanto
forem os donos das organizações criminosas, também conhecidas como partidos políticos
à imporem os candidatos, a ROUBALHEIRA vai continuar, desenfreada.
Assim
como na Itália onde houve a operação Mãos Limpas (1992), mas a bandidagem
(Berlusconi) já voltou à tomar conta do cenário político, nossa operação Lava Jato
também um dia acaba.
Por
que então nada muda, ou, muda para nada mudar ?
É
porque não se ataca a causa do problema. Atacam-se as conseqüências, os efeitos,
e as causas ficam intactas. Agora, por exemplo, estão atrás dos ladrões que
operam junto às nossas empresas estatais. Mas, como sempre, os mentores da
roubalheira posam de honestos, e escapam ilesos. Mesmo que ponham alguns deles
na cadeia, por alguns dias, assim que a poeira baixar, recomeçam com o esquema.
Claro, com novos atores.
O
que precisamos atacar é a CAUSA e a causa se inicia no sistema político, que
desde a imposição de candidatos - escolhidos à dedo entre os mais “maleáveis”,
os quais somos obrigados referendar o menos pior, sob pena de multa, nesse
simulacro que chamam de eleição -, segue com a colocação da grande família dos
eleitos nas folhas de pagamento do setor público, todos muito bem empregados mesmo sabendo que trabalho não haverá.
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