terça-feira, 16 de outubro de 2018

Dia do Professor: lições do Japão ao Brasil incluem mestres valorizados, pais voluntários e alunos 'faxineiros'

Fatima Kamata

Em quase três décadas de Japão, o brasileiro Paulo Hirano, dono de uma empresa de design, acompanhou avanços em diversos setores do país. Noeducacional, porém, ele diz que foram poucas as mudanças desde o tempo em que estudou em escolas japonesas.

Embora tenha enfrentado muitas dificuldades na adaptação ao sistema escolar do país, ele decidiu que sua única filha também frequentaria a rede pública local, mesmo tendo a opção de matriculá-la em uma das escolas brasileiras existentes na província de Gunma, onde reside.

Além da qualidade do ensino que faz o Japão estar em posição de destaque nos rankings mundiais de educação, Hirano elogia algumas peculiaridades do sistema que conheceu como estudante.

Diz que tarefas como a limpeza da sala feita pelos próprios alunos e atividades extracurriculares de esporte e artes ensinam o respeito à coisa pública e a importância do trabalho em grupo. Esses são apenas alguns dos exemplos do Japão que ele gostaria de ver implantados no Brasil.

Há outras razões para preferir o modelo educacional japonês. "Para se dar bem em uma empresa, você precisa entender, por exemplo, como é a relação entre um veterano e um novato (sempai-kohai). Isso se aprende no dia a dia da escola", afirma.

A filha Lisa, de 13 anos, vivencia isso atualmente. Como parte da equipe de vôlei da escola, ela precisa treinar de domingo a domingo - mas não entra em quadra nos campeonatos, porque a função dos alunos do primeiro ano é apanhar a bola jogada para fora da quadra e dar suporte às demais jogadoras.

Dependendo do esporte, há tarefas como repor a água e carregar o material esportivo dos veteranos.

Embora não seja obrigatório, os alunos participam dessas atividades extracurriculares por temerem ser excluídos do grupo. Os treinos tomam praticamente todo o tempo de quem estuda e também de quem ensina.
Além das aulas e da responsabilidade com os times e banda da escola, a rotina de um professor no Japão inclui aconselhamento, serviços administrativos e visitas às casas dos alunos.

De acordo com relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), os professores japoneses são os que mais trabalham entre os países desenvolvidos.

Eles cumprem 1.883 horas por ano, contra a média mundial de 1.640, mas o tempo que passam efetivamente dando aulas é menor do que em outros países industrializados.

Nos seis primeiros anos do Ensino Fundamental, são 610 horas, quando a média da OCDE é de 701, e nos últimos três anos chega a 511 horas anuais, contra 655 na OCDE.

Os pais também têm muitas tarefas a cumprir, principalmente se o filho estiver no Ensino Fundamental.

Por exemplo, eles são orientados a se inscrever na Associação de Pais e Mestres para participar do cotidiano escolar e ajudar professores. Tem ainda limpeza da escola, patrulhamento de trânsito e ajuda na gincana esportiva.

Choques de cultura
Embora a educação no Japão seja compulsória até os 15 anos, essa obrigatoriedade não é cobrada dos estrangeiros.
Com isso, uma parcela dos brasileiros prefere colocar os filhos em escolas administradas por conterrâneos, pensando em retornar à terra natal, por desconhecer o sistema de ensino do Japão ou por medo das crianças virarem "japonesinhas" no linguajar e no comportamento.

Em uma tentativa de amenizar o choque cultural, o cartunista Maurício de Sousa criou a cartilha Turma da Mônica e a Escola no Japão, distribuída em escolas japonesas com alunos brasileiros e entre pessoas que se preparam para morar no arquipélago.

"As escolas do Brasil e do Japão são muito diferentes nos hábitos e costumes, por isso é bom que as pessoas já saibam o que vão encontrar lá, para que a adaptação seja facilitada e a criança consiga se enturmar mais rápido", diz.

Até a lista de materiais pedidos no Japão é diferente. Inclui, por exemplo, capa de prevenção de acidentes (bosai zukin) e uma espécie de sapatilha (uwabaki) que deve ser calçada sempre que a criança entra na escola. Ela fica guardada em uma sapateira com divisão por série colocada na porta de entrada.

Os pais também precisam providenciar a máscara cirúrgica usada pelos alunos encarregados no dia por servir a merenda aos colegas, além do pano de pó (zokin) para a limpeza da classe, feita em rodízio ao final da aula.

Aprendendo cuidados com a limpeza
Segundo o professor Toshinori Saito, essas tarefas ajudam a criança a desenvolver o conceito de cidadania e a respeitar o que é público. Outras tarefas simples, como lavar e secar as caixinhas do leite servido na merenda, despertam a consciência para o meio ambiente.

Saito leciona há mais de uma década e foi para o Brasil como voluntário da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) ensinar japonês em um colégio particular de São Paulo por dois anos. Lá, estranhou o baixo número de homens dando aulas, principalmente no ensino básico.

No Japão, eles representam 37,7% do corpo docente dos primeiros anos e 57,7% dos anos finais do Ensino Fundamental, enquanto nas escolas brasileiras apenas 11,1% dos professores do primeiro ciclo e 31,1% do segundo ciclo são do sexo masculino.

"Aqui, o magistério é uma carreira bem respeitada", afirma.
Atualmente, Saito acumula funções em uma escola pública da província de Kanagawa, onde é professor do primeiro ano do ensino fundamental e responsável pela sala internacional voltada a estrangeiros com dificuldades no aprendizado.

Ele faz a ponte entre a escola e o aluno. "O envolvimento da família na educação é essencial para se obter resultados", diz.

No Japão, há um apoio mútuo entre escola e comunidade.
Nas portas de casas e estabelecimentos comerciais é muito comum encontrar um selo escrito "Kodomo 110ban", usado para identificar os locais que as crianças podem usar como refúgio sempre que sentirem algum tipo de ameaça.

Também muitos pais costumam colar, no cesto da bicicleta, uma placa que diz "em patrulhamento".
O governo quer manter essa relação próxima com a comunidade e também se voltar para o mundo.

É por isso que rascunha mudanças em seu sistema de ensino. A percepção é que o atual modelo com ênfase na reprodução de conteúdo, disciplina em grupo e obediência - que tão bem serviu nos séculos 19 e 20 para transformar o país em uma grande potência mundial - parece menos eficiente no cenário atual, que busca pessoas criativas e participativas.

"O problema do Japão é que os japoneses ficaram presos ao seu próprio sucesso", diz o professor Daisuke Onuki, do Departamento de Estudos Internacionais da Universidade Tokai, que diz que o fato de os japoneses claramente reconhecerem a educação como caminho para a prosperidade de seus filhos também contribuiu para os bons resultados que o país acumula.

Mas em tempos em que é preciso formar profissionais globalizados e criativos, o governo japonês tem feito uma série de mudanças.
A próxima está prevista para entrar em vigor em 2020, com a valorização da aprendizagem ativa (onde o aluno é estimulado a buscar a resposta) e do ensino do idioma inglês na rede pública. A reforma prevê, ainda, mudar as regras no vestibular para ingresso nas universidades.

No novo tipo de exame, o candidato que tiver mais facilidade para analisar dados e informações contidas nas questões poderá se sair melhor, acredita o estudante brasileiro Victor Keini Kaetsu, de 17 anos, filho de pai japonês e mãe brasileira.

Ele vai prestar a prova de admissão para o curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade de Saitama no ano que vem, ainda pelo modelo atual em que todos os vestibulandos fazem o exame nacional (Centa Shiken) com mais questões de memorização.
Só por curiosidade, Victor fez um simulado do novo vestibular e diz que não gostou das questões apresentadas.

Mas não está preocupado com isso. Seu desafio é ser aprovado na prova de admissão à moda antiga, como fez seu irmão Leonardo, 20, um dos raros estrangeiros a cursar Direito na Universidade de Tóquio, considerada a melhor do Japão. Ele prestou o vestibular três anos atrás e acha que, embora não seja perfeito, o atual exame é imparcial.

Construindo educação de qualidade
Os japoneses sempre estiveram nas melhores posições nos rankings mundiais de avaliação.
No mais recente Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), a famosa prova trienal da OCDE para estudantes de 15 anos, o Japão ficou em 2º em ciências e 5º em matemática, com Cingapura no topo do ranking e o Brasil na 63ª e 65ª posições, respectivamente.

Nas provas de compreensão de texto, porém, o Japão caiu da 4ª posição em 2012 para a 8ª no Pisa 2015. O Ministério da Educação atribuiu essa queda no desempenho ao declínio no vocabulário, com mais jovens usando smartphones e lendo menos.

Os resultados do Pisa sempre tiveram impacto na política educacional do Japão, e já incomodaram mais, como ocorreu no chamado Choque Pisa 2003.

Naquela edição do programa, os japoneses saíram da lista dos dez melhores em uma das matérias, o que gerou críticas à política "yutori kyouiku" (educação sem pressão) que tinha entrado em vigor, com o fim das aulas aos sábados e enxugamento do conteúdo curricular em 30%.

Depois do choque, algumas escolas conseguiram autorização do Ministério da Educação para retomar o calendário de seis dias de aula. E o governo decidiu resgatar parte do conteúdo curricular quando fez a primeira revisão da história da Lei Fundamental da Educação de 1947, incluindo medidas para estimular o respeito à cultura e o patriotismo.

Encontrar o ponto de equilíbrio nessas reformas é o grande desafio enfrentado pelo Japão. "Os professores foram formados para dar aulas seguindo orientações básicas repassadas pelo governo. E agora, com as reformas de 2020, estão pedindo para eles serem diferentes, mandando que sejam livres para montar suas próprias aulas", observa Onuki.
O modelo japonês vem do período Meiji (1868 a 1878), quando a educação foi fundamental para o desenvolvimento de uma identidade nacional.

"Incentivou a educação para todos e ajudou a formar a nação e um povo disciplinado e trabalhador para servir o país. Tudo isso contribuiu para a industrialização. Porém, o mundo já passou dessa fase", lembra o professor Onuki.

Ele foi responsável pela aula de Japanologia do curso de Pedagogia para brasileiros residentes no Japão, ministrado à distância entre 2009 e 2012 através de acordo entre a Universidade Federal do Mato Grosso e a Tokai.
A maioria das pessoas formadas já atuava em uma das 72 escolas brasileiras existentes na época e o restante trabalhava em redes públicas japonesas como mediadoras culturais.

De Tóquio (Japão) para a BBC News Brasil


Como os Estados Unidos alcançaram o pleno emprego com Trump?

PABLO GUIMÓN

Taxa de desemprego dos EUA cai para 3,7%, o nível mais baixo desde 1969, depois de nove anos consecutivos de crescimento, um dos seus maiores períodos de prosperidade

Parece uma farmácia qualquer da rede CVS, uma das mais populares dos Estados Unidos. As prateleiras estão cheias de produtos para a saúde e remédios, as caixas registradoras são informatizadas e as receitas médicas são classificadas da forma habitual. Mas se o cliente abrir um frasco de comprimidos verificará que, no interior, há balas Skittles em vez de remédios. É uma “farmácia de mentira”, lançada pela Goodwill em Baltimore, uma cidade no leste dos Estados Unidos localizada a uma hora de carro de Washington. Essa empresa de recrutamento e formação de populações desfavorecidas criou o estabelecimento para treinar trabalhadores contratados para atuar nas quase 10.000 farmácias que a CVS possui em todo o país. “A empresa está crescendo muito e precisa de mais trabalhadores qualificados do que os disponíveis no mercado”, explica Sam Abney, responsável pelo projeto. “Procuramos esses trabalhadores e lhes oferecemos uma entrada no mercado de trabalho, pulando os primeiros degraus e recebendo diretamente o dobro do salário mínimo”, acrescenta.

Histórias como essa se repetem hoje em todo o país. As empresas norte-americanas precisam de trabalhadores em um momento em que a economia apresenta nove anos consecutivos de crescimento. A taxa de desemprego nos EUA caiu para 3,7% em setembro, seu nível mais baixo desde 1969, segundo dados oficiais divulgados na semana passada. E muitos analistas preveem que cairá ainda mais nos próximos meses. O país registra 96 meses seguidos de aumento de contratações. Um cenário que, combinado com a inflação baixa, prenuncia “uma época extraordinária”, nas palavras de Jerome H. Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA.

Otimismo até 2020
O Fed prevê que o desemprego continuará abaixo de 4% até o fim de 2020 e que a inflação permanecerá baixa, em torno de 2%, durante esse período. A última vez que o desemprego se manteve tão baixo por tanto tempo foi na década de sessenta e a inflação disparou, algo que nem o Fed nem a maioria dos analistas acreditam que acontecerá desta vez. “Perguntaram-me se nossas previsões são boas demais para ser verdade... é uma pergunta razoável”, brincou Powell.

A um mês das eleições legislativas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alardeia os dados sobre emprego como seu grande triunfo para tentar manter a maioria republicana no Congresso. Mas a verdade é que os números refletem uma tendência constante há quase dez anos. “A atual expansão começou muito antes da Administração Trump e é em grande parte uma continuação das políticas de estabilização realizadas depois da Grande Recessão, pelo Fed e pela Administração Obama”, explica Andrew Chamberlain, economista-chefe da empresa de recrutamento de pessoal Glassdoor. “A economia norte-americana vem se expandindo há mais de nove anos. Inclusive antes dos cortes de impostos de 1,5 trilhão de dólares (cerca de 5,67 trilhões de reais), o mercado de trabalho estava perto do pleno emprego. Mas a redução fiscal foi um poderoso estímulo e aqueceu ainda mais a economia.”

Josh Bivens, diretor de pesquisas do Economic Policy Institute, concorda que “a tendência de queda do desemprego desde 2010 não mudou muito com Trump”. “Grande parte do crédito deve ser dado ao Fed, que foi comedido e lento na elevação das taxas de juros. Infelizmente agora começou a acelerar o ritmo desses aumentos, mas até 2017, basicamente, deixou o desemprego cair”, explica.

Bivens aponta outro fator importante, além da redução de impostos, na recente mudança da austeridade para o estímulo fiscal. “Costuma-se menosprezar que o aumento da despesa acordado pelo Congresso no final de 2017 está proporcionando mais estímulos do que a redução de impostos. Essa mudança da austeridade para o estímulo explica muito desse pequeno aumento no crescimento desde o início de 2018”, adverte.

Para avaliar a magnitude da recuperação, convém lembrar o ponto de partida, com a quebra do Lehman Brothers. Somente em setembro de 2008, em meio a um sistema financeiro em queda livre, 443.000 empregos foram destruídos. Outros sete milhões desapareceriam nos meses seguintes.

Disso se passou, em 10 anos, a uma taxa de emprego estável abaixo de 4%, algo que aconteceu poucas vezes desde que começaram a ser feitos registros, sete décadas atrás. Além de alguns meses no ano 2000, antes da explosão da bolha tecnológica, houve apenas dois longos períodos de taxa de desemprego inferior a 4%, durante as guerras da Coreia e do Vietnã, quando a combinação de um forte crescimento econômico com a convocação para o Exército de milhares de jovens, muitos deles sem diplomas universitários, fez o desemprego praticamente desaparecer.

É uma das razões pelas quais os dados atuais de emprego, sem uma guerra que esvazie o mercado de trabalho de jovens civis, são tão excepcionais. Mas isto não é tudo. “Um fator muito mais importante, em minha opinião, é que a participação das mulheres no mercado de trabalho nos anos sessenta era muito menor do que agora”, explica Chamberlain. “Portanto, a baixa taxa de desemprego atual tem um impacto muito mais amplo na população do que há cinco décadas.”

O reverso da fotografia luminosa é o fato de que o pleno emprego não se traduz em um aumento significativo dos salários, que aumentaram apenas 2,8% em relação ao ano passado, quase o mesmo que a inflação. Para Bivens, o baixo crescimento dos salários é um indicador da relativa cautela com a qual é preciso encarar os bons dados de emprego. “A qualidade do trabalho, e principalmente dos salários, é uma preocupação”, explica. “E o importante é que não é a composição do emprego, por indústria ou ocupação, o que explica esse lento crescimento dos salários, que é uma fraqueza maciça. Acredito que isso é um sinal de que ainda há folga no mercado de trabalho. Parte dessa margem vem de pessoas que conseguem emprego quando antes não haviam se definido nas pesquisas como procurando trabalho ativamente. No final, o teste definitivo para o pleno emprego será um aumento real dos salários, o que ainda não vimos.”

EL PAÍS

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Faxina da cláusula de barreira precisa ser apenas o início

Editorial

Levou-se uma década para o Brasil atender ao princípio de que, na democracia, é o voto que conta

Embora pudesse ser mais rápido, o aprendizado da democracia brasileira evolui. Nestas eleições, entrou em vigor, enfim, uma cláusula de barreira, ou desempenho, para acabar coma pulverização de partidos nas Casas legislativas, com base em um critério que deveria ser indiscutível num regime democrático—o voto.

Praticado em democracias sólidas, o princípio de que só podem gozar de prerrogativas plenas no Legislativo partidos com uma quantidade mínima de votos, foi adotado no Brasil em 1995 para entrar em vigor nas eleições de 2007, não fosse o Supremo ter derrubado a lei em dezembro de 2006.

Adiou-se, assim, por onze anos, o uso de um mecanismo que não cassa qualquer partido, nenhum direito constitucional, apenas estabelece o óbvio: na democracia representativa, quem tem voto conta com mais espaço de representação. Ministros do STF que atuaram naquele julgamento do final de 2006 terminaram reconhecendo o equívoco.

Hoje, há 35 partidos registrados e outros tantos na fila de espera. O que não é problema. Qualquer agremiação, obedecidas as normas legais, pode se formalizar. Mas não atuar no Congresso. Com estas eleições, o número de legendas passou de 25 para 30, antes da aplicação da cláusula.

O que se previa aconteceu: pela impossibilidade de se formarem alianças para dar sustentação aos governos em negociações sérias, programáticas, abriu-se espaço para a corrupção, com a compra literal de apoio.

Vêm daí o mensalão e o petrolão, este um gigantesco esquema de corrupção patrocinado pelo PT para constituir bancadas de apoio aos seus governos, de Lula e de Dilma.

Apesar da baixa velocidade na modernização da política, o Congresso, enfim, aprovou uma cláusula de desempenho, que passou a vigorar este ano. Infelizmente, não com o mínimo de 5% dos votos dados para compor a Câmara dos Deputados, adotado pela lei de 2005 — como é na Alemanha, por exemplo —, mas 1,5% dos votos, em um terço dos estados, com pelo menos 1% em cada um deles. Ou, então, a partir de nove deputados distribuídos em um terço da Federação. A barreira subirá a cada eleição até atingir 3% em 2030. E que não se altere esta regra.

Mesmo com um percentual baixo de barreira, a pulverização de votos chegou a tal ponto no Brasil que cálculos não oficiais indicam que 14 partidos podem perder o acesso ao Fundo Eleitoral, ao chamado programa político dito gratuito e a outras prerrogativas em plenário.

Infelizmente, levou-se pouco mais de uma década para a legislação brasileira começara atendera o princípio básico da democracia pelo qual o que deve contar é o voto.

O Globo


Só bêbado discute com Poste

Jorge Serrão

#PTNÃO. Dificilmente, Jair Bolsonaro irá participar de qualquer debate de segundo turno com Fernando Haddad. Primeiro, porque os médicos não devem liberá-lo para tanto esforço físico desnecessário. Segundo, porque é pura perda de tempo tentar um debate civilizado com um adversário que o trata como “inimigo”. Terceiro, por questão tática (e não estratégica): é o PT quem precisa correr atrás de uma vitória praticamente impossível. A liderança de Bolsonaro é consolidada. Além disso, discutir com a petelândia é inviável e inútil.

Política é o que fazer. Estratégia é como fazer. Tática é a realização prática da Política e da Estratégia. Os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad se limitam ao campo da tática. Bolsonaro, pelo menos, tem uma assessoria de alto nível, formada por militares, desenhando um Projeto Estratégico de Nação, que deve se desdobrar em planos de ação viáveis. Já Haddad se limita a repetir o ultrapassado discurso comuno-socialista do Foro de São Paulo, com planos nazifascistas, pseudonacionalistas, para o Brasil. As mentiras, a intolerância e ódio da petelândia são patéticos.

O PT caminha para uma destruição que vai muito além de uma derrota. O filósofo Olavo de Carvalho desenha o futuro do PT em várias quedas imediatas e automáticas: 1) Cai todo esquema de poder construído pelo PT e seus associados ao longo de 50 anos. 2) Cai o centro motor e financiador de todo movimento comunista latino-americano (o Foro de São Paulo com as duzentas organizações que o compõem). 3) Caem os planos internacionais de eliminação da soberania nacional brasileira e de subjugação do País ao esquema globalista”.

A petelândia deve chorar com outras quedas previstas por Olavo de Carvalho com a vitória de Bolsonaro: 4) Caem milhares de carreiras e biografias de políticos, intelectuais e artistas de esquerda. 5) Cai todo poder impune do narcotráfico e do crime organizado em geral (tudo ligado diretamente, no submundo, aos esquemas nazicomunopetralhas). 6) Também caem todas as grandes empresas de mídia. 7) Desaba toda a constelação de prestígios do show business. 8) Por fim, desaba todo o sistema de poder instalado nas universidades e no sistema de ensino em geral.

O PT é sinônimo de corrupção, de incompetência e de perda total para o Brasil. É o Partido da Traição! Não adianta trocar vermelho por verde-amarelo e nem forjar outras jogadas de marketagem, como tentar descolar o poste Haddad do seu chefão Lula – condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro. Agora a petelândia constata que foi a maior roubada definir que Lula era Haddad (ou que Haddad era Lula). O erro tático só ajudou a fortalecer o #PTNÃO no imaginário da maioria do eleitorado.

Resumindo: Bolsonaro tem de deixar a petelândia falar sozinha. Os nazicomunopetralhas se matam pela própria boca. Agora, Bolsonaro tem de focar nas propostas de governo que podem ser ditas agora. A maioria só deve ser anunciada no momento oportuno, pois vai atacar o âmago do Sistema que destrói, sabota e inviabiliza o presente e o futuro do Brasil. Enfim, o momento é de serenidade até a vitória no dia 28 de outubro.

Alerta Total

domingo, 14 de outubro de 2018

Sem resposta simples

William Waack

Vista de fora do Brasil, a onda bolsonarista desafia interpretações

Vista de Nova York, onde estou palestrando para investidores estrangeiros, a onda que levou Bolsonaro aos seus 50 milhões de votos no primeiro turno é uma jabuticaba política brasileira ou simplesmente a expressão de um fenômeno autoritário com variadas ramificações mundo afora?

Pelo menos três elementos a política brasileira tem em comum com ondas semelhantes na Ásia, Europa e Estados Unidos. Eles são: o descrédito e a desconfiança do eleitor em relação a instituições tradicionais, incluindo perda de credibilidade dos grandes órgão de imprensa; a presença de fortes redes sociais que impulsionam “outsiders”; uma situação de crise ou paralisia na economia (no caso brasileiro, a pior recessão em gerações).

Aos elementos acima teríamos de acrescentar partidos desmoralizados, sistema político destruído, e as consequências da Lava Jato como expressão de indignação e raiva que vem já desde 2013. Ou seja, aos elementos comuns a muitos países somam-se fatores domésticos de alta relevância.

O “fenômeno político Bolsonaro” atraiu enorme atenção fora do Brasil – e dificuldades de interpretação idem. O mínimo denominador comum encontrado entre publicações normalmente divergentes entre si (como The Guardian ou Economist), por exemplo, foi o de ressaltar perigos severos à democracia. A palavra “fascista” aparece em publicações comoDer Spiegel, revista importante num país no qual esse vocábulo tem peso muito especial. Mesmo o Financial Times, que provavelmente tem a melhor cobertura do Brasil na grande imprensa internacional, vê na figura de Bolsonaro o prenuncio de tempos duros – a inversão de uma tendência, segundo o FT, que o Brasil também simbolizara ao sair do regime militar há mais de 30 anos.

Para comediantes da telinha americana como John Oliver, a eleição brasileira virou piada pronta, com a exibição das aberrações de propaganda eleitoral produzida por candidatos a deputado, passando por Lula na cadeia (aqui fora se acha mesmo piada que um presidiário surgisse como favorito nas pesquisas eleitorais) e chegando até algumas das frases mais contundentes de Bolsonaro – aqui, segundo o humorista, acaba a graça.

A “guerra cultural” brasileira invadiu também o espectro de opiniões nos Estados Unidos, com o Wall Street Journal reconhecendo em editorial que progressistas no mundo inteiro ingressaram em “estado de ansiedade” desde que os brasileiros deram votação tão expressiva a Bolsonaro. Mas não será o próprio eleitor brasileiro que sabe melhor que ninguém de qual candidato precisa?, indagou o WSJ.
Quanto aos investidores estrangeiros, concentrados em grande número em Nova York, a política brasileira se resume a uma pergunta: “Can he deliver?” – Bolsonaro consegue entregar o que precisa ser feito, na perspectiva de quem pretende pôr dinheiro no nosso país, ou seja, ele consegue as reformas necessárias para atacar a questão do gasto público e a recuperação da capacidade de investimento na economia?

Confesso que não consegui dar a eles uma resposta simples. É óbvio que a onda do fim de semana passado mudou bastante a política e sugere desdobramentos de alcance maior do que a capacidade de se construir maiorias para votações na Câmara dos Deputados. A onda desenha uma oportunidade que pode ser ampliada com o “capital político”, como gostam de dizer os economistas, que Bolsonaro está acumulando.

Soa esperançoso? Depende para trazer resultados de uma capacidade de articulação e liderança políticas que até agora ninguém demonstrou.

O Estado de São Paulo


sábado, 13 de outubro de 2018

Figura oculta

Elena Landau

Regras do setor elétrico estão velhas e órgão regulador assiste pacificamente esse descalabro

Hoje é Dia das Crianças. Há exatamente cinco anos, nesse dia, Dilma enriqueceu o anedotário nacional com uma de suas inesquecíveis pérolas: “Sempre que você olha uma criança há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás”. E completou “O que é algo muito importante”.

A ex-presidente nos deixou muitas heranças, afora sua grande contribuição para o anedotário político. Além da crise fiscal e do desemprego recorde, Dilma, supostamente uma especialista em energia, se empenhou pessoalmente na implementação da Medida Provisória 579, de 11 de setembro de 2012, que levou ao desmonte do setor elétrico.

Foi a mais nefasta interferência do governo no setor da nossa história. Ela nos legou uma Eletrobrás quase falida ao derrubar as receitas da estatal, elevação das tarifas, riscos regulatórios altíssimos e judicialização que interfere nas transações comerciais.

Os aumentos de tarifas deste ano, muito acima da inflação, acenderem finalmente o sinal de alerta para os problemas do setor elétrico. O consumidor, em geral, não sabe como se forma exatamente o valor que aparece na cobrança, por isso, tende a colocar toda a culpa na sua distribuidora de energia. 

Ele não sabe, por exemplo, que 2/3 do que paga são decorrentes de encargos (que carregam os custos de subsídios e as ineficiências decorrentes da desastrosa MP), tributos e da compra de energia. A distribuidora é mera repassadora desses custos.

Ele também não sabe que está consumindo uma energia mais cara porque o governo em vez de fazer uma campanha incentivando o uso eficiente de energia, prefere colocar para operar térmicas caríssimas e disfarçar problemas de oferta. O trauma político decorrente do racionamento de 2001 interditou qualquer iniciativa de redução no consumo, mesmo que seja através de uma campanha esclarecedora. Ao usuário do serviço não é dada muita escolha.

Ele não tem como administrar sua conta porque no Brasil estamos muito atrasados em relação ao resto do mundo em utilizar tecnologia e regulação que permita saber quanto gasta e consome ao longo do dia. Ele só tem certeza de uma coisa: está pagando caro demais.

As regras do setor elétrico estão velhas, ultrapassadas e não dão conta das mudanças que vêm afetando a produção, distribuição e consumo em todo o mundo. Nosso modelo não se preocupa com preços, mas apenas em colocar à disposição energia a qualquer custo. Nunca deu prioridade à eficiência.

O órgão regulador assiste passivamente a esse descalabro como mero ratificador das más ideias que saem da cabeça de políticos de passagem pelo Executivo.

Competição é tudo que o setor elétrico precisa no momento. É necessário eliminar a herança maldita da MP 579, aumentar a participação do mercado livre, melhorar os sinais de preços e dar liberdade ao consumidor para administrar seus custos com energia. E, obviamente, concluir a privatização da Eletrobrás.

A ideia da liberação ampla do mercado não é nova e vem sendo defendida há muitos anos por especialistas da área. Programas dos candidatos de centro-liberal nessa eleição trazem a ideia de mais competição e liberdade para o setor.

No segundo turno temos, teoricamente, duas visões opostas sobre o funcionamento da economia e do papel do Estado. De um lado, Haddad como representante do modelo intervencionista que faliu o setor. Como o PT não é muito chegado a uma autocrítica, difícil acreditar que daí vem alguma mudança. De outro lado, Bolsonaro, tradicionalmente intervencionista, se apoiou em uma equipe com viés liberal. A julgar pela sua política de segurança, ele tem realmente a ideia de Estado mínimo: terceirizou o combate à violência aos cidadãos que devem usar armas para a própria defesa. Mas sobre economia? Uma grande incógnita.

Em tese, há um grande apoio a uma desregulamentação do setor. Mas o diabo mora nos detalhes. E esses ninguém conhece. Abandonar o modelo atual é uma transição técnica difícil, que exige uma equipe com experiência em políticas públicas e conhecimento dos detalhes da legislação setorial, particularmente complexa. A reforma demanda diálogo afinado com autoridades reguladoras, Legislativo, Judiciário e todos os agentes do setor, ainda traumatizados pela intervenção de 2012. Colocar essa agenda em prática não é simples. Mas o mercado não pode continuar sendo uma figura oculta.

Em tempo: nesta data, em 1808, foi fundado o Banco do Brasil. Incrível que passados 210 anos a sua privatização ainda seja tabu.

O Estado de São Paulo

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Mais um engodo petista

Editorial

O PT planeja lançar uma “frente democrática” no segundo turno, em defesa da candidatura do preposto do presidiário Lula da Silva, Fernando Haddad. Sob a coordenação de Jaques Wagner, a legenda tenta pregar mais uma peça na população brasileira, dizendo que o PT pode ser o bastião da democracia ante o avanço da candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSL).

Com o PT a democracia sempre esteve em risco. Basta ver que, no momento em que Lula ocupava a Presidência da República e o partido desfrutava de expressivo apoio popular, a legenda optou por subverter a democracia representativa, comprando parlamentares por meio do esquema que depois ficaria conhecido como mensalão. Mesmo após a confirmação do caso, o PT não fez nenhuma autocrítica. Os petistas nunca pediram desculpas à população brasileira por terem desrespeitado o princípio constitucional de que todo o poder emana do povo – sob o jugo do PT, o poder emanava do dinheiro periodicamente pago aos parlamentares.

Não satisfeito com o mensalão, o PT instalou outro esquema de corrupção do sistema político, o petrolão, com o uso das estatais para intermediar a compra de apoio político em troca de benesses econômicas. Além de os valores desviados das empresas públicas terem atingido cifras até então inauditas – o escândalo do mensalão ficou parecendo manobra de principiante –, o petrolão representou um novo grau de subversão do poder. Era a apropriação de todo o aparato do Estado por parte de uma causa político-partidária. Evidentemente, esse cenário não é compatível com o que se espera de uma democracia pujante.

Nos últimos tempos, o PT voltou a mostrar seu desprezo pelas instituições republicanas. A legenda instalou uma autêntica cruzada contra o Poder Judiciário, simplesmente porque várias instâncias da Justiça entenderam que Lula da Silva também devia estar submetido ao regime da lei. A absoluta evidência de que o ex-presidente petista pôde exercer um amplíssimo direito de defesa não foi motivo para que o PT interrompesse suas imprecações contra o Judiciário. Seguiram com sua infantil postulação de que todo o Estado Democrático de Direito deveria se curvar ao grande líder. Nos regimes admirados pelos petistas, o Judiciário não tem a audácia de condenar líderes populares por corrupção e lavagem de dinheiro.

Neste ano, Lula da Silva e seu séquito fizeram de tudo para desrespeitar as regras eleitorais, com uma massiva campanha de desinformação, pregando que, se o demiurgo de Garanhuns não pudesse se candidatar, a eleição seria uma fraude. “Eleição sem Lula é golpe”, repetiram por todo o País. Sem nenhum apreço pelo princípio da igualdade de todos perante a lei, a fantasiosa argumentação era um descarado pedido de privilégio para o sr. Lula da Silva. Segundo os petistas, a Lei da Ficha Limpa não podia ser aplicada ao grande líder.

E para que não pairasse nenhuma dúvida de que continua havendo nas hostes petistas uma profunda ojeriza pelos princípios democráticos, o programa de governo do candidato Fernando Haddad foi talhado nos moldes do modelo bolivariano. Sem cerimônia, o PT prega um “novo processo constituinte: a soberania popular em grau máximo para a refundação democrática e o desenvolvimento do País”. A legenda promete subverter a democracia representativa. Além de instalar conselhos populares, ela quer “expandir para o presidente da República e para a iniciativa popular a prerrogativa de propor a convocação de plebiscitos e referendos”. Também fala abertamente em “instituir medidas para estimular a participação e o controle social em todos os Poderes da União e no Ministério Público”. Para coroar suas pretensões autoritárias, os petistas mencionam a necessidade de um “novo marco regulatório da comunicação social eletrônica”. A atual liberdade tem incomodado suas pretensões autoritárias.

Quando o PT pede votos em favor de Fernando Haddad, que seria o campeão da defesa democrática do País, falta-lhe credibilidade. O passado e o presente o desmentem.

O Estado de São Paulo


Banco Central Europeu não pode ajudar Itália sem um plano de resgate da UE, dizem fontes

Francesco Canepa

O Banco Central Europeu não vai ajudar a Itália se seu governo ou setor bancário ficar sem dinheiro, a menos que o país garanta um resgate da União Europeia, disseram à Reuters cinco fontes familiares com o pensamento do BCE.

Os custos de financiamento da Itália deram um salto no mercado financeiro desde que seu novo governo divulgou planos de elevar o déficit orçamentário no fim do mês passado, desafiando regras da UE e trazendo de volta preocupações sobre sua imensa dívida pública.

As fontes, presentes em uma cúpula econômica na Indonésia, disseram que a Itália ainda pode evitar uma crise da dívida se seu governo mudar de rumo, mas não poder contar com o banco central para acalmar investidores ou capitalizar seus bancos.

Isso acontece porque as regras da UE não permitem que o BCE ajude um país a menos que já esteja firmado um "programa" de resgate - o jargão político para um resgate em troca de reformas econômicas dolorosas de austeridade, uma opção que o governo italiano rejeitou de forma veemente.
Qualquer tentativa de contornar essas regras prejudicaria a credibilidade do BCE de forma irreversível, além de minar a aceitação de uma união monetária em países credores, como a Alemanha, disseram as fontes.

"É um caso teste para mostrar que a Europa e o seu mecanismo funcionam", disse uma das fontes presente ao encontro anual do Fundo Monetário Internacional no resort indonésio de Nusa Dua.

Se a Italia garantir um plano de resgate, o BCE poderia então comprar seus títulos no mercado via transações monetárias (Outright Monetary Transactions), uma ferramenta de política não usada até o momento e divulgada em 2012 para afastar especulações sobre uma quebra do euro.

Um porta-voz do BCE preferiu não comentar.

Reuters - Terra


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Professor da UnB, Roberto Ellery entra na equipe de macroeconomia de Bolsonaro

Simone Kafruni

Conhecido por fazer duras críticas ao PT, o professor de Macroeconomia da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Ellery aceitou participar de uma das diversas equipes que a campanha do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, está formando. O professor, no entanto, nega que participará de um eventual governo, caso Bolsonaro saia vencedor no segundo turno.

Ellery explicou que já havia sido convidado a participar da equipe de produtividade da campanha pelo diretor-adjunto de estudos e políticas regionais, urbanas e ambientais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Adolfo Sachsida, responsável pelo recrutamento de economistas para Bolsonaro. Porém, negou o primeiro convite.

Macroeconomista, Roberto Ellery trabalha com crescimento econômico, com ênfase em produtividade, e defende a manutenção do tripé macroeconômico. “Acredito que é muito importante a disciplina fiscal. O Banco Central tem que ter compromisso com a inflação e tem que trabalhar para reduzi-lá. Neste sentido, a atual equipe do presidente Ilan (Goldfajn) é excepcional. E o câmbio tem que ser flutuante, definido pelo mercado”, disse, em sua sala de professor no campus da UnB.

“Na pré-campanha, conversei com várias coordenações e pessoalmente com os candidatos Ciro (Gomes, do PDT) e Álvaro Dias (Podemos). Mas, sobretudo, conversei muito com o Adolfo Sachsida, que é meu amigo há 20 anos, desde que entrei no Ipea, em 1998”, contou. Segundo o professor, quando terminou o segundo turno, na segunda-feira, Sachsida ligou novamente e fez um “ultimato de amigo”. “Ele me disse: agora precisamos de você, estamos trabalhando na parte macroeconômica.”

Ellery assinalou que não vai contribuir para o programa de governo, porque esse já está pronto e publicado. “Temos que entender que se Bolsonaro ganhar, terá três meses para começar a trabalhar. Então vai precisar de uma equipe técnica. Eu me comprometi com o Adolfo a fazer esse trabalho, pensando no período de discussão”, ressaltou.

O professor destacou, contudo, que está feliz na UnB e gosta de dar aula. “Quero dar minha contribuição para desenhar o plano econômico, porque entendo que a macroeconomia do Brasil precisa de ajuda e eu posso colaborar, apesar de ter uma certa má vontade com político. Sempre tive”, brincou.

Quem conhece o professor, sabe que, nas suas redes sociais, utilizou o avatar do Cabo Daciolo durante as eleições. “Fiz isso, claramente, brincando com a política. Mas agora acredito que não posso fugir da responsabilidade”, disse.

Ellery confirmou que tem muitas críticas ao PT. “Faço críticas duras, sim. Por isso aceitei o convite. Para construir uma alternativa sólida que ajude a população e o país a sair dessa crise”, comentou.

O novo integrante da equipe ainda não teve nenhuma reunião com a coordenação de campanha de Bolsonaro, nem com os colegas. “Pode ser que eu chegue lá e eles me mandem embora por detestar o que estou dizendo. Eu vou aceitar isso numa boa, porque não tenho pretensão de cargo. Estou indo como quem leciona o assunto e tem ideias. Se vão ser aceitas, eu não sei. Se serão inseridas no programa do candidato, eu também não sei. Estou indo com este espírito.”

Concursado do Ipea, Ellery trabalhou no instituto por quatro anos. De lá, abdicou de um salário maior para lecionar na UnB, onde está desde 2002. Já foi chefe de departamento, coordenador de pós-graduação e diretor da Faculdade de Economia. Atualmente é professor de Macroeconomia. “Esta é minha casa”, completou.

Correio Braziliense

Patrulhamento Ideológico vira Politicamente Correto

Jorge Serrão 

O Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico cumpre sua missão mais canalha nesta eleição 2018. Desconstruir imagens verdadeiras, abusando dos conceitos falsificados para corromper a realidade se tornou um vício praticado pelo extremismo esquerdista. Na era das comunicações digitais instantâneas, vivemos um fenômeno interessante e perigoso: o velho patrulhamento ideológico precisou se disfarçar de “politicamente correto”. É a pura contravenção da moral.

O fenômeno é fácil de explicar. As expressões usuais e corriqueiras, que todos nós usamos no dia-a-dia, com familiares, com amigos ou que vemos em telenovelas e filmes, quando atribuídas a uma figura pública, têm sido utilizadas contra ela, para distorcer o real significado do que foi dito ou praticado. Em se tratando de um político considerado adversário/inimigo, o patrulhamento difunde rótulos falsificados que arrasam com a imagem pública do indivíduo.

O Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico joga muito sujo e distorce a verdade e a realidade. A perseguição é tão eficaz que nenhuma figura de vida pública pode mais fazer uso de expressões usuais como qualquer cidadão. Tudo que é dito acaba explorado pelo Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico. Qualquer cidadão pode se referir ao torcedor de um time famoso como “mano”. Se algum político o fizer, será chamado imediatamente de racista, preconceituoso e mais 500 adjetivos de uso exclusivo do Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico.

Se este mesmo político adversário se referir ao sexo oposto, seja homem ou mulher, com alguma expressão de uso corrente, que todos usamos diariamente, tipo TPM, Corno, Mal Amado(a), ele será trucidado pelo Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico. Acabará acusado de Homofobia, Fascista, Nazista e mais 500 adjetivos similares e completamente fora do contexto verdadeiro em que foi originalmente empregado.

Nos barzinhos da vida, é fácil testemunhar pessoas chamarem amigas de “assanhadas”, apenas pelo prazer de promover uma brincadeira com a figura mais tímida que ousou olhar para um rapaz de outra mesa. Se um político adversário for flagrado apenas participando da brincadeira, o Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico se encarregará do seu linchamento público. O sujeito será transformado em “inimigo das mulheres”.

Mas quando se trata de uma figura política “amiga” dos patrulheiros, o entendimento é diferente. O Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico informa a todos os leitores, telespectadores e cidadãos que o político utiliza as mesmas expressões chulas que o “povo”, porque suas origens são as mesmas, “populares”.

Se esta figura política amiga disser que foi até o Nordeste comer buchada de bode e que tem um pé na cozinha, ele será considerado um sociólogo militante. De tanto ler livros sobre a população brasileira, ele, metafisicamente, se consolida como uma figura “amiga” da população mais humilde e carente do Brasil. Ou seja, os patrulheiros inventam um personagem que não existe. Se for aliado, ele é lindo. Se for adversário/inimigo, acaba descrito como um monstro.

Um povo se expressa de acordo com sua cultura, sua história, seus usos e costumes. O Patrulhamento Ideológico disfarçado de Politicamente Correto ignora tal princípio e pratica uma grande hipocrisia. Aqueles que defendem ostensivamente o autoritarismo do politicamente correto deveriam atentar muito mais para o conteúdo do que à forma. Só que eles não têm compromisso com a Verdade – definida como “a realidade universal permanente”.

O Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico promove uma censura a todos que deseja combater. E para obter sucesso, eles distorcem as palavras quando lhes interessa. Essa é a grande canalhice. E ela vem disfarçada de ares do Politicamente Correto. O que é permitido ou não é definido, artificialmente, pelos intelectuais orgânicos, os falsos deuses da sabedoria.

Ainda bem que existe uma “vacina” social contra tais ditadores pretensamente democráticos. O Alto Comissariado do Patrulhamento Ideológico, tão presente nos veículos tradicionais de mídia, está com os dias contatos. A população, interligada nas redes sociais, consegue checar, em tempo real, se de fato existe ou não conotação pejorativa na atitude ou discurso praticado pela vítima dos patrulheiros.

Os patrulheiros são fáceis de identificar. Não querem mudanças estruturais no Brasil. Desejam mais poder estatal para subjugar e tutelar as pessoas. Só defendem a Liberdade quando ela lhes favorece. Do contrário, recomendam e praticam a repressão contra seus alvos de perseguição. Enfim, essa é a essência do verdadeiro fascismo dos companheiros patrulheiros.

Eles foram os grandes derrotados no 1º turno eleitoral. Apesar da insistência na canalhice, também serão os grandes perdedores no 2º turno.

Alerta Total

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Quatro generais coordenam programa de Bolsonaro

Renata Agostini e Leonencio Nossa

Generais atuam com quase 30 equipes temáticas que trabalham, em Brasília, na formulação do plano de governo do candidato do PSL; Heleno é o ‘comandante-geral’

Um grupo de fiéis aliados egressos das Forças Armadas, liderados por três generais do Exército, vem ampliando seu espaço de influência na campanha de Jair Bolsonaro (PSL). Equipes temáticas, especialmente da área de infraestrutura, que estavam sob comando do economista Paulo Guedes, no Rio, estão sendo integradas aos debates conduzidos pelos generais.

Com isso, parte das discussões passou para a órbita de Oswaldo Ferreira, um dos homens fortes do grupo de Brasília. Esse time, que foi montado por Bolsonaro no início do ano, é composto por generais de sua confiança. Ex-chefe da missão de paz da ONU no Haiti, o general Augusto Heleno desfruta de grande proximidade com Bolsonaro, é conselheiro para assuntos de segurança e defesa e tem atuado em temas de relações exteriores. Ferreira e Aléssio Ribeiro Souto completam o grupo de generais que coordenam debates técnicos sobre diversas áreas do eventual governo.

O movimento é visto dentro da campanha como natural, já que havia grupos diferentes trabalhando em sugestões para as mesmas áreas simultaneamente nas duas cidades. Guedes segue mantendo forte liderança sobre os economistas e especialistas civis que discutem no Rio as diretrizes econômicas de um possível governo Bolsonaro. Esses colaboradores repetem que ele tem a palavra final. Alguns se referem a Guedes até como “chefe”.

Os generais em Brasília trabalham a partir da direção apontada por Guedes, que mira em corte de gastos e enxugamento da máquina pública. Não há, contudo, hierarquia entre os generais e o coordenador do programa econômico. Os generais, que trabalham numa sala alugada no subsolo de hotel quatro estrelas de Brasília, respondem diretamente a Bolsonaro.

Lá, eles têm a contribuição de pesquisadores e de militares de outras patentes, como um brigadeiro e coronéis da Aeronáutica e do Exército. Ao total, são quase 30 equipes temáticas envolvidas na elaboração do programa de governo, em discussões sobre educação e gestão de tecnologia.

Com relação de longa data com o candidato do PSL, Heleno é em quem Bolsonaro mais confia. É uma relação de pai e filho, descrevem pessoas próximas aos dois. Eles se conheceram ainda nos anos 1970, quando Bolsonaro era cadete na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e Heleno, um tenente que treinava a equipe de pentatlo. “Era um aluno esforçado”, lembra o general.

A relação ficou mais próxima após o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Em abril do ano passado, em entrevista ao Estado, Bolsonaro afirmou que Heleno ocuparia em seu governo a posição que quisesse.

Em julho, durante viagem de pré-campanha a Marabá e Parauapebas, decidiu que Heleno, que o acompanhava, seria o candidato a vice em sua chapa. O PRP, partido de Heleno, não quis a parceria e o candidato acabou escolhendo para o posto Hamilton Mourão – que conhece há décadas, chegou a ser seu comandante no Exército, mas tem causado embaraços à campanha. Heleno vem sendo cotado para chefiar o Ministério da Defesa, mas tem mostrado influência em outras áreas, como relações exteriores.

Mais discreto e despojado dos oficiais da reserva que estão na campanha de Bolsonaro, o general Oswaldo Ferreira, ex-chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército, foi levado para a campanha a convite de Bolsonaro, mas aceitou a missão somente após assegurar que Heleno, por quem nutre grande admiração, estaria no time.

Transportes. Ferreira é colega de turma e amigo de Mourão, mas hoje tem papel mais estratégico na campanha que o vice. Ele vem sendo apontado como um nome forte para assumir a pasta dos Transportes ou a coordenação de governo.

Ex-chefe do Centro Tecnológico do Exército, o general Aléssio lidera discussões sobre educação, ciência e tecnologia. Foi levado para a campanha por Ferreira, com quem atuou no Departamento de Engenharia e Construção quando ambos eram coronéis.

Encontraram-se casualmente no início do ano, após anos sem contato. “No meio militar, a gente passa 20 anos sem se ver, mas somos amigos, porque temos em comum a cor da pele emblematizada na roupa”, diz.

As propostas devem servir a mais de uma pasta em um governo Bolsonaro, que tem no radar os ministérios da Educação, Esporte e Cultura e outro de Ciência, Tecnologia e Comunicações.

O Estado de São Paulo

Judasciário: O grande derrotado pelos Smartphones

Carlos Maurício Mantiqueira

“País Canalha é o que não paga precatórios”

Sabujo dos poderosos desde os tempos coloniais, prestou-se a infamantes papéis no Reino Unido, no Império, na República velha, na Ditadura de 30, no período pós Vargas, no Parlamentarismo, no Regime Militar e, principalmente, na chamada Nova República.

Dentre seus membros, uns se acham “deuses”; outros tem certeza dessa condição divina.

O que não esperavam foi o surgimento das redes sociais. Antes, suas felonias tinham um impacto reduzido pela dificuldade da transmissão do ocorrido.

Em quase sua totalidade são arrogantes, vaidosos e insensíveis aos dramas pessoais dos infelizes submetidos ao seu jugo.

Os casos mais escrabrosos são os precatórios não pagos. Desgraçados os que “ganharam” suas ações contra o Estado mas não “levaram”.

Hoje, seus altos membros “libertam” sem pejo, “amiguinhos” integrantes de quadrilhas desbaratadas. À socapa, à sorrelfa, na calada da noite ou em feriados e fins de semana.

Com altos salários e incontáveis (e inconfessáveis) “penduricalhos", ainda acham pouco, exigindo aumentos superiores à taxa de inflação. Ignoram majestaticamente, a penúria dos hospitais, os milhões de desempregados e o abandono do patrimônio nacional.

Talvez se sintam “injustiçados”. Afinal, os políticos seus protegidos, amealharam cabedais infinitamente superiores, em curto espaço de tempo.

Um dia serão linchados. Em vão, a chorar para os bispos; ao de Roma ou Adélio.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Alerta Total

terça-feira, 9 de outubro de 2018

O uso indevido de dinheiro público

Lucia Sweet

Janaina Paschoal recebeu 2 milhões de votos gastando 44 mil reais. Ela tirou o dinheiro do próprio bolso, sendo a única doadora de recursos para sua campanha. O resultado foi mais do que merecido. Tornou-se a parlamentar mais bem votada da história.

Enquanto isso dilma roscoff, digo, anta rousseff, teve a campanha mais cara do Brasil para o Senado. Segundo a coluna “Poder”, da Foice de S. Paulo, ela desembolsou R$ 3,06 milhões, valor que superou campanhas de alguns presidenciáveis, como Tiro Gomes, Marina e, claro, #Bolsonaro17.

Está mais do que provado que esse Fundo Partidário de R$ 1,7 BILHÕES é uma pouca vergonha. É dinheiro dos nossos exorbitantes impostos, que tiram a comida da mesa do trabalhador para sustentar esses canalhas salafrários.

Isso tem de acabar. E essa história de jatinho da FAB com nossos valorosos pilotos transformados em chauffeurs de luxo de “autoridades”, também.

Assim como carros blindados com motoristas e seguranças armados, para, por exemplo, o freixo, do PSOL, que é a favor do desarmamento, pasmem. E eles que paguem seu plano de saúde e o dos filhos do próprio bolso. Ou que se tratem com os “médicos“ cubanos no SUS.

E estou cansada desses “jovens” da esquerda caviar que vivem às custas dos pais e dos avós, nunca trabalharam de verdade, acham que são os donos da verdade e não se dão conta de que foram doutrinados. Nem perco o meu tempo mais conversando com eles. Não adianta. Quero ver se vão votar no PT. Aliás, um partido que deveria ter sido extinto há muito. Senão, vejamos:

* LULA (ex-Presidente da República. Condenado e preso)

* DILMA ROUSSEFF (ex-Presidenta da República. Cassada e lamentavelmente em liberdade);

* JOSÉ DIRCEU (Deputado Federal e ex-Chefe da Casa Civil. Cassado, condenado, preso e solto por seu subordinado, Toffoli, hoje presidente do STF apesar de ter sido reprovado duas vezes em concurso para juiz e não ter mestrado nem Ph.D.);

* JOÃO PAULO CUNHA (ex-Deputado Federal e ex-Presidente da Câmara dos Deputados. Condenado, foi preso, mas hoje está em liberdade);

* JOSÉ GENOÍNO (ex-Deputado Federal e ex-Presidente do PT. Condenado, foi preso, mas hoje está em liberdade);

* ANTONIO PALOCCI (ex-Deputado Federal e ex-Ministro da Fazenda. Condenado e preso);

* DELÚBIO SOARES (ex-Tesoureiro do PT. Condenado e preso);

* JOÃO VACCARI NETO (ex-Tesoureiro do PT. Condenado e preso).
Last but not least, leia o texto da Isto É sobre o poste do lula:

Fernando Haddad não foi escolhido pelo presidiário Lula para substituí-lo na corrida presidencial por acaso. Ele carrega o mesmo DNA dos malfeitos de seu padrinho político encarcerado na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril. O candidato do PT à Presidência responde a 32 processos na Justiça, que o colocam como um dos campeões da ficha de ilícitos cometidos na vida pública. Na extensa folha corrida, Haddad, já réu em dois processos, é acusado de receber dinheiro de caixa dois de empreiteira condenada na Operação Lava Jato, denunciado por crimes de Improbidade administrativa, suspeito de superfaturamento de obras e serviços, acusado pelo desvio de recursos e até da aplicação ilegal de dinheiro público. Não bastasse seu envolvimento direto em inúmeras irregularidades, o presidenciável petista se cercou na campanha rumo ao Palácio do Planalto, a mando de Lula, de assessores e coordenadores igualmente processados por crimes no Petrolão, dando indicativos concretos de que o partido reativará – num eventual futuro governo – a máquina de corrupção azeitada durante os 13 anos de PT no poder. Pior. Além do risco de retrocesso ético, a eleição de um novo poste de Lula para o cargo de presidente resgatará a ameaça da ineficiência e da incompetência administrativa que marcou a gestão de Haddad tanto à frente da Prefeitura de São Paulo, como do Ministério da Educação.“

facebook

Dólar despenca mais de 3% e Bolsa sobe 6% com euforia do mercado após primeiro turno

HELOÍSA MENDONÇA

Vantagem de Jair Bolsonaro em relação ao petista Fernando Haddad anima investidores que torcem por candidato mais reformista

resultado do primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil deixa o mercado financeiro eufórico na manhã desta segunda-feira. O dólar comercial opera em queda de 3,76% em relação ao real, negociado a 3,716 reais. É a menor cotação da moeda norte-americana desde agosto. Às 10h30, o Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, avançava 5,46%, a 87.291 pontos, após bater 6%. As ações de estatais, como a Petrobras, e bancos sustentam a forte alta.

A grande vantagem do candidato da extrema direita Jair Bolsonaro (PSL), que obteve 46% dos votos contra 29% de Fernando Haddad (PT), anima os investidores que torcem por um candidato mais reformista para ocupar o Palácio do Planalto. Segundo a consultoria política Eurasia, a chance de vitória do candidato de extrema direita é de 75%.

"O otimismo se apoia também na perspectiva que o candidato terá apoio de uma robusta bancada na Câmara e Senado para encaminhar suas propostas", diz o economista André Perfeito, da corretora Spinelli. O PSL formou uma forte bancada, de 52 deputados, a segundo maior (menor apenas que a do PT).

Parte da preferência do mercado financeiro por Bolsonaro também é explicada pela escolha de um coordenador economista liberal: o economista Paulo Guedes. Em entrevista à rádio Jovem Pan, na manhã desta segunda, o candidato do PSL afirmou que a ideia é estar ao lado dele. "Tenho conversado com a equipe economia: eu dou os ingredientes, quem faz o bolo são eles. Entender de economia no Brasil não é fácil", disse.

A atenção do mercado ao longo do mês de outubro estará voltada para o segundo turno das eleições na avaliação da XP Investimentos. "Com a vitória de Bolsonaro, acreditamos que o Ibovespa possa ganhar força, impulsionado por uma percepção de risco menor e uma potencial revisão positiva de resultados nos próximos anos", diz o relatório da empresa de investimento.

EL PAÍS

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

A esperança, a Justiça e o Trabalho Vencerão!

Manifesto

Por Avança Brasil

Aos novos eleitos e a todos os Brasileiros, parabéns pela vitória!

Outro trabalho começa agora!

Mais do que nunca, discurso e práticas alinhadas de todos os novos eleitos farão a diferença na mobilização para a vitória final de Bolsonaro no 2o. Turno.

Sem essa atitude, não unificaremos o Brasil.

Sem a perseverança, o moral das pessoas de bem ficará abatido!

Não podemos deixar que o desânimo prevaleça. Basta uma só pessoa de bem se abater e a esperança será ferida de morte.

Ganhamos todos os candidatos no 1o. Turno! Provamos que é o povo e não a mídia, que leva o seu legítimo representante ao exercício do cargo.

Muitos corruptos históricos perderam seu mandato. Provamos que política tem lado!!!

Muitos irmãos brasileiros, aprenderam com esse resultado para o executivo - a nosso ver, da pior forma, que com eleições não se deve brincar. Ou o PT retornará para jamais sair do poder e quem terá que sair do Brasil serão os Brasileiros de bem...

Eleição não é brinquedo, muito menos “roleta russa”.

Vencemos as barreiras da farsa eletrônica no 1o. Turno. A despeito dos milhares de casos relatados, filmados, comprovados por Boletins de Ocorrência e registrados nas atas das seções por eleitores que, principalmente para o cargo de Presidente, tiveram seu voto ANULADO ou NÃO CONFIRMADO.

Exigimos a investigação profunda de todos os casos e punição dos envolvidos!!!

Mas o que esperar de um TSE que cria as regras, fiscaliza e julga a si mesmo?

Se o sistema não é transparente na apuração, é ilegal, é ilegítimo e NÃO SERVE.

É importante mantermos a vigilância e a união no permanente combate à fraude.

A maldade está entranhada nos sistemas que amarraram o país, que sequestraram a autonomia dos cidadãos, subordinando o povo a um Estado ladrão impedindo que sejamos prósperos.

O 2o. Turno já começou!

A verdadeira democracia ainda existirá no Brasil! Ela nos exige o trabalho persistente, o suor e muitas vezes, as nossas lágrimas.

Juntos, UNIDOS, formaremos o sólido cimento que transformará o Brasil para um país solidário e trabalhador, um país com ordem e progresso, um país com estabilidade jurídica e prosperidade para todos!

#BolsonaroSim! #PTnuncaMais!

8 de outubro de 2018 - Movimento Avança Brasil.

O Brasil tem jeito, depende de nós - Avança Brasil®

Alerta Total