segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bastam 14 Ministérios. O resto é empreguismo. Roubo do dinheiro público

Martim Berto Fuchs

Nos 4 pontos que indiquei para uma reforma imediata e capaz de solucionar grande parte dos problemas brasileiros, o 3º é a quantidade de ministérios, secretarias estaduais e municipais.

Na sua maioria, os ministérios não passam de cabides de empregos. Como nosso arcaico sistema político exige do governante uma maioria no Congresso - base aliada que prefiro chamar de base enlameada - caso contrário a oposição vota automaticamente contra (lembram do PT na oposição ?), o chefe do Poder Executivo, presidente, governador ou prefeito, precisam dispor de muitos departamentos onde colocar os cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos dos políticos da base e seus próprios, para que os mesmos votem à favor de qualquer crime que se queira perpetrar contra a sociedade. E se bem recompensados, eles votam qualquer asneira.

"Teoria da Organização Humana" - Antonio Rubbo Müller. Defesa de tese do mesmo esclarece com muita propriedade a teoria da organização humana em 14 sistemas, que eu adaptei para 14 Ministérios.

“Assim que a cidade foi construída, na década de 1960, e a capital do País foi transferida para o Planalto Central, o governo mantinha 11 ministérios e cinco órgãos da Presidência, com status de ministério. Eram, ao todo, 16 pastas.

Governo JK – 16 ministérios
João Figueiredo – 16 ministérios

Fernando Collor – 15ministérios”

A Oligarquia contra o povo

Olavo de Carvalho

 Interrompo temporariamente as considerações teóricas da série “Ilusões democráticas” para analisar brevemente o atual estado de coisas.
           
A premissa básica para se chegar a compreender a presente situação política do Brasil é a seguinte: o PT não subiu ao poder para implantar o comunismo no Brasil, mas para salvar da extinção o movimento comunista na América Latina e preparar o terreno para uma futura tomada do continente inteiro pelo comunismo internacional.
           
É fácil comprovar isso pelas atas das assembléias do Foro de São Paulo, o qual foi fundado justamente para a realização desse plano.
           
Na operação, o Brasil exerceria não somente a função de centro decisório e estratégico, mas o de provedor de recursos para os governos e movimentos comunistas falidos.
           
No décimo-quinto aniversário do Foro, em 2015, o comando das FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, reconheceu em documento oficial que a fundação desse organismo pelo PT havia pura e simplesmente salvado da extinção o comunismo latino-americano, debilitado e minguante desde a queda do regime soviético.
           
Para a consecução do plano, era necessário que o PT no governo prosseguisse na aplicação firme e constante da estratégia gramsciana da “ocupação de espaços” e da “revolução cultural”, aliando-se, ao mesmo tempo, a grandes grupos econômicos que pudessem subsidiar e consolidar, pouco importando se por meios lícitos ou ilícitos, a instrumentalização partidária do Estado, o controle da classe política, a supressão de toda oposição ideológica possível e a injeção de dinheiro salvador em vários regimes e movimentos comunistas moribundos.
           
Basta isso para explicar por que o então presidente Lula pôde ser, numa mesma semana, homenageado no Fórum Social Mundial pela sua fidelidade ao comunismo e no Fórum Econômico de Davos pela sua adesão ao capitalismo, tornando-se assim o enigmático homem de duas cabeças que os “verdadeiros crentes” da direita acusavam de comunista e os da esquerda de vendido ao capitalismo. Mas as duas cabeças, no fundo, pensavam em harmonia: a confusão ideológica só podia favorecer aqueles que, por trás dos discursos e slogans, tinham um plano de longo prazo e a determinação de trocar de máscara quantas vezes fosse necessário para realizá-lo.
           
O plano era bom, em teoria, mas os estrategistas iluminados do comunopetismo se esqueceram de alguns detalhes:
           
1. Dominando a estrutura inteira do Estado em vez de se contentar com o Executivo, o partido se transformou no próprio “estamento burocrático” que antes ele jurava combater. Já expliquei isso em artigo anterior (v.http://www.olavodecarvalho.org/semana/150611dc.html).
           
2. O apoio dos grandes grupos econômicos o descaracterizava ainda mais como “partido dos pobres” e o identificava cada vez mais com a elite privilegiada que ele dizia odiar.
           
3. O uso maciço das propinas e desvios de verbas como instrumentos de controle da classe política tornava o partido ainda mais cínico, egoísta e desonesto do que essa elite jamais tivera a ousadia de ser. O PT tornou-se a imagem por excelência da elite criminosa e exploradora.
           
4. O PT havia sido, na década de 90, a força mais ativa nas campanhas que sensibilizaram o povo para o fenômeno da corrupção entre os políticos. Ele criou assim a atmosfera de revolta e até a linguagem do discurso de acusação que haveriam de fazer dele próprio, no devido tempo, o mais odioso dos réus.
           
5. A “revolução cultural”, a “ocupação de espaços” e a instrumentalição do Estado deram ao PT os meios de fazer uma “revolução por cima”, mas o deixaram desprovido de toda base popular autêntica. Ao longo dos anos, pesquisas atrás de pesquisas demonstravam que o povo brasileiro continuava acentuadamente conservador, odiando com todas as suas forças as políticas abortistas e a “ideologia de gênero” que o partido comungava gostosamente com a elite financeira e com o “proletariado intelectual” das universidades e do show business.

Desprovidas as massas de todo meio de expressar-se na mídia e de canais partidários para fazer valer a sua opinião, no coração do povo foi crescendo uma revolta surda, inaudível nas altas esferas, que mais cedo ou mais tarde teria de acabar eclodindo à plena luz do dia, como de fato veio a acontecer, surpreendendo e abalando a elite petista ao ponto de despertar nela as reações mais desesperadas e semiloucas, desde a afetação grotesca de tranqüilidade  olímpica até a fanfarronada do apelo às “armas” seguido de trêmulas desculpas esfarrapadas.
           
A convergência de todos os fatores produziu um resultado que só pessoas de inteligência precária como os nossos congresistas, os nossos cientistas políticos e os nossos analistas midiáticos não conseguiriam prever: quando a mídia pressionada pelas redes sociais e pela pletora de denúncias judiciais desistiu de continuar acobertando os crimes do PT (voltarei a isto em artigo próximo), a revolta contra o esquema comunopetista tomou as ruas, nas maiores manifestações de protesto de toda a nossa História e, mesmo fora dos dias de passeata, continuou se expressando por toda parte sob a forma de vaias e panelaços, obrigando os falsos ídolos a esconder-se em casa, sem poder mostrar suas caras nem mesmo nos restaurantes.
           
As pesquisas mostram que o apoio popular ao PT é hoje de somente um por cento, já que seis dos famosos sete consideram o governo apenas “regular”, isto é, tolerável.
           
Como é possível que um partido assim desprezado, odiado e achincalhado pela maioria ostensiva da população continue se achando no direito de governar e habilitado a salvar o país mediante desculpinhas grotescas que, à acusação decrimes, respondem com uma confissão de “erros”?
           
Em que se funda o poder que o PT, acuado e desmoralizado, continua a desfrutar? Esse poder funda-se em apenas quatro coisas:
           
1. O apoio da oligarquia cúmplice.
           
2. A militância subsidiada, cada vez mais escassa, incapaz de mobilizar-se sem o estímulo dos sanduíches de mortadela, dos cinqüenta reais e do transporte em ônibus, tudo pago com dinheiro público.
           
3. O apoio externo, não só do governo Obama, dos organismos internacionais e de alguns velhos partidos da esquerda européia, mas sobretudo do Foro de São Paulo, já articulado para mover guerra ao Brasil em caso de destituição do PT.
           
4. Uma militância estudantil , também decrescente, que tudo fará pelas grandes causas idealísticas que a animam: drogas e camisinhas para todos, operações transex pagas pelo governo, banheiros unissex, liberdade de fazer sexo em público no campus, reconhecimento do sexo grupal como “nova modalidade de família” etc. etc.
           
A base de apoio do PT é uma casquinha da aparências na superfície de uma sociedade em vias de explodir.
           
O único fator que realmente mantém esse partido no poder é o temor servil com que as forças ditas “de oposição” encaram uma possível crise de governabilidade e, sob a desculpa da “legalidade”, e da “normalidade democrática”, insistem em dar ao comunopetismo uma sobrevida artificial, encarregando a classe política de ajudá-lo a respirar com aparelhos ou pelo menos a matá-lo só aos pouquinhos, de maneira discreta e indolor.
           
Mas que legalidade é essa? Por favor, leiam:
           
Constituição Federal, Título I, Art. V, parágrafo único: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.”
           
Será que o “diretamente” não vale mais? Foi suprimido? Os representantes eleitos adquiriram o direito de decidir tudo por si, contra a vontade expressa do povo que os elegeu? Só eles, e não o povo, representam agora a “ordem democrática”?

Senhores deputados, senadores, generais e importantões em geral: Quem meteu nas suas cabeças que a ordem constitucional é personificada só pelos representantes e não, muito acima deles, por quem os elegeu? Parem se ser hipócritas: defender “as instituições” contra o povo que as constituiu é traição.

A vontade popular é clara e indisfarçável: Fora Dilma, Fora PT, Fora o Foro de São Paulo! Contra a vontade popular, a presidente, seus ministros o Congresso inteiro e o comando das Forças Armadas não têm autoridade nenhuma.

Se vocês não querem fazer a vontade do povo, saiam do caminho e deixem que ele a faça por si.

Olavo de Carvalho
Jornalista e Filósofo

Diário do Comércio de São Paulo em 28 de agosto de 2015.


domingo, 30 de agosto de 2015

Um novo futuro

Chico Xavier

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".


Comentário do blog: o Brasil não pode mudar o que já passou, mas pode e deve, através da ruptura com o modelo político que nos explora desde sempre, e mediante o Poder Instituinte, criar um novo Contrato Social e desta vez um futuro para seus cidadãos.(MBF).

Viagem Astral à Vrindavan

Wagner Borges

Desperto fora do corpo no plano extrafísico concomitante à cidade de Vrindavan, terra onde viveu o menino Krishna. Ainda hoje, a atmosfera espiritual do lugar está preenchida pelas vibrações sutis do menino Gopala*.

Há dois amparadores junto comigo, mas eles não querem se identificar. Percebo os seus vultos luminosos ao meu lado e respeito os seus motivos extrafísicos. Telepaticamente, eles me sugerem que eu vá até um antigo templo nas cercanias da cidade, junto à orla da floresta.

Plenamente consciente, deslizo pelo ar até o local. Noto uma certa expansão de energia branca no centro do meu parachacra frontal **, acompanhada de um aumento das percepções extrafísicas. Atravesso uma das paredes do templo e me surpreendo: dentro do ambiente, no duplo extrafísico do salão principal, há centenas de projetores de vários lugares do mundo. Os seus corpos estão repousando em outros países, mas suas almas estão projetadas aqui num templo da Índia.

Apesar de também estar ali projetado, não sou percebido por nenhum deles. O motivo disso é simples: eles estão semiconscientes, entorpecidos, transitando extrafisicamente por ali, tal qual zumbis extrafísicos. Motivados por automatismos extrafísicos variados, vieram projetados aqui em busca das bençãos do menino Krishna. Conseguiram chegar, mas estão entorpecidos! Alguns estão flutuando à deriva pelo salão, enquanto outros estão ajoelhados rezando automaticamente. Valendo-me da magnitude das percepções extrafísicas (e com o intuito de aprender pela observação consciente), faço uma varredura energética no ambiente e nos projetores e observo o seguinte:

Os que estão ajoelhados estão cegos de devoção. Estão inchados de intolerância, pois amam a Krishna, mas não amam o mundo. Esqueceram do óbvio: não se chega à Krishna com fé cega! Falta-lhes o mais importante: discernimento e simplicidade. Os que flutuam pelo ar estão cheios de conhecimento. Leram muito sobre o menino Krishna.

Contudo, também estão semiconscientes. A arrogância do saber drenou-lhes a capacidade de compreender os outros. Falta-lhes o essencial: compaixão e abertura consciencial. E não se chega à Krishna pelas vias do orgulho! Observando aquelas pessoas projetadas, vítimas do condicionamento e da rigidez consciencial, dei-me conta de como é bom ter a mente aberta e ser bem humorado.

Exteriorizei energias na intenção de todos e saí volitando por sobre a floresta ao lado. Em dado instante, percebi o som de um rio que cortava a densa vegetação lá embaixo. Desci e pairei sobre a superfície das águas. Repentinamente, um delicioso aroma interpenetrou-me por inteiro (a sensação era exatamente essa!). Não sei precisar qual era o perfume e nem sei explicar direito a sensação, mas por intuição direta, sei que era o perfume do menino Krishna. A lucidez ampliou-se e perante a minha visão extrafísica (paravisão), as águas do rio transformaram-se em ouro líquido. Isto é, um rio dourado cortava agora a densa vegetação. Uma onda de Amor incondicional interpenetrou a mim, ao rio e a floresta inteira. Tudo estava tomado pelas vibrações sutis de Govinda, o senhor dos olhos de lótus. No centro do meu parachacra cardíaco surgiu uma luz dourada. Então, fui possuído espiritualmente por esse Amor incomensurável e minha consciência se expandiu. Envolvido em tal enlevo, percebi que era hora de voltar para o corpo físico e preenchê-lo com esse amor. Logo a seguir, senti um desconforto na área da paranuca (sintoma característico do chamado vibratório do cordão de prata). Em instantes, fui tracionado vigorosamente para dentro do vaso carnal. Ato contínuo, abri os olhos do físico. Para minha alegria, continuava a perceber o rio dourado pela clarividência. Nisso, tomei consciência de uma situação inusitada: embora percebesse o rio dourado lá em Vrindavan, ao mesmo tempo eu o percebia correndo dentro do meu coração. E aquele amor ainda me possuía por inteiro.

Por sugestão dos dois amparadores sutis, sugiro aos candidatos à projetores conscientes a seguinte prática: – deitado, com a mente e o corpo irmanados no mesmo objetivo de evoluir e fazer o Bem, visualize poderosamente que o seu corpo se transforma num rio dourado. Isto é, transforme-se numa massa de ouro líquido por inteiro. Tente imaginar o som da água correndo dentro de você (tanto faz o sentido do correr da água, se de cima para baixo ou de baixo para cima). Dissolva-se na energia dourada! Se quiser ampliar a concentração, vibre mentalmente no chacra frontal (à guiza de mantra) o nome de “VRINDAVAN”, ou então o nome de “KRISHNA”.

Faça isso todas as noites e fique muito bem!


Wagner D. Borges
São Paulo, 11 de fevereiro de 1998.

* Gopala (do sânscrito): “pastor”, “pastoreador”, “divino pastor”.
** Credito a essa energia branca a excepcional lucidez desta projeção.



sábado, 29 de agosto de 2015

Intervenção Constitucional: por quê?



Antônio José Ribas Paiva

O Estado existe para proteger as pessoas, nunca para oprimi-las, como ocorre, de há muito, no  BRASIL.

O SISTEMA POLÍTICO e seus mecanismos devem garantir o REGIME DEMOCRÁTICO.

Ele é a SEGURANÇA DO DIREITO DE TODOS e não, apenas, a segurança e as regalias da CLASSE POLÍTICA.

Para RESTABELECER AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS, usurpadas pela classe política, é imprescindível a INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL JÁ!

Quem cumprirá tal missão? As FORÇAS PATRIÓTICAS, civis e militares.

Golpe? Não tem nada disso! Golpes os políticos ladrões vêm dando - antes até do nascedouro dessa tal "Nova República" que vigora de 1985 até agora.

Os segmentos esclarecidos do povo exercerão seu Poder Instituinte de promover a Intervenção Constitucional.

Porque o Brasil não tem outra saída democrática!


Antônio José Ribas Paiva é Advogado.
Alerta Total – www.alertatotal.net
28.08.2015

Comentário do blog: que precisamos de um novo Contrato Social é indiscutível ! A questão é como chegar à ele.(MBF).


Porque as indicações políticas para os Tribunais são anti-democráticas

Martim Berto Fuchs

Ontem escrevi um artigo sobre as indicações políticas para Tribunais (todos) serem anti-democráticas. Vejam o levantamento feito pelo site Congresso em Foco sobre o assunto.

Dos 500 parlamentares investigados desde 1988, só 16 foram condenados pelo STF

Apenas metade dos condenados cumpriu ou cumpre pena. Cinco escaparam da punição porque seus crimes prescreveram. Revista Congresso em Foco mostra como a lentidão da Justiça favorece a impunidade de políticos.

Desde 1988, ano em que a atual Constituição entrou em vigor, mais de 500 parlamentares foram investigados no Supremo Tribunal Federal (STF). A primeira condenação ocorreu apenas em 2010. De lá para cá, apenas 16 congressistas que estavam no exercício do mandato foram condenados por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verba pública. Os dados são de levantamento da Revista Congresso em Foco.

Entre os considerados culpados, somente o ex-deputado Natan Donadon (RO) está atrás das grades. O ex-peemedebista cumpre pena de 13 anos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por desviar recursos da Assembleia Legislativa de Rondônia. Além dele, quatro ex-parlamentares estão em prisão domiciliar no momento. Outros dois já cumpriram a punição.

Três recorrem da sentença – um deles, o senador Ivo Cassol (PP-RO), segue no exercício do mandato dois anos após ter sido condenado pelo Supremo a quatro anos e oito meses de prisão por crimes contra a Lei de Licitações. Outros cinco condenados – Cássio Taniguchi (DEM-PR), Abelardo Camarinha (PSB-SP), Jairo Ataíde (DEM-MG), Marco Tebaldi (PSDB-SC) e Marçal Filho (PMDB-MS) – escaparam da punição porque a Justiça perdeu o prazo para condená-los. Em outras palavras, seus crimes prescreveram.

De julho de 2013 a julho de 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou pelo menos 290 inquéritos e ações penais contra 167 parlamentares. Ao menos 63 desses processos (22%) foram para o arquivo por prescrição, ou seja, o Estado demorou tanto a julgar os acusados que perdeu o direito de puni-los. Os dados são de levantamento exclusivo da nova edição da Revista Congresso em Foco.

Entre os beneficiados pela demora estão o deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC) e o ex-deputado Marçal Filho (PMDB-MS), condenados a três e dois anos de reclusão, respectivamente, em 2014, por atos ocorridos em 2001 e 1998.

Na maioria dos casos, no entanto, os ministros nem chegaram a analisar a acusação. Foi o que ocorreu, por exemplo, com alguns personagens envolvidos em casos rumorosos. O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) foi um dos beneficiados com a lentidão da Justiça. Ele já se livrou de rolos judiciais desde que completou 70 anos de idade, em outubro de 2014. Como a legislação reduz à metade o prazo de prescrição para os crimes atribuídos ao parlamentar, três dos processos a que ele respondia foram arquivados desde o início do ano.

Os três casos remetem à suspeita de participação de Jader num esquema que, de acordo com os investigadores, desviou R$ 1 bilhão dos cofres da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

Uma das denúncias da Sudam foi a gota d’água para ele renunciar à Presidência do Senado e, pouco depois, ao mandato de senador, em 2001: a acusação de que tinha se beneficiado de repasses da superintendência a um projeto para criação e abate de rãs, tocado por Márcia Zaluth, sua esposa à época. O senador ainda responde a um inquérito e cinco ações penais na corte.



sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Indicações políticas para cargos são anti-democráticas

Martim Berto Fuchs

Analisando individualmente cada uma das 4 propostas apresentadas no artigo “207 anos deenrolação. Chega !!!”, temos que a segunda, o sistema de indicação política para Tribunais de Contas, seja da União ou dos estados, e obviamente mantida na nossa Monarquia Republicana, permite todo tipo de “soluções” anti-democráticas por parte das partes; principalmente pelo indicado, atendendo ordens de quem indicou.

Esta aberração da época monárquica, quando o Rei, “ungido divino”,  criava as leis, executava as leis e se alguém reclamasse, julgava os casos, terá que desaparecer do nosso sistema político.

Não dá para esperar que velhas raposas da política, ou novas, indicadas para guarnecer a porta do galinheiro, o façam sem participar da galinhada. Os exemplos abundam.


E não é somente para os Tribunais de Contas que o sistema criminoso de indicações políticas tem que terminar. O sistema em si tem que ser eliminado, por ser um dos principais causadores das desgraças por que o país passa ciclicamente. Ou indicam capachos, ou indicam incapazes. E nós, como sempre, bovinamente pagamos a conta.

Uma proposta simples para tentar equilibrar o orçamento e reduzir o tamanho do Estado

João Luiz Mauad

Quando o povo descobrir que pode votar pelo seu dinheiro, isso marcará o fim da República”.  Benjamin Franklin


Lula e Dilma fizeram explodir em seus mandatos o total de funcionários na administração pública federal. Juntos, os dois contrataram 129.641 servidores concursados (elevando o total para 615.621). Já o pessoal em cargos, funções de confiança e gratificações aumentou em 32.052 (para 99.850; +30%).
Cerca de 75% de tudo o que entra no caixa do governo federal hoje sai diretamente para o bolso de funcionários públicos, aposentados e beneficiários de programas sociais. O governo acaba atuando, portanto, como um simples controlador de uma “grande folha de pagamentos”. Entrou, saiu.

Há estimativas segundo as quais mais de cinquenta por cento dos eleitores brasileiros já recebem, direta ou indiretamente, pagamentos mensais dos diversos governos, sejam proventos salariais, aposentadorias, pensões, bolsas assistencialistas e subsídios diversos.

Em seu livro “Bureaucracy”, de 1944, Mises já nos alertava do grande perigo que isso representa.  Nas democracias, os beneficiários de pagamentos do governo se transformam, quando eleitores, ao mesmo tempo, em seus “empregados” e seus “patrões”. Eles são, sob uma constituição democrática, concomitantemente, pagadores de impostos (patrões) e recebedores de recursos (empregados).

Na hora de votar, parece óbvio que esses indivíduos colocarão os seus interesses de “empregados” acima dos de “empregadores”, já que o volume de recursos que retiram dos fundos públicos será sempre maior do que a sua contribuição ao erário. Esses eleitores estarão sempre mais dispostos a conseguir um aumento de seus proventos do que manter um orçamento equilibrado.

Com efeito, quem está na folha do governo se importará muito menos com idéias ou questões como liberdade, justiça, império da lei, boa governança, etc., do que com o aumento constante e progressivo do seu contracheque.

Por outro lado, nenhum político vai querer correr o risco de se opor ao apetite desses eleitores, principalmente se eles são muito numerosos. Por conseguinte, os vários partidos políticos estarão sempre disputando uma corrida maluca para tornarem-se os mais generosos aos olhos deles. (Qualquer semelhança com Pindorama atualmente não é mera coincidência).

Segundo Mises, a Democracia representativa simplesmente não se sustenta se grande parte dos eleitores está na folha de pagamento do governo. Quando os políticos já não se consideram mais mandatários dos pagadores de impostos, mas representantes dos beneficiários dos recursos do Tesouro, a democracia já era.

Portanto, só há uma maneira de tentar evitar que o voto se transforme em moeda de troca entre os políticos e os eleitores que têm interesse direto nos dinheiros públicos.  Passar uma emenda constitucional que suspenda o direito de voto de todos aqueles que recebem proventos, salários, subsídios ou quaisquer pagamentos do Tesouro, enquanto perdurarem esses recebimentos. (*)

Deixar as decisões políticas exclusivamente a cargo dos pagadores de impostos é a única forma de, a longo prazo, conseguirmos reduzir os gastos públicos e, consequentemente, equilibrarmos as finanças do país.
(*) Eu deixaria de fora apenas os aposentados, que, afinal de contas, só estão recebendo de volta aquilo que entregaram previamente ao governo, sem que tivessem qualquer escolha, já que a previdência pública é compulsória.


João Luiz Mauad
João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.
Instituto Liberal

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Empreguismo é roubo !!!

Martim Berto Fuchs

Analisando individualmente cada uma das 4 propostas que fiz no artigo "207 anos de enrolação. Chega!!!", temos que a primeira delas, qual seja, rebaixar o percentual da Lei de Responsabilidade Fiscal de 50% da arrecadação para 30%, como limite para despesa com folhas de pagamento, URGE ser posto em prática.

Sabemos que o empreguismo no Brasil é histórico; desde 1808. Pior ainda, se tornou cultural.

TODAS as crises que passamos tem sua origem na falta de dinheiro dos governos, seja municipal, estadual e principalmente do governo da União, por ser centralizador dos tributos e redistribuidor dos mesmos, aliás, artifício aproveitado para cooptação de adversários políticos, vulgo COMPRAR apoio.

Frize-se. Não é que os governos arrecadem valores insuficientes, atualmente quase 40% do que é produzido. O que ocorre é que usam criminosamente esse dinheiro.

O governo toma dinheiro emprestado até para cobrir folhas de pagamento. Só isso já seria caso de destituição dos responsáveis, começando pelos respectivos chefes do executivo e seus encarregados das finanças.

Eles nos extorquem  R$ 1,8 TRILHÕES  de reais por ano. Para que ? Para que sustentemos seus cabos eleitorais, parentes, amantes e amigos ?

Quando nos convercermos disto - antes tarde do que nunca - e nos movimentarmos no sentido de pressionar o poder Legislativo para esta resolução, começará sobrar dinheiro para atender as verdadeiras obrigações dos governantes. Salvo que 2 + 2 não seja mais 4.


Propensão Genética para roubar

Waldo Luiz Viana

“Só existem dois grupos em verdadeira luta no Brasil: os que estão roubando e os que querem roubar”.

(Tenório Cavalcanti - o famoso "Homem da Capa Preta", lendário político da Baixada Fluminense e ex-dono do jornal "Luta Democrática").

Michel Foucault, célebre pensador, filósofo e médico-psiquiatra francês revolucionou a década de 70, do século passado, afirmando que, afora a demência, todas as doenças mentais são conseqüência de pontos de vista culturais vigentes na sociedade em certo momento histórico.

Haja vista a homossexualidade, classificada na década de 50 como doença, incluída no Catálogo Internacional da ONU, e hoje percebida como um comportamento agradável e até motivo de orgulho pelos praticantes, chegados e participantes. Esse movimento acompanha, como repetição ou farsa, os costumes da Grécia antiga, que, no século V aC.,  apoiavam a homossexualidade como comportamento socialmente aceito, assim como o materialismo e a idolatria de diversos deuses, ditos “olímpicos”.

No Brasil, ganha corpo uma legislação para incorporar a homossexualidade como comportamento aceito e o repúdio, incluído como delito penal, da homofobia. Só falta uma lei que nos obrigue à prática, contrariando as célebres disposições do Deuteronômio.

Em nosso país, por outro lado, sempre aceitamos o ladrão famoso e rico, o ladrão das elites, como digno de admiração silenciosa e até de elogios cochichados. O honesto subjugado, ou seja, aquele que mesmo que deseje, jamais consegue roubar, por medo ou incompetência, sempre admirou a capacidade crítica dos rompedores, dos grandes vigaristas que desafiam as leis caretas e se lançam em enormes tacadas, com suas malas pretas, estilo 007. Os pequeno- burgueses ufanam-se dos protagonistas, transgressores das leis, formadores de quadrilhas, até então inexpugnáveis.

Por outro lado, os brasileiros acham insuportável aquela rama da sociedade que furta galinhas ou pedaços de queijo, os ignorantes que praticam pequenos delitos, seja por fome, pobreza ou falta de instrução: esses recebem o opróbrio público pela ausência completa de “savoir-faire” e abarrotam as Varas criminais, enchendo o saco dos atarefados juízes, que sempre têm mais o que fazer. Resultado: essa escumalha abarrota as penitenciárias de negros, pardos e pobres, traçando o perfil dos apenados, como uma escória sem voz nem vez.

Os heróis, por conseguinte, estão na outra ponta ou no vértice da pirâmide social. Sua malandragem é socialmente aceita e muito admirada. Grana no exterior, tacadas na bolsa, operações de caixa 2, superfaturamento em obras públicas, contas em paraísos fiscais, empresas de fachadas para “esquentar” dinheiro, laranjas abonados com imóveis e fazendas, comissões do tráfico de drogas e de armas, subornos a políticos e juízes – enfim, há um séquito incontável de bueiros por onde escorre o dinheiro sujo, objeto da secreta admiração de numerosos brasileiros.

Essa disposição psicológica, porém, vem arrefecendo culturalmente por dois motivos: o aparecimento da Internet e o fortalecimento da cidadania através de franquias democráticas. Hoje, a polícia federal, que é uma entidade de investigação digital, pode pegar os grandes ladrões pela gola e o imposto de renda pode seguir, se quiser, os sinais exteriores de riqueza, como já faz o seu congênere norte-americano há mais de cinqüenta anos.

No entanto, sobra uma peninha nessa discussão: como conceber que pessoas ricas, abonadas às vezes de berço, tentem se locupletar com mais dinheiro e bens, exibindo aquela velha mentalidade de que meter a mão no dinheiro público não é pecado, porque “ele não é de ninguém”?

Tal elite patrimonialista e atrasada poderia sofrer o julgamento reverso às considerações de Foucault, no passado. De admirados personagens, esses donatários da corrupção seriam classificados como indivíduos geneticamente perturbados por afecção patológica, catalogável internacionalmente. Não que isso os eximisse de culpa ou de cadeia. Mas seria um avanço tecnológico para a compreensão forense desses comportamentos delituosos, típicos de certos empresários e políticos.

Aliás, com as instâncias recursais permitidas pelo nosso Código de Processo Penal, somadas à belíssima figura constitucional da presunção da inocência, que  só favorece os delinquentes ricos ou os executores de crimes hediondos, muitos escapam das malhas da lei e só são condenados quando as penas já estão prescritas ou quando o próprio criminoso já morreu, tornando a execução da pena uma tarefa completamente paranormal.

A propensão genética para furtar ou roubar não está adstrita apenas à cleptomania, que afeta indistintamente, como doença, até personagens de boa reputação. É uma tendência mais profunda que deveria ser estudada, de modo mais atento, nesse país, em que os grandes tubarões têm necessidade de engolir grandes quantias, formando quadrilhas e lobbies cujos vestígios agora aparecem na insegurança das brechas deixadas pela informática.

Os grandes ladrões não atiram, são documentalistas e internautas, empregam centenas de pessoas que nem desconfiam de suas atividades e até cumprem, de fachada, belos papéis sociais. Fico pensando como deve ser duro para um juiz, de causas cíveis, ganhando menos de 30 mil reais ao mês, julgando causas de 200 milhões de dólares de réus louros, de olhos azuis, sorridentes e confiantes à esperada das sentenças.

Tais magistrados são torturados, porque são funcionários de Estado sem participação nos lucros ou qualquer comissão pelas sentenças. Como a Justiça sempre ganha, no processo acusatório, seja de uma parte ou de outra, o dinheiro das causas reverte para palácios suntuosos, olhados de longe pelo povo admirado que, quase sempre neles não entram.

Sou, por conseguinte, inteiramente favorável a que os juízes, desde a primeira instância, recebam comissões sobre as sentenças, a partir de certo patamar e do grau de morbidade das causas, incluindo aí as consequências sociais e exemplares dos delitos e que os médicos forenses possam avaliar neurológica e psicologicamente o comportamento de nossos delinquentes milionários, a fim de ofertar ao mundo uma contribuição brasileira para a mitigação de uma doença tipicamente nacional: a nossa velha propensão genética para roubar e se apropriar, alegremente, do que é alheio.

Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e não tem nenhum juiz na família. Artigo extraído do livro: "A propósito do meu conservadorismo assustador" 

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Dados que eles, governos, NÃO fornecem

Martim Berto Fuchs

Já tentei e não consegui – dados confiáveis - ou, não distorcidos deliberadamente.

- Secretaria de Educação, seja municipal ou estadual:
p.ex., num total de 100 funcionários da Secretaria, quantos estão EFETIVAMENTE em sala de aula lecionando ? Atenção: muitas vezes eles incluem professores temporários, mas estes deverão ser somados separadamente aos efetivos.
Quem conseguir esse dado em sua cidade e/ou estado, fornecido corretamente por alguém, poderia transmití-lo ao blog ?

- Ministério da Educação: dados oficiais.
O ministério da Educação é a pasta com maior número de funcionários da Esplanada. No órgão, há mais de 44 mil cargos de confiança, além dos 285 mil efetivos. Nos últimos anos foram criadas 50 mil novas vagas.

- Ministérios-39. Dados segundo a revista ISTO É:
Desde 2010, 39 ministérios, a maioria deles criados para acomodar apadrinhados políticos, cujos custos de manutenção – o chamado custeio – consomem por ano R$ 424 bilhões. Desse total, o gasto com pessoal atinge a inacreditável marca de R$ 214 bilhões, o equivalente a 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.


Alguns dados que disponho, de 2012:

- Municípios-5.565:  6.280.213 pessoas na “ativa” que recebem pelas folhas de pagamento do setor público.  

- Estados-26+DF:  3.128.923 pessoas na “ativa” que recebem pelas folhas de pagamento do setor público.

- União: 1.100.000 pessoas na “ativa” que recebem pelas folhas de pagamento do setor público.


Nota: cada aumento da receita pública, autoriza os governantes à gastar a metade do aumento na contratação de MAIS pessoas para as diversas folhas de pagamento. Não importa se precisa ou não. Eles imediatamente contratam.

Não somos idiotas: Renan cai quando, Janot?

Humberto de Luna Freire Filho

Leiam uma manchete ridícula que faz jus ao maucaratismo e pouca vergonha dos políticos brasileiros, com raríssimas exceções - Partidos lançam manifesto pelo afastamento - Pois é, deputados de 10 legendas cobram renúncia de Cunha e afirmam que a acusação formal feita contra ele ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR) tornou sua situação insustentável.

Isso seria louvável se não estivéssemos falando de uma das Casa do poder Legislativo que tem, no Supremo Tribunal Federal (STF), 166 deputados investigados e 36 réus. Dos 513 deputados que compõem a Câmara Federal, 202, mais de um terço do total, não passam de bandidos, sem contar aqueles que ainda permanecem no armário, por sorte ou por serem amigos da rainha.

Não tenho a menor intenção em defender o deputado Eduardo Cunha, mas por que só ele tem que ser cassado? Porque tem que ser afastado da presidência da Casa? É para atender o pedido da anta palaciana, temendo um possível impeachment, e aplainar terreno para o mais novo pau mandado do Planalto garantir sua recondução ao cargo de Procurador-geral da República em conluio com o mais novo membro da quadrilha, o mui nobre senador Renan Calheiros?

Podridão por podridão, que a presidência da Câmara fique com quem está até que se tenha uma palavra final do STF. Analisando friamente, a permanência de Cunha na presidência da Câmara não deixa dúvidas que os latidos de ambas as partes irão aumentar, mas teríamos um contraponto, um freio nessa promiscuidade que está tomando conta do Legislativo e do Executivo, agora influenciada e intermediada pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Ali, quanto mais se mexe, mais fede e a sociedade brasileira não suporta mais. A essa altura eu daria a título de sugestão ao deputado Eduardo Cunha a ideia de criar o PIR, Partido dos Investigados e Réus. Assim, já de início, ele contaria com uma bancada de 202 picaretas com imunidade, prontos para lhe dar apoio. E não poderia ser diferente, são todos praticantes do ofício.

Para finalizar, quero transcrever a citação de Mahatma Gandhi oferecida pelo procurador Rodrigo Janot em sua denúncia contra o presidente da Câmara - "Quando eu me desespero, eu me lembro que, durante toda a história, os caminhos da verdade e do amor sempre ganharam.Tem existido tiranos e assassinos e, por um tempo, eles parecem invencíveis, mas no final sempre caem. Pense nisso: sempre".

Pergunto: senhor Janot, o presidente do Senado vai cair? Quando?


Humberto de Luna Freire Filho
Médico

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Corte de apenas 10 ministérios ? E o resto ?


Martim Berto Fuchs

Quando D.João VI chegou em 1808 ao Brasil, “meio que de afogadilho”, trouxe uma comitiva de 10.000 turistas. Como naquela época não tínhamos hotéis suficientes para todos, “e a culpa não era deles”, ficaram hospedados por aqui por conta do governo.
Em 207 anos, como não podia deixar de ser, o número “deu cria”.

Hoje, sustentamos um número indefinido de “turistas” travestidos de funcionários - daqueles que visitam o caixa dos governos uma vez por mês.

Alguns números:

10 Downing Street 170 funcionários.
Casa Branca 456 funcionários.
Palácio do Planalto 4.600 funcionários. Funcionários ?
Shell 93 mil funcionários no mundo.
Petrobras 400 mil funcionários. Funcionários ?
Senado dos “sarney's” 13.000 funcionários. Funcionários ?

Será que esses números chegam ao conhecimento dos nossos governantes ?
Se chegam, eles são mais salafrários do que imaginamos.