Odemiro
Fonseca
Será que voltaremos à economia da autoestima? É
aquela que se rotula progressista. Acha que pode criar progresso “incentivando
a produção e o consumo”, aumentando o tamanho do Estado e fechando a economia.
Quem não concorda é contra o progresso, os trabalhadores e os pobres. Os
progressistas são criacionistas laicos, acham que o mundo foi criado por algum
deus único chamado governo.
A economia da autoestima não precisa de realidade,
apenas de superioridade moral. Por exemplo, não adianta “vontade política” para
enfrentar o problema fiscal, pois para o Brasil, ajuste fiscal não é uma
escolha.
Mas nem os piores adversários do PT imaginavam o estrago que o
progressismo petista iria causar. Já desempregou
mais de dois milhões, criou a Bolsa Empresa, a Bolsa Meu Dízimo (alguns
bolsistas na prisão) e conseguiu uma depressão inusitada. A realidade
ridiculariza o PT.
Mas se buscamos achar “os bons” para colocá-los no
governo, o esforço da Lava-Jato será jogado no lixo. Temos um arcabouço
institucional em política e economia que estimula ineficiência e corrupção. E
ineficiência estatal é pior que a corrupção. Não temos especiais culpados, foi tarefa
de séculos. Para revertermos, precisamos reformar esse arcabouço institucional.
Temos outra chance com esta crise.
Reformas na direção de abertura econômica,
empreendedorismo, simplificação reguladora e desestatização geram progresso
permanente. No “milagre alemão”, a Alemanha Ocidental (1947) tornou-se o mais
rico europeu em uma década.
A abertura e desestatização total das duas
Alemanhas e sua reforma do Estado do Bem-Estar dos anos 90 tornaram a nova
Alemanha capaz de ancorar a União Europeia e criar uma sociedade de altíssimo
padrão de vida.
E nos anos 90 andava-se por um shopping sul-coreano
e não se via uma única máquina registradora. Empresas pequenas muito contribuem
com empregos e pouco com impostos.
Presidente Dilma, o outro mundo em que a senhora
acreditava não é possível. Sumiu num buraco negro intelectual uns 40 anos
atrás. Vários partidos e políticos pelo mundo entenderam e fizeram mudanças de
rumo. A senhora pode salvar o seu cargo e seu legado.
Pobreza se reduz de modo permanente, com competição
e produtividade. A população mundial em pobreza absoluta caiu 80% entre 1974 e
2006, a maior queda da história humana, com as reformas mencionadas
anteriormente.
Odemiro
Fonseca
Empresário
A Voz do Cidadão
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