domingo, 24 de junho de 2012

Estão confundindo PIB com KIB


Os do Silva, Haddad e Maluf de um lado contra os do Serra, Kassab e Alkmin de outro.
Terceiro cofre do país, São Paulo capital, os contendores estão jogando pesado para ver quem fica com a chave. Lógico, o projeto de futuro do lullo-petismo é cada vez mais indefinido, pois nunca sabe de nada, enquanto o do PSDB-PSD é ... qual mesmo ? Esqueçam o que eu disse ?

Enquanto disputam a chave, o PIB continua esquecido. Nossa Presidente já declarou que não pode interromper o desenvolvimento (2% a.a.???) para atualizar as Leis que regem a indústria, comércio e serviços. 10 anos se passaram desde a primeira promessa de mudança dos atuais encarregados – sindicalistas - e depois desse tempo a única realidade é que não sabem como fazer.  Não tem proposta mínima que seja aceita por quem quer que seja, nem dentro dos próprios quadros. Salvo se considerarmos como proposta as estultices do Foro de São Paulo, fundado por Fidel e Lulla, que propõe a pobreza como patamar generalizado, ao ponto de tentarem nos impingir a idéia de que 1.000 reais é classe média.

Insistindo numa educação calcada num programa errado e sem futuro como o ECA, que esqueceu completamente, por ignorância ou má fé, a reciprocidade entre direitos e deveres, por um lado e por outro que o ser humano é tudo menos basicamente matéria, já comprometeram o futuro do país, pois esbarramos na falta de mão de obra qualificada para enfrentar os desafios que há muito vem se acumulando, ao ponto de agora, para cúmulo dos cúmulos, termos que aceitar a imigração de mão de obra.

Enquanto o PIB cai em função de um crescimento perto de ZERO, o que fazem os governantes ? Tentam movimentar a economia com obras públicas, estádios de futebol, e estímulos à população para compras no crediário, enquanto dissimulam aumentos de  impostos e taxas para manter a arrecadação necessária para pagar o eterno parasitismo estatal.

Aliás, sejamos justos, o verdadeiro horror pelo trabalho demonstrado por nossos governantes e pelas ditas elites que os cercam, vem desde o primeiro império. Quando o “Joãozinho sexto” veio navegando às pressas de Portugal escapando da turma do Napoleão, cujo esporte favorito era caçar monarcas recalcitrantes, trouxe consigo o que havia de pior. Não confundir, pois não estou me referindo aos degredados de Açores que também vieram e sim aos inúteis da Corte. Depois disto, com o mau exemplo, só quem trabalhava eram os escravos, negros, trazidos como carga viva das colônias portuguesas na África.

Hoje, ao tentar estimular a economia com algumas obras públicas, de serventia duvidosa, esquecem do detalhe  de que no custo de uma obra pública temos:

- Projetos propositadamente mal feitos, mas caros
- Polpudas propinas
- Juros escorchantes
- Taxas para todos os gostos
- Impostos à vontade
- Aditivos que fazem a festa das partes envolvidas, governantes e empreiteiros
- Materiais de qualidade duvidosa
- Desvio de materiais
- Sindicatos mamando
- Advogados trabalhistas à espreita
- Justiça do Trabalho descumprindo sua finalidade, pois há muito deixou de ser cega,

menos a reciprocidade financeira para com quem executa a obra, os trabalhadores, que se quiserem adquirir as porcarias chinesas, “balatinhas”, hoje copiadas pelo que restou da indústria nacional, precisam apelar para o crediário, por menor que seja o valor e passar o resto do tempo preocupados com o fato de que o salário terminou e o mês ainda não.

Como vai sobrar para o salário, se a soma dos impostos e juros são tão elevados, que nem matéria-prima adequada é mais usada ? Quem ganha pouco, além de tudo se vê obrigado a comprar produtos de péssima qualidade/curta vida útil. Não obstante, mesmo sobre essas porcarias, o  governo faz a festa com os impostos, para sustentar os descendentes do “Joãozinho sexto”, que continuam mamando em berço esplêndido e se reproduzindo como coelhos. Já são 11 milhões que recebem pela rubrica “na ativa”, embora ninguém saiba que atividade é esta, mais os já “desativados” com salário integral, muitas vezes mais de um.

- Mão de obra desqualificada
- Mão de obra mal paga
- Mão de obra cara para o empregador
- Empresários e suas empresas – os de fora da Corte - tratados como inimigos, tanto pelo governo como pelos sindicatos pelegos, cúmplices de governantes despreparados e sem proposta.

E é assim que pretendem reverter o caos em que nos enfiaram ? Jamais sairemos deste atoleiro. Quanto mais empurram nossos problemas com a barriga, mais afundamos. Está mais do que na hora de enfrentarmos as vicissitudes sem hipocrisia e demagogia,  sem o liberalismo dito cristão e suas especulações e sem o materialismo ateu, onde a emenda foi pior que o soneto.

Vamos

- qualificar nossa mão de obra
- pagar bem por ela
- transformar nossas empresas estatais e privadas em empresas sociais
- tratá-las como as jóias da coroa, mas com leis claras e simples, e com justiça, pois terão que ser as mantenedoras dos empregos e do crescimento auto-sustentado.

Ninguém está proibido de ser rico. Ninguém será obrigado a amargar a pobreza e a miséria para que hajam ricos. Há sim para todos.”

E ter sempre na lembrança: o que fizestes ontem colherás hoje e o que fizeres hoje colherás amanhã. É a Lei, inexorável, creiam ou não.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

BRASIL CARINHOSO



Bom dia, dona Dilma!

Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.

Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA!  É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil.

Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para “engordar” sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano qüinqüenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.

É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a platéia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente.

Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora. Sou bastante madura,  bastante politizada, marxista, sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do “quanto pior, melhor”. São discricionários, praticantes do “bullying” mais indecente da História do Brasil.

 Em 1988 a Assembléia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*.  Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição, enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmola. A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp. Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida de que são mal-nascidos. Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou num balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação. Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou?  O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma?  Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!

Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto que o Brasil precisa. Para ontem.  De ensino técnico, profissionalizante. Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros.  Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais. Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudantA  brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens lêem (quando lêem), mas não compreendem o que leram.  Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.

Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.

A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente.  Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No aerolula  dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante. Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos  governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.

Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isto sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem está falando.

Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso. A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado. O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo.  Sou  fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez.  Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada. Outros usaram? E daí? A senhora não é “os outros”. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer.        
Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro. Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz.

A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício. Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileiras vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinqüência e às drogas.

Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos setenta e quatro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser  votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, desprecisada  e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, esta foi a escolha de vocês.

A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga  brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais. Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente?  Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital.  Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói.

Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa é PRESIDENTE.  Não sou impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim, francês e português. Por favor, corrija esta informação.

Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca saberá que desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde. O contraditório é muito saudável.

Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda. R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma? Carinho de presidentA da república do Brasil neste momento, no meu conceito, é uma campanha institucional a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos. É mais creche institucional e laica. Mais escola pública e laica em tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula, do laboratório, competente e bem remunerado. É ensino profissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho.

Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária. Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são.  Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos. Esta é a jogada. Suja.

A televisão mostra ininterruptamente imagens de desespero social. Neste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma!

Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a inteligência da minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para sustentar a máquina extraviada do governo petista.

Último lembrete: a pobreza é uma conseqüência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.
Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê?  Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu.


Atenciosamente,
Martha de Freitas Azevedo Pannunzio
Fazenda Água Limpa, Uberlândia, em 16-05-2012   
marthapannunzio@hotmail.com        CPF nº 394172806-78

*CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; ...

(Circula na internet. Admin.)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Reparação com sobra de campanha


Nossos governantes, para reparar a eterna injustiça contra os pobres, selecionaram uma etnia para ser recompensada.
Não foram apenas negros, até onde vai esta gradiente da pele, os vitimados pela indiferença daqueles que nos governaram até hoje; mas esses representam percentualmente a menor delas, logo, a mais em conta para os cofres públicos e para nossos atuais governantes mostrarem serviço e acionar sua bem azeitada máquina de propaganda já para as eleições deste ano.

Como todos governos anteriores, eles vem fugindo do enfrentamento dos problemas, principalmente na área da educação.
Mesmo nos governos militares, onde publicidade demagógica também houve, mas nem perto das raias do absurdo à que chegamos , enfrentar o problema da educação com determinação, para encaminhar uma solução definitiva, não conseguiu ser prioridade e sim remendo.

As Leis que nossos governantes já editaram, se fossem minimamente cumpridas, não estaríamos discutindo cotas para negros e sim colocando todos pobres em escolas de qualidade para que aprendessem ou não, juntamente com os não pobres, e, para àqueles incapacitados de fazê-lo,  todas mensalidades pagas com dinheiro dos impostos.

Se há dinheiro sendo arrecadado e cada vez mais pelo governo – 20% do PIB em 1984 e 40% hoje –, sem contar a tremenda diferença do PIB daquele ano para o de hoje, por que o item educação, dos 4 que cabem prioritariamente aos administradores dos recursos PÚBLICOS, continua sendo tratado com tanta demagogia e hipocrisia ? Por que precisam escolher um segmento da sociedade, o de menor percentual sobre o todo, para, desrespeitando o direito de outros nas mesmas condições, pobres, serem esses beneficiados prioritária e unicamente ?

Onde está a montanha de dinheiro que nos extorquem com impostos ? Por que não conseguem dar educação de qualidade para todos, como reza a  Constituição Cidadã, tão aplaudida quanto desrespeitada por eles políticos? 

A resposta é uma só: - Porque educação é contemplada com a sobra de campanha.

Destinam apenas aquilo que não dilapidaram irresponsavelmente para se reeleger e manter a chave do cofre na mão e paralelamente estarem sempre o mais perto possível dos negócios escusos praticados entre si, mas hipocritamente justificados como para o “bem do povo”.

Perderam completamente a vergonha de meter a mão no dinheiro público, que pelo fato de ser “público” é considerado de quem chega primeiro. O mais triste é que o Poder Judiciário não mais fica atrás nesses usos e abusos da verba pública, como infelizmente a mídia vem nos mostrando seguidamente.

Já disse e reafirmo: enquanto estivermos sob o guarda chuva deste sistema político/eleitoral, o Brasil continuará a chafurdar na cachoeira de lama em que se meteu. Quem se elege por este sistema já está comprometido desde  quando conseguiu ou aceitou ser candidato.  Depois de eleito, tem que “honrar” o compromisso assumido com os donos dos partidos.

Um exemplo claríssimo temos hoje em SP capital: o dono do PT, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, também conhecido como “o cara” pelos seus “admiradores” externos , IMPÔS para o cordão de puxa-sacos que o protege e deifica, o nome de uma pessoa, “kid” Haddad, como candidato do PT para a Prefeitura de SP. Caso vença a eleição, esse “kid” nada fará além do que seu Chefe permita e ordene. Não passará de um títere grudado a um telefone à espera de ordens. Aliás, não seria o único caso.

Capitalismo Social é uma proposta honesta e clara, sem subterfúgios, sem donos, sem conchavos de nenhuma espécie, que permitiria a sociedade selecionar seus candidatos à candidato, mediante uma Prova de Qualificação, e depois elegê-los livre e democraticamente para exercer a administração pública sem dever nada a ninguém à não ser para os eleitores.

Com absoluta certeza o dinheiro dos impostos não iria parar no bolso da classe política e de quem a mantém nos cargos independente dos “malfeitos”, e dos seus financiadores de campanha; seria direcionado para as finalidades constitucionais e suficiente para dar educação à TODOS e não apenas à uma minoria que por mais que mereça, estará “furando” a fila.
Além do que, precisarmos dar educação de qualidade e não apenas distribuir diplomas para “estudantes” formados pela cartilha do ECA, onde professores fazem de conta que ensinam e alunos fazem de conta que aprendem, clássica fórmula para manter a população ao gosto dos seus governantes, ignorantes e inescrupulosos.