sábado, 28 de fevereiro de 2015

Em busca da cultura



A chamada cultura yuppie mediocrizou os padrões intelectuais dos Estados Unidos
Em artigo escrito já há algum tempo, o publicitário Nizan Guanaes observa que às nossas classes altas falta, sobretudo, cultura. Pura verdade, mas por que somente às classes altas? Ao longo da quase totalidade da história humana, o conjunto dos homens mais cultos e sábios raramente coincidiu com o dos mais ricos e socialmente brilhantes.

“Livros e dinheiro são uma mistura perfeita para elegância, savoir faire e bom gosto”, diz Guanaes. É certo. Mas também é certo que elegância, savoir faire e bom gosto não são propriamente a alta cultura: são a vestimenta mundanizada que ela assume quando desce do círculo das inteligências possantes e criadoras para o âmbito mais vasto dos consumidores abonados, da sociedade chique. São cultura de segunda mão.

O que falta no Brasil não são apenas ricos educados. O que falta são intelectuais capazes de educá-los. Um indício claro, entre inumeráveis outros, é que nenhuma universidade brasileira, estatal ou privada, foi jamais incluída na lista de cem melhores universidades mundiais do Times Higher Education World Ranking de Londres. Não há nessa exclusão nenhuma injustiça. Rogério Cezar de Cerqueira Leite explicou o porquê em Produção científica e lixo acadêmico no Brasil.
Foi talvez sentindo obscuramente a gravidade desse estado de coisas que o próprio Guanaes mandou seu filho estudar na Phillips Exeter Academy, de New Hampshire, tida como a melhor escola preparatória americana, na esperança de colocá-lo depois em alguma universidade da Ivy League, como Harvard, Yale, ou Columbia.

Sem deixar de cumprimentar o publicitário pelo seu zelo paterno, observo que suas próprias ações provam antes o meu diagnóstico da situação do que o dele: se cultura faltasse somente aos homens ricos, bastaria enviar seus filhos a alguma universidade local ou fazê-los conviver com intelectuais de peso em São Paulo ou no Rio, e decorrida uma geração o problema estaria resolvido.

Mas aí é que está: faltam universidades que prestem, e os grandes intelectuais morreram todos, sendo substituídos por duas gerações de tagarelas incompetentes, cabos eleitorais e cultores da própria genitália, como documentei abundantemente em O Imbecil Coletivo (1996) e O Mínimo que Você Precisa Saber para Não Ser Um Idiota (2014), além de centenas de artigos, muitos deles neste mesmo Diário do Comércio.

Ricos e até governantes incultos não são, por si, nenhuma tragédia, desde que haja em torno uma classe intelectual séria, capaz de lhes impor certos padrões de julgamento que eles não precisam compreender muito bem, só respeitar.

Foi assim na Europa ao longo de toda a Idade Média e até épocas já bem avançadas dentro da modernidade, quando a casta nobre considerava que a única ocupação digna da sua posição social era a guerra, deixando os estudos para os padres e demais interessados.

O Imperador Carlos Magno só começou a aprender a ler – de má vontade – depois dos trinta anos. Afonso de Albuquerque, sete séculos depois, ainda considerava que saber línguas estrangeiras era coisa para subalternos. A alta cultura não era sinal de posição social elevada, era um ofício especializado. Daí a palavra clerc, “clérigo”, que não designava só os sacerdotes, mas, de modo geral, toda pessoa letrada.

Complementarmente, os homens de estudos eram o que podia haver de mais diferente do grand monde, dos ricos e elegantes. Até bem recentemente, mesmo nos EUA, os intelectuais, sobretudo universitários, primavam por uma vida austera, sem divertimentos nem confortos, a não ser que, por coincidência, viessem eles próprios de alguma família rica.

Tudo mudou nos anos 80, com o advento dos yuppies. Um yuppie é um jovem com diploma de universidade prestigiosa, um emprego regiamente pago em alguma cidade grande, um círculo de amigos importantes que se reúnem em clubes chiquérrimos e uma cabeça repleta de regras de polidez politicamente corretas, um conjunto formidável de não-me-toques que facilitam a aceitação social na mesma medida em que dificultam o pensamento. Foi aí que formação cultural começou a significar elegância, bom gosto e refinamento em vez de conhecimento e seriedade intelectual.

Esse foi um dos danos maiores produzidos pela desastrosa administração Jimmy Carter. Até os anos 70 os EUA ainda tinham a melhor educação do mundo, toda ela fruto da iniciativa autônoma da sociedade. A intervenção estatal, associada ao império do esquerdismo chique e ao açambarcamento de toda atividade cultural pela burocracia universitária, iniciou o processo de degradação intelectual documentado por Russell Jacoby em The Last Intellectuals: American Culture in the Age of Academe e por Allan Bloom em The Closing of the American Mind, ambos de 1987.     

No Brasil, a palavra “Harvard” ainda pode significar altíssima cultura, mas nos EUA ela evoca antes a pessoa de Barack Hussein Obama, que chegou a diretor da Harvard Law Review sem ter ultrapassado o nível das redações ginasianas e depois fez fama de autor com dois livros escritos inteiramente por Bill Ayers, um terrorista doublé de talentoso artista da palavra.          

Nada mais expressivo do vazio intelectual de Harvard do que o sucesso de John Rawls, o qual, segundo a boutade de Eric Voegelin, escreveu uma Teoria da Justiça sem notar que se tratava de uma teoria da injustiça.

O que hoje resta da antiga pujança intelectual americana refugia-se em grupos autônomos, como o círculo de discípulos do próprio Eric Voegelin, as redações de New Criterion e Commentary, meia dúzia de editoras high brow ou o time seleto de scholars que compõem a equipe de Academic Questions, uma revista acadêmica dedicada ao estudo... da decadência acadêmica.

Em comparação com o que temos no Brasil, é muito, é uma abundância invejável, mas, para o antigo padrão americano, é quase miséria. Os EUA só continuam sendo o paraíso dos estudos superiores no sentido yuppie do termo. Não por coincidência, Guanaes cita como protótipo de pessoa culta a riquíssima, chiquíssima e politicamente corretíssima Ariana Huffington, fundadora do Huffington Post, um front de antijornalismo obamista empenhado em manter acesa a chama do “Yes We Can” contra todos os fatos, contra toda evidência e contra todo o descrédito geral.

Não quero me meter na vida da família Guanaes, mas mandar um filho estudar nos EUA – digo nas grandes universidades, e não nos círculos dos happy few -- é um meio de defendê-lo contra a debacle cultural brasileira? Sim, se o que você quer para ele é uma carreira de yuppie e uma alta cultura constituída de “elegância, savoir faire e bom gosto”. Não, se você quer fazer dele um estudioso sério, capaz de compreender o Brasil e ajudar o país a sair do atoleiro.

Digo isso, também, por outro motivo. Cultura não é só aquisição de conhecimento, é a formação de uma personalidade ao mesmo tempo arraigada na realidade histórico-social concreta e capaz de transcendê-la intelectualmente.

Essa formação só é possível se ela começa pela absorção da cultura local na língua local e se prossegue nesse caminho até abarcar essa cultura como um todo e, então sim, tiver necessidade de ampliar o seu horizonte pelo contato mais aprofundado com outras culturas.

Se um jovem ignorante da sua cultura nacional é transplantado para o ambiente acadêmico de outro país, é melhor que ele fique por lá mesmo, pois, se voltar, dificilmente chegará a compreender o lugar de onde saiu.

O Brasil está repleto de diplomados de universidades estrangeiras, cujos palpites sobre a situação nacional superlotam as colunas de jornais com amostras de incompreensão que raiam a alienação psicótica. O projeto “Ciência Sem Fronteiras” está se encarregando de produzir mais alguns com dinheiro público.

Pode-se retrucar que, nas presentes condições, a aquisição da cultura brasileira se tornou inviável porque o jovem interessado não encontra guiamento nem na universidade, nem fora dela. Não tenho resposta pronta para isso, mas desde quando a dificuldade de resolver um problema torna desnecessário resolvê-lo?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

LULA SE TORNOU A MAIOR AMEAÇA À DEMOCRACIA NO PAÍS

por Carlos Newton

Desde 1939, quando foi inaugurada no centro do Rio de Janeiro, a revolucionária sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) tem sido palco de um número enorme de eventos em defesa da democracia, dos direitos civis, dos interesses nacionais e da liberdade de imprensa e de expressão.
Na noite de terça-feira, dia 24 de fevereiro, pela primeira vez a sede da histórica e lendária ABI foi palco de um atentado à democracia, praticado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se julga no direito de conclamar sindicatos, movimentos sociais e estudantis para saírem às ruas e enfrentar todos os que se manifestarem contra a corrupção na Petrobras e contra o governo petista.
É claro que a ABI nada tem a ver com isso, apenas cedeu o auditório para que se realizasse um simples ato público em prol da Petrobras, o que não representa nenhuma novidade, pois desde sua fundação a entidade máxima dos jornalistas tem como um de seus principais objetivos justamente a defesa da exploração do petróleo em benefício dos brasileiros.

NA LATA DO LIXO DA HISTÓRIA
O que ninguém esperava é que o ex-presidente Lula, jogando seu passado na lata do lixo da História, tivesse a ousadia de defender posturas absurdamente ditatoriais, em evento realizado justamente no mais tradicional e respeitado palco de defesa da democracia. O pior é que ele fez esse tipo de pronunciamento radical e suicida pouco depois de militantes do PT terem espancado diante da ABI manifestantes que defendiam o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O evento estava marcado para as 18 horas, mas Lula foi avisado de que estava havendo esse confronto e só chegou às 19h20m, escoltado pela Polícia Militar, que fez questão de proteger o ex-presidente, mas esqueceu de oferecer proteção às dezenas de cidadãos e cidadãs que estavam pacificamente exercendo seu direito de expressão e manifestação, ao defenderem a saída de Dilma.

AMEAÇA AO PAÍS
Depois, no auditório, imagine-se o constrangimento de cidadãos como o produtor Luiz Carlos Barreto e sua esposa Lucy, o professor Pinguelli Rosa, a jornalista Hildegard Angel, o ex-ministro Roberto Amaral e outras personalidade de destaque, ao presenciarem o discurso de Lula, que apoplético, fez a seguinte ameaça ao país: “Quero paz e democracia, mas eles não querem. Mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas!”

Sabia-se que o governo e o PT estavam convocando as centrais, os sindicatos, a UNE e organizações sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), para promoverem manifestações a favor do governo, como a que está sendo organizada para 13 de março. Mas ninguém poderia prever que o radicalismo pregado por Lula chegasse a tanto ponto.

O pior é que o líder do PT não tem freio, não aceita conselhos de ninguém, pensa que é o dono do Brasil e até se comporta dessa forma. Como todos sabem, sonhar ainda não é proibido, mas pode voltar a ser. Portanto, é melhor Lula consultar um terapeuta, porque tem dado mostras de que está fora de si e seu radicalismo ameaça tirar o país dos eixos. E a quem interessa isso?

Carlos Newton  -  Editor da Tribuna da Internet
http://www.tribunadainternet.com.br/category/carlos-newton/

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Petrobras: vítima do fundamentalismo

por Hélio Duque
Quem se coloca como portador exclusivo da verdade e de solução única para enfrentar as questões econômicas e políticas, deve ser considerado fundamentalista. Já o fundamentalismo político/ideológico se estrutura em ignorar a realidade, se alimentando de fantasia. Acha que Estado e governo são a mesma coisa. Não aceitando que governo é transitório, permanente é o Estado.
 
Quando adona-se do Estado, submete a sociedade à vontade e aos humores do governante. Os seus seguidores são contestadores da verdade. Defendem, por exemplo, a corrupção como fato inerente à administração pública. Argumentando que ela sempre existiu no chamado Estado burguês. Sindicatos e movimentos sociais aparelhados dão sustentação pragmática à expropriação dos recursos públicos. A grande vítima são as riquezas nacionais, onde vigarice e ousadia voraz assumem proporções inimagináveis. Pateticamente, o cinismo e a rapinagem passaram a ser programas de governo.
 
A “Operação Lava Jato” é o retrato sem retoque dessa deformação histórica. Noções elementares de equilíbrio do Estado, governo e sociedade, foram atropelados de maneira rudimentar.  Na Petrobrás, o conluio  de partidos políticos, empresários poderosos, diretores delinquentes e governo aparelhado, aliançou corruptos e corruptores, no objetivo de expropriar as riquezas nacionais. No seu eixo de sustentação, os governos Lula e Silva e Dilma Rousseff, foram os avalistas. Com digitais documental.
 
Em Angra dos Reis, no dia 7 de outubro de 2010, o presidente Lula da Silva, proclamava: “No nosso governo a Petrobrás é uma caixa branca e transparente. A gente sabe o que acontece lá dentro. E a gente decide muitas coisas que ela vai fazer.” A autossuficiência promoveu o festival de incompetência institucionalizador de projetos inviáveis. A exemplo das refinarias de Pernambuco, Ceará, Maranhão e Rio de Janeiro. Todas elas consideradas inviáveis pelo corpo técnico da Petrobrás. No parecer, “Análise empresarial dos projetos de investimento”, de 25 de novembro de 2009, era documentado o ponto de vista técnico da empresa. Atropelado e desconsiderado pelo presidente da República, que agora queda-se em silêncio constrangedor ante as revelações da “Operação Lava Jato”. O mantra é conhecido: “Eu não sabia”.
 
A presidência do Conselho de Administração da estatal tinha Dilma Rousseff, na sua titularidade. Chegando depois a presidência da República, o seu governo ampliou e agravou a situação financeira da empresa. O caixa foi dilapidado à exaustão para atender ao populismo fundamentalista. Importava petróleo à média de 100 dólares/barril e vendia internamente a 75 dólares/barril. Especialistas estimavam que o prejuízo teria sido de R$ 65 bilhões. Agora o Grupo de Economia e Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, encontrou outro número. O economista Edemar de Almeida, na “Globo News”, coordenador do Grupo, afirmou que o prejuízo da Petrobrás foi de R$ 106 bilhões. No governo Dilma Rousseff, por consequência, o endividamento da Petrobrás quadriplicou.
 
A maior crise da história da estatal teve pai e mãe, autênticos carrascos, na mutilação da quinta maior empresa de petróleo do mundo. A sua desestabilização pode ser avaliada na existência de 31 projetos e ativos, considerados superavaliados e outros inviáveis. Neles, a rapina foi a garantia da “roubança” e do conluio dos corruptos e corruptores na expropriação de bilhões de reais alimentador das quadrilhas de assaltantes engravatados. Todos sócios-proprietários do “Clube do bilhão.”
 
Os fundamentalistas brasileiros não entenderam que o Estado não pode ser adonado, irresponsavelmente, como extensão do governo. Quando isso ocorre instala-se o caos, a corrupção e o desgoverno. O jurista Ives Gandra da Silva é autor de advertência responsabilizadora dos governantes, quando Estado e governo são confundidos como um só corpo, por administradores divorciados da realidade. Afirmando: “Quando, na administração pública, o agente público permite que toda espécie de falcatruas sejam realizadas sob a sua supervisão ou falta de supervisão caracterizam-se a atuação negligente e a improbidade administrativa por culpa. Quem é pago pelo cidadão para bem gerir a coisa pública e permite seja dilapidada por atos criminosos é claramente negligente e deve responder por esses atos.”
 
Ante essa realidade, o angustiante momento brasileiro foi traduzido por Fernando Gabeira (O Estado de S.Paulo, 13-2-2015), relatando o encontro que teve com um homem na rua que lhe disse: “As vezes me arrependo de ser consciente. Se fosse apenas desligado do Brasil, não sofreria tanto. É muito duro para as pessoas, presenciando um processo com números, nomes de contratos, delatores premiados e tudo o mais, assistirem a alguém dizer que tudo isso é uma grande manobra. Querem me convencer de que sou maluco.”

Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Relator da CPI da Petrobras

por Reinaldo Azevedo

O deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), ex-carregador de malas de José Dirceu — e, hoje, de qualquer petista poderoso que fale grosso com ele —, foi indicado pelo partido para ser o relator da CPI da Petrobras na Câmara. Consta que a escolha está adequada ao gosto do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Vamos ver. Hugo Mota (PMDB-PB), que preside a comissão, sugere que não será mero pau mandado do Planalto. Estamos atentos. Será preciso ver se o trabalho indigno não vai ser executado por… Luiz Sérgio.

Esse rapaz é um portento. Ele é capaz de coisas estupefacientes. A sua característica mais notável é não ter amor-próprio. Nomeado ministro das Relações Institucionais no começo do primeiro mandato de Dilma, foi apeado do cargo seis meses depois. E se deu, então, uma troca fabulosa, que já prenunciava o que seria a gestão da governanta: Sérgio deixou a pasta da articulação política e foi para o ministério da Pesca, e Ideli Salvatti deixou o ministério da Pesca e foi para as Relações Institucionais.
Vale dizer: no governo Dilma, a articulação política era só uma dissidência do Ministério da Piaba. Deu no que deu.

Como lembra VEJA.com, Luiz Sérgio é conhecido como “garçom” — porque sempre entrega os pedidos do Planalto. Há 15 dias, discursou sobre o petrolão, com a clareza habitual: “A Petrobras precisa ser defendida, e o que ela sofre hoje é um ataque dos mesmos que, em 1953, eram contra a sua criação e afirmavam que não existia petróleo, os mesmos que afirmavam que o pré-sal era uma peça de ficção”.
Eis aí.

É um homem destemido. Nunca temeu o vexame. Antes de cair das Relações Institucionais para a Pesca, ele se fez notar duas vezes. Em 2008, foi o relator da CPI dos Cartões Corporativos. Descobriu-se, então, que os ministros de Lula enfiavam o pé na jaca com a nossa grana. Corajoso, não tentou disfarçar que estava na comissão para livrar a cara dos petistas. Mas isso ainda era pouco: Luiz Sérgio poupou todos os ministros de Lula — não sugeriu um só indiciamento dos companheiros — e, de quebra, cobrou  explicações dos ministros de… FHC!!!

À época, vazou da Casa Civil, cuja ministra era Dilma Rousseff, tendo Erenice Guerra como braço-direito, um dossiê asqueroso contra o próprio FHC e, pasmem!, contra Ruth Cardoso. Quem vazou a peça pusilânime foi um servidor chamado José Aparecido Nunes Pires, militante do PT e ex-assessor de Dirceu. O cara foi chamado para depor. Sabem o que Sérgio, relator, perguntou a seu companheiro de partido? O que significavam as letras “sds” com que ele encerrou um e-mail? O rapaz respondeu: “Saudações”. Luiz Sérgio disse: “Obrigado!”.

Ainda em 2008, quando se conseguiram no Senado as assinaturas necessárias para fazer uma CPI sobre as lambanças na Petrobras, Luiz Sérgio liderou um ato público contra a CPI, acusando um complô que estaria tentando privatizar a Petrobras.

Eis o homem que vai ser o relator da nova CPI. A voz dele continua a mesma. O caráter também. Não mudou nem aquele basto bigode, que serve como reserva estratégica de sopa.

Vamos ver se o jovem deputado Hugo Mota fará mesmo o que estiver a seu alcance para garantir a independência da comissão. Lembro ao moço que o PT vive os seus estertores, seus últimos dias, seu período de decadência. Convém não se agarrar ao moribundo.


Reinaldo Azevedo  -  Veja



24/02/2015  -  às 15:27

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

"Pátria Educadora" e analfabeta

por Aileda de Mattos Oliveira

“Pátria Educadora” é o atual selo do petismo impostor, mais uma galhofa nascida da imaginação do marqueteiro oficial, que fez da ignorância popular uma blague, em proveito político de um governo sem estofo.

A verdade do aniquilamento do País não pode ser camuflada comneon. A ridícula declaração, jogada ao léu pela gerente, reitera o muito que já sabemos do quantum de sua inteligência.

Ela e o cambaleante mentor, regidos pelo defasado marqueteirohortator, remam contra a maré conjuntural brasileira.

Hortator era um condenado que cadenciava as remadas dos prisioneiros nas galés, batendo no tambor. O bêbado e a desequilibrada submetem-se a esse bumbo, porém, de descompassadas expressões bombásticas do publicitário, que perdeu o contato com a realidade nacional e a inspiração profissional.

Exortações são próprias de governos operosos, com competência em materializar palavras em ações, pondo a Nação no futuro, em pleno presente. E, por conduzirem-se como espelhos do respeito às finanças públicas, refletem estímulos à população que colabora no desenvolvimento do País e no de seu próprio. Esse não é o caso da dupla consorciada, movida pelo baixo instinto de desagregação e de maldade ingênita.

O hortator publicitário, vivenciando o dia a dia da crassa ignorância política, contaminou-se, e a sua “Pátria Educadora”, com ar de jargão positivista, tenta encobrir a desfaçatez da dupla maldita, sem compromissos com a Nação, mas atuante no órgão que acomoda a elite do submundo latino: o Foro de São Paulo.

A desastrada ação governamental, quando a troca de favores elevou a ministros trinta e nove fantoches, é mais uma arrogante atitude da gerente, em franca decadência, por conta da incompetência e da imoralidade no trato da coisa pública, esta sim, sua obra espetacular.

Sob as asas da “Pátria Educadora”, 14 milhões de analfabetos adultos (UNESCO) estagnam.

Será Educadora a Pátria com Cid Gomes na Educação?

Será Educadora a Pátria que vê em Xuxa um símbolo pedagógico, apta a entrevistar crianças e adolescentes?

Será Educadora a Pátria que chora o bandido e desdenha o policial, sua vítima e agente do próprio Estado?

Será Educadora a Pátria que dá nome de terrorista a uma escola pública?

Será Educadora a Pátria que dá nome de espiã comunista, mulher de um traidor e apátrida, a outra escola pública?

Será Educadora a Pátria que manda seus policiais combaterem o tráfico e lamenta e chora a morte de um traficante?

Será Educadora a Pátria cuja presidente e seu etílico mentor entravam a Justiça, para livrar da justiça os companheiros corruptos?

Será Educadora a Pátria, na qual o ministro da Justiça carnavaliza as leis com os advogados dos comparsas do partido?

Será Educadora a Pátria com governantes sem leitura, tábulas rasas em qualquer nível de conhecimento?

O Brasil não pode permanecer tantos anos na inaptidão e na irresponsabilidade. Não temos que suportar a presença dessa nulidade e vê-la pôr a pique o País. 

Cabe a nós retirá-la do Planalto, sede do seu atual “aparelho”. E já!


Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa.


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Falência de empreiteiras

por Martim Berto Fuchs

É um erro deixar acontecer. Explico. O processo para se formar uma empresa do porte da Odebrecht é demorado e caro. Leva anos montar uma equipe técnica gabaritada como eles tem e como tem também as outras grandes empresas do setor. Elas são grandes empresas nacionais, ainda, e tem que ser preservadas à todo custo.

Qual então a solução ? É simples. Comprovada a corrupção, fraude ou a falta grave cometida, pune-se o proprietário e não mais a empresa.

Por exemplo:
1. Digamos que a empresa envolvida tem um capital social de R$ 1 bilhão, 60% pertencente ao acionista majoritário envolvido. A Justiça multa o corruptor, após todas as instâncias serem cumpridas, em R$ 600 milhões, aceitando suas ações como pagamento da multa. Concomitantemente, vende estas ações para os empregados da empresa, para pagamento em, digamos, 10 anos, sem juros, apenas corrigindo o valor pela inflação.
2. O corruptor devolverá o que for conseguido recuperar e cumprirá pena de prisão à ser determinada.
3. O(s) corrompido, que via de regra é apenas um indicado para ocupar aquele cargo estratégico e intermediar o ato lesivo, também cumprirá pena, além de devolver o que for conseguido.
4. O(s) responsável pela indicação, que é quem recebe a parte maior do roubo, pois se não recebesse nada, o próprio roubo não faria sentido, também cumprirá pena, independente de ser ou não político, o que não lhe dá direito à impunidade.
5. As penas serão iguais para todos.

Em Capitalismo Social, classifico todas empresas como empresas sociais, suporte do emprego e do desenvolvimento do país.

Não podemos culpar, nem indiretamente, os empregados destas empresas, fazendo com que percam o emprego, por culpa das “maracutaias” levadas à efeito pelos seus patrões, em conluio com os políticos que eles ajudaram, financeiramente, a eleger.

Empregos e empresas tem que ser mantidos. Patrões e políticos podem e devem mudar, se preciso. Estamos sempre nos referindo à concentração de renda como um mal. Pois bem, por que permitimos então, abertamente, que ela se dê de forma fraudulenta ?

No Brasil, pelo que consta, são 112 empresas estatais de grande porte, sendo elas responsáveis por ¼ parte do PIB. Se efetuar uma Operação Lava Jato nelas, não escapa uma. Isto é líquido e certo. Propina é regra nos negócios com órgão/empresa pública. Não é exceção. É comum obras públicas serem orçadas e licitadas por determinado valor e custarem na sua conclusão TRÊS vezes mais !!!

O sistema capitalista, tão criticado, é um grande gerador de renda e de impostos. Se o Estado nunca tem dinheiro para cumprir com suas obrigações constitucionais, devemos procurar as verdadeiras causas de tal problema. Logo descobriremos o quanto de dinheiro é desperdiçado, mal administrado e desviado pelos nossos “governantes”.

Pelos motivos expostos – desperdício, má gestão, desvio – novo arrocho sobre a sociedade se iniciou este ano, para que mais uma vez o governo refaça suas finanças e cubra seus rombos, como aliás vem acontecendo nos últimos 60 anos; e sempre culpando os outros pelas suas mazelas.

Na verdade, empreguismo descarado e roubo dos cofres públicos em plena luz do dia, à vista de todos, são as causas principais de os “governantes”, ciclicamente, arrocharem a população com mais impostos, etc., para recomporem as finanças públicas.


Parem de transformar o capitalismo em bode expiatório. E deixem os trabalhadores da iniciativa privada em paz. São sempre os primeiros prejudicados em cada crise fabricada pelos governantes desonestos e incompetentes e seus financiadores. 

Temos que começar punir à quem merece !!!


domingo, 22 de fevereiro de 2015

PT E CNBB, 35 ANOS DE UNIÃO ESTÁVEL


por Percival Puggina

Existem partidos políticos que se especializam em xingamentos. Chutam adversários sem dó nem piedade da canela para cima e da canela para baixo. São indulgentes apenas consigo mesmos. Afagam seus malfeitores e não há culpas que os leve a pedir desculpas. Na maioEria, são pequenos partidos radicais, com militantes e dirigentes mal educados, rancorosos, socialmente desajustados. Há, no entanto, um grande partido que corresponde perfeitamente a essa descrição. Com tais métodos, chegou ao poder e governa o país há 12 anos (isso se não contarmos os últimos quatro de FHC durante os quais o PT influenciou fortemente decisões do governo).

Pois bem, observe as pautas petistas, suas reivindicações e as postulações dos grupos sociais que o partido comanda no estalar dos dedos e ao megafone. Examine a essência da ideologia da legenda nos textos que produz, no conteúdo de seus sites e nas resoluções de seus congressos.

Procure identificar o rumo perseguido pelas proposições legislativas dos parlamentares do partido. Vejam com que tipo de governos e regimes se relacionam.

Siga por essas trilhas e perceberá que o PT mantém com a Igreja Católica (que não se confunde com a CNBB) e com sua doutrina religiosa e moral uma relação de irredutível divergência e animosidade. A distância que separa o petismo da Igreja é intransponível.

PASTORAIS PETISTAS
No entanto… no entanto…, o Partido dos Trabalhadores e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, há 35 anos, vivem em união estável, garantidora não apenas de direitos, mas de afetos, regalias e privilégios.

Todas as pastorais ditas sociais da CNBB trabalham ombro a ombro com o partido, de modo militante e diligente. Ao longo dos anos, quando o PT era oposição, os documentos da Conferência que tratavam de questões políticas e sociais atacavam os governos reproduzindo fielmente o discurso petista. O idioma era e prossegue sendo petista. Estridentes sutilezas que muitas vezes denunciei!

Nas reuniões de pastoral a que compareci, regional e nacionalmente nos anos 80, falava-se muito mais de Lula e PT do que de Jesus Cristo e Igreja. Quando o PT chegou ao governo, esse mesmo Lula que os amigos leitores conhecem tão bem quanto eu, era apreciado pelos operadores da CNBB como um anjo do Senhor caído em Garanhuns por descuido dos principados celestes.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE
Passaram-se 12 anos e as coisas estão como se sabe. A última eleição transcorreu como se viu. A presidente enganou o eleitorado tanto quanto se assistiu. O partido e seus associados afundaram lá onde o olfato acusa. E a CNBB, na obscura alvorada do segundo mandato de Dilma, inicia a Campanha da Fraternidade de 2015 falando em Igreja e Sociedade, com destaque para os temas da corrupção e Reforma Política.
Ótimo, mas, corrupção de quem, senhores bispos? Nem um pio. Corrupção com sujeitos ocultos, em instâncias não sabidas, a sotto voce, como diria o maestro Ricardo Muti. Corrupção tão impessoal e neutra quanto a voz passiva. A mesma instituição, primeiro atribuía a corrupção à infidelidade partidária e se empenhou nisso como se fosse a salvação da moralidade pública. Em seguida, mobilizou céus e terras por uma lei da ficha limpa (tremendo sucesso, não?). Agora, sem culpados nem fatos a discernir, e sem credenciais que a qualifiquem para propor temas de Direito Constitucional, Teoria do Estado e Sistemas Eleitorais, joga sobre a falta de uma reforma política a causa essencial das venalidades nacionais.

Para extingui-la, põe na mesa uma proposta de reforma e um oneroso plebiscito que são muito parecidos, mas muito mesmo, com o que o PT tirou da manga em 2013. E, por isso, tem total apoio desse partido.

TUDO A MESMA COISA
Resumo da mensagem para o mau entendedor: temos corrupção porque a reforma política, apesar dos esforços petistas, não sai do papel. Assim, os corruptos e suas legendas emergem das barras dos tribunais e das delações premiadas e vão comandar o pretendido plebiscito sobre reforma política, numa espécie de Teoria Geral da Corrupção. Certamente eu também quero uma reforma política. Mas ela nunca será como proponham a CNBB, a OAB e o PT, porque, no fundo, politicamente, é tudo a mesma coisa.




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Impeachment da Dilma - Encontro Marcado para 15 de março



Locais até agora agendados para a grande manifestação marcada em favor do impedimento de Dilma Rousseff, no próximo dia 15 de março:


Americana - SP - Avenida Brasil

Manaus - AM - avenida Constantino Nery Arena Amazônia

Aracaju - SE - Avenida Santos Dumont, na Orla de Atalaia.

Balneário Camboriú - SC - Av. Atlântica, praça Tamandaré.

Belem - PA - Praça da Republica

Belo Horizonte - MG - Praça da Liberdade

Blumenau - SC - Em frente a prefeitura

Bragança Paulista - SP - Igreja Matriz

Brasilia - DF - Congresso Nacional

Campinas - SP - Avenida Francisco Glicério

Campo Grande - MS - Praça do Rádio.

Chapecó - SC - Praça Central.

Cuiabá - MT- Praça Alencastro enfrente a prefeitura.

Curitiba - PR - Centro Cívico

Curitibanos - SC - em frente a matriz praça da Republica

Florianópolis - SC - Se reunir na Ponte

Fortaleza - CE - Praça Portugal

Goiânia - GO - Praça Cívica

Itajaí - SC - Igreja Matriz

Jaguariúna - SP - Centro Cultural

Jaragua do Sul - SC - Praça Angelo Piazero

João Pessoa - PB - Praça da Independência

Joinville - SC - Praça da Bandeira

Jundiaí - SP- Av nove de Julho- Pontilhão da Nove

Maringá - PR - Catedral centro

Mogi das Cruzes - SP - Praça Oswaldo Cruz

Natal - RN - Em frente ao Midway

Osasco - SP - Av. Hirante Sanazar em frente a prefeitura.

Palmas - TO - Praça dos Girassóis

Paulista - PE - Praça Agamenon Magalhães

Petrolina - PE - Praça da Catedral

Pindamonhangaba - SP - Praça Monsenhor Marcondes

Piracicaba - SP - Praça José Bonifácio

Porto Alegre - RS - Parque da Redençao

Recife - PE - Avenida Boa Viagem (próximo a padaria boa viagem)

Ribeirão Pires - SP - Vila do Doce

Ribeirão Preto - SP - Praça Carlos Gomes

Rio Branco - AC - Em frente ao palácio do governo

Rio de Janeiro - RJ - Em frente a candelária

Rio Verde - GO - Igreja Matriz

Salvador - BA - Em frente ao farol.

Santa Maria - RS - Santuário da Medianeira

Santos - SP - Praça da independência

São Caetano do sul - SP - Av. Goiás em frente a câmara municipal

São Paulo - SP - Masp

Timbó - SC - Praça Central

Canoinhas - SC - Praça Osvaldo de Oliveira

Uberlândia - MG - Praça Tubal Vilella

Vitória - ES - Em frente a UFES 



UND  
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

PACOTE ANTICORRUPÇÃO DE DILMA É SÓ UMA FANTASIA DE CARNAVAL



por Carlos Newton

Nunca antes, na História deste país, um governante (no caso, governanta) torceu tanto como Dilma Rousseff para que Carnaval chegasse logo e em Aratu ela pudesse mergulhar num provisório esquecimento, que lhe desse um mínimo de alívio. Mas acontece que a mídia é como o relógio, nunca deixa de funcionar. E já surgem más notícias sobre o chamado pacote anticorrupção, bolado pelo marqueteiro João Santana, que julga estar num circo e vai tentar convencer o respeitável público de que Dilma Rousseff se tornou a grande guardiã da ética e dos bons costumes, enfrentando até seu próprio partido, o PT.

Santana é um publicitário especializado em factóides. Ou seja, inventa pseudos fatos e os apresenta como se fossem verdadeiros. Assim,  o marqueteiro agora quer nos convencer de que lutar contra a corrupção é o forte deste governo, no exato momento em que Dilma é atingida uma enxurrada de acusações de corrupção na Petrobras e nomeia para presidi-la justamente um executivo de notória ficha suja, que dirigiu o Banco do Brasil e fazia poupança no colchão, comprou apartamento em dinheiro vivo, foi denunciado pelo próprio motorista e ainda usou dinheiro público do próprio BB para patrocinar a carreira de uma bela amigona (digamos assim) na televisão.

NADA DE NOVO…
O tal pacote anticorrupção é bem conhecido, porque já foi anunciado num longo e enfadonho discurso, escrito pelo marqueteiro e que a presidente leu na reunião de seu Ministério. No ardiloso pronunciamento, constaram como de autoria de Dilma Rousseff alguns projetos apresentados há anos ao Congresso por parlamentares de diversos partidos e que estão parados, porque o governo da própria Dilma jamais fez o menor esforço para aprová-los.

Agora, por obra e graça de João Santana, que é uma espécie de Rasputin do Planalto, Dilma Rousseff mais uma vez  tentará assumir a autoria dessas propostas de parlamentares, cometendo uma usurpação política jamais vista na História deste país, registre-se.
Ao agir com tamanha deslealdade e falta de ética, tanto Santana quanto Dilma se utilizam de uma estratégia fantasiosa de fazer inveja a quem desfila no Sambódromo. Em seu carnavalesco delírio de Poder, Santana e Dilma agem como se todos os brasileiros estivessem vestidos de palhaços e impedidos de raciocinar. Mas é óbvio que a farsa será facilmente desmentida. Basta que se confiram os projetos e emendas apresentados ao Congresso, e logo surgirão os verdadeiros autores das propostas que Dilma tenta usurpar.

É TUDO MENTIRA
Ao contrário do que dizia Orson Welles em seu documentário filmado no Brasil, “é tudo mentira” no caso de Dilma e seu marqueteiro, incluindo o carro-chefe do pacote anticorrupção – a suposta criação de uma Secretaria de Controle das Empresas Estatais (SEST), que existe desde 1979 e foi substituída em 1990 pelo Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), até hoje subordinado ao Ministério do Planejamento.

A única novidade que pode ser atribuída à criatividade de Santana, que tem tido preciosa ajuda do ministro Aloizio Mercadante nesse tipo de tarefa ilusória, é subordinar a nova SEST à Controladoria-Geral da União. Mas acontece que a CGU está à míngua, conforme denunciou recentemente o então ministro Jorge Hage, que se demitiu revelando que a Controladoria não tem recursos para desempenhar suas próprias funções, mas agora passará a suportar ainda mais despesas com falsa criação da SEST.

Do jeito que vai, a CGU se arrisca a ficar como as embaixadas e consulados, sem verbas para pagar nem mesmo as contas de água, energia, telefone e internet. Mas Dilma, Santana e Mercadante não estão nem aí, o único interesse deles é seguir enganando a opinião pública com factóides que propaguem a ilusão de que Dilma Rousseff não tem nada a ver com a corrupção do PT e que, pelo contrário, não faz outra coisa a não ser lutar contra os “malfeitos” do partido e da base aliada.

SÓ FALTA A NOMEAÇÃO
Para culminar, só falta Dilma nomear para a nova SEST o petista Sérgio Seabra, secretário-adjunto de Controle Interno da CGU. Ligado ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Seabra chegou a ser investigado por vazamento de informações, sua casa foi alvo de um mandado de busca e apreensão em 2013, mas estranhamente a investigadora da Controladoria responsável pelo caso acabou recuando. Segundo o repórter Gabriel Castro, da Veja, Seabra é braço-direito de Francisco Bessa na CGU e está cotado para assumir a SEST.

“Ambos trabalharam com Mercadante quando ele foi ministro da Educação. Bessa ainda esteve ao lado do ministro na Casa Civil. A dupla se junta a Valdir Simão, o ministro-chefe da CGU, outro nome de confiança do ministro. Para quem conhece Mercadante, não chega a ser novidade seu gosto pelo controle”, assinala o jornalista.
E ainda acham que impeachment é golpe?

Carlos Newton  -  editor da Tribuna da Internet


18 02 15.



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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Crise na Petrobras - Documento da CONPETRO para Dilma



“Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética.”

por Marcílio Novaes Maxxon

EXCELENTÍSSIMA SENHORA PRESIDENTA DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: Cumprimentando-a cordialmente, e diante do caos instalado na Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS, pela incompetente e corrupta gestão do governo de Vossa Excelência, de forma comprovada pelos FATOS relevantes denunciados a Nação, venho colocar as nossas preocupações com os destinos da PETROBRAS e de projetos estratégicos para o desenvolvimento do País.

A nossa preocupação é com o BRASIL, é com o nosso desenvolvimento socioeconômicos, pois somos Líderes do Desenvolvimento. Homens de Ação, Fazimento e Realização. E não compactuamos com isso.

Não existe paralelo na história, para comparar tão grave gestão da senhora a frente da Presidência da República, e Graça Foster, na PETROBRAS.

Poderia comparar a gestão do Imperador Nero Cláudio Augusto Germânico, imperador romano do ano de 54 a 68 da era cristã. Que pois fogo em Roma, destruindo parte da cidade, e matando milhares de pessoas inocentes. Enquanto cantava, tocando lira vendo a cidade que queimava em chamas. Creio que vocês duas tem algo em comum, com esse todo poderoso senhor, se não, ao menos a loucura. O que já é muito grave.

A PETROBRAS, exige rigorosas precauções de segurança imediatas. O quadro é muito mais grave, do que já foi até aqui apresentado. E alertamos sobre isso quando da nomeação da senhora Graça Foster. O detalhe curioso – trágico talvez seja a expressão mais adequada – é que ninguém no corpo diretivo da empresa, da Diretoria Executiva ao Conselho de Administração, tem a menor ideia do tamanho dessa sujeira ou melhor, patifaria do seu governo.

Os valores desse rombo, com a corrupção são uma incógnita, e ainda serão muito maiores. Pois só um contrato firmado por Sérgio Gabrielli, com a W.Torre, foi de US$ 25 bilhões de dólares para a construção de plataformas para o Pré-Sal do PT. Isso é crime de lesa-pátria que exige a prisão de todos os envolvidos, e ainda a renúncia da senhora da Presidência da República. Como a senhora mesmo diz: doa em quem doer.

Nesse instante, hoje, 04 de fevereiro de 2015, encontra-se, sob grave ameaça o futuro da PETROBRAS. O mega investidor George Soros, está investindo bilhões de dólares na compra de ações da PETROBRAS a preço de banana.

A Securities and Exchange Commission – SEC, já estar formalizando as denúncias contra a PETROBRAS. A senhora e outras autoridades e outros exs do seu governo, são citados formalmente por ter assinado prospectos que serviram de base para as emissões de títulos de dívida e ADS (American Depositary Share) que são discutidos nesses processos.

A Price “repetidas vezes emitiu opiniões de auditorias qualificadas” sobre os resultados financeiros da Petrobras no período coberto pelas ações judiciais, que vai de maio de 2010 a novembro do ano passado. E com exceção do acobertamento da verdade, nada foi feito pelo governo de Vossa Excelência, até aqui.

Os investidores têm direito à reparação porque a Petrobras teria divulgado por vários anos, balanços que induziram os acionistas a erro, comprovando assim a FRAUDE. Não vejo a ABIN, ou a Secretaria de Assuntos Estratégicos, preocupados e analisando com isso, ou na elaboração de estratégias para se reverter esse cenário grave a nossa frente.

Agora chegamos a hora da verdade. E a verdade vencerá. Não é terceiro turno, como líderes do seu partido gostam de dizer e inventar. É a nossa realidade. Não existe estado de direito com roubalheira, com mentiras, e com a FRAUDE. Infelizmente essa é a imagem do seu governo, assim também foi o de FHC.

O Brasil, precisa de novos líderes, e de fazedores o meu País não é isso. Trabalhamos pelo BRASIL. Pelo desenvolvimento, pela a Ordem e Progresso, que estão no centro da minha bandeira. A senhora que foi quando jovem, uma mulher que arriscou sua própria vida por isso, e teve a oportunidade, dada por DEUS, apesar de não acreditar em sua existência. Não podia ter deixado isso nunca acontecer. Justamente em seu governo.

Tudo isso é grave, e irreversível agora. Pois como bem o definiu o imperador Nero:

“Sero. Haec est fides.”


- Tradução inglesa: It is too late. This is fidelity.


- Tradução portuguesa: Está tarde demais. Isto é o fim.


- Nero, imperador romano, antes de morrer...

Não se para um projeto como o do COMPERJ, ou de ABREU e LIMA. Isso gera rapidamente o sucateamento, e a perda de tudo o que foi investido. O ritmo lento nas obras da refinaria também é um recurso para que a empresa consiga reduzir o investimento em 2015. Assim como a paralisação nas obras da unidade de fertilizantes do Mato Grosso do Sul devido ao rompimento do contrato com os construtores no fim de 2014 e a venda e ativos programada para o fim de 2015 no valor de R$ 3 bilhões.

Mas agora é a hora de agir pois depois pode ser muito tarde. É preciso dar um verdadeiro choque de governança na Petrobras para reconquistar a confiança da sociedade brasileira e dos investidores.

Marcílio Novaes Maxxon é Presidente da CONPETRO – Confederação Nacional do Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Energias Renováveis


Nota da Redação: Documento enviado ao Palácio do Planalto em 4 de fevereiro de 2015, através do Ofício da Presidência da CONPETRO Nº 15345/15 – CONFIDENCIAL/URGENTE.

Documento no Alerta Total – www.alertatotal.net