domingo, 1 de dezembro de 2019

O sonho de todo socialista é ser um capitalista excepcionalmente rico

Walter Hertzog

Não é segredo nenhum que socialistas desejam usufruir avidamente de todos os inúmeros benefícios que o capitalismo proporciona; o que eles não querem é ter que trabalhar para isso. Por essa razão, tantos socialistas ingressam na política, para se locupletar do estado. Uma vez na política, é fácil ficar rico, e se esbaldar com o vasto manancial de recursos, esbanjamentos orçamentários, soberbos privilégios e imensuráveis benefícios custeados com o dinheiro do contribuinte. E ainda é possivel posar de herói, alardear a si próprio como um guerreiro que luta por "justiça social", o que quer que uma platitude genérica dessa natureza signifique. O indivíduo em questão — se for descaradamente populista e demagógico, como os Lulas e Chávez da vida — provavelmente conseguirá arrebanhar um monte de idiotas úteis para apoiá-lo, e estes passarão a venerá-lo como se fosse um verdadeiro deus, uma divindade sagrada. Já vimos isso acontecer centenas de vezes na triste, deplorável e deprimente história política da América Latrina, onde a abundância de demagogos populistas e bandidos oportunistas só não foi superada pela fé irracional dos socialistas na fantasia da revolução cubana.

O socialismo é a ideologia da inveja, do ódio, da gânancia. Henry Hazlitt deu a mais brilhante definição de marxismo quando disse "Todo o evangelho de Karl Marx pode ser resumido em duas frases: Odeie o indivíduo mais bem-sucedido do que você. Odeie qualquer pessoa que esteja em melhor situação do que a sua." Socialistas odeiam o trabalho, servem unicamente para reclamar do patrão e exigir que tudo seja "público, gratuito e de qualidade". Esquecem que nada é gratuito, apenas no colorido mundinho de fantasias dessa gente. O estado não gera riquezas, mas se sustenta exclusivamente da extorsiva tributação parasitária praticada desmesuradamente contra os setores produtivos da sociedade. E não devemos jamais esquecer que vivemos em um país que possui uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, com um sistema de alíquotas e encargos fiscais que também vem a ser dos mais burocráticos, labirínticos e complexos hoje em existência. 

Ora, tudo o que socialistas fazem tem por objetivo primordial abiscoitar a maior parte das riquezas geradas pelos setores produtivos da sociedade, e para isso eles se valem das mais variadas estratégias. Como uma ideologia que institucionaliza a rapinagem, a truculência parasitária, a expropriação agressiva, a espoliação sistemática e toda e qualquer agressão perpetrada contra a livre iniciativa, o socialismo é uma ideologia perfeita para vagabundos que não estão dispostos a produzir, mas apenas se apropriar dos frutos do trabalho de terceiros. Como o professor Osvaldo Bastos falou, "todo comunista é um indivíduo frustrado. Por isso ele tem raiva da burguesia, porque não conseguiu ser burguês." Socialistas então tentam ficar ricos através do estado — ingressando na política — e aqueles que não conseguem nem isso empenham-se avidamente em destruir as riquezas geradas pela sociedade produtiva, solicitando mais taxação, tributação e roubo institucionalizado por parte do estado, até erodir plenamente todos os baluartes que sustentam o mercado.

Toda a fantasiosa e delirante idelogia socialista tem como epicentro o estado. Ora, o estado não produz riquezas; por que diabos socialistas são incapazes de compreender isso? Como vimos tantas e tantas e tantas e tantas vezes na história da América Latina, o que sempre acontece literalmente em todas as ocasiões, são políticos socialistas — que via de regra são sempre demagogos populistas, dispostos a prometer qualquer coisa para se eleger — prometendo mundos e fundos para o seu curral eleitoral; a saber, que eles podem ficar ricos e usufruir de todas as coisas boas que o capitalismo oferece, mas sem ter que trabalhar. É esmola institucionalizada efetivada como capital eleitoral. É claro que receber coisas grátis é o que todo vagabundo quer e deseja ouvir; não é sem razão ou motivo, portanto, que tantos vagabundos são atraidos pela doutrina socialista. 

O resultado evidente de tão corrosiva doutrina de vagabundagem institucionalizada, é claro, é a produção em massa de legiões de vagabundos que querem tudo de graça, e que pouco contribuem para o crescimento e o desenvolvimento da sociedade, além da demanda e da solicitação constante por "direitos", ficando brutalmente ressentidos, quando — em decorrência de medidas de austeridade e de crises orçamentárias —, esses supostos "direitos" são suprimidos. O socialismo converte homens adultos em crianças fracas, mimadas e choronas, que precisam do deus-estado e do papai-governo para tudo. Morrem de medo da vida, de responsabilidades e sua maior aspiração é passar toda a sua existência no colo do político de estimação, recebendo comida na boquinha.    

Nem o estado, nem a classe política, nem o governo geram riquezas. Políticos que fazem muitas promessas ao seu eleitorado são apenas populistas desesperados para chegar ao poder. Como Patrick Jake O'Rourke disse, "não há virtude na caridade compulsória do governo, e não há virtude em defendê-la. Um político que se mostra carinhoso e sensível porque quer expandir os programas de caridade do governo está apenas dizendo que está disposto a tentar fazer o bem com o dinheiro de outras pessoas." Ou, como muito bem complementou William Lyon Mackenzie King, "as promessas de ontem são os impostos de hoje." Nada na vida é de graça. Milagre será o dia que socialistas se tornarem intelectualmente capazes de compreender isso. Não sou tão otimista. Não creio que veremos esse dia chegar. 

Re-União

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