Hygino Vieira
Se há alguma coisa boa nesse filme que acaba de ser
lançado, é o sósia que encontraram para o papa argentino. Nada mais do que
isso. O filme faz parte da guerra cultural que estamos vivendo, de um lado os conservadores
que lutam para manter a família e a democracia, do outro os progressistas que
querem destruir a família e a democracia. E nessa guerra cultural travada em
uníssono com a política, a arma mais letal dos progressistas é a mentira. Em
verdade, a mentira é a única arma do arsenal comunista.
Os que têm um mínimo de conhecimento e interesse cultural
sabem muito bem que o Vaticano caiu nas mãos da Nova Ordem. Já infiltrados e
com poder para alcançar o objetivo final, eleger um Papa e no poder destruir o
cristianismo, projeto nuclear da Ordem, chegou o momento em que a paciência
acabou e usaram a Força de forma infalível.
Em 1978, com a morte do Papa Paulo I, 1963-1978, chegou a
hora tão esperada de elegerem seu representante. Mas havia um Cardeal que era
só simpatia, amado por todos e esse Cardeal acabou sendo eleito. Mas o Papa
sorriso significaria mais um longo tempo de espera, então o envenenaram; o Papa
sorriso foi assassinado com 33 dias de papado. O Vaticano é um Estado soberano,
o que acontece lá tem soberania para de lá não sair. O atestado de óbito
registrou ataque cardíaco, que é o que provoca o arsênico em doses homeopáticas
nos chás papais.
Dentro do Vaticano não existe segredo, e a reação foi
imediata. O que era feito nos subterrâneos só quem vivia subterrâneamente
sabia, mas o assassinato do Papa sorriso foi um exagero, e gerou reação. A
Ordem perdeu mais uma vez, com a eleição do Cardeal polonês Karol Wojtyla, o
Papa João Paulo II. Então, todos sabem o que aconteceu. Contrataram um assassino
para mata-lo. O turco "Mehmed Ali Agca" (se tem Ali no nome é shiita,
esclareço) não foi letal, e o Papa escapou. O atentado escancarou a disputa
pelo poder no Vaticano, travado pela Ordem em nível medieval. O turco não fez
segredo, fora contratado pela KGB para matar o Papa.
Não a KGB russa, mas da Bulgária. Confissão sem tortura,
espontânea. Um tempo depois o Papa o perdoou, algo só possível pelos
Conservadores, jamais por algum comunista. A Ordem já estava infiltrada na KGB
há muito tempo; mas não vou estender aqui, já falei sobre isso no artigo "Por que os bispos se calam", 2017, aqui mesmo
onde nos Reunimos. Agora fica a pergunta, por que a confissão de um assassino
não gerou interesse na imprensa, e ficou por isso mesmo? Não preciso explicar,
todos conhecem muito bem a imprensa e sabem de que lado ela está. O lado sujo,
ditatorial.
Em 2005, depois do seu longo reinado de sobrevivente,
morre o Papa João Paulo II. Chegou a vez da Ordem eleger seu papa, ou
agora ou nunca! Mas o Conservadorismo ainda tinha sua força e seu candidato
vencedor. Joseph Hatzinger, o Bento XVI. Ele assumiu o papado em 2005,
substituindo o polonês que não conseguiram destronar a tiro. O tempo passa,
chegamos em 2013 e o alemão não dá pinta que vai morrer, e até agora não
morreu, velho duro na queda. O envenenamento e o uso de um pistoleiro de
aluguel não deram frutos à Ordem, foi provado duas vezes que o efeito contrário
acabava prevalecendo. A objetividade atrapalhou o objetivo.
Como não são burros, acabaram descobrindo o óbvio, mérito
restrito só aos provetas, como dizia Nelson Rodrigues: o Papa pode abdicar.
Especulo o que andaram sussurrando nos ouvidos do alemão, "é melhor você
abdicar e viver em um castelo cheio de mordomia, do que parar de viver";
nisso o subterrâneo já ocupara o solo, pronto para efetivar suas profecias. O
que pode fazer um Papa com 87 anos? Os papas com com essa idade não fazem porra
nenhuma, comem, bebem (o melhor vinho do mundo) e dormem, nada mais; de vez em
quando uma aparição na sacada para um ciao aos bobos que lá vão desfraldar duas
ingenuidades íntimas. Não há como derrotar um inimigo nascido há 700 anos.
Mas a abdicação não enganou ninguém. Até as carolas do
Odorico Paraguaçu e o Sassá Mutema sabem que Bento XVI foi deposto, para que
assumisse, finalmente, um progressista cheio de coisas para fazer; como apagar
o Cristianismo do mapa e implantar a tão sonhada Nova Ordem Mundial. Mas aqui
estamos nós para não deixar que filmes e outros arsenais roteirizados pela
mentira prevaleçam. Só precisamos informar que não acreditamos em mentiras, e
que sabemos a verdade.
Dois Papas não é um filme, é a maior mentira da história
cinematográfica, foi feito com o objetivo de esconder que o Vaticano virou
quartel dos progressistas pela força. E que o papa argentino não passa de um
Che Guevara que toma banho. Que não fede. E quero ver como eles vão se entender
com os muçulmanos, que já ocuparam todos os espaços no berço da Ordem, sem a
mínima disposição para a diplomacia. Gramsci esfaqueou Jesus, e acabou caindo
no colo de Maomé.
Anthony Hopkins deve ter levado uma grana muito boa para
participar dessa farsa, fazendo um Bento XVI perfeito.
Re-União
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