sábado, 7 de dezembro de 2019

Toffoli — O humorista do STF

Wagner Hertzog

Recentemente, o "excelentíssimo" Dias Toffoli — presidente do Supremo Tribunal da Falcatrua —, afirmou no 14º Congresso Nacional das Defensoras e Defensores Públicos, que o "Brasil tem judiciário sério, que não se dobra aos poderosos". Ele podia estar contando uma piada, mas por incrível que pareça, estava falando sério. 

Toffoli deve achar que os brasileiros são ou muito burros, ou muito ingênuos, para acreditar em uma bobagem tão leviana quanto colossal. Ninguém leva aquele exclusivo clube elitista de protetores do crime organizado, chamado STF, a sério. Com a possível exceção de seus integrantes, é claro.   

Que o STF não se dobra aos poderosos, isso nós sabemos. O supremo — na verdade, supreminho — está tão envergado que não precisa mais se dobrar, pois de tão enterrado que está, basta estender a língua para lamber os sapatos dos líderes da ORCRIM; afinal, sua situação de completa e total subserviência atesta quão serviçais do crime organizado seus integrantes realmente são. 

Sicofantas da criminalidade institucionalizada, Toffoli e todos os seus colegas corriqueiramente cumprem — em todos os seus pormenores —, com todas as exigências das oligarquias criminosas que efetivamente controlam o putrefato, como dizia o saudoso Enéas, sistema político brasileiro. Sabemos que o STF, além de rasgar a constituição sempre que isso lhe convém, é parte integrante das elites aristocráticas que, com muita malevolência, astúcia e perfídia, mantém o crime organizado na legalidade, e o sustentam efusivamente nas altas esferas do sistema político, com toda a estrutura jurídica para fazê-lo pelas vias institucionais. 

Claro que Toffoli faz parte da turminha que vive do teatrinho, que finge assiduamente que o circo democrático funciona, e que as instituições trabalham "pelo bem do Brasil". Oh, que maravilha. Nós podemos fingir que os "sacrossantos" integrantes do supreminho realmente são hercúleos e abnegados heróis onipotentes, que trabalham incansavelmente pelo bem da nação. Só que o brasileiro indignado, furioso, decepcionado com o status quo não compra mais essa ficção. Agora, o brasileiro comum não está indignado apenas com a esquerda, mas com toda a estrutura do estado paralelo, que vive para fomentar, difundir, legitimar e sustentar a criminalidade política institucionalizada, que sobrevive e enriquece diariamente com a desgraça, a miséria e a servidão da população. 

Toffoli evidentemente, deve achar que o brasileiro é um otário, alheio ao que se passa nos escuros labirintos da burocracia estatal. A verdade, no entanto, é que, se por um lado realmente não sabemos de tudo, por outro, não ignoramos a vasta rede de contravenções que transitam pelas altas esferas da política — consignadas com um arcabouço de interesses sifilíticos —, que não apenas são indiferentes, como desprezam com crueldade e arrogância o bem-estar geral da nação, sendo até mesmo hostis e beligerantes para com as possibilidades de progresso e prosperidade pelas quais a sociedade tanto batalha. 

O ingênuo na verdade é Toffoli, que ignora o fato de que a população está cansada, exaurida, extenuada, exasperada, prestes a explodir. E que não engole mais discursinhos pomposos, cheios de palavrinhas bonitinhas, que na verdade são redundantes e vazios. Como todo burocrata estatal, Toffoli esquece que este país não é propriedade dele, mas de todos os cidadãos — em sua maioria anônimos — que, ao contrário de sua excrescência, diariamente trabalham para o desenvolvimento da nação, e cujos impostos confiscados arbitrariamente pelo estado do qual ele faz parte custeiam toda a farra das instituições que compõem o organograma dos poderes constituídos, e que permite a ele estar onde ele está, e exercer a autoridade que ele exerce, e que pela maneira como ele vem agindo, certamente pensa lhe ter sido outorgada por algum poder divino. 

Dias Toffoli — como todo burocrata estatal — vive tão imerso em sua nababesca realidade paralela, que ignora enfaticamente a realidade. Realidade esta que mostra claramente que o povo é um caldeirão em estado de ebulição, e só aguentará abusos até um determinado ponto; se passar deste ponto, o caldo entorna. Bom mesmo é não passar dos limites, não provocar a população, porque quando este caldeirão explodir, não haverá nada capaz de contê-lo.    

Re-União

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