Wagner Hertzog
Recentemente, o "excelentíssimo" Dias Toffoli —
presidente do Supremo Tribunal da Falcatrua —, afirmou no 14º Congresso
Nacional das Defensoras e Defensores Públicos, que o "Brasil tem
judiciário sério, que não se dobra aos poderosos". Ele podia estar contando
uma piada, mas por incrível que pareça, estava falando sério.
Toffoli deve achar que os brasileiros são ou muito
burros, ou muito ingênuos, para acreditar em uma bobagem tão leviana quanto
colossal. Ninguém leva aquele exclusivo clube elitista de protetores do crime
organizado, chamado STF, a sério. Com a possível exceção de seus integrantes, é
claro.
Que o STF não se dobra aos poderosos, isso nós sabemos. O
supremo — na verdade, supreminho — está tão envergado que não precisa mais se
dobrar, pois de tão enterrado que está, basta estender a língua para lamber os
sapatos dos líderes da ORCRIM; afinal, sua situação de completa e total
subserviência atesta quão serviçais do crime organizado seus integrantes
realmente são.
Sicofantas da criminalidade institucionalizada, Toffoli e
todos os seus colegas corriqueiramente cumprem — em todos os seus pormenores —,
com todas as exigências das oligarquias criminosas que efetivamente controlam o
putrefato, como dizia o saudoso Enéas, sistema político brasileiro. Sabemos que
o STF, além de rasgar a constituição sempre que isso lhe convém, é parte
integrante das elites aristocráticas que, com muita malevolência, astúcia e
perfídia, mantém o crime organizado na legalidade, e o sustentam efusivamente
nas altas esferas do sistema político, com toda a estrutura jurídica para
fazê-lo pelas vias institucionais.
Claro que Toffoli faz parte da turminha que vive do
teatrinho, que finge assiduamente que o circo democrático funciona, e que as
instituições trabalham "pelo bem do Brasil". Oh, que maravilha. Nós
podemos fingir que os "sacrossantos" integrantes do supreminho
realmente são hercúleos e abnegados heróis onipotentes, que trabalham
incansavelmente pelo bem da nação. Só que o brasileiro indignado, furioso,
decepcionado com o status quo não compra mais essa ficção. Agora, o brasileiro
comum não está indignado apenas com a esquerda, mas com toda a estrutura do
estado paralelo, que vive para fomentar, difundir, legitimar e sustentar a
criminalidade política institucionalizada, que sobrevive e enriquece
diariamente com a desgraça, a miséria e a servidão da população.
Toffoli evidentemente, deve achar que o brasileiro é um
otário, alheio ao que se passa nos escuros labirintos da burocracia estatal. A
verdade, no entanto, é que, se por um lado realmente não sabemos de tudo, por
outro, não ignoramos a vasta rede de contravenções que transitam pelas altas
esferas da política — consignadas com um arcabouço de interesses sifilíticos —,
que não apenas são indiferentes, como desprezam com crueldade e arrogância o
bem-estar geral da nação, sendo até mesmo hostis e beligerantes para com as
possibilidades de progresso e prosperidade pelas quais a sociedade tanto
batalha.
O ingênuo na verdade é Toffoli, que ignora o fato de que
a população está cansada, exaurida, extenuada, exasperada, prestes a explodir.
E que não engole mais discursinhos pomposos, cheios de palavrinhas bonitinhas,
que na verdade são redundantes e vazios. Como todo burocrata estatal, Toffoli
esquece que este país não é propriedade dele, mas de todos os cidadãos — em sua
maioria anônimos — que, ao contrário de sua excrescência, diariamente trabalham
para o desenvolvimento da nação, e cujos impostos confiscados arbitrariamente
pelo estado do qual ele faz parte custeiam toda a farra das instituições que
compõem o organograma dos poderes constituídos, e que permite a ele estar onde
ele está, e exercer a autoridade que ele exerce, e que pela maneira como ele
vem agindo, certamente pensa lhe ter sido outorgada por algum poder
divino.
Dias Toffoli — como todo burocrata estatal — vive tão
imerso em sua nababesca realidade paralela, que ignora enfaticamente a
realidade. Realidade esta que mostra claramente que o povo é um caldeirão em
estado de ebulição, e só aguentará abusos até um determinado ponto; se passar
deste ponto, o caldo entorna. Bom mesmo é não passar dos limites, não provocar
a população, porque quando este caldeirão explodir, não haverá nada capaz de
contê-lo.
Re-União
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