domingo, 15 de dezembro de 2019

A Alta Tecnologia para a Democracia

Jorge Serrão

O Estado Necessário é aquele que cumpre a função básica de garantir a Democracia – aqui definida como a segurança e estabilidade legal, jurídica, política, econômica e individual. O Estado Necessário garante a liberdade fundamental dos cidadãos. O Estado Necessário tem uma Constituição enxuta, liberal, e um conjunto de leis mais simplificado e fácil de cumprir, sem interferência constante do Judiciário (corrompido).

O Estado Necessário foca na Educação, na Saúde e na Segurança. O Estado Necessário conta com mecanismos públicos de controle do governo e do Estado pela sociedade organizada. O Estado necessário equilibra a existência de empresas estatais com os empreendedores privados. O Estado Necessário tem uma burocracia essencial, sem excessos, com servidores públicos justamente remunerados, capacitados e competentes para cumprir sua missão.

É esse Estado Necessário que precisamos implantar no Brasil, após amplo e livre debate na sociedade. Enfim, temos de implantar um Estado Necessário, com uma Constituição fácil de ser cumprida, para equilibrar o funcionamento dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tendo como sustentáculo o poder Militar e (por que não?) um Poder Moderador eleito pela sociedade para controlar os entes e mecanismos estatais.

Sim! O Brasil precisa de uma nova Constituição enxuta e regulável, sem necessidade de “interpretações” superiores, e que possa ser aplicada e cumprida por qualquer pessoa consciente ou entidade pública ou privada. Junto com a Nova Constituição, precisamos enxugar e consolidar legislações que se contradizem. É fundamental valorizar o papel da primeira instância judicial e implantar um eficiente sistema de conciliação, para impedir que tantas broncas acabem entulhando o judiciário. Decisões importantes para a vida das pessoas não podem demorar (dezenas de) anos para se resolverem – ou não...

Se a Justiça de Verdade não acontecer, brevemente, vamos assistir a uma inédita explosão de revolta da classe média brasileira. Por enquanto, ela é uma vítima que aguenta, civilizadamente, a opressão promovida pelo Estado-Ladrão e seus aparelhos repressivos. As “gestapos” estão aí, cada vez mais visíveis, para perseguir quem seja considerado “inimigo do Estado” ou alvo do rigor seletivo dos “poderosos de plantao”.

Acontece que a passividade não vai durar para sempre... As pessoas não suportam mais serem vítimas da Ditadura do Crime Institucionalizado. São violências praticadas pelos mecanismos do Estado-Ladrão ou barbaridades cometidas por bandidos de toda espécie, desde os altos escalões republicanos até os pés de chinelo das favelas.

A Justiça de Verdade não pode demorar. No imaginário popular – e isto é muito ruim para a construção da Democracia -, o Judiciário nunca foi alvo de tanta crítica construtiva e destrutiva, com “direito” a piadas infames e xingamentos em redes sociais. Desmoralizar o Judiciário e a magistratura interessa à organizada bandidagem, da zelite ou da periferia. Mas isto não interessa ao cidadão que precisa e sonha com Justiça e, sobretudo, com um Judiciário que funcione “Direito” (sem trocadilho).

Não basta prender “ilustres bandidos” e nem superlotar as medievais cadeias com marginais mequetrefes. O verdadeiro inimigo é o Estado-Ladrão. O único jeito de eliminá-lo é uma profunda Intervenção Institucional que reinventará o Brasil. Tal mudança é inevitável. Se nada mudar, com certeza, a porrada vai cantar e as conseqüências serão violentas e imprevisíveis.

Por isso, é melhor, mais seguro e mais barato que a Intervenção Institucional e um choque de Educação solucionem o Brasil da maneira mais pacífica e civilizada possível... A Justiça de Verdade deveria ajudar muito no processo. Se não ajudar, terminará fazendo parte do rol das vítimas... O que estamos vendo agora é apenas um pedacinho do rabo de um gigantesco monstro que parece invencível, mas não é...

Solução? Ou definimos o Estado Necessário ou continuaremos sendo uma pretensa Nação, partida, criminosa, injusta, rumo à fragmentação, candidata permanente a desastres e tragédias com muitas vítimas fatais.

Quem não quer mudança estrutural, por mais inocente e idiota que possa parecer, na verdade, está do lado do Crime... Por enquanto, a governança criminosa é hegemônica. Precisamos de uma união nacional, urgente, sem babaquices ideológicas, para neutralizar e vencer o Crime.

A prioridade das prioridades: recuperar o papel institucional do Judiciário – que é promover a Justiça, sem rigores ou perdões seletivos que alimentam a impunidade e o desrespeito às Leis. A única saída – não tem outra – é a Democrática. A novidade: contaremos com a colaboração decisiva da Alta Tecnologia para a construção Democrática. Tudo agora é transição. Políticos e bandidos, tremei...

Alerta Total

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