Wagner Hertzog
Um dos elementos que certamente
melhor define a esquerda é a crença irracional de sua ideologia, reforçada pelo
fanatismo de seus adeptos, de que o estado é a solução para tudo. Infelizmente,
muitas pessoas que estão — ou afirmam estar — à direta do organograma político,
acabaram por absorver uma fé inabalável no estado, igualmente irrealista e
desmesurada, porque foram contaminados com conceitos socialistas, ou porque são
terrivelmente ingênuos quando o assunto é a política na prática.
Uma das coisas que a esquerda
defende com veemência são impostos elevadíssimos, pois afirma, erroneamente,
que isso ajuda os pobres. Na verdade, impostos elevados agridem os pobres, pois
a tributação sobre determinados produtos é tão alta que eles acabam sendo
impedidos de consumir estes bens. Ademais, a tributação indireta no Brasil é
tão extorsiva e absurda, que não apenas destrói com brutalidade o poder de
compra da população, mas por incidir de forma sintomática justamente no
consumo, acaba limitando de forma progressiva o poder de compra dos mais
pobres, que acabam presos em um círculo interminável de destituição, miséria e
depauperamento. Não apenas ganham pouco, como devem racionar tudo aquilo que
consomem, pois não possuem poder aquisitivo suficiente para compensar todas as
suas necessidades. A destruição da moeda através da inflação — que pode ser
corretamente qualificada como um imposto oculto —, é outra manobra igualmente
perversa, que serve para dilacerar continuamente o poder aquisitivo das massas,
obrigando os pobres a racionar ainda mais os seus escassos recursos. Isto acaba
gerando um ciclo ininterrupto de miséria e pobreza, o que é muito conveniente
para os objetivos políticos da esquerda.
Infelizmente, a esquerda
detesta aprender com a vida, com os fatos, com a realidade, com aquelas pessoas
que realmente são pobres e miseráveis — que a esquerda afirma amar e adorar —,
mas que na prática nunca passaram de mascotes descartáveis, que servem apenas
como capital político, para serem devidamente manipulados em período eleitoral,
de acordo com as necessidades populistas da esquerda, que se importa única e
exclusivamente com a sua ideologia. Se os progressistas realmente
"amassem" os pobres tanto quanto afirmam, tomariam medidas mais
drásticas e pragmáticas para ajudá-los a sair do ciclo de pobreza no qual se
encontram aprisionados, e que foram inseridos nesta situação por força
discricionária do estado. Para entendermos esse conceito, é fundamental
compreendermos que nascer pobre é uma circunstância. Quem mantém os indivíduos
permanentemente encarcerados na condição de pobreza, no entanto, é o estado.
Não é sem razão ou motivo que, em países onde existem maiores níveis de
liberdade econômica, os pobres conseguem deixar sua condição de pobreza com
muito mais facilidade do que em países saturados de regulações e intervenções,
onde o estado controla toda a economia, ou ao menos grande parte dela, como é o
caso do Brasil.
Pagar elevadíssimos impostos
nunca é a solução, por dois motivos que são bastante óbvios, ao menos para quem
possui o mínimo de inteligência e capacidade de raciocínio (o que,
evidentemente, a esquerda não tem e nunca teve); o dinheiro arrecadado com os
impostos não vai para os pobres. Ele serve para sustentar a alta elite do
funcionalismo público. Políticos que ganham salários de 34 mil, desembargadores
que ganham salários de 400 mil, juízes que ganham salários de 600 mil, fora
todos os suplementos, bonificações e a imensurável quantidade de benefícios
adicionais. E acredite, caro leitor, esses são apenas alguns exemplos bastante
moderados. Por baixo, o governo federal gasta aproximadamente vinte e cinco
bilhões — repito, bilhões — de reais por ano apenas com a sua magistral e
opulenta folha de pagamento.
Agora, vamos para o segundo
motivo, a parte mais importante. Adivinha de onde vem o dinheiro que banca a
aristocracia política e a alta elite do funcionalismo? Dos impostos que são
cobrados da sociedade produtiva, da qual fazem parte a classe média e os pobres.
Na verdade, o que muitas pessoas não conseguem entender é que impostos são um
grande esquema de transferência de renda, que confisca os dividendos dos mais
pobres e os transfere para os mais ricos. Pobres, evidentemente, em sua grande
maioria trabalham, pois se fossem depender inteiramente do assistencialismo
estatal, morreriam de fome.
A classe média, em função da
implacável recessão financeira que ainda vivemos, foi ostensivamente
depauperada. Não são poucos os milhões de brasileiros que eram da classe média
e tornaram-se pobres. Aqueles, por sua vez, que já eram pobres, tornaram-se paupérrimos.
O extorsivo ciclo tributário, no entanto, além de não dar trégua — ao
contrário, se tornou muito pior —, passou a exaurir de forma mais voraz,
desesperada e dilacerante os dividendos da sociedade produtiva, tanto direta
quanto indiretamente, pois esta continua sendo sobrecarregada com todos os
encargos necessários para custear o estado, e todos os salários, benefícios e
privilégios das elites que o compõem.
O resultado disso é péssimo
para a sociedade. A economia não se desenvolve, a estagnação e o retrocesso se
tornam latentes, e o ambiente para investimentos e empreendedorismo é tão
hostil e contraproducente — em virtude da exacerbada burocracia estatal e do
fato de que não existe liberdade econômica nenhuma na República Tupiniquim —
que praticamente ninguém consegue conquistar progresso e prosperidade. Dessa
maneira, a miséria, o desemprego e a destituição geral continuam sendo uma
parte indivisível da sociedade.
Claro, um cenário desses é
ótimo para o populismo de esquerda. Ele precisa da miséria e da desgraça da
população para ganhar forças e se difundir. Socialistas de esquerda podem
sempre culpar o capitalismo pela miséria e pela pobreza, e podem prometer ao
seu eleitorado que deus-estado e papai-governo resolverão todos os problemas, se
políticos de esquerda forem eleitos, é claro. Não obstante, é muito bom ver que
ao menos algumas pessoas estão despertando da letargia e da sonolência, e estão
aprendendo que todos os problemas de que sofremos são culpa do caríssimo,
burocrático, perdulário e nababesco estado soviético, que — como o grande
parasita que é — consome a maior parte dos recursos gerados pela sociedade
produtiva.
Pagar altos impostos não
adianta, não é a solução, nunca foi, isso simplesmente alimenta o ciclo de
pobreza, e dificulta de forma brutal o exercício da livre iniciativa e do
empreendedorismo, que é o que efetivamente gera riquezas em uma sociedade. O
estado não gera riquezas. A iniciativa privada, por outro lado, gera riquezas,
cria, constrói, inova e dá empregos. Altos impostos, além de inúteis, são
absurdamente imorais. O dinheiro que o estado arrecada extorquindo a população
com taxas, tarifas, impostos e contribuições compulsórias de todos os tipos não
é direcionado para os mais pobres, mas serve para financiar a elite política e
sustentar a alta aristocracia do funcionalismo publico. Em resumo, serve apenas
para deixar os ricos ainda mais ricos, e os pobres ainda mais pobres.
Enriquecer políticos não acaba
com a pobreza, apenas engorda os populistas do estado, mantém a população refém
da miséria, e completamente vulnerável ao tirânico, deplorável e demagógico
oportunismo de esquerda. O crescimento e a expansão do estado devem sempre ser
vigorosamente combatidos. Conforme o estado se expande, a liberdade e a prosperidade
tendem a desaparecer. Nós já vivemos no estado totalitário máximo, haja vista
que estamos entre os piores países do mundo quando o assunto é livre mercado e
liberdade econômica. Para a conquista de progresso, desenvolvimento e
prosperidade de uma sociedade, tão importante quanto combater a esquerda é
combater o alargamento do estado. Não devemos jamais esquecer que o estado é
uma ferramenta que serve para escravizar e subjugar, e por isso a esquerda faz
tanta questão de estar no comando da burocracia estatal. Quando é um estado
imenso, como o que temos hoje, aí é que a esquerda fica salivando, com água na
boca, pois é possível comandar de forma discricionária, em caráter vertical,
absolutamente todos os aspectos da sociedade, moldando até mesmo comportamentos
através de sistemas de controle e engenharia social. Regularizar a pedofilia e
punir quem ousar falar mal do islamismo e associar muçulmanos ao terrorismo
seriam apenas o início da catástrofe. Logo, o cristianismo seria proscrito, e
bestialidades como necrofilia, canibalismo e zoofilia seriam normalizadas e
tratadas como algo natural.
Na Coreia do Norte, por
exemplo, até mesmo os cortes de cabelo são regulamentados pelo estado. Dez
tipos para os homens, dezoito para as mulheres. Alguém duvida que a esquerda
não gostaria de fazer a mesma coisa por aqui? Recentemente, o deputado Glauber
Braga — aquela excrescência do PSOL — homenageou o falecido ditador cubano
Fidel Castro por ocasião dos três anos de sua morte. Essa gente que venera
ditadores sanguinários e genocidas são o grande anátema da espécie humana.
Estado, esquerda, socialismo, são doenças deploráveis que devem ser contínua e
diariamente combatidas, com fervor e veemência. Não haverá paz, progresso e
prosperidade, enquanto tudo continuar como está.
Re-União
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