Stephen Kanitz
É muito simples mostrar por que a administração da
coisa pública, de governos centralizadores, do Socialismo e
do Comunismo não
funciona e nunca funcionará.
Bastaria estudar o mínimo da Ciência da Administração,
mas que não ensinamos aos nossos alunos no Colegial, preferimos ensinar
Geografia.
Parte das funções do Administrador é
criar regras, procedimentos, rotinas que serão replicadas nas filiais, nas
sucursais, nos pontos de venda, etc.
Regras, por definição, nem sempre são justas, nem sempre
devem ser aplicadas, há inúmeras exceções a considerar.
Curiosamente, outra importante função do Administrador é
determinar quando essas regras criadas por nós não devem ser obedecidas. Talvez
seja isso o que mais fazemos.
Isso não ocorre na Administração
Pública, no Socialismo e no Comunismo.
Regras são determinadas por lei, e tem de ser obedecidas
sem exceção, com perigo de demissão.
Quando se fala mal da Burocracia é disso que se fala,
nada a ver com o que ocorre com empresas bem administradas.
Nas empresas gigantes isso também começa a ocorrer,
abrindo espaço para as pequenas e médias.
Para isso você precisa de uma classe de administradores
bem treinados, que sabem quando detectar uma exceção, que estudaram Ética, que
fizeram juramento de formatura nesse sentido.
Como somos avaliados pelos nossos resultados, se as
exceções forem esdrúxulas teremos prejuízo, e seremos detectados.
Na maioria das vezes fazemos um rápido cálculo levando em
conta que não abrir uma exceção causaria mais prejuízo ainda, como se indispor
com seu melhor cliente.
A grande frustração de todo funcionário
público é justamente esta. Eles sabem as injustiças que estão
causando, mas nada podem fazer.
Como não existe o conceito de lucro na administração
pública, no Socialismo e no Comunismo, não há forma de avaliar essas exceções,
nem mesmo para o administrador saber dosar de forma justa e correta.
Funcionário público
tem responsabilidades sem nenhuma autoridade, nem mesmo de realocar seu
orçamento departamental, trocando uma despesa necessária e urgente, por outra
desnecessária.
Ao proibir o ensino da administração nesse país por 30
anos, desde 1945, criamos leis sem pensar a parte operacional.
Criamos uma Constituição sem consultar um único
administrador, sem incorporar nenhuma das lições que deveríamos ter aprendido e
guardado, mas que a lei 7988/45 sabotou.
O resultado está aí. Um país criado com teorias
administrativas do arco da velha, antiquadas e paralisantes.
blog do kanitz
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