terça-feira, 7 de março de 2017

China reduz meta de crescimento econômico

Deutsche Welle

Em meio a desaceleração, segunda maior economia do mundo prevê expansão de 6,5% em 2017. Governo também objetiva inflação em torno de 3%, 11 milhões de novos empregos urbanos e yuan estável.

Em 2016, economia chinesa registrou o menor crescimento desde 1990, de 6,9%

A China fixou a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2017 em cerca de 6,5% –  abaixo do objetivo do ano anterior, de entre 6,5% e 7%, e em linha com a desaceleração vivida pela segunda maior economia do mundo.

A meta, que aparece no relatório de trabalho governamental apresentado neste domingo (05/03) pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, na abertura da Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo do Legislativo chinês.

Em 2016, o país cresceu 6,7% – o menor crescimento em 26 anos. No ano anterior, a expansão da economia havia sido de 6,9%.

O relatório também fixa, entre outros indicadores, que a inflação se mantenha em torno de 3%, como em anos anteriores, e que o teto de déficit público se mantenha em 3% do PIB. O documento também prevê a criação de 11 milhões de empregos urbanos em 2017 – um milhão a mais que a meta do ano anterior.

O governo anunciou ainda que adotará uma política monetária prudente e manterá estável o valor da moeda chinesa, o yuan, cuja desvalorização levou a uma fuga massiva de capitais do país.

Entre os objetivos para este ano também está reduzir o número de cidadãos que vivem na pobreza em cerca de 10 milhões. Para conseguir isso, o governo aumentará seu investimento no fundo destinado a esta causa em pelo menos 30%.

Como base de um crescimento estável, a China dará mais passos para "liberar o potencial" da demanda interna, que pretende que seja o novo motor de sua economia.

Nas últimas três décadas, a economia chinesa cresceu em média cerca de 10% ao ano. Desde 2010 o país vem desacelerando, à medida que o governo implementa uma transição no modelo econômico, visando uma maior preponderância do consumo e do setor dos serviços, em detrimento das exportações e do investimento público.

DW - Deutsche Welle

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