Jorge Serrão
A Intervenção Institucional não é um sonho. Mas sim uma
necessidade urgentíssima no Brasil sob hegemonia do Crime Institucionalizado,
sua corrupção sistêmica e muita estupidez terceiro mundista. Apesar do
fantástico potencial econômico, corremos risco de mergulhar em uma convulsão
social agravada pelo perigoso processo de desestruturação política. Caminhamos
para o caos com a canalhice combinada com o radicalismo ideológico. É altíssimo
o risco de rupturas com explosões de violência e desintegração nacional.
Temos de redefinir o Brasil estrategicamente. O brasileiro não
merece viver em um País que mais se parece com uma velha União Soviética
tropical. Slogan justo e perfeito para nos definir, com tora ironia e precisão:
"Somos todos Capimunistas". Combinamos o pior do capitalismo
selvagem com a mais violenta intervenção estatal, via regramento excessivo com
rigor seletivo. Tudo no ritmo da mais pura canalhice de um discurso
socialista-comunista assimilado e repetido pela "zelite". O senso
comum foi corrompido pela idiotice.
Na falsa "República Federativa" do Brasil, tem gente
que insiste em não acreditar que a Oligarquia Financeira Transnacional manda e
desmanda aqui, a partir de nossas oligarquias locais, satélites dos
controladores globalitários. De mentalidade rentista, escravocrata e
violentamente feudal, nossos "donos do poder" bem que poderiam ser
chamados de "Nomenklatura". O Historiador Carlos I. S. Azambuja tem
escrito vários artigos sobre este tema neste Alerta Total.
Na definição soviética, Nomenklatura designa a classe dos
novos privilegiados. Uma aristocracia vermelha que dispõe de um poder sem
precedentes na História. A Nomenklatura se considera o próprio Estado. Atribui
a si mesma imensos e inalienáveis privilégios. O aparelhamento do topo da
máquina pública é um procedimento "natural". Até porque esta classe
dominante não só faz a lei, como interpreta a lei a seu bel prazer,
simplesmente porque se acha a própria lei. Não existe debate democrático com a
nomenklatura. Manda quem pode. Dança quem não obedece - porque não é dono do
judiciário.
A nomenklatura tupiniquim é mais burra ou mais canalha? Difícil
definir com precisão... Vírus inoculado no cérebro da maioria dos nossos
empresários e até na cabeça-oca dos membros de facções criminosas, o
rentismo-escravocrata hegemônico é um reprodutor natural de abusos e
violências. Os imbecis nunca enxergam quem é o verdadeiro inimigo do Brasil.
Por ignorância, a maioria fica atacando as consequências, em vez de combater as
causas.
Livres pensadores de fora tem enxergado o Brasil com perfeição.
O cientista político do Departamento de Política da Universidade de Nova York,
Steven Brams adverte que o Brasil parece um País socialista no estilo cubano:
"O Brasil foi sendo transformado por dentro, as estruturas do Estado foram
sendo modificadas de forma lenta e gradual. Hoje praticamente o Estado se
encontra totalmente pavimentado e pronto para assumir um papel político
totalmente voltado para o socialismo".
Steven Brams escancara: "O sistema político e a estrutura
econômica também foram modificadas com a criação de uma carga tributária muito
pesada, que serve para sustentar os programas sociais. Desta forma, pode se
notar uma forte concentração de toda a renda gerada no país, nas mãos do
governo. Há também o controle do Estado sobre a sociedade com a adoção de leis,
normas e regimentos. Um exemplo foram as centenas de agências de controle e
regulação sobre diversos setores do Estado".
O norte-americano chama atenção para o processo de comunização
gradual do Brasil: "A esquerda usa muitos termos para designar o
comunismo. Vejamos: A social democracia, o socialismo, o nazismo e o fascismo.
No fundo todas estas designações são de origem comunista. Apenas o que difere o
comunismo desta designações, é a maneira em que este comunismo é administrado
politicamente. A social democracia é um comunismo mais ligth, mais leve, vai
sendo introduzido lentamente sem que se perceba e se quem a sociedade sinta
seus efeitos. Enquanto isso o Estado vai sendo modificado. No final deste
processo o país já estará totalmente modificado, estruturado e a sociedade
conformada e totalmente difundida dentro do comunismo".
O professor Steven chama atenção para o fenômeno continuista em
nossa "crise": "Os reformistas que adotam a social democracia
modificam também a estrutura social. A engenharia social tem um papel
importante neste aspecto de mudanças. Principalmente na cultura, na mídia e no
dia a dia da sociedade. O afastamento da presidente Dilma Rousseff não
significa o fim do sistema político, mas sim sua continuidade, pois nenhuma
estrutura do Estado foi modificada”.
Steven Brams acertou na mosca: “Apenas na questão econômica pode
ser que haja alguma reação no sentido de tirar o país da crise, mas isto não
significa que o atual governo fará alguma mudança na política do Estado. O
processo foi continuado e nada mudou no que diz respeito ao sistema político. O
impeachment é um instrumento constitucional do sistema, e foi usado pelo
próprio sistema apenas para afastar um presidente e não eliminar um sistema
politico. O Brasil continua sob controle da social democracia".
Steven chama atenção para o problema da desunião da sociedade:
"A esquerda brasileira conseguiu com suas doutrinas, por assim dizer,
dividir o Brasil em vários segmentos sociais. Isso talvez dificulte uma reação
da própria sociedade muito desunida com relação aos problemas do país. Nota-se
que há legiões de pessoas que defendem o sistema, talvez acomodadas com a
situação, outras defendem os partidos e outras os políticos que as corrompem.
Não há uma união no sentido de se pensar na Pátria, na Nação e nos destinos do
país. Certamente que isso é um grande problema, pois haverá sempre desunião. Há
vários segmentos que não pensam ou não possuem um mesmo objetivo".
Steven Brams vai além: "Há vários segmentos que pensam
diferente, com objetivos diferentes. Pelo que eu vejo, há grupos de pessoas que
estão sugerindo uma intervenção militar no Brasil. Podemos dizer que este
segmento é mais coeso do que os outros, pois se fixam apenas em um único
objetivo. Este segmento não defende partidos, políticos e nem o sistema. É mais
patriótico e mais coeso do que os demais segmentos. Este grupo de pessoas exige
uma mudança radical no sistema, ou sua total destruição. É mais radical e mais
coeso neste sentido. Talvez por isso não encontre apoio de políticos e nem da
mídia que vive nas beiradas do sistema. Uma intervenção militar com o povo
exigindo mudanças, certamente colocaria em risco o atual sistema político
brasileiro".
Por fim, o cientista político norte-americano Steven Brams
arrisca um conselho aos brasileiros: "Que sejam mais patriotas e coesos em
seus objetivos. É preciso que a sociedade se conscientize dos problemas do país
e exija mudanças. Se querem mudanças, se unam e cobrem dos políticos bem
intencionados. Sempre há políticos bem intencionados que precisam de uma
pressão da sociedade para exigir as mudanças. O Brasil não tem um perfil de
conscientização. É preciso criar este perfil. É preciso sobretudo pensar no
país, pois se não pensarem no país, os corruptos e políticos mau intencionados
pensarão e farão o que bem entenderem".
O norte-americano tem razão! Na guerra de todos contra todos os
poderes, os segmentos esclarecidos da sociedade precisam promover debates
civilizados, inteligentes e objetivos para formular soluções de curto, médio e
longo prazo para o Brasil. A estratégia imprescindível: o Brasil precisa ser
reinventado, refundado, em bases federativas, distritais, municipais. Não dá
mais para suportar o Presidencialismo absolutista de coalizões que geram
permanentes colisões.
Precisamos de uma nova Constituição, enxuta, claramente
interpretável, sem necessidade de constante emenda ou mediação por um Supremo
Tribunal Federal. Temos se nos tornar capitalistas, livres para produzir, com
regras claras e burocracia mínima. Necessitamos de um imposto justo que
financie um Estado no tamanho certo: o menor possível e menos interventor. O
Federalismo de verdade é fundamental.
Tudo isso só vai se viabilizar com muito debate de conceitos
corretos e senso de patriotismo sem radicalização e xenofobia. O Brasil ainda
tem jeito, mas não pode perder tempo. Se permanecer na linha Capimunista,
rentista e feudalista será o mesmo País de sempre: a velha colônia pós-moderna
de exploração mantida artificialmente na miséria, para deleite dos
controladores globalitários.
Alerta Total
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