Fabíola Perez e Joyce
Ribeiro
Manifestação ocorre durante a 2ª
votação da reforma da Previdência e parlamentares relatam o uso de gás de
pimenta dentro do prédio
Servidores
estaduais protestam em frente a Alesp (Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo) na manhã desta terça-feira (3) contra a PEC (Proposta de
Emenda à Constituição) da reforma da Previdência estadual. A sessão
extraordinária teve início às 9h15 e a mobilização começou às 9h.
A
deputada Beth Sahão (PT-SP) afirmou no plenário que é possível sentir o cheiro
do gás de pimenta de dentro do prédio da Assembleia. "Tratam os servidores
públicos como bandidos. Isso não é necessário em uma casa democrática",
afirmou.
A
Polícia Militar confirma a presença da Tropa de Choque ainda no prédio da
Alesp, diz que a situação é tensa no local, mas não respondeu sobre o uso de
gás de pimenta. Segundo a corporação, não há registro de feridos no protesto e
nem detidos até o momento.
As
galerias da Casa estavam com capacidade máxima de ocupação logo no início da
sessão. Nos corredores, o tumulto começou quando a tropa de choque da PM
interveio com gás de pimenta para conter os protestos.
Às 10
horas, ambos os sentidos da avenida Pedro Álvares Cabral, entre a Alesp e o
Parque Ibirapuera, estavam fechados por manifestantes.
O pedido
para que os funcionários pudessem acompanhar a sessão, mesmo que por
transmissão ao vivo, foi reforçado pelo deputado estadual Carlos Gianazzi
(PSOL) que ainda requisitou a retirada da tropa de choque da PM.
O
assessor Victor Lucena participa dos protestos e afirma que as fuas principais
portas do prédio estão fechadas. "Teve spray de pimenta, bala de borracha,
uma nuvem de gás", afirmou ao R7. "Um grupo da Tropa de Choque
fechou a entrada da Assembleia. Há muito gás do lado do Ibirapuera",
relatou ele, ao afirmar que os policiais ocupam subsolo, térreo, primeiro
andar.
O
primeiro turno da votação da proposta também foi marcado por confusão e um
placar apertado: somente 57 votos a favor, o mínimo necessário para que fosse
aprovada. Agora será necessário a matéria passar pelo crivo dos deputados em
segundo turno.
Paralisação
Professores
do Estado de São Paulo haviam marcado a paralisação de suas atividades nesta
terça-feira (3), inicialmente às 14h, em frente à Alesp contra a reforma da
Previdência de São Paulo, em ato confirmado pelo Apeoesp (Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Segundo
o sindicato, outras entidades do funcionalismo público também participam do
ato. No protesto, os manifestantes estarão durante toda a tarde em frente à
Assembleia e, depois, acompanharão a votação em segundo turno da PEC da
Previdência do Estado.
Entre os
motivos da paralisação também foi citado o abono concedido pelo governo de João
Doria (PSDB) para equiparação ao piso nacional.
R/7
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