Martim Berto Fuchs
Ontem
escrevi um texto sobre a compra da BAND por um grupo estatal chinês, China
Média Group, com contrato assinado em 11/11/19. Link abaixo.
Hoje,
sou surpreendido com uma publicação num jornal chinês, editado em português, de
que exatamente no mesmo dia, 11/11/19., a Globo também tinha assinado um
contrato, nos mesmos moldes, com o mesmo Grupo. Link abaixo.
Considero
isto grave por dois motivos:
1.- A
recíproca não é verdadeira. A China não permite que nenhum grande grupo da
mídia ocidental, e defensor de governos democráticos, tenha a mesma regalia no
seu país. A mídia lá é estatal e controlada com rédea curta.
2.- Os
dois negócios foram concretizados em novembro/19. Por quê só agora, março/20.,
vieram à publico ? Por quê só agora, quando o vírus chinês invadiu também o
Brasil, e a China começou a ser criticada ?
Note-se
ainda, que a única crítica levada em consideração e que mereceu uma resposta
grosseira e mal educada por parte da Embaixada Chinesa, foi a proferida pelo
Deputado Federal e filho do nosso Presidente.
Nem é
preciso muito para entender, agora, porque as duas empresas, BAND e Globo,
passaram a atacar violentamente o Governo neste affair, e defender a China.
Nossa
elite sempre teve o Complexo de Vira-Latas. Se não são sustentadas pelo Poder
Público, ou fecham as portas, ou se vendem para o primeiro que tenha dinheiro
para comprá-las.
Ou seja,
se estes dois órgãos de divulgação já atacavam este Governo por não mais
receber as generosas verbas à que estavam acostumadas na era petista, agora
então, passarão a atacá-lo para defender seu novo patrão. Comprova-se com isto
que o jornalismo que era praticado, com raras exceções, nunca foi isento. Só as
redes sociais podem nos ajudar a enfrentar a mídia parcial, venal e hipócrita.
Mas a
história da invasão chinesa nas mídias ocidentais não acaba aqui. Eles estão
fazendo a mesma coisa nos outros países das Américas Central e do Sul.
No
Brasil, por enquanto, BAND e Globo.
Na
Argentina, se aproximaram de todos grupos próximos ao kirchnerismo, enquanto o
gigante televisivo China Global Television Network (CGTN) fez o mesmo com o
Grupo América, a segunda maior corporação argentina do setor.
Na
Venezuela, a CGTN mantém uma aliança semelhante com a Telesur.
No Peru
com a IRTP, a emissora estatal de rádio e televisão.
Estão
fazendo o mesmo no Panamá e na República Dominicana, os dois últimos países da
região a romper relações com Taiwan e que, portanto, vivem uma lua de mel com
Pequim. Link abaixo.
BAND
América
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