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A
China estuda flexibilizar alguns padrões de emissões para trazer alívio às
montadoras, que enfrentam uma crise sem precedentes no maior mercado automotivo
do mundo, segundo pessoas a par do assunto.
As
discussões envolvem um aspecto-chave das chamadas regras China VI, que devem
entrar em vigor no país em 1º de julho, disseram as pessoas, que não quiseram
ser identificadas.
Especificamente,
autoridades chinesas avaliam se devem reduzir as restrições à quantidade de
partículas nocivas que os veículos emitem pelo escapamento – uma medida
conhecida como número de partículas, ou NP – disseram as pessoas.
A
medida mostra o aumento da pressão para que países sacrifiquem metas ambientais
de longo prazo para salvar as economias após a pandemia de coronavírus. O
crescimento da China já estava desacelerando antes que o surto paralisasse a
indústria, e as montadoras foram particularmente afetadas. Economistas do Goldman Sachs estimam que a segunda maior economia do
mundo deve encolher 9% no primeiro trimestre.
“Com
montadoras e revendedores sob pressão sem precedentes, é necessário que
formuladores de políticas flexibilizem as regras de emissão e salvem o setor”,
disse Cui Dongshu, secretário-geral da Associação de Carros de Passeio da
China. “É especialmente crucial para revendedores, pois poderiam ir à falência
caso não consigam diminuir os estoques.”
O
adiamento daria às montadoras mais tempo para vender modelos mais antigos dos
estoques, que aumentaram em meio à desaceleração prolongada exacerbada pela
propagação do vírus. A indústria pede um adiamento porque, sem isso, as
montadoras correm risco de ter que se desfazer ou reformar milhões de veículos
que não poderiam ser vendidos na China sob as novas regras.
O
Ministério de Ecologia e Meio Ambiente não estava disponível para comentários,
e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, que precisaria
concordar com qualquer alteração na política China VI, também não. A Comissão
Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, principal agência de
planejamento econômico do país, não respondeu a um pedido de comentário.
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