Julia Lindner
BRASÍLIA - O presidente Jair
Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira, 7, que integrantes do governo
estão proibidos de tocar no assunto da taxação da energia
solar. Aqueles que o fizerem, segundo ele, serão demitidos.
"Eu que estava pagando o pato pela questão da
energia solar. E aí eu decidi que ninguém mais toca no assunto, quem conversar
eu demito, cartão vermelho", disse na saída do Palácio da Alvorada.
De acordo com Bolsonaro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicou
que desistiu da cobrança para aqueles que produzem energia solar, mas os
interessados em vender o produto ainda poderão pagar um frete.
"Eu decidi (pelo fim da taxação da energia solar)
acertando com o (presidente do Senado, Davi) Alcolumbre e (o presidente da
Câmara, Rodrigo) Maia. Tanto é que a Aneel, pelo o que eu ouvi ontem, não vai
mais taxar (energia solar). Não vai mais nem precisar de projeto de lei (para
barrar a iniciativa)", declarou Bolsonaro.
O presidente esclareceu que a taxação zero continua
valendo para aqueles que querem produzir energia para suas casas e seus
negócios, mas os que quiserem vender podem pagar um frete.
"Quem quer produzir energia para o seu negócio não
tem taxação. Agora, se ele quiser vender energia, você vai ter que
transportá-la e hoje em dia é meio físico. O meio físico a ser utilizado ele
vai negociar com a empresa participar ou não quanto vai se cobrar o porcentual
daquilo que ele produzir. Aí é outro negócio."
Após reação popular sobre o tema, ele deixou claro que
quem quiser produzir a energia "no seu negócio, na sua casa, sua chácara,
sua empresa vai fazê-lo sem interferência do estado". "O Estado já enche
o saco demais. Ninguém mais aguenta interferência do estado", frisou.
Nesta tarde, Bolsonaro vai se encontrar com o diretor da
Aneel Rodrigo Limp, que é relator da revisão estudada pela agência nos
subsídios para quem produz sua própria energia.
Estadão
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