Wagner Hertzog
O
progressista Alberto Fernández assumiu a presidência da Argentina recentemente,
em dezembro de 2019. Evidentemente, como todo "bom" esquerdista, ele
não esperou nem sequer um minuto para começar a fazer bobagem. Seu mandato como
presidente da república já começou bem ao gosto dos socialistas, com pesado
intervencionismo no setor econômico para combater problemas que nem sequer
existiriam, se o estado não interferisse na produtividade econômica. Ou seja,
esta é a expressão máxima do socialismo, interferir na economia para mitigar
problemas criados pelo próprio intervencionismo estatal no campo econômico.
Para que respeitar a ortodoxia da ordem natural — e do capitalismo de livre
mercado —, se você pode estatizar tudo, destroçar o país completamente e depois
culpar o "neoliberalismo"?
O que
vem por aí, com relação a Argentina, infelizmente é o clássico mais do mesmo.
Venezuelização econômica, a serviço da dilaceração da prosperidade, para
depauperar a sociedade, a produtividade industrial e a livre iniciativa. O
programa de congelamento de preços — implementado recentemente — é justamente a
etapa da estatização da economia que precede a escassez. Inicialmente cerca de
setenta produtos foram tabelados. Agora, o número subiu para mais de trezentos.
Como a primeira etapa para a destruição da cadeia produtiva, o controle de
preços pelo governo invariavelmente faz os custos de produção tornarem-se
proibitivos, e aí a produtividade e posteriormente o consumo entram em colapso.
Mais de dois mil supermercados deverão adotar o sistema compulsório de preços,
e fiscais do governo já foram despachados para verificar se a política
governamental está sendo cumprida. Da mesma maneira como Maduro fazia, com
relação ao tabelamento de preços na tirania bolivariana da Venezuela.
Mas é
claro que isso é apenas o início da desgraça.
Quando
socialistas estão no poder, eles se encarregam de destruir completamente todo o
país, interferindo em todos os setores da cadeia produtiva. Como se tabelar
preços não fosse aberração suficiente, o governo encareceu ostensivamente a
demissão de funcionários, e também a compra de moedas estrangeiras. É
completamente desnecessário afirmar que medidas dessa natureza produzem um
nível de insegurança jurídica de proporções titânicas, o que invariavelmente
afasta investidores estrangeiros; na verdade, contribui até mesmo para que as
próprias empresas argentinas — ao menos as que estão em melhores condições
financeiras —, saiam do país, e se estabeleçam em alguma país vizinho, como o
Paraguai. Algo que já acontece aqui no Brasil. Há muito tempo, empresas
brasileiras deixam o país, para se estabelecer no Paraguai, pelo fato de que lá
os custos de produção são menores. A tributação e a burocracia estatal também
são comparativamente inferiores. Como o deputado gaúcho Marcel Van Hattem
falou recentemente, a pobreza no Brasil é gerada pelo estado. Exatamente. O
estado brasileiro, demasiadamente caro, perdulário, burocrático e soviético, dificulta
de forma brutal a abertura de empresas, o que acaba dificultando a geração de
empregos. Consequência de décadas de socialismo; primeiramente, o socialismo
fabiano do PSDB, e depois o socialismo leninista revolucionário do PT.
O
controle de preços não é novo nas políticas de governos argentinos.
O
governo de Cristina Kirchner — que atualmente é a vice-presidente — realizou
controle e tabelamento de preços, assim como o "liberal" Mauricio
Macri, mais recentemente. Isso causou um estrago imensurável em determinadas
companhias, o que já era esperado por economistas verdadeiramente liberais. Uma
empresa que já chegou a distribuir cerca de seiscentos produtos diferentes pelo
país hoje distribui menos de duzentos. Aos poucos, a economia vai definhando em
decorrência das nefastas e contraproducentes medidas estatizantes.
Recentemente, o governo decidiu colocar um novo imposto em passagens aéreas, o
que certamente irá diminuir a demanda, e reduzir o turismo, tanto estrangeiro,
quanto doméstico.
Ao invés
de estimular a economia — deixando de controlá-la de cima para baixo —, o que
estimularia o empreendedorismo, e com este, a geração de empregos, os
socialistas enveredam pelo caminho oposto, sórdido e destrutivo, e optam por
exercer um controle discricionário sobre os preços e a produtividade econômica,
e passam a taxar produtos e serviços de forma autocrática e aviltante, o que
reduz a oferta, a demanda, e consequentemente despedaça toda a cadeia
produtiva.
A
Argentina infelizmente está nesse sórdido, triste e deplorável caminho. Agora
estão consolidando uma nova etapa socialista, que muito em breve se tornará
irreversível. Com a manipulação artificial da moeda — o peso argentino —, esta
em breve se tornará tão irrelevante e destituída de valor quanto o bolívar
venezuelano. Hiperinflação, escassez, medidas arbitrárias e discricionárias em
breve irão destroçar completamente a república argentina, para desespero dos
que vivem lá.
Em
breve, sem dúvida, veremos argentinos atravessando a fronteira do Rio Grande do
Sul, da mesma maneira que os venezuelanos o fazem ao norte, no estado de
Roraima. Triste, parece que as pessoas não aprendem. Socialismo é morte,
totalitarismo, miséria, escassez, escravidão. O ser humano é destituído de sua
própria dignidade. Quantos países mais esses vermes pretendem destruir? Quanta
desgraça os socialistas ainda precisam causar, para o mundo perceber que essa
ideologia não traz absolutamente nada, a não ser morte, caos, sofrimento e
destruição?
Infelizmente,
os argentinos optaram por seguir um caminho, que em breve se mostrará tão
fatídico e fatalista quanto sórdido e deplorável. O dissimulado cárater inicial
aparentemente paternalista e afável do socialismo não demora a mostrar sua
verdadeira face, conforme os problemas vão surgindo; aí, suas garras tirânicas
e implacáveis começam a asfixiar e punir a população. Assim que as coisas
começarem a dar errado — e infelizmente irão dar errado, a irracionalidade
econômica não perdoa, ela tem consequências catastróficas e cobra o seu preço
em vidas humanas —, os argentinos vão começar a fugir. Aí, a esquerda
tupiniquim, em consonância com a esquerda mundial, vai dizer que a Argentina
nunca foi socialista. Como sempre fazem, quando um país socialista entra em
colapso. Infelizmente, essa gente vai destruir muitos outros países, em nome de
sua utopia voraz e aterradora, por mais que tentemos avisar. Socialistas são
criaturas intransigentes; não se importam nenhum pouco com seres humanos,
apenas com sua ideologia decrépita e totalitária. Nada de novo debaixo do sol.
Já vimos essa novela antes, e sabemos perfeitamente como ela termina.
Re-União
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