Marco Angeli
Os sinais estão aí
pra todo mundo ver.
Estão nas declarações de Marco Aurélio de Mello, indicado
pelo primo Collor, atropelando literalmente a Constituição quando afirma que
quem legisla é o STF e não o Senado ou a Câmara dos Deputados, no caso da
prisão em segunda instância.
Segundo o próprio, o STF legisla, julga e aplica a lei.
Estão também na recente intimação de Toffoli ao Banco
Central para que lhe enviasse cópia de todos os relatórios de inteligência
financeira dos últimos 3 anos, o que lhe permitiu acesso a dados sigilosos de
600 mil pessoas.
Um dossiê e tanto, que transfere um poder considerável a
quem o possua.
A questão é clara: se meter as mãos nesse relatório não é
absolutamente atribuição de um juiz, para que quer Toffoli esse dossiê?
Durante décadas, o STF tem servido a um enorme grupo que
funciona nas sombras fazendo girar um mecanismo atrasado e que inclui o
fisiologismo, a prática da corrupção em todos os níveis e a instituição
sistemática da propina.
O grupo, coeso, sem ideologia ou qualquer sentimento
nacionalista, procura apenas manter o poder, seus privilégios e o dos milhares
de comparsas, parentes e agregados que, como vampiros, literalmente sugam o
sangue dos brasileiros.
Emissoras de TV, empresários poderosos, funcionários
públicos de alto e baixo escalão...tem de tudo nessa casta, mas algo os une
fatalmente:
O ódio e o temor da Operação Lava Jato.
Surpreendidos pela eleição de 2018, que colocou no poder,
depois de décadas, um homem que não é seu marionete, reagem como cães acuados,
forçando seus testas de ferro (os 11 ilustres do STF) a agirem cada vez mais
ostensiva e descaradamente.
Estão expostos.
Cada vez mais expostos.
Não é preciso ir muito longe para, observando os próprios
ministros do STF -todos indicados por governos corruptos- entender como se
pratica um fisiologismo descarado por alí.
Vai de Gilmar Mendes, com uma esposa perdulária e
investigada, e com dezenas de parentes enfiados em cargos públicos até Dias
Toffoli, com a esposa igualmente enrolada em investigações da Polícia Federal.
Ou Marco Aurelio de Mello, indicado para o posto de
ministro pelo próprio primo -marionete do grupo- então presidente, Fernando
Collor.
Esse grupo das sombras, com seu poder ameaçado em 2018,
viu frustrado seu plano de continuidade, com mais um boneco manipulável no
poder -Haddad.
A eles realmente não importa se é um collor, lula (como
no passado), um haddad ou um luciano huck (no futuro).
O que importa é que seja ganancioso, sem escrúpulos e
mantenha, debaixo de ordem, o mecanismo podre funcionando e enriquecendo essa
casta de nobres senhores que se lixam, no fundo, para o país.
E que jogue o jogo marcado sem questionar.
É literalmente uma ditadura que, de golpe em golpe, vai
detonando a frágil democracia brasileira através de seu braço, o STF.
No próximo dia 17, a sociedade estará nas ruas pedindo o
impeachment de um desses ministros, Gilmar Mendes, transformado, pela sua
arrogância e descaramento, no ícone dessa ditadura de porão.
Mas, intuitivamente, todo o povo brasileiro percebe que
se trata de uma luta muito maior: a da democracia contra uma instituição
totalitária não eleita pelo povo e não sujeita a poder algum além do de seus
próprios patrões eventuais.
Onze divindades que mandam e desmandam.
Tem sido assim.
No final das contas, essa enorme concentração de poder
numa casta de 11 ilustres não interessa nem à esquerda nem à direita, e muito
menos ao Brasil.
Porque age de acordo com a mão que a alimenta.
Que pode ser qualquer uma.
Esse é o jogo: ganha quem paga mais.
Colocar luladasilva nas ruas é apenas uma das estratégias
desse grupo, apenas uma das possibilidades.
Haverão outras.
Cabe à sociedade e ao povo se unir em torno de quem, pela
primeira vez, ousou desafiar essa máfia: o presidente eleito.
Só assim essa ditadura será derrotada.
Para que enfim, o Brasil possa crescer, longe do atraso,
do coronelismo, do fisilologismo e da corrupção sistêmica.
O STF, com a atual configuração, tem que acabar.
Re-União
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