quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Falando em AI-5

Felix Maier

O Ato Institucional no. 5 (AI-5) foi necessário para conter a escalada terrorista em 1968, depois de Fidel Castro decidir criar vários Vietnãs na América Latina, para instalação de ditaduras comunistas, após a reunião da Organización Latinoamericana de Solidariedad (OLAS), em Cuba, no ano de 1967. Che Guevara foi para a Bolívia e teve o que mereceu. No Brasil, muitos queriam também ser como Che, especialmente estudantes. Levaram chumbo.

O ano de 1968 foi palco de muitos atentados terroristas no Brasil, especialmente em São Paulo e no Rio, como a explosão de uma guarita do QG do então II Exército, matando o recruta Mário Kozel Filho. Assim, o AI-5 foi uma resposta à escalada terrorista daquele ano, não o contrário, como afirma a esquerda. Cuba tem seu “AI-5” desde 1959, a China, desde 1949. A diferença é que nos últimos anos a China abriu as portas ao "capitalismo".

Delfim Netto vibrou com o AI-5. Ele podia impor suas ideias na Economia, sem oposição política ou questionamentos da Justiça. O "milagre brasileiro” veio em parte dessa medida ditatorial, combinada com o trabalho fenomenal de Castello Branco, que recebeu uma “massa falida” e conseguiu, em pouco tempo, dar base sólida para o crescimento econômico e social do Brasil.

A China cresce assombrosamente na economia devido a muitas "vantagens" que o Ocidente não tem, e por isso jamais deveria ser considerada uma economia de mercado: mão de obra abundante e barata, ausência de oposição, censura generalizada, perseguição política, ausência de justiça trabalhista, proibição de greves etc.

Defender o AI-5 no Brasil de hoje não faz sentido, porque há meios de o presidente da República acionar atos legais para enfrentar ações terroristas que, infelizmente, muitos esquerdistas estão incentivando, como a decretação do Estado de Defesa, com toque de recolher.

Mas, se no futuro o Brasil descambar para uma guerra civil - que parece ser o sonho da esquerda radical - o País poderá ter uma lei duríssima que fará o AI-5 parecer um passeio no parque. Não cutuquem o Grande Mudo! As Forças Armadas jamais permitirão que o Brasil se torne um Cubão ou uma Venezuela.

Félix Maier é Capitão reformado do EB.

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