Jorge Serrão
(*)
O que falar de um País com 64% das famílias endividadas e
uma inadimplência média de 23%? Não basta pedir para aguardar a aprovação da
reforma da Previdência... Também não adianta fazer aquele apelo inútil para que
o devedor ou inadimplente reduza ainda mais seus gastos, porque muitas das
despesas são geradas por impostos e agravadas por juros e multas... A Crise é
estrutural, e não conjuntural...
Não há solução segura, se a economia não voltar a
crescer. Para isto, não existe mágica. O único jeito é tirar o Estado do
cangote do cidadão. É preciso gerar mais empregos. É preciso baixar e eliminar
impostos. Fintechs e cooperativas de créditos precisam tomar o lugar dos bancos
tradicionais, fornecendo crédito produtivo ou para o consumo bem mais barato.
Enfim, o Brasil tem de evoluir do Capimunismo Corrupto e Extorsivo para um
Capitalismo Democrático, Cooperativo e Solidário.
Essa transição é o maior desafio do Governo Bolsonaro e
de toda a sociedade brasileira. Este é o discurso que tem de ser exaustivamente
repetido, até se tornar realidade. O Estado-Ladrão tem de ser substituído, o
mais depressa possível, pelo Estado Necessário. Elimina-se o regramento
excessivo e adota-se a legalidade baseada em regras enxutas e procedimentos
burocráticos mínimos. Se o Brasil não fizer tamanho dever de casa, será
condenado à periferia do mundo cada vez mais tecnológico e competitivo.
Os avanços econômicos e burocráticos precisam vir
acompanhados da Reforma Política. A prioridade imediata é a adoção do Voto
Distrital já na próxima eleição municipal, em 2020. O fortalecimento do poder
local e a capacidade de pressão imediata do eleitor sobre o eleito são
pressupostos urgentes para a evolução brasileira. Eleições mais baratas e com
maior chance de representatividade dos escolhidos pelo povo ajudarão o Brasil a
mudar mais depressa.
Fundamental lembrar que tudo isso pode ser inviabilizado
se a sociedade brasileira não conseguir uma vitória efetiva no combate ao Crime
Institucionalizado. Este será o maior desafio, porque a cultura do crime está
arraigada em todas as classes sociais, em criativas variedades bandidas. O
Crime se reinventa e se sofistica. A estrutura estatal brasileira ainda é o
espaço perfeito para a bandidagem.
Portanto, o Estado-Ladrão ainda pode ter longa sobrevida,
se o Brasil não conseguir superar tantas dificuldades e desafios.
Alerta Total
(*) Comentário
do editor do blog-MBF:
“Estado necessário”.
É a esta realidade que precisamos chegar. Nem Estado mínimo como querem os
liberais, nem Estado máximo como querem os socialistas. Estado necessário tem
que ser a meta, e o projeto Capitalismo Social prega exatamente isto.
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