Joseph Agamol
A indicação do embaixador nos U.S.A. é uma questão de
PRIORIDADES e cabe ao PRESIDENTE defini-las – não aos palpiteiros
profissionais.
Confesso que já estou meio enfadado de ver os
especialistas de Facebook definirem o que é certo ou errado nessa já cansativa
polêmica.
Antes que a Kombi lotada estacione ao meu lado, e
desembarque a multidão de meia-dúzia, munida de archotes e ancinhos e pedindo
minha cabeça, esclareço.
Para mim é bastante simples: como disse no título do
post, é uma questão de prioridades, cuja definição cabe ao presidente. E só.
Parece claro que, para Bolsonaro, a aliança – que
transcende a meramente política – com os Estados Unidos é de relevância tamanha
que ele não quer se arriscar a comprometê-la entregando a embaixada a alguém
que não seja de sua mais estrita confiança.
Não custa lembrar a cada vez mais extensa lista de
aliados de ocasião – que, após garantirem seus mandatos, mal esperaram a
vitória do Bolseiro para abandoná-lo.
Pode-se discutir se ele está certo ou não na atribuição
desse papel aos americanos.
Particularmente, acredito que sim – basta lembrar os
países que, na década perdida, estavam alinhados ao Brasil. Lembram? Eu prefiro
nem lembrar.
Pode-se discutir se Eduardo Bolsonaro não seria de mais
utilidade aqui, exercendo seu mandato, do que em um cargo diplomático.
O que não se pode é posar de vestal da moralidade hoje –
esquecendo, convenientemente, a verdadeira farra do boi que foi a distribuição
de cargos, do baixo e do alto clero, pelos parasitas que estiveram alojados –
e, nossa, que expressão perfeita – no poder durante mais de dez anos.
E – last
but not least – Eduardo Bolsonaro sabe fritar hambúrguer.
Pensem na economia aos cofres públicos.
o boletim
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