Martim Berto Fuchs
Um
Estado inchado e injusto com a sociedade. Não é recorrência, pois ele poderia
não ser tão grande e mesmo assim as Leis que o fazem funcionar serem injustas.
Reinventá-lo
não é tarefa fácil. De um lado os socialistas querem aumentá-lo para nele empregar
todos seus filiados e apoiadores. Como pagar a conta ? Não lhes interessa.
De
outro, os empresários ditos liberais – principalmente aqueles que participam da
Corte -, querem mantê-lo assim como está, apenas cuidando para que a
contabilidade não entre no vermelho, como acontece toda vez que os socialistas,
ou, os nacionalistas ditos desenvolvimentistas, conseguem a chave do cofre, ou
dela se aproximam.
As
injustiças são muitas. Começaram no Império e de lá para cá só fazem aumentar.
Nossas elites, que se apropriaram do Estado, sempre mantiveram a sociedade
dividida em duas classes sociais, tanto quando na ativa como depois de aposentados:
Brasileiros
de 1ª classe: as pessoas que estão empregadas no setor público.
Brasileiros
de 2ª classe: as pessoas que trabalham na iniciativa privada.
1.Enquanto
na ativa, os da 1ª classe ganham até 4 vezes mais que os da 2ª classe, ocupando
os mesmos cargos, sem contar que os privilegiados da 1ª classe ainda tem o
emprego garantido, independente de trabalharem ou não, e das crises que eles
geram.
2.Quando
aposentados, a diferença aumenta, pois enquanto os da 1ª classe mantém os
mesmos salários, os da 2ª classe tem seus salários mais limitados ainda.
Seja
Presidente desta pocilga o Michel Temer, o Luíz Inácio, o Serra, o Aécio, o
Alckmin, a Marina – me recuso citar a incompetente e desonesta há pouco defenestrada, ou qualquer outro(a), NENHUM
deles ousará mexer nesta centenária injustiça: os membros da nossa Corte, os 3
grupos que a compõe, simplesmente não
querem; portanto, não permitirão e ponto final.
Logo, o
Brasil não mudará, será novamente remendado, um tapa buracos apenas para não
afundar. Vão tirar alguns direitos justamente de quem está pagando a conta com
seu trabalho, e manter as duas classes assim como estão: uma usufrui e a outra
paga. O resto é lero.
Enquanto
isto, a cultura que vigora no Brasil
entre os jovens e também nos não tão jovens, é a de procurar emprego nos
anúncios de concurso público. Não importa muito para qual cargo, desde que
tenha a garantia de emprego para o resto da vida, mesmo que sem trabalho
(melhor ainda), uma ótima aposentadoria, e ... o resto que se expluda.
Queremos
mesmo mudar este estado de coisas ? Honestamente ? Então vamos debater um novo Contrato Social, partindo de um nova premissa. Sair da Monarquia Republicana ou
República Monárquica e ingressar numa República Democrática, onde a palavra
democracia (Poder do Povo) seja levada a sério e não grosseiramente falsificada.
Capitalismo
Social é uma proposta nova, com começo, meio e fim. Qual a outra ?
o – o
A coluna
do Cláudio Humberto – Diário do Poder - nos traz um exemplo, apenas um
dos milhares que podemos encontrar nos jornais, colunas e sites diários,
mostrando onde estão os problemas, sempre contornados, jamais enfrentados:
Demissões
voluntárias na Petrobras não chegam
A Petrobras acha que atingiu a meta, com 11,7 mil adesões ao plano de demissão voluntária, investindo R$ 4 bilhões para economizar R$ 30 bilhões até 2020. Não basta, nem contando 30 mil terceirizados já demitidos. E o pior é que nada indica que os inscritos manterão a intenção de aderir. A Petrobras ainda pagará salários a 303.000 efetivos e terceirizados, número maior que os 262.000 empregados das gigantes e rivais Shell, Exxon e a British Petroleum (BP) somadas.
Lucro é diferença
A Exxon emprega 83.500 pessoas em mais de cem países, e registrou lucro de US$ 32,5 bilhões em 2014, contra US$ 1 bilhão da Petrobras.
Triste comparação
A petroleira Royal Dutch Shell paga salários a 94.000 funcionários nos 90 países onde opera, e lucrou US$ 14 bilhões também em 2014.
Postos de gasolina
A Petrobras opera 7.000 postos no Brasil e em meia dúzia de países. A Royal Dutch Shell soma 44 mil postos mundo afora.
A Petrobras acha que atingiu a meta, com 11,7 mil adesões ao plano de demissão voluntária, investindo R$ 4 bilhões para economizar R$ 30 bilhões até 2020. Não basta, nem contando 30 mil terceirizados já demitidos. E o pior é que nada indica que os inscritos manterão a intenção de aderir. A Petrobras ainda pagará salários a 303.000 efetivos e terceirizados, número maior que os 262.000 empregados das gigantes e rivais Shell, Exxon e a British Petroleum (BP) somadas.
Lucro é diferença
A Exxon emprega 83.500 pessoas em mais de cem países, e registrou lucro de US$ 32,5 bilhões em 2014, contra US$ 1 bilhão da Petrobras.
Triste comparação
A petroleira Royal Dutch Shell paga salários a 94.000 funcionários nos 90 países onde opera, e lucrou US$ 14 bilhões também em 2014.
Postos de gasolina
A Petrobras opera 7.000 postos no Brasil e em meia dúzia de países. A Royal Dutch Shell soma 44 mil postos mundo afora.
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