quinta-feira, 22 de setembro de 2016

INPI – até 11 anos para aprovar uma patente de produto

Martim Berto Fuchs

Em matéria levantada pela Globo, e apresentada no seu JG televisivo, nos é mostrada mais uma triste realidade brasileira, esta sobre o órgão encarregado da análise dos pedidos de patente de produtos.

INPI-Instituto Nacional de Propriedade Industrial

1.Apenas 200 examinadores + 70 sendo treinados, que entrarão para o serviço ativo daqui um ano.

2. Temos 11 milhões de empregados públicos no Brasil, a metade não tem TRABALHO; mas num setor estratégico como este, apenas DUZENTOS profissionais estão trabalhando na atividade fim.
Tenho curiosidade de saber, e a reportagem não diz, quantas pessoas estão empregadas no INPI, além dos 200 examinadores.
Convém lembrar, que nas Secretarias de Educação estaduais e municipais, sem contar o Ministério da Educação, a proporção é de HUM nas salas de aula, trabalhando na atividade fim, ou seja, lecionando, em nome de quem se fazem as greves, e TRÊS na “administração” (isto na era da informática), e destes, não sabemos, quantos se dedicam tão somente a planejar a greve do próximo ano. Há décadas é assim.

3. Mais de 211.000 pedidos de patente aguardando para serem analisados, e nós pagando royalties pelo uso de patentes estrangeiras.

4. O número de processos na fila de espera do INPI, é 18 x maior do que nos EUA. Uma só empresa, tem 1400 pedidos aguardando análise. Em muitos desses pedidos, o produto já deixou de ser fabricado e já foi substituído.

5.Neste ranking, estudo e solução para os pedidos de patente, somos o 30º colocado, mas somos o 2º colocado em corrupção, perdendo só para a Rússia.

6.Quer dizer, preferimos continuar vendendo comódites - produtos sem valor agregado, minério em vez de ferro, soja em grão em vez de pelo menos farelo e óleo -, do que ingressar no grupo de países que fazem a diferença.
Depois, nossos boi-livari-asnos reclamam dos países desenvolvidos, mas antes penduram toda sua grande família nas folhas de pagamento do setor público.

7.O desenvolvimento de um país pode ser medido pelo número de novas patentes sendo aprovadas e o Brasil tem levado até 11 anos para aprovar um pedido de patente.
No mundo atual, onde a tecnologia muda quase diariamente, é uma piada.

Preferimos debater democrática e demoradamente se uma quadrilha de ladrões pode ou não continuar com a chave do cofre na mão, do que prestar atenção para o que realmente nos traria resultados.  

A quase totalidade da mídia e das redes sociais está presa ao affair dos políticos ladrões, encabeçado pelo ladrão-mór, Luiz Inácio Lula da Silva.
Sei que é isto que rende audiência, mas desvia a atenção do custo da máquina pública, assunto que às vezes é abordado, mas logo relegado a um segundo plano.
É mais fácil diminuir o atendimento à população para adequá-lo ao dinheiro que sobra após consumado o roubo ao caixa do Tesouro Nacional, do que resolver as causas dos entraves ao nosso desenvolvimento.

Não existe democracia (poder do povo) no Brasil. Existe o poder dos partidos (partidocracia), se assim podemos definir.

Vivemos, respiramos, agimos, tudo em torno dessas organizações criminosas. Se elas resolvem parar o país, o país para e ponto final.




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