Martim Berto Fuchs
Qualquer
órgão público que for examinado, qualquer um, tem excesso de pessoal. Sem falar
na quantidade de órgãos criados apenas para acomodar apaniguados, pois outra
serventia não tem. Aliás, tem sim: aporrinhar a paciência do cidadão com “burrocracia”. Como eles não tem o que
fazer, inventam papéis para que preenchamos e paguemos taxas.
Dias 22
e 24 p.p. comentei sobre os dados do INPI, mas não coloquei valores. Como a Folha de São Paulo fez uma reportagem
sobre o custo do serviço de comunicação da Câmara e do Senado, resolvi fazer as
comparações.
INPI-Instituto Nacional de Propriedade
Industrial : 1.026 pessoas
Vencimentos
e Vantagens Fixas - Pessoal Civil = R$ 134.203.896,20
Aposent.
RPPS, Res. Remuner. e Ref. Militar = R$
47.055.402,10
Obrigações
Patronais = R$ 26.028.474,32
Demais
Elementos do Grupo = R$ 10.431.441,62
Soma
= R$ 217.719.214,24 em 2014.
Pessoal
na atividade fim = 200 trabalhadores.
Pessoal
“administrativo” = 826, sendo que não
precisaria mais de, vamos exagerar, 100 pessoas para este mister.
Cálculo
simples: 726 podiam ser dispensados, sem que ninguém notasse sua falta.
O único
que iria sentir a diferença seria nosso bolso.
Importante: se houvesse seriedade no setor
público - que não há -, com o mesmo valor consumido hoje, onde demoram até 11 anos
para atender um pedido de análise de patente, o INPI poderia atender seus
clientes no prazo máximo de HUM ano e não 11.
RANIER BRAGON
DÉBORA ÁLVARES
Folha de São Paulo - Brasília
DÉBORA ÁLVARES
Folha de São Paulo - Brasília
“A Câmara dos Deputados e o Senado Federal
reúnem um contingente de 1.212
funcionários em suas estruturas de comunicação, segundo levantamento feito
pela Folha.
Capitaneados pela TV
Câmara e pela TV Senado, que registram baixos índices de audiência, os órgãos
custarão pelo menos:
R$
103 milhões neste ano,
excluídos
os gastos com a folha de pessoal daqueles que são concursados e comissionados.
O pelotão de mais de
1.200 servidores é composto de jornalistas, produtores, editores,
cinegrafistas, fotógrafos, auxiliares, técnicos de TV e rádio e outros
vinculados à atividade de comunicação.
E está dividido em
duas "classes", a dos concursados e comissionados, cujos salários vão
de R$ 14,3 mil a R$ 27,4 mil, e a dos terceirizados, com contracheques de R$
1.300 a R$ 10,8 mil.
A Secom do Senado, Casa com 81
parlamentares, é a mais robusta, com 662
funcionários. A estrutura é formada pela TV Senado, Rádio Senado,
"Jornal do Senado" (impresso) e Portal do Senado, além de outros
órgãos ligados à comunicação institucional, como relações públicas e canais de
relacionamento com o público.
A Câmara, composta por
513 deputados, tem 550 trabalhadores,
que se dividem na TV Câmara, Rádio Câmara, Portal da Câmara e outros órgãos de
comunicação.
Na Casa, 88
funcionários exercem funções típicas de jornalistas. Há outros 81 com formação
superior em comunicação social em atividades diversas. O Senado não informou o
total de jornalistas.
Apesar dos números do quadro, a
programação inclui pessoas de fora. O Senado, por exemplo, pagou mais de R$ 95
mil à escritora Margarida de Aguiar Patriota pela produção e apresentação na
Rádio Senado do programa "Autores e Livros".
ALCANCE
Recentemente, o jornal
norte-americano "The New York Times", um dos mais prestigiados do
mundo, informou ter 1.300 pessoas em
toda sua operação jornalística.
Já a TV Globo, que pertence ao maior
grupo de comunicação do Brasil, diz ter 700
equipes de jornalismo em 123 emissoras pelo país.
A Globo aparece em
primeiro no ranking dos canais de TV aberta e paga com maior audiência,
conforme aferido pela Kantar Ibope Media em abril de 2016 –16,3 pontos (cada ponto representa cerca de 240 mil domicílios nas
15 principais regiões metropolitanas).
Apesar de o mês ter sido o da
autorização pelos deputados da abertura do processo de impeachment contra Dilma
Rousseff, a TV Câmara ficou na posição 49 do ranking (0,07 ponto).
A TV Senado, na 57a posição
(0,05 ponto).
Não há informação pública sobre a
audiência das rádios do Poder Legislativo. Câmara e Senado dizem não ter
contrato de aferição de audiência. Já o jornal impresso do Senado tem tiragem
diária de 5.500 exemplares,
distribuídos gratuitamente em Brasília. A Câmara extinguiu seu jornal impresso
em abril.
O domínio "leg.br", que
inclui os portais da Câmara e do Senado, está na 195ª posição entre os sites mais visitados do Brasil de acordo com
estimativa da Alexa, serviço métrico de audiência na web.”
O que a
Folha não comentou, foi que esse pessoal pediu para o presidente do senado para
ser dispensada do ponto. Estão certo eles, pois não tem nada para fazer. Para que ir até lá ? Basta ir no dia 30 buscar o salário.
Michel
Temer e sua equipe vão novamente atacar o bolso da iniciativa privada. Já somos
12 milhões de desempregados, mas eles simplesmente não tem coragem de demitir
os milhões de inúteis, de parasitas, que povoam as folhas de pagamento do setor
público, nos Três Poderes e nos três níveis.
Um dos
motivos é justamente que toda grande família desses políticos que devem tomar
as decisões, estão entre os inúteis, entre os parasitas.
E lá se
vai pelo menos 25%
de toda arrecadação pública, só para pagar o salário de pessoas completamente
dispensáveis.
Duzentos milhões por ano para um órgão que não
funciona, mais cem milhões para outro
que poderia ser dispensado quase em sua totalidade, pois ninguém olha o que
eles não fazem, e lá vai se indo nosso rico dinheirinho.
Não tem
perigo de melhorar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário