sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Schumpeter: inovação, destruição criadora e desenvolvimento

Pedro Lula Mota

“Capitalismo estabilizado é uma contradição em termos”

Joseph Alois Schumpeter faz parte de um seleto panteão de economistas, é comprovadamente responsável pela revisão de todo o pensamento econômico de sua época e fruto até hoje de estudos e reflexões. Nascido no extinto Império Austro-húngaro na segunda metade do séc. XX, coincidentemente no mesmo ano da morte de Karl Marx e do nascimento de Jonh M. Keynes, é considerado um dos economistas mais importantes da história, sobretudo por suas contribuições na teoria do crescimento econômico, democracia, estratégias empresarias e história econômica.
Schumpeter foi um dos vários pensadores que nasceu embebido na avalanche causada por Charles Darwin na apresentação da Teoria da Seleção Natural, que rapidamente transcendeu as ciências biológicas, para ser aplicada na ótica das ciências humanas. O economista sonhava contribuir para a criação da “Economia Exata”, com rigor suficiente para se assemelhar à física, sendo previsível e passível de controle – porém já no final de sua vida, pode chegar à conclusão de que a dita “Economia Exata” é tão incongruente quanto uma “História Exata”.

Como todo gênio, foi precoce em toda sua vida, depois de formar-se em Direito na Universidade de Viena no ano 1904, passou um período em Londres, mas retornou para lecionar na cadeira de Antropologia na região em que hoje é situada a Ucrânia. E foi lá onde recebeu pela primeira vez seu apelido de enfant terrible, pois costumava frequentar reuniões e aulas calçando botas de montaria. Contudo, ao se casar com Glayds Seaves, mudaram-se para a cidade do Cairo, onde se tornou conselheiro de finanças da rainha egípcia e tão logo retornam em março de 1919 para a Áustria, assumiu o robusto posto de Ministro das Finanças a convite do Partido Socialista Cristão (não, ele não era socialista), no qual durou pífios 10 meses.

Em seguida, assumiu a presidência do famoso banco Biedermannbank, em Viena, antiga e conceituada instituição financeira de pequeno porte. O banco abriu falência em 1924, não somente por conta das difíceis condições econômicas vividas, mas também pela desonestidade de alguns de seus diretores, o que fez Schumpeter não só perder toda sua fortuna pessoal, como ainda ficar totalmente endividado. Finalmente, depois de muitas idas e vindas, em 1932 Schumpeter assume a cadeira de Antropologia em Cambridge na Universidade de Harvard, ali permanecendo até sua morte e produzindo uma quantidade assombrosa de conteúdo.

Costumava afirmar que o ponto máximo da capacidade criativa do homem é até os 30 anos de idade, e de fato, quando tinha apenas 25 anos, em 1908, publicou sua primeira grande obra: “A Natureza e a Essência da Teoria da Economia Nacional” e quatro anos mais tarde, sua célebre teoria do “Desenvolvimento Econômico” [1]. Ambas estabeleceram sua importância como teórico da economia. Trabalhava compulsivamente, aproximadamente 84 horas semanais e ainda insatisfeito, de fato além de criador do conceito, também foi representante do chamado “agente empreendedor”.

O capitalismo como um sistema dinâmico
Era boêmio e costumava dizer que iria “torna-se o maior economista, cavaleiro e amante do mundo... mas que os negócios dos cavalos não iam tão bem”. Contudo, teve o privilégio de vivenciar o capitalismo na sua forma mais madura (diferentemente de Smith ou Marx), o que lhe permitiu inferir importantes constatações e voltar-se a questões essenciais da compressão do que viria ser exatamente o sistema capitalista e como/porque este vinha funcionando em certos lugares e outros não.
Seu principal ponto era de substituir a teoria estática da Economia, por sua teoria dinâmica, com um quê de evolucionismo, que ia de encontro às ideias de outro grande expoente da época, Alfred Marshall [2], cuja principal teoria seria de que a natureza não dava saltos, reafirmando a necessidade de melhorias continuas de procedimentos, o que valorizava o papel de administradores e técnicos. Schumpeter, por outro lado, que valorizava saltos inovadores, inesperados e não-lineares.

Schumpeter considerava então, que o capitalismo deveria ser estudado sob a ótica da produtividade e do crescimento, sendo a máxima expressão da inovação, luta humana e pura/simples destruição – tudo isso ao mesmo tempo.

Uma sociedade pode ser considerada capitalista quando funda seu processo econômico ao sabor dos homens de negócio. Dito isso, as características do sistema são elencadas:

A propriedade privada dos meios de produção;
Produção para o lucro privado, sendo a produção pela iniciativa particular em caráter privado;
Ponto importante e crucial: a criação do crédito.

Schumpeter não acreditava que o crescimento podia ser explicado pela variação populacional, da renda e ou riqueza, uma vez que tais fatores não resultavam necessariamente em um fenômeno qualitativamente novo, considerados por ele como mudanças de dados naturais, nada de novo sob o sol.

O desenvolvimento, em sua visão, é um fenômeno distinto, inteiramente novo ao usual fluxo circular, na tendência para o equilíbrio ou da nossa rotina. É uma mudança espontânea e descontínua nos canais do fluxo, rompimento do equilíbrio, que altera e desloca para sempre o estado de equilíbrio previamente estabelecido, se tornando um “novo normal”  na vida industrial e comercial, não na esfera das necessidades dos consumidores de produtos finais.

Sendo assim, finalmente no capítulo II de sua teoria do desenvolvimento, ele nos apresenta a sua figura central: o empresário inovador. Ele é o responsável por novos produtos para o mercado, por meio de combinações mais eficientes dos fatores de produção. Tipificando, as combinações inovadoras se configurariam nos seguintes casos: i) Introdução de um novo bem; ii) Introdução de um novo método de produção, baseado numa descoberta cientificamente inovadora; iii) Abertura de um novo mercado; iv) Conquista de uma nova fonte de matérias-primas e v) Estabelecimento de um novo modo de organização de qualquer indústria (criação ou fragmentação de uma posição de monopólio, por exemplo).

O empreendedor, independentemente do porte da empresa em que atua, é o agente da inovação e da destruição criativa, esta entendida como a força propulsora não só do capitalismo como do progresso material. Quase todos os negócios, por mais fortes que pareçam em dado momento, acabam falindo, e quase sempre porque não foram capazes de inovar (algumas empresas que foram vanguarda, hoje estão na lata de lixo da história).

Aqui a teoria schumpeteriana se torna uma derivada dos ciclos de Kondratieff:
As ondas de inovação são cada vez mais curtas
Fonte: Inovvaservice

Afirma Schumpeter [3]:  “Historicamente, o primeiro Kondratieff [4] coberto por nossa análise, significa a revolução industrial, incluindo o prolongado processo de absorção. Nós o datamos dos anos oitenta do século XVIII até 1842. O segundo cobre o que chamamos de era da máquina a vapor e do aço. Vai de 1842 a 1897. E o terceiro, O Kondratieff da eletricidade, da química e dos motores, nós o datamos de 1898 em diante. ”

Nesse sentido, a destruição criadora está na essência da dinâmica do capitalismo, quando novas tecnologias surgem como ondas, aleatoriamente e geralmente vem acompanhada do aumento da produtividade do capital e do trabalho, pois os empresários inovadores conseguem alocar produtos com vantagens competitivas em relação a suas concorrentes tecnologicamente defasadas.

Sua expressão “destruição criativa” adquiriu contornos quase lendários e é frequentemente repetida em palestras, livros e reuniões empresarias, tornando-se praticamente senso-comum e palavra de ordem em alguns ambientes. Contudo, a grande chave de sua sobrevivência dos empreendedores é o crédito barato e farto, via de regra tais personagens são financistas, rigorosos com relação ao risco e atentos às novas oportunidades e de novos negócios.

Assim sendo, em seu capítulo final da teoria do desenvolvimento, o austríaco trata dos grandes momentos de expansão e retração econômica – os ciclos econômicos tão comuns no processo de desenvolvimento capitalista. Portanto, em períodos de prosperidade, o empreendedor ao criar novos produtos é imitado por uma verdadeira onda de empreendedores não-inovadores, que investem recursos para emular os novos bens criados.
Consequentemente, uma onda de investimentos de capital ativa a economia, gerando a prosperidade e o aumento do nível de emprego.

À medida que as inovações tecnológicas ou as modificações nos produtos antigos são assimilados pela conjuntura e seu consumo generalizado, a taxa de crescimento da economia diminui (o que não gera mais ganhos extraordinários) e assim se inicia o processo recessivo da redução dos investimentos e a baixa da oferta de emprego. A constante mudança entre prosperidade e recessão, isto é, da volatilidade da produção é entendido como um obstáculo periódico e transitório, aparte do curso normal de expansão da renda nacional, da renda per capita e do consumo.

Anteriormente, o caráter cíclico do capitalismo era explicado pelos economistas das mais diversas formas, desde a atividade cósmica, do subconsumo da subpopulação e até colheitas frustradas. Então, nesse sentido, a grande contribuição de Schumpeter foi delimitar a relação existente entre o nível de investimento explicado pelo movimento inovador, e que tão logo é transformado em produtos e posteriormente em prosperidade, empregos, renda, além do estabelecimento de um novo paradigma.

Como já afirmado, Schumpeter não mantinha simpatia pela ideologia socialista, mesmo porque nesse sistema a figura do empreendedor não existia (o que também pode ser uma pista para o fracasso do mesmo), porém o que não exclui uma certa visão pessimista por parte do autor em relação ao capitalismo e sua instabilidade. A “máquina capitalista’’, outro famoso termo, defende que o processo capitalista eleva sistematicamente o padrão de vida das massas, contudo não deve ser considerado um estado natural da vida humana. Se caso o fosse, teria surgido muito antes na história e hoje estaria em todos os lugares, então devemos compreende-lo como um sistema construído e mantido com dificuldade hercúlea.

Encerro afirmado que Schumpeter, de forma nobre, acreditava que o mundo só poderia beneficiar da benesses  do capitalismo, caso as pessoas entendessem como ele de fato funciona, e não é à toa que dedicou toda sua vida não só o compreendendo, mas principalmente explicando-o, assim como eu e você estamos buscando neste exato momento.

Terraço Econômico

Lava Jato: os corruptos e os políticos

Hélio Duque

Quer acabar com a corrupção ? Seja honesto !

É um cenário ficcional, mas realista nos atuais tempos brasileiros de corrupção generalizada. Imaginem nos inquéritos instaurados nas várias operações que acontecem combatendo a corrupção sistêmica. Seria o depoimento de dois réus. Ao chegarem ao Tribunal, instala-se o tumulto, com acusações mutuas;

- Você é um ladrão - diz o corrupto.
- E você é um corrupto - retruca o corruptor.
Serenado os ânimos, o juiz diz:
- Bem.... Agora que as partes se identificaram corretamente, podemos iniciar o julgamento?

Em verdade, corrupto e corruptor são faces de uma mesma moeda. A corrupção é um dos crimes que mais se faz em segredo, acobertando-se na proteção mútua. Não é fácil a obtenção de provas das ilicitudes. O desembargador Fausto De Sanctis, do Tribunal Federal da 3ª Região, ensina: "É perfeitamente possível que provas indiretas formem a certeza material ou a convicção sobre a existência de autoria de um determinado fato criminoso. O uso de laranjas e empresas de fachada para titularizar bens obtidos com o crime é prática reiterada."

Se o corruptor é o agente deflagrador onde o dinheiro público é o alvo, o corrupto é o agente público buscando o enriquecimento ilícito. Atuam com espírito de corpo, certos da impunidade que nocauteia a ética e a moralidade pública. Na formação histórica brasileira o julgamento da legalidade processual, envolvendo corruptor e corruptores poderosos, sempre se marcou pela seletividade. Felizmente, esse passado, de triste memória, vem sendo sepultado pela Operação Lava Jato. Com competência e segurança jurídica vem radiografando a realidade da corrupção e os seus tentáculos no executivo e no legislativo. O Ministério Público Federal, a Polícia Federal, a Receita Federal e a Justiça Federal, nas suas várias instâncias, vêm escrevendo um novo tempo no Brasil. Essa força tarefa vem desmontando o maior assalto de corrupção da vida nacional. Os corruptores e corruptos estão conhecendo, de maneira inédita, a força da lei, sendo identificados corretamente. Os réus não detentores de foro privilegiado estão sendo punidos, muitos deles em prisão fechada e outros em detenção domiciliar.

Já os políticos que vem sendo apontados como beneficiários nos vários depoimentos pelos empresários corruptores, veem os seus processos tramitando diretamente no Supremo Tribunal Federal. O fatiamento da Lava Jato é determinado pela existência do foro privilegiado para os delinquentes políticos. E é aí que mora o perigo quando medidas protelatórias, claramente retardatárias, patrocinadas pelos "advogados porta de mansão", altamente estipendiados, recorrerão com as chicanas conhecidas. A advertência do professor Oscar Vilhena, de direito constitucional do FGV (Fundação Getúlio Vargas) é oportuna: "A Lava Jato ou qualquer processo judicial no Brasil, não está livre de acabar em prescrição". A prescrição ocorre quando se encerra o prazo legal para o Estado executar a sua capacidade punitiva. Levando a opinião pública acreditar que o sistema jurídico favorece a impunidade.

No Congresso Nacional, quando o seu presidente Renan Calheiros (envolvido em várias denuncias) acusa o Ministério Público de "exibicionismo e espetaculosidade" e ameaça com aprovação de legislação anti Lava Jato, não é fato isolado. O ocorrido na Câmara dos Deputados, na semana passada, na surdina, tentou-se a votação de projeto anistiando o caixa 2 de campanha até a data da aprovação da lei. A um só tempo anulava a contabilidade paralela e derrubava o item 8 do pacote anticorrupção do Ministério Público que criminaliza o caixa 2. Seria votado, em regime de urgência, com a conivência dos grandes partidos. Foi quando o experiente parlamentar Miro Teixeira denunciou a farsa: "Nós estamos aqui para permitir que o País ande, não estamos para avançar num poço de suspeitas". Foi um tiro certeiro, secundado por outros parlamentares sérios, obrigando a retirada do projeto imoral. E o mais anedótico: até agora não apareceu as digitais do autor da trama farsesca que anistiaria a corrupção. A falcatrua e bandidagem explícita não teria autor. Felizmente o assalto deu errado.

Os brasileiros devem se mobilizar para impedir que o Congresso Nacional seja o grande obstáculo à Operação Lava Jato, Os sinais emitidos até agora são preocupantes, demonstrando que a aliança de corruptor e corruptores no Legislativo não é ficção. Hoje o Congresso é diferente de outros tempos, relembrado pelo médico mineiro e deputado federal por quatro mandatos, Sérgio Miranda: "Até a Constituinte a política era comandada por idéias, gerando disputas que dividiam e apaixonavam. Fazia-se luta política, não luta pelo poder como hoje. As grandes questões daquele tempo produziam grandes debates. A partir do governo FHC começou a suspeição do Congresso e o declínio da política que com Lula chegou à decadência". 

Catve.com



quinta-feira, 29 de setembro de 2016

As Forças Patrióticas e a Intervenção Constitucional

Antônio José Ribas Paiva
(*)

A INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL, sem dúvida, é o único meio para a NAÇÃO RESGATAR o BRASIL dos criminosos, que usurparam os Poderes da República.
       
As FORÇAS PATRIÓTICAS, civis e militares, devem intervir no processo político e nomear a JUNTA GOVERNATIVA, que será o governo de transição para a democracia.
       
O Presidente Michel Temer, sozinho, não tem condições de implementar a passagem para a democracia, porque depende da classe política, sabidamente, imbricada com o crime. Por tudo isso, a Nação deve intervir e nomear o Governo de Transição, que poderá ser o próprio Michel Temer, desde que o presidente concorde em representar as FORÇAS PATRIÓTICAS e, com elas, RESGATAR o BRASIL do CRIME ORGANIZADO.

Antônio José Ribas Paiva
Advogado, é Presidente do Nacional Club.

Alerta Total – www.alertatotal.net

(*)Comentário do blog:  Concordo, mas tenho comigo duas dúvidas.

1ª Quem escolheria os civis ? Um político ? Nem pensar.
2ª Na área militar temos duas correntes bem definidas, e não é de hoje. Uma delas, a que me assusta, cujo pensamento já me referi em artigo, quer, por exemplo, que se use imediatamente as reservas de mais de US$ 300 bilhões para investimento. E, pior ainda, se não for suficiente, que se imprima. Nem uma palavra quanto ao custo criminoso do setor público. Aí não vai dar certo.(MBF).




Os intocáveis

Editorial do Jornal O Tempo

O governo brasileiro está preparando um projeto de reforma da Previdência Social. Junto com a PEC que estabelece um teto para os gastos públicos, a reforma é fundamental para que o governo execute o ajuste fiscal requerido pela economia.

As dificuldades, no entanto, serão imensas, começando no Congresso, que terá de aprovar o projeto de reforma. Reações já se fazem sentir, com setores da sociedade advertindo que não abrirão mãos de direitos – melhor dizendo, privilégios.

Em nenhum outro lugar do mundo, as pessoas se aposentam tão cedo como no Brasil. Isso acontece por causa da existência dos regimes especiais de aposentadoria. Militares, parlamentares e funcionários públicos gozam de regras diferenciadas.

Uma reforma de verdade precisa ser justa. Para isso, é preciso que as regras de aposentadoria sejam o mais uniformes possível, valendo para todos, indistintamente. As exceções devem ser de fato exceções, contemplando só casos excepcionais.

No Brasil, hoje, os diferentes regimes de aposentadoria são um fator de injustiça e desigualdade social. Uns têm todos os direitos; outros, nenhum direito. A esses privilégios se apegam setores ditos progressistas na defesa dos direitos adquiridos.

Pessoas se aposentam antes de se tornarem idosas, com menos de 60 anos. Ora, isso é insustentável. A segurança de renda da população na velhice ficará comprometida em 30 anos. Não haverá dinheiro para pagar a aposentadoria de todos os idosos no futuro.

Governo e sociedade não podem temer o debate que a proposta de reforma vai ensejar. É preciso apontar a iniquidade do sistema atual. O governo, cheio de dedos, propõe uma reforma gradual, com período de transição. Mas este assunto é considerado tabu.

É pegar ou largar. Se não houver reforma da Previdência, não vai haver ajuste fiscal.



quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Estado brasileiro está permeado por Estados criminosos

Julio Ottoboni

O controle do Estado Brasileiro sobre o seu território pode ser cada vez mais difícil.

O relatório final sobre as operações nas Olimpíadas está com a presidência da república e com o ministério da justiça. Ele foi produzido pelos militares e suas respectivas inteligências para o ministério da defesa e revelam um quadro, no mínimo, preocupante sobre algumas situações encontradas neste pente fino feito em diversas regiões do país.

O que mais prendeu a atenção dos militares foi à estrutura estabelecida e consolidada pelo crime organizado no Rio de Janeiro, São Paulo e que está rapidamente se proliferando pelo resto do país. As diferenças são gritantes entre as atividades dos grupos criminosos conforme o estado e região.

“Se hoje ocorrer algum ato terrorista no Brasil será contra o Estado de direito, legal, e vindo das outras formas de Estado que foram constituídas pelo crime organizado. Nos prendemos vários suspeitos e alguns deles nos chegaram por meio deste estado paralelo. Eles não queriam ter interferência em seus negócios e nem queda no faturamento, isso ficou claro”, observou o militar da inteligência.

Os avanços das manifestações dos partidos tidos como de esquerda também estão permeados pelas ações destes Estados criminosos.  O relatório também mostra como está se dando esse apoio e o aliciamento de integrantes de gangues para incitar a violência e treinar os ataques, isso com o apoio de guerrilheiros importados dos países alinhados ao movimento Bolivariano, como Venezuela, Equador, Bolívia e Cuba, além de ex-integrantes do Sendero Luminoso, Montoneros, FARC e antigos grupos guerrilheiros.

Em São Paulo e já se expandindo para o Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, Paraná e com ações nos presídios do centro-oeste e região amazonense, o Primeiro Comando da Capital (PCC) age com grande profissionalismo, diversificando tanto a atuação criminosa, como tráfico de drogas, armas, roubos a caixas eletrônicos, controle e vigilância de bairros com milícias como adquirindo bens e estabelecendo atividades legais com hipermercados atacadistas, frotas de veículos para comercialização até fazendas de gato e, inclusive, igrejas que ‘lavam’ grande parte da receita vinda do submundo do crime.

Os militares viram que o PCC anulou diversos núcleos de militância de esquerda que estavam envolvidos com atividades criminosas, com a aquisição de armamentos e na formação de milícias e quadrilhas especializadas em furtos e assaltos. Em regiões como na cracolândia na cidade de São Paulo, as atividades de tráfico ali são basicamente feitas por integrantes das gangues do Rio de Janeiro e por estrangeiros.

“Fomos procurar por extremistas e terroristas e nos deparamos com um estado criminoso muito bem organizado e em plena expansão.  Ele cresce nas brechas deixadas pelo estado legal e de direito”, comentou o militar da inteligência.

Em recente evento sobre Inteligência de Ordem Pública da Polícia Militar organizado pela Polícia Militar de SP o PCC foi classificado como uma “Corporação”. (ver
 PMSP - Êxito do Workshop de Inteligência de Ordem Pública Link)

A condição nos morros cariocas e na baixada fluminense e no Vale do Paraíba, dominada pelo tráfico de drogas do Rio de Janeiro, é totalmente diferente. Ali há um narcoestado, algo como o que Pablo Escobar criou em Medellin e depois se ramificou na Colômbia. Hoje, esse braço do fornecimento está estabelecido no Equador, parte da floresta peruana e principalmente na Bolívia.

Pela avaliação feita, eles não tem unificação, são feudos com comando próprio e diversos conflitos desde a aquisição da droga, transporte até sua distribuição.
“Infelizmente o quadro do Rio de Janeiro também envolve a policia local no suporte, políticos diversos e em vários níveis, autoridades do judiciário, ali é algo que se acomodou junto ao Estado legal e vou penetrando na estrutura.

Algo diferente de São Paulo onde o PCC criou uma estrutura semelhante a máfia do sul da Itália, só que comandada a partir dos presídios. No Rio há uma ostentação de poder para afrontar o outro e as relações são muito complicadas”, observou o informante que participou da elaboração do documento.

Para ele, a componente política no Rio de Janeiro é mais explícita, as relações com o tráfico estão enfronhadas na classe média e alta, nas relações cotidianas. Então, para se combater os islâmicos infiltrados nas comunidades foi adotado o acordo de ‘não agressão’ se eles protegessem os turistas e os jogos de ações terroristas. Mesmo assim os casos de roubos e furtos foram vários, mas os traficantes identificaram e entregaram a localização de alguns potenciais terroristas.

“O sistema de comunicação nos morros é muito eficiente, em questão de minutos eles estão não só informados como preparados para o combate. A comunidade toda funciona dentro do sistema, mas eles operam da mesma maneira há várias décadas e essa aproximação com o Estado legal também abriu brechas na estrutura funcional deles, os esquemas de corrupção foram crescendo com o tempo e demandando mais recursos. Lá também você encontra os templos voltados para a lavagem de dinheiro, os políticos, mas nada parecido com o profissionalismo do crime paulista”, salientou.

O relatório é confidencial e seu teor não será divulgado. Os serviços de inteligência devem criar estratégias elaboradas para o desmonte destas mega estruturas.

Os Estados Criminosos
Alguns pontos que devem ser analisados em uma aspecto mais amplo:
 
- A ação conjunta PCC-CV na morte do narcotraficante paraguaio Rafaat, em Pedro Juan Caballero, colocou em pânico a fronteira Brasil-Paraguai. A imprensa paraguaia exigiu durante coletiva em Foz do Iguaçu uma posição do Ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann;

- Posteriormente a notícia de que o PCC ofereceu 5 milhões de dólares pelo assassinato do presidente do Paraguai Horácio Cartes;

- Não há um padrão nacional para as gangues criminais. O padrão do Rio de Janeiro e o de São Paulo não são sempre reproduzidos em escala nacional;

- No Rio Grande do Sul as gangues funcionam pela associação do lucro, não tendo afinidade por lealdade;

- Surgem ou ressurgem novas-velhas técnicas como o “
Novo Cangaço”. A Polícia Militar da Bahia possui grupos chamados “Companhia Independente de Policiamento Especializado” (CIPE), uma para cada das 10 regiões do estado. Serão as novas volantes?;

- A técnica chamada de “
Novo Cangaço”, domínio momentâneo de uma pequena localidade e roubo às instituições bancárias do local chega ao SUL (Santa Catarina e Rio Grande do Sul);
 
O pós FARC. O que esperar?
O “Acordo de Paz” a ser assinado e referendado por um plebiscito nacional, entre as FARC e o Governo Colombiano foi concebido pela organização narcotraficante marxista no período de 2013.

Nesta época os governos de esquerda dominavam a região (Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela e Chile), e serviriam de um guarda-chuva à continuidade da ações da FARC agora legalizadas pelo Acordo de Paz.

Porém, a rápida mudança do cenário político regional, em especial no Brasil, pode indicar que o acordo não seja de interesse. Em especial com quem ficará a administração das lucrativas produções e rotas do narcotráfico mantidas pela FARC. 
 

Uma parte das FARC podem deslocar-se para a Bolívia e Paraguai (ver artigo 
 EPP - Guerrilheiros paraguaios acionam alarmes regionais Link)
Na própria Colômbia as autoridades de inteligência já identificam que a guerrilha marxista ELN (Ejército de Liberación Nacional) trabalha para ocupar os atuais domínios das FARC.

O novo Inimigo
Outro ponto que deve ser considerado é o esforço de entidades estrangeiras que financiam ações políticas e basicamente todos os pesquisadores são financiados por entidades como : Open Society, Ford Foundation.

Os slogans como  abaixo a militarização das PMs e críticas contra possíveis violências destas provêm desta linha ideológica. Ver a matéria da
 BBC Brasil Quem são os policiais que querem a legalização das drogas e o fim da violência na corporação Link  repetida pelo UOL Notícias Link.

Especial para DefesaNet



Novas tecnologias, velhos problemas

Fernão Lara Mesquita
(*)

Estive segunda-feira, 19, em Belo Horizonte para o 7º Fórum Liberdade e Democracia do Instituto de Formação de Líderes. Bom ver empresários investindo tempo, dinheiro e competência não só para melhorar o Ebitda do próximo exercício mas para tornar o meio ambiente intelectual e institucional brasileiro tão acolhedor para o empreendedorismo, a inovação e a criação de empregos e riqueza quanto já foi quando crescíamos mais que o resto do mundo.

Reconfortante reencontrar um Brasil preocupado em “cultivar”, conceito que para além do de plantio embute o de educação para o melhoramento de “sementes” e o bom desenvolvimento delas, depois desses anos todos de usurpação da cena pelo “extrativismo selvagem” desses personagens sinistros da beira da economia privada que encosta na politicalha para assaltar o Estado e submeter a Nação pela corrupção.

Não ha outro caminho senão um esforço metódico de reeducação promovido pelo Brasil que presta para reconstruir sua identidade perdida e retomar o protagonismo para reerguer o país do tsunami de amoralidade em que se afogou.

Por todo o medo misturado a encantamento que despertam era inevitável que num evento sobre “Liberdade de Escolha na Era da Inovação” as novas tecnologias, neste limiar da conquista da autonomia do seu próprio desenvolvimento futuro com o advento da inteligência artificial predominassem nas apresentações. A “liberdade de escolha” ficou como de fato está no mundo do aqui e agora: no segundo plano a que a relegou a inexorabilidade dessa revolução para a geração “que testemunhará a morte da morte pelo desenvolvimento da medicina e da biogenética em menos de 30 anos” e passará a “viver para sempre” numa ainda indefinível conjuntura da qual estarão ausentes todas as estruturas conhecidas de produção e de trabalho…

...ausentes estas mas com certeza não, é bom não esquecer, a eterna força de corrupção que “O Poder” exerce sobre nossa espécie…

Ha muita confusão no ar. O fato da tecnologia estar provocando a “disrupção” dos poderes do Estado Nacional não é uma notícia tão boa como pode parecer à primeira vista para todos quantos têm bons motivos para festejar a queda dos seus antigos algozes. Esses poderes estão apenas sendo substituídos por outros ainda mais amplos. A tecnologia muda muita coisa mas não muda a natureza humana. E a única que não tem visto qualquer desenvolvimento desde a sua versão “ponto3” que data de 1776 (Atenas, Roma, Inglaterra/EUA) é a que trata de manipular essa natureza para permitir ao homem proteger o homem do homem, dita “democracia”. Nada melhor foi inventado ainda.

Acontece que a liberdade se materializa, dentro das sociedades economicamente orientadas em que nos congregamos, essencialmente nas nossas dimensões de produtores e consumidores. Nada da vasta coleção de “direitos” que se abrigam por baixo do grande chapéu da “cidadania” se transforma em realidade palpável se não houver um grau suficientemente amplo de opções de livre inserção e mobilidade nos universos do trabalho e do consumo.
Isso é ponto pacífico, conforme já ficou provado com rios de lágrimas e sangue, mas não é tudo.

Tendo assumido a forma que lhe deu a elite intelectual do Iluminismo que emigrou para o “Novo Mundo” em função do “milagre” da disseminação da propriedade da terra em pleno feudalismo europeu que a “descoberta” da América ao norte da nossa proporcionou, a História permite afirmar com segurança que a “democracia.3” foi antes a resultante que a causadora daquele inédito processo de distribuição de riqueza. O processo de reconcentração da propriedade chegou, entretanto, ao auge nos Estados Unidos da virada do século 19 para o 20. Para salvar da morte o capitalismo que a democracia engendrou pela retirada do apoio popular que teve durante a fase de aumento da riqueza coletiva, a legislação antitruste foi adicionada à receita original. Essa reforma estabeleceu, agora formalmente, a preservação das liberdades essenciais de escolher um trabalho e negociar preços justos com uma multidão de fornecedores sem as quais nenhuma outra se estabelece como o “Valor nº 1” do sistema, acima até das conquistas do indivíduo pelo merecimento que definem a revolução americana.

Só que a diluição da “democracia.3” no oceano sem fim da miséria dos egressos do socialismo que a internet derramou da Ásia para os mercados de trabalho e de consumo planetários a partir dos anos 80 do século 20, agora sem leis nem fronteiras, empurrou o que foi o capitalismo democrático de volta para a competição sem limites que tende aos monopólios e quase o matara um século antes.

A sinuca sintetizada na alternativa “crescer ou morrer» é de longe o maior desafio que a causa da liberdade já enfrentou. Se Estados Nacionais desenfreados como o brasileiro têm o poder de dar ou tirar a condição de sobrevivência econômica do indivíduo, as gigantescas entidades globais que as novas ferramentas engendraram e engolem tudo à sua volta em escala planetária e à força de bilhões terão amanhã, como demonstraram muito convincentemente os entusiastas das novas tecnologias no evento de Belo Horizonte, o poder de prover ou negar até a vida eterna a quem lhes interessar possa.

Foi sempre complicada essa história de homens que, por não serem anjos, requerem ser governados por outros homens que não são anjos de que falava James Madison. Agora que é de toda a humanidade que se trata não ficou mais fácil. Mas tanto a doença quanto o remédio continuam sendo os mesmos de sempre: “democracia“, com pesos e contrapesos, na economia inclusive e principalmente.

O consolo para os últimos da fila, como nós, é poderem sempre copiar o que já está feito e deu certo como fizeram os japoneses, os coreanos e estão fazendo os chineses, e passar voando por cima dessa anacrônica miséria a que nos deixamos reduzir para nos juntarmos ao resto da humanidade no enfrentamento apenas dos problemas que ainda não se sabe como resolver. Basta quere-lo o bastante.

Vespeiro

(*)Comentário do blog:  No Brasil existe um problema, desde antes das esquerdas terem voz ativa: chama-se governo. Nossas elites, também as de direita, são pródigas em se servir dos cofres públicos.
Antes do comunismo ser implantado na Rússia, 1917, já trabalhávamos para sustentar o governo como fim em si mesmo, sem ainda os esquerdistas colocando em prática suas aberrações. Claro que, com eles no poder, tivemos que trabalhar dobrado para sustentá-los também.
Antes de nos fixarmos apenas na irracionalidade da esquerda, seja como governante ou apenas pelas suas idéias sem nexo, temos que aceitar que nossos "liberais" não são muito melhores. Chegaremos mais facilmente à soluções, se aceitarmos esta verdade.(MBF).


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Mais de 100 concursos públicos oferecem 14 mil vagas

Lorena Pacheco
(*)

Os concurseiros de plantão devem ficar atentos às vagas com inscrições abertas. No momento, mais de 100 processos seletivos oferece cerca de 14 mil vagas. O destaque maior vai para a seleção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que oferece 78 vagas de nível médio, mas quem paga o maio salário é o Ministério Público Federal, que vai remunerar os novos procuradores com salário inicial que ultrapassa os R$ 28 mil.

Avalie abaixo as opções e concorra. 

Anvisa
Organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), o novo concurso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) oferece 78 vagas e conta apenas com provas objetivas e discursivas. O cargo oferecido é o de técnico administrativo, posto exige nível médio de formação, com remuneração de R$ 6.002,14 correspondente a 40 horas de trabalho semanal. Do total de vagas, 16 são para negros e quatro para deficientes. Quem quiser concorrer ao cargo deverá pagar taxa de R$ 70. Como adiantado pelo Correio, os aprovados serão lotados em Brasília. As inscrições poderão ser feitas de 9 a 29 de setembro.

MPF
Há 82 vagas abertas no Ministério Público Federal para quem sonha em ser procurador da República. As chances são destinadas a formados em direito, com no mínimo três anos de atividades jurídicas. O subsídio inicial do posto é de R$ 28.947,55. A seleção será dividida em prova objetiva em 27 de novembro, quatro provas subjetivas – uma de cada grupo de disciplinas, definidos no edital –, prova oral de cada disciplina e aferição de títulos. As pré-inscrições podem ser feitas até 28 de setembro, sob o valor de R$ 250.

Dataprev
A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) abriu processo seletivo para formar cadastro reserva de 1.703 profissionais, regidos pelo regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) - o prazo de validade para o chamamento dos aprovados é de dois anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. Os salários básicos variam de R$ 2.510,03 a R$ 5.915,09, além de adicional de atividade (que pode chegar a R$ 792,27) e auxílio alimentação (R$ 852,24). Sob a organização da Cetro Concursos, a seleção aceita inscrições de candidatos interessados até 7 de outubro. As taxas variam de R$ 80 a R$ 100. Os aprovados serão lotados em Brasília, que detém 125 oportunidades, além de Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa e Natal.

Veja mais concursos com inscrições abertas:

Tribunal Eleitoral de São Paulo 


Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro 


Polícia Militar de Goiás 

Tribunal do Trabalho da 20ª Região 


Tribunal Eleitoral de Pernambuco 

Fiocruz

Correio Brasiliense/Concursos Públicos


(*)Comentário do blog:  a maior agência de empregos do Brasil chama-se Concursos Públicos.

MPF-Ministério Público Federal, mais 82 vagas. Fazendo uma analogia, a questão que coloco é a seguinte:
- Adiantaria formar novos policiais, se eles ficassem impedidos de ir às ruas, ficando restritos aos gabinetes ?

Fora da Lava-Jato, e mesmo nesta, quantos políticos bandidos – quase uma redundância - foram presos ? Quase a totalidade dos processos são engavetados e acabam prescrevendo, uma vez que a “justiça” tem prazo para se pronunciar.
A questão não é aumentar o número de procuradores. Eles procuram e encontram, mas à partir daí o assunto é “convenientemente” esquecido.
Esta é a questão. Mas enquanto não atacarem as causas desses problemas, o custo da máquina pública continuará aumentando, quando deveria diminuir.

E, a Assembléia Legislativa do RJ, precisa de mais “funcionários” ? Não sei se rio ou choro. Deve ser para efetivar apadrinhados, assim como nos concursos do Senado.







Não tem perigo de melhorar

Martim Berto Fuchs

Qualquer órgão público que for examinado, qualquer um, tem excesso de pessoal. Sem falar na quantidade de órgãos criados apenas para acomodar apaniguados, pois outra serventia não tem. Aliás, tem sim: aporrinhar a paciência do cidadão com “burrocracia”. Como eles não tem o que fazer, inventam papéis para que preenchamos e paguemos taxas.

Dias 22 e 24 p.p. comentei sobre os dados do INPI, mas não coloquei valores. Como a Folha de São Paulo fez uma reportagem sobre o custo do serviço de comunicação da Câmara e do Senado, resolvi fazer as comparações.

INPI-Instituto Nacional de Propriedade Industrial : 1.026 pessoas

Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil  = R$ 134.203.896,20
Aposent. RPPS, Res. Remuner. e Ref. Militar   = R$ 47.055.402,10
Obrigações Patronais  = R$ 26.028.474,32
Demais Elementos do Grupo  =  R$ 10.431.441,62
Soma  = R$ 217.719.214,24 em 2014.

Pessoal na atividade fim  =  200 trabalhadores.
Pessoal “administrativo” =  826, sendo que não precisaria mais de, vamos exagerar, 100 pessoas para este mister.
Cálculo simples: 726 podiam ser dispensados, sem que ninguém notasse sua falta.
O único que iria sentir a diferença seria nosso bolso.

Importante: se houvesse seriedade no setor público - que não há -, com o mesmo valor consumido hoje, onde demoram até 11 anos para atender um pedido de análise de patente, o INPI poderia atender seus clientes no prazo máximo de HUM ano e não 11.


RANIER BRAGON
DÉBORA ÁLVARES
Folha de São Paulo - Brasília

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reúnem um contingente de 1.212 funcionários em suas estruturas de comunicação, segundo levantamento feito pela Folha.
Capitaneados pela TV Câmara e pela TV Senado, que registram baixos índices de audiência, os órgãos custarão pelo menos:

R$ 103 milhões neste ano,
excluídos os gastos com a folha de pessoal daqueles que são concursados e comissionados.
O pelotão de mais de 1.200 servidores é composto de jornalistas, produtores, editores, cinegrafistas, fotógrafos, auxiliares, técnicos de TV e rádio e outros vinculados à atividade de comunicação.
E está dividido em duas "classes", a dos concursados e comissionados, cujos salários vão de R$ 14,3 mil a R$ 27,4 mil, e a dos terceirizados, com contracheques de R$ 1.300 a R$ 10,8 mil.

A Secom do Senado, Casa com 81 parlamentares, é a mais robusta, com 662 funcionários. A estrutura é formada pela TV Senado, Rádio Senado, "Jornal do Senado" (impresso) e Portal do Senado, além de outros órgãos ligados à comunicação institucional, como relações públicas e canais de relacionamento com o público.
A Câmara, composta por 513 deputados, tem 550 trabalhadores, que se dividem na TV Câmara, Rádio Câmara, Portal da Câmara e outros órgãos de comunicação.
Na Casa, 88 funcionários exercem funções típicas de jornalistas. Há outros 81 com formação superior em comunicação social em atividades diversas. O Senado não informou o total de jornalistas.

Apesar dos números do quadro, a programação inclui pessoas de fora. O Senado, por exemplo, pagou mais de R$ 95 mil à escritora Margarida de Aguiar Patriota pela produção e apresentação na Rádio Senado do programa "Autores e Livros".

ALCANCE
Recentemente, o jornal norte-americano "The New York Times", um dos mais prestigiados do mundo, informou ter 1.300 pessoas em toda sua operação jornalística.

Já a TV Globo, que pertence ao maior grupo de comunicação do Brasil, diz ter 700 equipes de jornalismo em 123 emissoras pelo país.
A Globo aparece em primeiro no ranking dos canais de TV aberta e paga com maior audiência, conforme aferido pela Kantar Ibope Media em abril de 2016 –16,3 pontos (cada ponto representa cerca de 240 mil domicílios nas 15 principais regiões metropolitanas).

Apesar de o mês ter sido o da autorização pelos deputados da abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, a TV Câmara ficou na posição 49 do ranking (0,07 ponto).
A TV Senado, na 57a posição (0,05 ponto).

Não há informação pública sobre a audiência das rádios do Poder Legislativo. Câmara e Senado dizem não ter contrato de aferição de audiência. Já o jornal impresso do Senado tem tiragem diária de 5.500 exemplares, distribuídos gratuitamente em Brasília. A Câmara extinguiu seu jornal impresso em abril.

O domínio "leg.br", que inclui os portais da Câmara e do Senado, está na 195ª posição entre os sites mais visitados do Brasil de acordo com estimativa da Alexa, serviço métrico de audiência na web.”

O que a Folha não comentou, foi que esse pessoal pediu para o presidente do senado para ser dispensada do ponto. Estão certo eles, pois não tem nada para fazer. Para que ir até lá ? Basta ir no dia 30 buscar o salário.

Michel Temer e sua equipe vão novamente atacar o bolso da iniciativa privada. Já somos 12 milhões de desempregados, mas eles simplesmente não tem coragem de demitir os milhões de inúteis, de parasitas, que povoam as folhas de pagamento do setor público, nos Três Poderes e nos três níveis.

Um dos motivos é justamente que toda grande família desses políticos que devem tomar as decisões, estão entre os inúteis, entre os parasitas.
E lá se vai pelo menos 25% de toda arrecadação pública, só para pagar o salário de pessoas completamente dispensáveis.

Duzentos milhões por ano para um órgão que não funciona, mais cem milhões para outro que poderia ser dispensado quase em sua totalidade, pois ninguém olha o que eles não fazem, e lá vai se indo nosso rico dinheirinho.

Não tem perigo de melhorar.







segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Crise atual do Brasil é a pior desde 1929

Opinião

Para o economista do Santander Rodolfo Margato, a atual crise econômica do Brasil é a pior desde o “crack” da Bolsa de Nova York, em 1929. Segundo ele, todos os indicadores têm batido recordes negativos, e a estimativa do banco é a de que o PIB registre queda de 3,3% em 2016. Apesar do cenário, Margato afirma que já é possível perceber sinais de melhora nos índices de confiança da indústria.

Para Minas Gerais, as projeções são menos severas. A retração prevista é de 2,6%. “Está abaixo da média nacional devido à força do PIB agropecuário, sustentado pelo café, que é muito forte no Estado. Enquanto a previsão nacional para esse setor é de queda de 1,7%, para Minas a estimativa é de crescimento de 1,3%”, afirma o economista. Das 27 Unidades da Federação, Minas terá a terceira menor retração, atrás de Roraima e Paraná, empatados com -2,4%.


Brasil caminha para trás, rumo a mais uma década perdida
Número de novos desempregados é igual ao de novos inadimplentes no país: 3,2 milhões

QUEILA ARIADNE
A perda de empregos com carteira assinada é a maior desde 2002. Já o estoque total de desempregados é o pior dos últimos cinco anos. A quantidade de brasileiros inadimplentes é a mais alta desde 2012. Os alimentos nunca estiveram tão caros desde os anos 2000. E a taxa anual dos juros do cartão de crédito é a maior desde 1995. Com essa coleção de recordes negativos, o Brasil caminha para uma nova década perdida. Para o coordenador do curso de economia do Ibmec, Márcio Salvato, a situação é pior do que a chamada década perdida dos anos 80 porque, agora, a perspectiva de recuperação é bem mais lenta.

“Tivemos uma recessão no inícios dos anos 80, com superinflação e juros internacionais muito altos, o que inviabilizou o crédito. Mas nos recuperamos. Depois, em 1990, na época do Collor, outra crise com o congelamento da poupança. Mas em 1994 já conseguimos nos recuperar. Agora trata-se de uma crise de endividamento. O governo não tem dinheiro para investir em uma solução e vai ter que depender de capital externo. Para tanto, tem que criar credibilidade, por isso está falando em mudanças sérias na Previdência. A previsão de recuperação é só para 2023”, avalia Salvato.

O professor de economia em MBAs da Fundação Getulio Vargas/Faculdade IBS Mauro Rochlin ressalta que, de fato, é o pior momento da economia brasileira. “O período dos últimos dois anos, com uma retração acumulada de 9% no Produto Interno Bruto (PIB), não tem precedentes. E essa crise começou muito antes, quando o governo começou a abusar dos gastos públicos e se endividar de maneira temerária. Isso gerou desconforto nos agentes econômicos, os investimentos foram suspensos, e o desemprego subiu. A inflação corroeu o poder de compra, e, onde tem desemprego e inflação, tem inadimplência”, explica Rochlin.

Relação direta. De acordo com levantamento da Serasa Experian, no primeiro semestre de 2016, o total de devedores alcançou 59,6 milhões de brasileiros. “São pessoas com pelo menos uma dívida vencida. Em menos de um ano, o volume de inadimplentes subiu 10%. E isso aconteceu por causa do aumento do desemprego”, afirma.

A economista da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) Ana Paula Bastos afirma que basta comparar o total de desempregados com o número de inadimplentes para confirmar a relação direta. Em relação ao ano passado, 3,2 milhões de pessoas entraram para o cadastro negativo. No mesmo período, segundo dados da Pnad do IBGE, 3,2 milhões de brasileiros engrossaram a lista dos desempregados.

“As pessoas não querem ficar inadimplentes porque ficam sem crédito. Mas com a inflação e o desemprego, elas estão estranguladas”, comenta Ana Paula. Só em Belo Horizonte, o total de dívidas em atraso subiu 4,11% em agosto, o pior resultado desde 2013. “É uma crise com origem em uma política fiscal errada, pois o governo deixou que o topo da meta da inflação virasse o centro”, critica Rochlin.
PIB per capita
Pior. De acordo com relatório do Goldman Sachs, em dois anos apenas, o PIB per capita encolheu 9,7%, mais do que os 7,6% acumulados no período chamado de década perdida, de 1981 a 92.

Jornal O Tempo



Vale para todos? Ou não?

Gilberto Pimentel

Todas as vezes em que é citado, indiciado, denunciado ou preso algum dos poderosos atingidos pela Operação Lava Jato, seja por ação de Agentes da Polícia Federal, dos Procuradores da República ou dos Magistrados de Curitiba, em especial se essa ação vier por determinação do Juiz Sérgio Moro, pronto: lá vem a grita dos partidários políticos desses suspeitos da prática de atos delituosos ou de supostos crimes, daqueles que sabem também ter contas a pagar, de inocentes úteis e não tão úteis e, até mesmo, de parcela da mídia comprometida.

Os donos do poder, arrogantemente, invocam o direito a tratamento diferenciado por parte da Justiça.

A respeito dessa equivocada prerrogativa, pareceu emblemática a expressão usada pelo Senador Renan, presidente do Senado Federal, ao aplicar a pena prevista na Constituição Federal à presidente da República por ocasião do seu impeachment: “não podemos ser maus”. Jamais havia ouvido tal manifestação por parte de uma autoridade com a responsabilidade de julgar alguém. Somente o que consta da Lei, parece óbvio, pode servir de referência para a aplicação da devida punição a um infrator. Ou não será sempre assim?

Ainda hoje, vimos nas redes sociais novas críticas ao Juiz Sergio Moro por ter exarado ordem de prisão contra o ex-ministro Guido Mantega que o alcançou enquanto ele acompanhava sua esposa doente a um hospital, taxando o magistrado de desumano, arbitrário, insensível, sem coração, perverso e outros adjetivos, tudo à semelhança do que já ocorrera quando da prisão de outros tubarões da corrupção. E assim será sempre.

Parecem ignorar a gravidade dos crimes praticados, ou pelo menos dos indícios de sua prática por essa gente, e os males e prejuízos que causaram a milhões e milhões de cidadãos indefesos, traindo sua confiança, enquanto desempenhavam cargos públicos da mais alta relevância, no caso de Mantega, ex-Presidente do BNDES, ministro da Fazenda e do Planejamento durante dois governos.

A Justiça não pode ser intimidada e tem mesmo que agir com força total e no limite máximo dos preceitos legais e constitucionais. A sociedade tem que ser parceira da Lei nessa empreitada e compreender que os supostos transgressores detêm capital de toda a natureza acumulado de modo fraudulento em todos esses anos em que estiveram encastelados no Poder e vão usá-lo para se defender.

A Lei é para todos, vale para qualquer cidadão, independente de opções ideológicas, político-partidárias, de raça, religião ou classe social. O essencial é ser honesto. Não sendo assim jamais mereceremos a condição de nação livre e democrática.

Gilberto Pimentel
General, é Presidente do Clube Militar.

Alerta Total – www.alertatotal.net


domingo, 25 de setembro de 2016

Moradores de rua

Célio Pezza
(*)
Um dia destes assisti a um filme chamado O Solista, sobre um músico talentoso, que era morador de rua, por problemas mentais. No final, falaram sobre a existência de 90.000 moradores de rua na cidade de Los Angeles. Não existem estatísticas seguras em lugar nenhum do mundo e, no Brasil, o IBGE não consegue chegar a um número correto, pois alega que os moradores de rua não possuem endereço fixo.

Os números aproximados mostram que nos Estados Unidos existem mais de 350 mil moradores de rua.

Na Inglaterra, são mais de 300 mil.

Em Moscou, sabe-se que morrem mais de 400 pessoas nas ruas devido ao extremo frio durante cada inverno, mas não se tem um número certo de quantos são no total.

No Brasil, de acordo com um levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social, estima-se que perto de 1,5 milhões de brasileiros vivam nas ruas.

São pessoas excluídas do sistema por problemas como alcoolismo, drogas, doenças mentais, desavenças com familiares, desemprego, desilusão com a vida e outros. Este é o nosso mundo real, não aquele da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Também é muito triste saber que, enquanto escrevo este artigo, no aconchego do meu lar, existem pessoas preocupadas em ter um jornal para se cobrir e tentar sobreviver ao frio da noite, muitas vezes de estomago vazio.

Uma pesquisa feita pelo Ministério Social e Combate a Fome entre 32 mil moradores de rua mostrou outro dado surpreendente: 74% sabem ler e escrever, 48% terminaram o ensino fundamental e 2% completaram o curso superior e falam outros idiomas.

Em São Paulo, a prefeitura instalou rampas contra estes indesejáveis inquilinos, nas áreas sob diversos viadutos, com um piso áspero e incômodo, para evitar que durmam lá, pois não é adequado mostrar uma cidade cheia de moradores de rua.

A prefeitura também quer acabar com a distribuição gratuita de sopa aos moradores de rua, que é feita por instituições de caridade, a não ser que ela ocorra nos albergues da prefeitura, e enquadrar criminalmente aqueles que insistirem nesta prática de solidariedade humana. As instituições alegam que isto é uma criminalização da caridade e no meio dessa polêmica, lembro que perguntaram a um morador das ruas de São Paulo, sobre o que há de pior em viver nas ruas. Ele coçou a barba, olhou para o vazio, e respondeu:

− O pior… O pior é a chuva!

Verdade Mundial

(*)Comentário do blog:  Em São Paulo a Prefeitura está tomada pelos “amigos dos pobres”, os petistas comandados por Fernando Haddad.



sábado, 24 de setembro de 2016

O custo social do inoperante INPI

Martim Berto Fuchs

Quinta feira, 22 p.p., escrevi um artigo sobre o INPI-Instituto Nacional de Propriedade Industrial, analisando uma reportagem do JG-Jornal da Globo, William Waack-Janaína Lepri.

Na dita reportagem, veio à público que o INPI chega a levar 11 anos, para analisar e deferir um pedido de patente. ONZE ANOS !!!

Informa a reportagem também, que o órgão dispõe de 200 técnicos para analisar os pedidos, mas não informa quantas pessoas “trabalham” no INPI.

Curioso e crítico do empreguismo no setor público brasileiro, cujo costume considero um roubo, crime portanto, procurei saber quantos pessoas constam da folha de pagamento do mesmo.

Quem teve a bondade de satisfazer minha curiosidade, dados que agora repasso, foi Gil Castello Branco do site Contas Abertas. Aliás, com a maior presteza.

Em primeiro lugar, o mais atualizado relatório das contas do INPI é de 2014. Creio que só para escrever e juntar a papelada deste relatório, devem “trabalhar” uns 600 funcionários, pois são 189 páginas de relatório, mais 24 páginas de anexo.


Pergunto: qual o empresário ou mesmo pessoa física necessitada dos serviços do INPI, que vai ler essa baboseira toda ? A troco de que ? Algumas páginas li, apenas procurando o que me interessava. Já esperava o que encontrei, mas mesmo assim a gente leva um choque !

Trabalham neste órgão público para sua finalidade fim, a principal, que é analisar e aceitar ou não um pedido de patente, 200 pessoas capacitadas para isto, mas tem, pasmem, um total de 1.026 pessoas na folha de pagamento. 4 x 1 !!! 

20% = 200 produzem
80% = 826 enchem papéis

Confesso que esperava encontrar até 3 por 1, mas não 4 por 1. Aqueles que acompanham essa minha luta constante contra o empreguismo no setor público, sabem das críticas que faço às Secretarias de Educação, em todos os níveis, onde esses parasitas prejudicam o país, todos os anos, com greves que já constam até do seu calendário. São automáticas. E na Educação, essa cretinice alcança o índice de 3 por 1, ou seja, para cada 1 (professor) que trabalha na atividade fim, 3 “trabalham na administração”, não obstante o uso da informática. Aí incluído, por óbvio, a expressiva parcela cuja única finalidade é cuidar das próximas greves; pintar cartazes com FORA qualquer um que não compartilhe com suas baboseiras e conseguir tinta para pichar e depredar prédios públicos.

Tanto se fala em reforma política, a principal, e outras tantas, mas senão encararmos de frente a questão do tamanho desnecessário e criminoso do Estado, nosso país nunca sairá da dependência financeira.

Injustiça social é desempregar quem trabalha, hoje na casa das 12 milhões de pessoas, e manter às custas dos desempregados – imposto sobre consumo -, os milhões de parasitas no setor público, indemissíveis.

Isto é injustiça social !!!

Em qualquer empresa privada que se preze, a equação é a inversa:

20% = 200 enchem papéis
80% = 826 produzem

Com absoluta certeza, se invertessem os números, os que pagam por este serviço não precisariam esperar 11 anos !!! para serem atendidos, nem o Brasil pagaria, como paga, tanto royaltie para o exterior.




sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Sérgio Moro na 10º posição entre os 50. Do mundo !!!

Martim Berto Fuchs

Na lista das 50 pessoas mais importantes do mundo, Sérgio Moro está em 10º lugar.


Isto não é pouca coisa. Não sei de outro brasileiro que já estivesse alguma vez nesta honrosa posição.

É uma ocasião muito especial para refletirmos sobre o que queremos para nós, uma vez que precisamos dar um basta nessa história de país do futuro. O futuro é hoje.

Vamos continuar aceitando que os políticos, através das suas quadrilhas, continuem mandando e desmandando no Brasil, ou vamos aproveitar a oportunidade para tentar reverter esta situação ?

Observei novamente nos candidatos apresentados para concorrer à vereador no dia 02 de outbro próximo, no quanto os partidos procuraram incluir nas suas nominatas, pessoas com ficha limpa, para apresentar como troféu, mas principalmente pessoas com recursos próprios.
Estes estão por sua conta. Se conseguirem se eleger, terão que se haver depois com os donos dos partidos. Nem pensem eles que vão chegando, novatos, e conseguindo impor suas falácias de campanha.
Logo vão cair na real, de que quem manda é o partido e o partido tem dono(s). Ou eles se adequam às “regras”, ou serão “queimados”.

Já está mais do que provado que pouco adianta votarmos de 2 em 2 anos em pessoas impostas pelos donos dos partidos. O que mudou, à não ser para pior, depois de 1985, da tão propalada redemocratização ? Da “Nova República” ?

Pessoas como Sérgio Moro não reencarnam por acaso. Tudo tem um propósito. Cabe à nós aproveitarmos a onda para mudarmos nosso destino, batalhando por uma democracia que faça jus ao nome: Poder do Povo.