Stephen Kanitz
(*)
“Privatizações
podem render R$ 450 bi para os cofres públicos”
Maior programa de
desestatização de todos os tempos no País servirá para reduzir a dívida pública
e permitir a queda de juros, mas enfrenta resistência
Por que essa manchete é uma péssima notícia?
Primeiro porque mostra que o MiniEcon está mais
preocupado em salvar o Estado do que a nossa Economia.
Querem vender empresas podres, na bacia das almas,
sugando 450 bilhões de investimentos futuros da nossa economia.
450 bilhões que poderiam criar empresas novas em vez de
comprar empresas já existentes.
Que, por sua vez, poderiam empregar 4.234.487
desempregados, segundo nossos cálculos de “custo de gerar um único emprego no
Brasil”.
Que por sua vez gerariam daqui três anos, mais ou menos,
320 bilhões por ano de impostos, diretos e indiretos.
Não, querem retirar 450 bilhões da economia para vender
empresas já existentes.
Que não gerarão um único emprego, e somente aumentará um
único imposto, o imposto de renda.
E pior, querem usar essa grana toda para saldar uma
dívida do próprio governo, que nos custa hoje em torno de 3% de juros.
Sobre o qual o próprio governo recebe 1,4% de volta, via
impostos. Líquido sai 1,6% ao ano.
Um administrador e
especialmente um Administrador Responsável de Nações, jamais faria uma loucura
dessas.
Trocar empresas que deveriam estar rendendo um ROE de
12%, para saldar uma dívida que nos custa somente 1,6% ao ano, líquido de
impostos?
Como um intelectual liberal
pode ser tão dogmático na sua literatura Liberal, no “privatiza tudo”, sem se
atentar à realidade brasileira atual?
O mundo não está a fim de investir 450 bilhões no Brasil,
justamente nessas empresas problema.
O fluxo de investimento externo para projetos novos e
arriscados é no máximo de 50 bilhões por ano.
A Formação Bruta de Capital no Brasil, retirando investimentos
imobiliários (50%) e o Capex já comprometido, não passa de 100 bilhões.
O MiniEcon quer comprometer três anos do nosso
crescimento somente para gerar caixa para o governo?
Será que não percebem que para tornar uma empresa estatal
eficiente basta contratar bons administradores?
E não entregar para algumas famílias poderosas, como
fizeram no caso da Telebras, Vale e CSN?
Sou a favor da desestatização, óbvio, mas não agora
quando falta capital de giro, e não capital de investimentos.
Quando 450 bilhões resolveriam o problema do Brasil e não
somente do Governo.
Se nem isso o MiniEcon sabe fazer, que venda 10% dessas
estatais agora.
E deixe a administração para
o novo grupo, cedendo-lhes o controle, em troca de uma golden share.
E que o MiniEcon venda os restantes 90% ao longo de 20
anos, na Bolsa de Valores para quem quiser, democratizando e não privatizando.
A preços de empresa recuperada e não a preços de empresas
quebradas.
Um Administrador Responsável optaria para esse
“ganha-ganha”.
Ganha a Economia de imediato gerando quatro milhões de
empregos e crescimento da economia.
Ganha o Estado gerando um fluxo de caixa de 20 anos, a um
valor cinco vezes maior, no mínimo.
blog do kanitz
(*)
Comentário do editor do blog-MBF: o primeiro problema professor, são os sindicatos pelegos e os políticos ditos nacionalistas, que de nacionalistas não tem nada pois são apenas oportunistas, aceitarem entregar a administração dessas empresas estatais para administradores competentes.
O segundo problema, é que é proibido demitir os ociosos, e essas empresas tem 2 ociosos em cada 3 empregados.
Se a solução fosse tão simples, já teriam feito.
Logo, o quê fazer para parar com a sangria de dinheiro público que não seja a privatização, que, diga-se, até o STF é contra ?
O Brasil já é um país socialista há muito tempo, desde os governos militares. Apenas não reconhece. Este parto não será fácil.
O segundo problema, é que é proibido demitir os ociosos, e essas empresas tem 2 ociosos em cada 3 empregados.
Se a solução fosse tão simples, já teriam feito.
Logo, o quê fazer para parar com a sangria de dinheiro público que não seja a privatização, que, diga-se, até o STF é contra ?
O Brasil já é um país socialista há muito tempo, desde os governos militares. Apenas não reconhece. Este parto não será fácil.
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