segunda-feira, 9 de setembro de 2019

2800 templos cristãos serão demolidos na França

Jarbas Aragão

Mesquitas serão construídas em parte dos terrenos

Segundo um relatório do Senado francês, 2.800 templos serão demolidos na França, muitos deles com séculos de idade. A decisão foi tomada por que os custos de restauração são maiores que o custo de demolições.

Em 2013, por exemplo, a Igreja de São Jacques, em Abbeville, edificada em 1868, foi demolida a um custo total de €350.000. Esse valor é menor que orçamento da reforma. Como o número de fiéis diminuiu muito nas últimas décadas, ela estava praticamente abandonada.

Para muitas cidades na França, a falta de interesse e o alto valor dos terrenos onde os templos foram edificados simplesmente não justificam o investimento em restauração. Desde 2007, quando a decisão foi tomada, várias igrejas foram substituídas por shoppings, lojas, prédios de apartamentos ou estacionamentos.

A recente invasão da igreja de Santa Rita, em Paris, que culminou na expulsão do padre e dos fiéis que estavam realizando uma missa no local, reascendeu o debate. O terreno fora vendido e os novos donos precisavam do prédio no chão.

A deputada Marine Le Pen comprou a briga, afirmando que ao invés de destruir uma igreja, o governo deveria “demolir as mesquitas dos radicais”. Ela agiu como porta-voz de um fator que não é levado em conta pela maior parte da mídia. Parte dos terrenos estão sendo vendidos para grupos islâmicos, que construirão mesquitas no local.

De fato, centenas de novas mesquitas são construídas a cada ano na Europa. Elas acomodam centenas de milhares de novos muçulmanos, sejam eles nascidos em solo europeu ou imigrantes recém-chegados. Dependendo da legislação do país, muitas vezes as edificações recebem dinheiro do governo.

Situação é a mesma em outros países
A Igreja da Inglaterra, conhecida como episcopal anglicana no resto do mundo, possui 16.000 igrejas no Reino Unido. Com o cristianismo entrando em declínio, a exemplo da maior parte da Europa, a opção administrativa foi fechar pelo menos 2.000 templos.

Nesses locais, reúnem-se regularmente menos de dez fiéis. A maioria é idosa e as ofertas são poucas e esparsas. Isso inviabiliza os custos de manutenção. A opção é transformá-las em “igrejas de feriado”, que só abrem nas semanas do Natal e da Páscoa, quando muitos cristãos nominais procuram alguma igreja por hábito.

Um programa de financiamento do governo, através do England Arts Council, está querendo dar outros destinos aos prédios que pertencem à Igreja oficial do país. Os espaços podem ser alugados para uma ampla gama de eventos e atividades, incluindo conferências, recepções de casamento, eventos de caridade, filmagens e feiras de emprego.

O jornal The Guardian relata que 394 templos cristãos estão “disponíveis” para serem remodelados, reformados e usados para outros fins. Em alguns casos, foram remodelados e transformados em mesquitas.

 Nas duas últimas décadas, na Alemanha, mais de 350 igrejas foram fechadas. 

Agora, o projeto do conhecido político esquerdista Joaquim Reinig pretende “integrar mais rapidamente” os milhares de imigrantes islâmicos que chegam à Europa todas as semanas. Segundo a proposta, as igrejas cristãs deveriam ser demolidas, para que mesquitas sejam construídas nos mesmos espaços.

O discurso de Reinig, pautado pela ideia de multiculturalismo, é baseado em um relatório de 2013 que ele ajudou a preparar, que identificava uma “necessidade urgente” para a construção de mesquitas na região.

Segundo o senado de Hamburgo, que também produziu um relatório sobre o tema, o ideal seria uma “mesquita em cada bairro”. A principal justificativa para isso é o importante “trabalho comunitário” promovido por elas.

07 de agosto de 2016.


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