Jarbas Aragão
Mesquitas serão construídas em parte
dos terrenos
Segundo
um relatório do Senado francês, 2.800 templos serão demolidos na França, muitos
deles com séculos de idade. A decisão foi tomada por que os custos de restauração são maiores que o custo de demolições.
Em 2013,
por exemplo, a Igreja de São Jacques, em Abbeville, edificada em 1868, foi demolida
a um custo total de €350.000. Esse valor é menor que orçamento da reforma. Como
o número de fiéis diminuiu muito nas últimas décadas, ela estava praticamente
abandonada.
Para
muitas cidades na França, a falta de interesse e o alto valor dos terrenos onde
os templos foram edificados simplesmente não justificam o investimento em
restauração. Desde 2007, quando a decisão foi tomada, várias igrejas foram
substituídas por shoppings, lojas, prédios de apartamentos ou estacionamentos.
A
recente invasão da igreja de Santa Rita, em Paris, que culminou
na expulsão do padre e dos fiéis que estavam realizando uma missa no
local, reascendeu o debate. O terreno fora vendido e os novos donos precisavam
do prédio no chão.
A
deputada Marine Le Pen comprou a briga, afirmando que ao invés de destruir uma
igreja, o governo deveria “demolir as mesquitas dos radicais”. Ela agiu como
porta-voz de um fator que não é levado em conta pela maior parte da mídia.
Parte dos terrenos estão sendo vendidos para grupos islâmicos, que construirão
mesquitas no local.
De fato,
centenas de novas mesquitas são construídas a cada ano na Europa. Elas acomodam
centenas de milhares de novos muçulmanos, sejam eles nascidos em solo europeu
ou imigrantes recém-chegados. Dependendo da legislação do país, muitas vezes as
edificações recebem dinheiro do governo.
Situação é a mesma em outros países
A Igreja
da Inglaterra, conhecida como episcopal anglicana no resto do mundo, possui
16.000 igrejas no Reino Unido. Com o cristianismo entrando em declínio, a
exemplo da maior parte da Europa, a opção administrativa
foi fechar pelo menos 2.000 templos.
Nesses
locais, reúnem-se regularmente menos de dez fiéis. A maioria é idosa e as
ofertas são poucas e esparsas. Isso inviabiliza os custos de manutenção. A
opção é transformá-las em “igrejas de feriado”, que só abrem nas semanas do
Natal e da Páscoa, quando muitos cristãos nominais procuram alguma igreja por
hábito.
Um
programa de financiamento do governo, através do England Arts Council, está
querendo dar outros destinos aos prédios que pertencem à Igreja oficial do
país. Os espaços podem ser alugados para uma ampla gama de eventos e
atividades, incluindo conferências, recepções de casamento, eventos de
caridade, filmagens e feiras de emprego.
O jornal
The Guardian relata que 394 templos cristãos estão “disponíveis” para serem
remodelados, reformados e usados para outros fins. Em alguns casos, foram
remodelados e transformados em mesquitas.
Nas duas últimas décadas, na Alemanha, mais de
350 igrejas foram fechadas.
Agora, o
projeto do conhecido político esquerdista Joaquim Reinig pretende “integrar
mais rapidamente” os milhares de imigrantes islâmicos que chegam à Europa todas
as semanas. Segundo a proposta, as igrejas
cristãs deveriam ser demolidas, para que mesquitas sejam construídas nos
mesmos espaços.
O
discurso de Reinig, pautado pela ideia de multiculturalismo, é baseado em um
relatório de 2013 que ele ajudou a preparar, que identificava uma “necessidade
urgente” para a construção de mesquitas na região.
Segundo
o senado de Hamburgo, que também produziu um relatório sobre o tema, o ideal
seria uma “mesquita em cada bairro”. A principal justificativa para isso é o
importante “trabalho comunitário” promovido por elas.
07 de agosto de 2016.
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