Jorge Serrão
O
espectro da insegurança não só assombra, mas também inviabiliza o futuro
imediato do Brasil. Pergunta básica: É legítimo que um ministro do Supremo Tribunal
Federal emita uma sentença prévia, antecipando que o STF mandará trancar a CPI
da Lava Toga, caso seja instalada no Senado?
O Senado
não tem independência? A máquina do Judiciário é intocável? É justo que um
presumido guardião da Constituição a interprete como bem deseja?
Definitivamente, contrariando o ex-árbitro de futebol Arnaldo Cezar Coelho, no
Brasil, “a regra não é clara”.
Tamanha
insegurança jurídica torna muito difícil acreditar que o Brasil conseguirá
melhorar, no curto prazo. O curioso é que o mesmo problema que alimenta
o pessimismo também é gerador de um processo de revolta. O ambiente fica mais
insuportável e, por conseqüência, intolerante. Quando a situação sair de
controle, o gatilho da mudança pode ser acionado de forma implacável.
As
pré-condições para uma Revolução Brasiliana estão em andamento, como
nunca antes na História deste País... No entanto, o Mecanismo do Crime
Institucionalizado se reinventa para barrar as mudanças estruturais, sabotando
as reformas estruturantes. O grande desafio do momento é a luta pela efetiva
implantação da Democracia no Brasil, através da discussão e elaboração de um
Projeto Estratégico de Nação. Sem isso, o Brasil seguirá no ritmo merdejante.
Insistir
é preciso... O problema do Brasil é estrutural: o Estado-Ladrão, sob regime
Capimunista Rentista (alta usura improdutiva), com uma Constituição-Vilã que se
finge de “cidadã”. O regramento excessivo, a cultura da impunidade e a falta de
Educação (Base moral familiar + Ensino de qualidade) formam a base para a
prevalência do Crime, da Injustiça e da Impunidade. Assim, Crise é
Institucional – e não apenas conjuntural. Os poderes refletem os defeitos e
vícios da estrutura social. Temos Democracia (Segurança do Direito) só na
formalidade, mas não na vida real dos “sobreviventes”.
Os
poderosos de plantão deveriam saber que não é só o governo Bolsonaro que entra
em processo de questionamento crítico. A bronca popular com o Poder Legislativo
e com o Poder Judiciário é muito maior e crescente. A eleição de Bolsonaro foi
a insatisfação com a situação vigente, principalmente com corrupção que
inviabiliza a vida pública, na medida em que promove e consolida a ilegalidade,
a impunidade e a injustiça social.
Até que
ponto o Brasil agüenta mais um fracasso de governo? É a pergunta que os
poderosos deveriam se fazer, antes que a situação “exploda”... Insatisfação com
a realidade gera depressão ou porrada... O eventual fracasso de Bolsonaro
custará caso para todo mundo, inclusive para os bandidos institucionalizados,
mas principalmente para os Generais que apostaram no projeto de poder pela via
eleitoral... O Brasil é cruel...
Alerta Total
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