Martim Berto Fuchs
- Vou
diminuir os ministérios para 20.
- Vou
diminuir os ministérios para 26.
- Vou
cortar no máximo uns 6 ministérios.
-
Cortarei no máximo uns 3 ministérios.
Isto que
ele ainda nem sentou no trono da nossa Monarquia Republicana ou República
Monárquica. Quando sentar, provavelmente esse número baixe para 1. Um mês
depois, para nenhum. Para continuar no trono, terá que aumentar um, ou mais,
voltando aos 39 ministérios.
Ao ele
comentar todo faceiro que teria uma das maiores bases aliadas que já se
conseguiu reunir, tremi nas bases. Disse cá comigo: lá vem chumbo. Não deu
outra. Ontem:
“Michel Temer: Cortarei no máximo
uns três ministérios.
A ideia era cortar as atuais 31
pastas, consideradas excessivas, para algo em torno de 20. Na noite de
terça-feira, ao fim de uma jornada que começara às sete da manhã, Temer
admitia, resignado:
“Não sei se terei condições de
diminuir o número de ministérios. Veja o Ministério da Cultura. Minha ideia era
fundi-lo com a Educação, mas o pessoal do setor reclamou muito. Acho que
cortarei no máximo uns três ministérios. Queria juntar o Desenvolvimento
Agrário com a Agricultura, mas os setores não se conformaram. Pretendia também
pôr dentro da Justiça o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos
Humanos, mas não será possível’’.
Com a periclitante estabilidade com que vai assumir, pois sujeito a ter o diploma cassado se não andar na linha, linha que será imposta pelo TSE e seus ministros indicados pelos partidos políticos, a falta de poder, mesmo com a caneta que terá na mão, já começa aparecer.
Com a periclitante estabilidade com que vai assumir, pois sujeito a ter o diploma cassado se não andar na linha, linha que será imposta pelo TSE e seus ministros indicados pelos partidos políticos, a falta de poder, mesmo com a caneta que terá na mão, já começa aparecer.
Venho
abordando em meus artigos o poder da burocracia - resultado do empreguismo
desvairado que impera no Brasil -, que barra qualquer oportunidade de colocar o
trem nos trilhos.
O chefão
da extinta URSS, Mikhail Gorbachev, quando assumiu o poder constatou que o
pleno emprego defendido pelo comunismo/socialismo, ou seja, todos empregados mesmo
que não haja trabalho, tinha emperrado a máquina administrativa e por tabela, a
produção.
Preocupado
com a desaceleração do crescimento econômico e com o atraso tecnológico da
URSS, desencadeou, em 1986, a perestroika e a glasnost.
“Perestroika, ou reestruturação econômica, consiste num projeto
ambicioso de reintrodução dos mecanismos de mercado, renovação do direito à
propriedade privada em diferentes setores e retomada do crescimento. A
perestroika visa liquidar os monopólios estatais, descentralizar as decisões
empresariais e criar setores industriais, comerciais e de serviços em mãos de
proprietários privados nacionais e estrangeiros.”
“Glasnost, ou transparência política, desencadeada paralelamente ao
anúncio da perestroika, é considerada essencial para mudar a mentalidade
social, liquidar a burocracia e criar uma vontade política nacional de realizar
as reformas. Abrange o fim da perseguição aos dissidentes políticos, marcada
simbolicamente pelo retorno do exílio do físico Andrei Sakharov, em 1986, e
inclui campanhas contra a corrupção e a ineficiência administrativa, realizadas
com a intervenção ativa dos meios de comunicação e a crescente participação da
população. Avança ainda na liberalização cultural, com a liberação de obras
proibidas, a permissão para a publicação de uma nova safra de obras literárias
críticas ao regime e a liberdade de imprensa, caracterizada pelo número
crescente de jornais e programas de rádio e TV que abrem espaço às críticas.”
Mais
tarde acabou reconhecendo que havia definido o que devia ser destruído e mudado,
mas não o que deveria ter sido construído no lugar das estruturas antigas. Este
“pequeno equívoco” custou muito caro à Rússia, pois quase se desintegrou.
A China,
que se antecipou às decisões de Gorbachev, e que iniciou com a reestruturação
econômica mas sem transparência política pois continuou com regime autoritário,
tinha na época, 1984, o 20º PIB do mundo e o Brasil o 11º.
Pois é, eles
pagaram o preço pela mudança, da produção na mão do Estado para produção nas
mãos da iniciativa privada, e hoje nos superam por larga margem. Aliás, estão
comprando o Brasil, “balatinho”.
Temos
vícios de raiz, nós e toda America Latina, herança ibérica, que aparentemente
ninguém consegue corrigir, ou, ninguém mais quer corrigir, pois entra governo,
sai governo, e o problema só aumenta.
A
mentira que todos governantes, eleitos por um sistema vencido, apodrecido,
insepulto, continuam disseminando pelos meios de comunicação cooptados com
criminosas verbas de publicidade, é de que tudo vai bem (Dilma e camarilha), ou
no máximo, que teremos alguns anos de dificuldades pela frente, mas depois tudo
se ajusta (Temer e a “nova” base aliada).
Só não
dizem que depois de muito sacrifício para a população não aquinhoada com
emprego público sem trabalho, assumirá novamente um desmiolado e incompetente
qualquer, que colocará tudo a perder.
Assim,
os três grupos que compõem nossa Corte, vão se revezando no assalto aos cofres
públicos, e a sociedade, hipnotizada pela propaganda oficial, concorda em
manter os empregados públicos com suas greves de dia e hora marcados com
antecedência, greves por menos
trabalho ainda e mais salário,
dormindo tranqüilos, e eles, os trabalhadores da iniciativa privada,
encarregados de levar este país nas costas, cada vez mais ao desabrigo, muitos já
na rua.
Do ano
passado para cá, mais de 5 milhões de trabalhadores da iniciativa privada
perderam seus empregos. Para a parceria entre burocratas e políticos, isto é de
somenos importância. Enquanto não mexerem com seus privilégios transformados em
“direitos adquiridos”, o resto que se expluda.
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