Martim Berto Fuchs
Tomei
conhecimento dias atrás do site ”Instituto
Ludwig Von Mises Brasil”, e por conhecer por alto a defesa que fazem do
equilíbrio fiscal nas contas públicas, defesa que também faço, por
indispensável, fui ler o artigo postado naquele dia – “Como a tributação sobre
a renda e o lucro afeta os empreendimentos e os investimentos produtivos” - e fiz
um comentário, que foi rebatido; fiz a réplica, e esta não foi contestada.
Quatro
dias depois postaram o artigo “Os
economistas austríacos contra o mainstream econômico no Brasil de Temer” e fiz
o seguinte comentário:
“1.Não encontrei artigo ou livro que
descreva como deveria ser o sistema político eleitoral, democrático, ou então
autoritário, para que as pessoas que chegassem ao governo, imbuídas com as
teorias econômicas da escola austríaca, as implementassem.
2.Uma vez no poder, qual seria a
estrutura deste governo, ou dos três poderes, não apenas à nível federal, mas
também estadual e municipal.
Não estou pedindo que descrevam
aqui, neste espaço para comentários, apenas que indiquem onde consigo tomar
conhecimento das propostas existentes neste sentido, pois acredito que já devem
estar explicitadas.”
A
primeira resposta a este meu comentário me deixou intrigado: “Por que a tara
com o voto da maioria ?”
“Redrado 24/05/2016 18:57:09
Por que a tara com o
voto da maioria?
Há vários arranjos políticos que não implicam democracia ou voto da maioria: República Constitucionalista, Ordem Natural formada pelas Elites Naturais, Monarquia, secessão e formação de mini-estados etc.
Se quer realmente entender, pode começar com este este livreto:” (seguem diversos links)
Há vários arranjos políticos que não implicam democracia ou voto da maioria: República Constitucionalista, Ordem Natural formada pelas Elites Naturais, Monarquia, secessão e formação de mini-estados etc.
Se quer realmente entender, pode começar com este este livreto:” (seguem diversos links)
Fui ler
e comecei entender o que o Sr. Redrado quis dizer com “Por que a tara com o voto da maioria ?”. Confesso que fiquei
perplexo com o que passei a ler, para não dizer assustado.
Os
defensores da Escola Austríaca de Economia não condenam apenas a democracia,
mas condenam também a existência do Estado democrático. Um dos mestres da EAE,
Hans-Hemann Hoppe, dá a seguinte explicação:
Em uma democracia, a
entrada no aparato governamental é livre. Qualquer um pode se tornar
presidente, primeiro-ministro, senador, deputado, prefeito, vereador etc.”
À partir desta premissa, falsa digo eu, ele desenvolve toda uma
teoria justificando a supressão do Estado democrático. Saudoso Joelmir Betting
tinha uma expressão que bem se aplica ao caso: “Matar a vaca para acabar com o carrapato.”
Afirmo que é uma premissa falsa, porque a entrada no aparato
governamental via eleições NÃO é livre, sendo justamente este um dos principais
pontos abordados na minha proposta de Capitalismo Social.
Em função da intermediação dos partidos políticos no sistema
eleitoral, a entrada somente é livre para o cargo de vereador, mas no sentido de que se uma determinada pessoa fora das
pré-escolhidas pelos donos do partido deseja
ser candidata, terá que mostrar alguma qualificação para a disputa, tais como:
1.bastante dinheiro para bancar toda sua campanha e melhor ainda
se ajudar na de outro candidato indicado pelo partido,
2.ser bem popular, pelo menos no bairro, o que dispensaria pagar
toda despesa da campanha.
3.não indispensável, mas oportuno, ter ficha limpa, pois poderia
ser mostrado como troféu na nominata apresentada ao eleitores.
Ainda assim, o candidato a vereador que se eleger, sendo ele um
dos candidatos do “bem”, será logo informado das condições que ali vigoram, às
quais ele terá que se amoldar, caso contrário será cozinhado em banho maria durante
todo mandato e sem chances de nem sequer ter legenda para tentar a reeleição.
A desfaçatez dos donos dos partidos chegou quase ao ápice com o
Voto em Lista; digo quase porque eles podem sempre fazer novas propostas indecorosas.
Acima de vereador, para Prefeito
ou Deputado Estadual, já depende
exclusivamente de quem os donos dos partidos políticos escolherem e imporem
como candidato, e como sabemos, eles escolhem quase que exclusivamente aqueles
com prontuário em lugar de currículo, ou, aqueles que aceitam as condições
pré-estabelecidas, obviamente não constantes no programa do partido, mas
impostas ao candidato caso vença as eleições.
Ora, antes de se pensar em acabar com o Estado democrático, proposta
da EAE, acabe-se definitivamente com os partidos políticos, que dominam o
Estado desde o fim da Revolução Francesa, e a escolha dos candidatos que passe a
ser dos eleitores, e ainda assim depois que os pretendentes passarem por uma
Prova de Qualificação aplicada pela Justiça Eleitoral. Isto na minha visão,
desde 1975, quando comecei desenvolver este projeto e cunhei o termo
Capitalismo Social.
Mas vamos adiante para que eu possa mostrar o que me assustou
nas poucas leituras (continuarei lendo) que já fiz sobre a proposta da EAE.
Em outro comentário que fiz em dito artigo:
“Até
agora só li (vou continuar lendo) uma extensa filosofia contrária ao Estado
democrático, N opções, mas sem apontar UMA opção prática e viável para o mundo
em que vivemos e o Brasil em particular.
De blá, blá, blá, já basta o dos
socialistas, na sua ideologia de sustentar parasitas com o dinheiro dos
outros.”
Recebi
esta resposta:
“Gladstone 24/05/2016 22:17:45
"sustentar
parasitas com o dinheiro dos outros"
Isso é o que VOCÊ defende com o seu "capitalismo social", que, segundo vc mesmo, significa "Repartir igualmente o lucro de uma empresa entre capital (acionistas) e trabalho (seus funcionários)"
Isso sim é defender o sustento de parasitas com o dinheiro dos outros.
"Repartir igualmente lucro" entre capitalista e funcionários nada mais é que
Isso é o que VOCÊ defende com o seu "capitalismo social", que, segundo vc mesmo, significa "Repartir igualmente o lucro de uma empresa entre capital (acionistas) e trabalho (seus funcionários)"
Isso sim é defender o sustento de parasitas com o dinheiro dos outros.
"Repartir igualmente lucro" entre capitalista e funcionários nada mais é que
defender o sustento de
parasitas com o dinheiro dos outros.”
A resposta que dei ao
Sr. Gladstone foi censurada pelo
site:
“Creio que nem o pessoal da Klu Klux Klan me daria
uma resposta tão estúpida como a sua. Não merece nem consideração.”
Na
verdade, o sr. Gladstone deve estar satisfeitíssimo com a situação atual no
Brasil, pois 11 milhões de “parasitas” já deixaram de ser sustentados
pelos empresários da iniciativa privada, donos do capital (acionistas). Deve
estar feliz.
Minhas respostas foram censuradas, mas não os novos comentários
por parte dos defensores da EAE:
Jorgette 24/05/2016 19:42:28
Andre 24/05/2016 23:20:19.
Por último, comentou Berry 25/05/2016
13:21:28, a quem obviamente não mais respondi.
Voltando as leituras que me foram
indicadas pelo Sr. Redrado, destaco mais uma, que nas palavras dele:
“Ou então pode ficar com este artigo, que é o mais moderado,
porém mais completo de todos:”
É um plano para 48 meses, mês a mês, todo um mandato, onde o
autor propõe o que fazer à cada mês. Reproduzo abaixo apenas as propostas para
o 2º mês. Leiam todas se acharem por bem e tirem suas conclusões. Boa leitura.
“Um plano de governo
para o próximo presidente brasileiro”
por Leandro Roque, quarta-feira, 13 de maio de 2009 (editor e tradutor do site)
por Leandro Roque, quarta-feira, 13 de maio de 2009 (editor e tradutor do site)
“Mês Dois: Sob essa nova lei, assassinos são mortos,
estupradores são castrados e seqüestradores são confinados perpetuamente em
jaulas a céu aberto, alimentado-se de bananas (ou de qualquer outro alimento
mais barato) e bebendo água de chuva. Ladrões são submetidos a trabalhos
forçados até que produzam algo de valor igual ao que roubaram de suas vítimas,
restituindo-as. Desta forma, ladrões de galinha têm uma pena muito mais
leve que a de criminosos do colarinho branco. Políticos tornam-se a
maioria dos condenados, vários delas com penas humanamente impagáveis.
Prostitutas estão livres para exercer sua atividade empreendedorial e os
traficantes que comprovadamente não estiverem envolvidos em nenhum dos crimes
listados acima também estão livres para comercializar seus produtos. As
penitenciárias federais, nada mais do que hotéis caros e ineficientes, e
habitadas por burocratas bem pagos e desocupados,
ganham o mesmo destino de Alcatraz.”
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