Martim Berto Fuchs
Petrobras,
a mais forte delas, tem sofrido um assalto constante por parte dos partidos
políticos. Não começou com a quadrilha do PT, cujo capo, Lula, em seu primeiro
mandato, depois de José Eduardo Dutra, encarregou José Sergio Gabrielli de
Azevedo de dirigir a “Financeira Particular dos Partidos”. Gabrielli também foi
o dirigente que mais tempo durou no cargo. Não por acaso, foi sob seu reinado
que aconteceu o maior rombo nas contas da “Financeira”. Também como seu chefe
Lula, não sabia de nada. Aliás, uma constante em toda diretoria da mesma:
Conselho
Fiscal, Conselho de Administração, Secretaria-Geral da Petrobras, Ouvidoria
Geral, Auditoria Interna, Presidência – Diretorias, Gabinete da Presidência, Estratégia
e Organização, Comunicação e Marcas,
Jurídico,
Inteligência e Segurança Corporativa
E ... ninguém
sabe de nada. Patético.
Sugadas
sem dó nem piedade por todos partidos políticos, as empresas dois em um, um
trabalha e dois olham, também conhecidas por estatais, de solução foram
transformadas em problema.
Iniciadas
na era Vargas para finalmente desenvolver o país, país que na mão dos liberais
(1889-1930) caminhava rumo ao futuro à passos de tartaruga, foram se
multiplicando, e mais rapidamente sob Geisel.
Shigeaki
Ueki, Ministro das Minas e Energia no governo Geisel, passou a presidente da
estatal no governo Figueiredo (também indicado por Geisel). Ao todo, foram 10
anos em torno da mesma, até que foi cuidar dos seus próprios poços de petróleo
nos EUA.
Joel
Mendes Rennó, outro que presidiu a “Financeira”, indicado que foi por Itamar
Franco e mantido por FHC, notabilizou-se não por sua gestão, mas sim por
processar Paulo Francis que acusava os diretores da Petrobras de manterem
contas particulares na Suíça no valor de US$ 50 milhões.
A
petroleira deve R$ 500 bilhões, não sabe como pagar, e está sujeita à ser
processada nos EUA à pagar mais um tanto, pelos prejuízos causados aos
investidores americanos. Quem terá que arcar com esse descalabro todo ? Já
adivinhou ? Claro, nós, povão, otários sempre à disposição.
Isto que
por enquanto falamos apenas da Petrobras, pois nas outras empresas dois em um,
as investigações estão no início. O rombo causado pelo nosso sistema político,
que permitiu a entrega da “administração” das mesmas aos partidos, se faz
sentir em todas elas.
Os
defensores das empresas dois em um apontam uma série de vantagens para o país
em mantê-las, mas ignoram deliberadamente os prejuízos das mesmas, sempre
cobertos através de impostos extorquidos da sociedade. Deixadas à sua própria
sorte, estariam TODAS fechadas, ou, vendidas para investidores estrangeiros,
ou, simplesmente repassadas para os amigos do Rei/Presidente de plantão.
Assim
como aconteceu na CSN-Companhia Siderúrgica Nacional, que ao ser repassada das
mãos dos donos dos partidos políticos que a manipulavam, para particulares,
bancos e fundos de pensão das próprias estatais, teve o número de pessoas na
folha de pagamento diminuído de 21.000 para 8.500, e passando de prejuízos
anuais da ordem de R$ 500 milhões, que todos nós cobríamos, para lucro em torno
de R$ bilhão, onde o governo recebe 250 em vez de desembolsar 500.
Mas,
assim como dos governos militares a esquerda orquestrada, de tanto gritar
deixou registrado na mente das pessoas apenas os maus tratos aos “presos
políticos” (ou seriam terroristas e ladrões de bancos ?), também no que se
refere às empresas dois em um, incutiram, isto desde sua criação, que
capitalismo de estado é indispensável para o desenvolvimento do país. E, se as
estatais vão à falência, a culpa sempre é dos outros, preferencialmente dos
americanos.
Interessantemente,
poucos se detém na realidade que o principal culpado é o sistema político que
permitiu a entrega de TODAS estatais nas mãos dos partidos. Qualquer provocação
para o debate deste fato, é violentamente repudiado pelos partidos de esquerda,
que não por acaso tem nas mesmas o emprego sem trabalho para todos seus
filiados e apoiadores.
Somam-se
a esses mamadores da esquerda, os nacionalistas ortodoxos, que confundem a
defesa dos interesses da pátria, inestimáveis, com a manutenção desses feudos
políticos. Por que insistem nisso e recusam as estatísticas ?
Registre-se
à bem da verdade, que os donos dos partidos ditos liberais, ao mesmo tempo que bradam
pelo Estado mínimo, penduram sempre que possível, descaradamente, sua grande
família (cabos eleitorais, parentes, amantes e amigo(a)s) nas folhas de
pagamento das mesmas.
Em
Capitalismo Social defendo a obrigatoriedade para que todas empresas sediadas no
Brasil estejam sujeitas as mesmas regras, o que
inclui empresas estrangeiras e estatais.
Este é o
novo paradigma para desenvolvimento sustentado, aí incluído o FIPS, que não igualará
todos na pobreza (comunismo/socialismo/bolivarianismo, realidade comprovada)
nem todos na classe média (utopia do bem-estar-social que também não se
realizou), mas diminuirá a fenomenal distância entre ricos e pobres, que vem crescendo
ano a ano, e agregará à uma vida digna, milhões de pessoas que também se
tornarão consumidores, aumentando o círculo produção/consumo.
Não há
mais como manter partidos políticos com seus programas partidários comprados em
livrarias e supermercados e seguindo orientação de hábeis marketeiros, enquanto
seus donos assaltam impunemente os cofres do Tesouro Nacional.
Da
imoralidade do empreguismo, passa-se ao assalto puro e simples, no conluio
criminoso entre os três podres poderes, tudo orquestrado pelos donos dos
partidos e seus asseclas, os eleitos e os financiadores dessa farsa de eleição.
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