TôNoCosmos
“O
dinheiro do Mensalão não é nada, se comparado com o dinheiro do contrabando do
Nióbio. O ministro José Dirceu estava negociando com bancos uma mina de nióbio
da Amazônia”, disse Marcos Valério.
Você
já ouviu falar do Nióbio? Sabia que o Brasil é o país mais rico do mundo neste
elemento? Que ele vale MUITO dinheiro? Provavelmente você não sabe, mas por
quê?
Descoberto
em 1801 pelo inglês Charles Hatchett, o Nióbio, o mais leve dos metais
refratários, é utilizado principalmente em ligas ferrosas (tão poderoso que é utilizado na escala de 100 gramas para cada tonelada
de ferro), criando aços bastante resistentes que são utilizadas em tubos de
gasodutos, motores de aeroplanos, propulsão de foguetes e em outros chamados
supercondutores, além de soldagem, indústria nuclear, eletrônica, lentes
óticas, tomógrafos, etc. Com 99% das reservas do mundo e mais de 90% da
comercialização mundial, o Brasil explora muito pouco, perto da capacidade
disponível.
O
nióbio é o elemento metálico de mais baixa concentração na crosta terrestre,
sendo encontrado na natureza a uma proporção de 24 partes por milhão. Cada
vez mais essencial à tecnologia atual por ser altamente resistente às altas
temperaturas e à corrosão, o Nióbio, número 41 na tabela periódica, é alvo de
muitas polêmicas.
Em
relatos vazados pelo Wikileaks, por exemplo, o governo americano caracteriza o
Nióbio como um recurso estratégico e imprescindível aos planos americanos. Além
disso, outros países e consultorias especializadas incluem o metal na lista de
elementos em situação crítica ou ameaçada. Veja a reportagem abordando o
vazamento do Wikileaks, como nos mostra o site Oficial
da Net.
Com
bilhões de toneladas já confirmadas do minério em solo brasileiro e
centenas de anos de extração (somente em uma das minas), caso mantenha-se a
extração atual, o país exporta cerca de 70 mil toneladas por ano.
Mas
por que tão pouco? Para elevar o preço? Não, pois segundo alguns, estamos
vendendo uma das maiores riquezas brasileiras à preço de banana, gerando
variados apontamentos de fraude.
Um
dos maiores críticos, e talvez o único, tenha sido o deputado federal e
candidato à presidência, Enéas Carneiro, que afirmava que só a riqueza de
Nióbio enterrada no solo brasileiro seria maior que nosso pib atual. Algo
parecido com isto que era pregado pelo deputado foi o caso do manganês do
Amapá, que acabou após incessante extração e agora só resta os buracos abertos
pela mineradora como recordação. A multinacional e o “Defense Materials
Procurement Agency”, do Ministério da Defesa dos Estados Unidos da América, é
que podem dizer para onde foi o mineral. Na época o então Deputado Enéas
Carneiro falou sobre o assunto.
Dr.
Enéas Carneiro, afirma que poderíamos ter uma moeda oriunda do Nióbio, o qual é
essencial para os aviões supersônicos.
Mas
o descaso parece ser somente do governo brasileiro, os chineses, por exemplo,
estão antenados no assunto. Prova disso é possível compra de uma extensa área
florestal em Rondônia. O interesse levou até mesmo o embaixador chinês no
Brasil, Qiuiu Xiaoqi, e sua esposa a visitarem a região. O motivo não foi explicitado
por nenhuma das partes, mas o Nióbio é a principal, e provável, causa, já que
reservas enormes estão no subsolo. Lembrando que a China não tem produção de
Nióbio e importa 100% do que sua imensa indústria de aço consome. Apenas para
complementar: o Japão e a União Europeia também importam 100% do que consomem
do material e os Estados Unidos, 80%.
Frente
a este panorama, não é impossível que os chineses adquiram a área (que está
disponível para a venda a qualquer um), explorem o recurso e levem o Nióbio
brasileiro para fora. Lembremos que o mesmo ocorreu há cerca de 1 século, com o
ciclo da borracha na Amazônia, no qual o Brasil detinha um elemento vital para
a indústria da época, e, por não saber administrar, perdeu uma rara
oportunidade de transformar a riqueza natural do país em desenvolvimento,
educação, saúde, qualidade de vida, etc. Vale ressaltar que perto do local que
foi sondado pelos chineses está a maior reserva de Nióbio do mundo (e pasme, os
estudos ainda não
estão
concluídos, podendo, portanto, ser ainda maiores).
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