Walter Navarro
Eu ainda nunca fui ao Egito, mas sou alucinado por uma
boa múmia. Múmia de Boris Karloff, de Tom Cruise não.
E ouro, muito ouro!
Meu sonho é profanar tumbas e pirâmides, qual um Indiana
Jones ou Howard Carter, de preferência, sem a maldição das diletas múmias.
Se não der, contentar-me-ei com um vulgar chá nos arrabaldes do Cairo, numa Viela de Midaq; no Beco do Pilão, no Karnak Café, na Taverna do Gato Negro; de preferência com Rhadopis, a Cortesã…
Cairo! Lindo nome, até em francês: “Le Caire”.
Se não der, contentar-me-ei com um vulgar chá nos arrabaldes do Cairo, numa Viela de Midaq; no Beco do Pilão, no Karnak Café, na Taverna do Gato Negro; de preferência com Rhadopis, a Cortesã…
Cairo! Lindo nome, até em francês: “Le Caire”.
Na esteira, também possuo severo apreço pelo delta do rio
Nilo, no Baixo Egito e o delta do rio Mekong, no Vietnã.
Muito mais interessantes que o delta do Parnaíba,
concordam? Eu escrevi Parnaíba e não Paraíba, talkey?
Uma coisa é certa, delta, em mineralogia óptica, com D, é
utilizada para simbolizar a birrefringência máxima de um cristal.
Estou nestes devaneios porque quando bebo nove litros de
tequila, com Fanta Uva e escorpião, baixa a Dilma em mim e não consigo
pronunciar o nome Deltan Dallagnol…
Misturo o rio Nilo com Nilo Peçanha, com Delta Air Lines,
com a quarta letra do alfabeto grego; confundo com Dalton, daltônico, Detran,
Danton e Selton Mello.
Já Dallagnol vira guinhol, rouxinol com anzol e minhoca.
Na qualidade de advogado do diabolsonaro, Sérgio Moro e Paulo
Guedes, hoje, quero tratar do arcanjo Deltan Dallagnol, antes que os visigodos,
ostrogodos e a tequila me peguem na esquina.
Deltan está no, digamos, segundo escalão. Logo, é mais
frágil que Bolsonaro, Moro e Guedes.
Logo, merece mais cuidado, proteção e apoio.
Mesmo porque, é no segundo e terceiro escalões que o
ventre da besta, da jararaca, está fértil.
No escalões inferiores os espiões, os dissimulados, os
alliens invasores de corpos ainda proliferam. Lá, como diz o Paulo Guedes,
ainda estão sugando, ainda vivem as ardilosas Criaturas do Pântano.
É lá que devemos aspergir o formicida sem guaraná.
Pelo que leio, há um movimento soturno, tenebrosas
transações para tirar Deltan Dallagnol do jogo de cartas marcadas. Forças
terríveis e nada ocultas.
Conspiram contra a trinca supracitada, Bolsonaro e seus
ministros. Claro, deram com seus semelhantes, os burros, n’água. Agora, o
desespero quer os tubarões menores. Mas não passarão!
Não tem hacker de Araraquara nem da Tasmânia que vai
mexer com meu grande timoneiro, Detran Dallagnol.
E no STF? Basta ver quem quer a cabeça do Reserva Moral
da Lava Jato para juntarmo-nos ao cabo, dois soldados e o Jeep.
E ninguém precisa de grandes estudos para ver o óbvio. Se
os petistas o odeiam, Deltan é meu amigo de fé e de infância, meu irmão
camarada. Companheiro não, porque meu pai entrou na igreja de gravata e não de
coleira!
Pela ótica lombrosiana, o cara já é simpatia, sangue bom
e gente fina.
E é melhor eu parar por aqui, porque se um procurador da
República, amigo do Homem, está correndo riscos estratosféricos, o que dizer de
um cidadáo comum, bonitinho e ordinário como eu.
Tom Jobim, em seu último disco, “Antônio Brasileiro”
(1994) tem uma linda música chamada “Pato Preto”. Deltan, desavisado, pode
acabar preso por Gilmar Mendes, pelo crime de racismo, apenas porque nasceu em
Pato Branco (PR)…
PS: Até pouco tempo, o Paraná era um estado sem muita
expressão, um tipo de Espírito Santo ou Acre do Sul. Hoje é a terra de Curitiba
& Al Capone, Deltan & Moro.
o Boletim
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