Martim Berto Fuchs
O Senado tem um representante nos 14 membros. É
justamente ele que está forçando a barra para afastar Deltan Dallagnol. O Alcolumbre pode
pressionar, mas não pode se expor, e não tem a força que o Renan tinha.
14 pessoas compõem o Conselho Nacional do Ministério Público.
- 1 Procurador-Geral da República, que o preside;
- 4 membros do Ministério Público da União, assegurada a
representação de cada uma de suas carreiras;
- 3 membros do Ministério Público dos Estados;
- 2 juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e
outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB-Ordem
dos Advogados do Brasil;
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
27/06/19
1.- Conselho do MP arquiva representação contra
procuradores da Lava Jato.
Corregedor nacional do Ministério Público, Orlando
Rochadel Moreira conclui que “veracidade dos elementos de prova não pode ser
comprovada, além de não ser possível verificar adulterações” em diálogos
atribuídos a Deltan Dallagnol, seus colegas e ao ex-juiz Sérgio Moro.
13/08/19.
2.- Conselho Nacional do MP desarquiva reclamação
contra Deltan e nega recurso de procurador contra processo.
O pedido para o caso ser desarquivado foi apresentado na
sessão desta terça-feira pelos conselheiros Leonardo Accioly da Silva e Erick
Venâncio Lima do Nascimento, que são representantes da OAB no colegiado.
3.- Em outro caso, o conselho também negou um recurso
apresentado por Deltan Dallagnol, contra a abertura de um processo
administrativo disciplinar.
Esse segundo episódio diz respeito às declarações de
Deltan à rádio CBN, em que ele sugeriu que o Supremo Tribunal Federal
(STF) passa a imagem de leniência a favor da corrupção. Com a
negação do recurso, o processo seguirá tramitando normalmente no órgão.
4.- Em uma terceira decisão envolvendo Deltan, o CNMP
também decidiu adiar a análise de um outro caso, movido pelo senador Renan
Calheiros (MDB-AL), se refere a críticas disparadas por Deltan ao longo da
campanha eleitoral do ano passado. O conselheiro Luiz Fernando Bandeira – indicado
pelo Senado - criticou a lentidão do conselho em analisar os processos de
Deltan.
Conclusão:
Tudo isto por quê ? Porque Dallagnol está cotado para ser
o novo PGR e vai desengavetar os processos contra os poderosos, inclusive os do
STF e outros Tribunais, sem contar Câmara, Senado, e pessoas que não são da
esfera política.
Esconder, engavetar, postergar, ficará então à cargo
unicamente do STF e do Presidente do Senado e da Câmara. Nas gavetas da PGR,
processos dos poderosos não irão mais mofar.
Isto, os que mandam no Brasil não podem permitir, e
portanto, tem que afastar Deltan Dallagnol deste futuro cargo. Melhor ainda se
conseguirem afastá-lo também da Lava-Jato.
Na Itália, em operação similar, desencadeada por
Procuradores e juiz - Operação Mãos-Limpas -, eles resolveram a questão assassinando
Procurador e Juíz. Com isto, lá tudo voltou ao normal, e os corruptos ficaram
livres para prosseguir na senda do crime. Que o diga Berlusconi.
Bolsonaro sabia e sabe que não será fácil. Precisa do
apoio da população que quer um novo Brasil para si, para seus filhos e netos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário