Sérgio Alves de Oliveira
Hoje se observa com clareza solar o descomunal esforço
feito pela esquerda para transformar o Brasil no “tubo de
ensaio” do renascimento da experiência
socialista/comunista, mesmo após o seu “nocaute” - com a queda do
Muro de Berlim e a extinção da União das Repúblicas Socialistas da União
Soviética - URSS, respectivamente, em 1989 e 1991 - na versão concebida
pelo filósofo marxista, membro fundador e ex-Secretário Geral do Partido
Comunista da Itália, Antonio Gramsci.
Sabidamente a doutrina de Gramsci tinha como método a
implantação do comunismo pela via pacífica, descartado qualquer método
violento, mais ou menos nos moldes antes defendidos pela corrente
revolucionária russa “menchevique”, em contraposição à
“bolchevique, liderada por Lenin, que ao final venceu com muito sangue
derramado a Revolução Russa de outubro de
1917, derrubando o regime dos “Czares”.
Gramsci queria chegar ao socialismo, pacificamente,
criando assim o clima necessário para implantação definitiva do comunismo, ou
marxismo, com alguns “temperos” de sua autoria, em relação à doutrina original
de Marx.
Mas em toda a marcha da civilização jamais havia surgido
no mundo uma população tão bem “moldada” para receber um programa socialista “experimental”, testando na própria carne a doutrina do
pensador italiano, o gramscismo. O Brasil da segunda metade do Séc. XX tinha o
perfil ideal para que se implementasse essa experiência.
É claro que os grandes pensadores socialistas não iriam
tomar a frente dos trabalhos para convencer o povo brasileiro das
“maravilhas” do socialismo.
Os líderes gramscistas vislumbraram esse “palco” ideal no
Brasil. E não perderam tempo. Começaram a selecionar dentre os trabalhadores semianalfabetos os que já tinham se infiltrado na política -
e que nem possuía as condições intelectuais necessárias para saber ao certo o
que significava essa “doutrina”- para que promovessem no Brasil os interesses
da esquerda. E foi justamente essa a “identificação” que os
trabalhadores/candidatos tiveram com a maioria do povo brasileiro, e que propiciou
a sua ascensão rápida na política, através do voto, especialmente de 2002
para a frente.
Esses trabalhadores ”novatos” na política partidária,
geralmente saídos dos sindicatos, apesar da íntima “aversão” que tinham ao
trabalho propriamente dito, souberam como ninguém fazer “política” e
ascender aos cargos eletivos nos Poderes Executivo e Legislativo.
Elegeram-se, com facilidade, vereadores, prefeitos, deputados estaduais e
federais, senadores, governadores e até presidentes da república, com Lula e
Dilma.
Mas essa experiência do comando político da esquerda, do
gramscismo, no Brasil ,deu pífios resultados. Foi um verdadeiro desastre. Nesse
nefasto período em que a esquerda passou a participar da política, mandando,
parcialmente, de 1985 a 2002, e quase totalmente a partir daí,após a
posse de Lula, nunca se roubou tanto do
erário.
Muitos garantem que o “roubo” nesse período teria sido em
torno de 10 trilhões de reais, equivalente a cerca 1,5 do PIB
Brasileiro. Essa gigantesca quantia foi estimada pelo Juiz e hoje Ministro da
Justiça, Sérgio Moro.
Pois bem, durante todo esse período da roubalheira
generalizada, tudo passou em “brancas nuvens” pela mídia. Embora sempre
“atenta” a todos acontecimentos, para a roubalheira petista que praticamente
“quebrou” o país, ela nada viu, ouviu, falou ou escreveu. Seu silêncio foi
“sepulcral”.
Onde estava essa mídia durante toda a roubalheira do PT
“et caterva”? Só tem uma resposta: quietinha, comprada e faturando muito alto!!!
Mais parece que nos poucos meses da Gestão Bolsonaro a
mídia ficou “doente”. Não sei se foi doença “mental”, ou “moral”.
Mas tudo leva a crer que foi doença “moral”. Essa mídia começou
a enxergar “miragens”. Mas foram “miragens” diferentes. Não se restringiram a
ver malfeitos na política que não mais ocorriam desde 1.01.19. Foi uma
“miragem” estapafúrdia. Que trouxe acontecimentos do passado como se estivessem
acontecendo no presente. Lançou na conta de Bolsonaro o que era devido pelo PT,
e que teve a sua cobertura midiática.
Resumidamente, o relativo sucesso do
gramscismo no Brasil se deve ao atingimento dos seus objetivos de tomada do
poder político, iniciando pela ocupação dos principais espaços da mídia/meios
de comunicação, do comando nas Escolas e Universidades, da infiltração na
própria Igreja, onde logrou êxito na “doutrinação” de uma infinidade de
religiosos, e na ocupação dos cargos mais relevantes da Política, da
Administração Pública e do próprio Judiciário, onde conseguiu colocar uma
grande quantidade de “filhotes” do gramscismo, inclusive como
juízes, desembargadores, e ministros de tribunais superiores. Não escaparam nem
as Forças Armadas da sua infiltração. Nesse ponto, “Nota 10” ao gramscismo.
Deu para entender as razões do silêncio da
mídia e das diversas autoridades públicas durante os longos anos da
roubalheira do PT ? E por que alguns resolveram “acordar” somente após o
surgimento do escândalo do “mensalão”, dos anos 2005 e 2006?
Mas surpreendentemente essa mídia, antes mancomunada com
o PT, resolveu romper com o seu silêncio. Mas “rompeu” no momento
totalmente errado. Agiu como se estivesse com a “faísca atrasada”. Acordou só
depois de muito tempo em que deveria ter visto e denunciado o que se
passava de irregular na política, da roubalheira que acontecia.
Só “acordou” no Governo Bolsonaro,que tomou
posse em 1º de janeiro de 2019, fazendo um enorme esforço para criar
irregularidades que não existem,fictícias. Como explicado antes ,foi pura
“miragem”.
Mas esse fenômeno lamentavelmente não foi “privativo” da
mídia. Ele aconteceu também nos de cargos preenchidos por concurso público, com
“estabilidade”, dentre eles os servidores públicos, e alguns
“agentes políticos” concursados (juízes,por exemplo).
Hoje qualquer concursado com estabilidade se acha no
direito de transformar o país na “Casa-da- Mãe-Joana”, onde todo mundo
manda e ninguém manda, ao mesmo tempo. Uns “metem o bedelho” onde
não deveriam, nem poderiam, inclusive invadindo competências da
alçada exclusiva do Presidente da República.
Qualquer juiz da Comarca de “Cacimbinhas”, por exemplo,
se acha no direito de ditar normas administrativas de repercussão NACIONAL para
o Presidente da República cumprir. Como poderá funcionar um Governo se ele
depender da “cabeça” individual de cada um dos milhares de juízes espalhados
por todos os cantos do país?
Esse é verdadeiramente o típico reduto da
“Casa-da-Mãe-Joana”. Como conceber, por exemplo, que um só juiz possa
“determinar” políticas nacionais sobre radares em rodovias ou sobre verbas a
serem distribuídas pelo Ministério da Educação para as Universidades?
Alerta Total
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