domingo, 15 de março de 2015

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” - Chico Xavier.

por Martim Berto Fuchs

O momento que o Brasil passa é importante para reflexão. Há doze anos um partido político assumiu o Poder com a retórica em favor dos pobres, da moral e da ética. Fracassaram nos três quesitos.

1.   Não se acaba com a pobreza dando esmolas (bolsas)  indefinidamente. O primeiro quesito para isto é a educação, e educação sem ódio, sem preconceitos de classe.

2.   Da moral deles, nem cabe falar.

3.   De ética, esse partido não tem noção.

O que ficou patente nestes anos todos, é a falência definitiva da proposta marxista, que nem foi aceita como doutrina, nem como ideologia e sim como dogma.

O que sobrou do marxismo foi o alerta para a injustiça social, digamos que como um diagnóstico do que ocorria. Mesmo assim, os fatos foram ocultados, pois não foi o capital que criou a injustiça, pois ela já havia no feudalismo e antes dele.

A exploração do homem pelo homem já era uma mancha antiga, que apenas foi continuada pelo industrialismo nascente. O explorado, apenas trocou de explorador.

Em cima desse diagnóstico distorcido, Marx propôs, e é nisto que se baseava sua proposta:

1 - a troca dos senhores feudais pelo Estado, ou seja, em vez de Duques, Condes, Barões, etc., o Estado assumiria as propriedades, na época predominantemente agrícolas, e trataria os empregados com igualdade, principalmente na paga pelo serviço. Obviamente, em lugar dos “nobres” e Deus, eles seriam os novos e justos senhores.

2 – onde as indústrias incipientes já estariam se desenvolvendo, os ex-agricultores sem terra ou afastados das propriedades agrícolas por não mais comportarem o excesso de pessoas, seriam protegidos pelos novos senhores, os justos senhores, a vanguarda do proletariado como eles passaram à se nominar, dando vida digna para os agora proletários.

O diagnóstico estava correto e não era nenhuma novidade. A receita é que foi um desastre !

Agora, em pleno século XXI, “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

Capitalismo, no início chamado de liberalismo, ou marxismo agora tratado como socialismo, são propostas que passaram e não atenderam as demandas da sociedade, principalmente aqueles à quem a educação não preparou para o embate, embate este que não precisa ser tratado como guerra de extermínio dos contrários (comunismo), ou, de serem deixados pelo caminho à sua própria sorte (capitalismo).

Lastimável ainda é ver as religiões, as três principais, presas aos seus dogmas – construídos como um monobloco, que se mudar uma parte desmorona o todo – recusando-se a estudar e debater abertamente a doutrina espírita, o espiritualismo, que melhor explica essas desigualdades.

Incrível é observar que a ciência vai chegar lá - reencarnação - antes que as religiões, que é o seu mister, a aceitem como realidade.

Capitalismo Social é um projeto amplo neste sentido, trabalho + espiritualidade + capital, mas é acima de tudo uma proposta aberta para debate, neste momento delicado da vida nacional.

Em Capitalismo Social não se esperará a acumulação da riqueza para depois brigar pela sua repartição. Isto nunca funcionou. 
O resultado do trabalho tem que ser repartido na origem: metade para o trabalho e metade para o capital. Um não prospera sem o outro.

Aí entra o conhecimento da realidade espírita, da reencarnação.




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