Martim
Berto Fuchs
O ano de
2020 está praticamente perdido. Se o Governo conseguir um crescimento do PIB de
0,1%, já será uma vitória.
De um
lado ele tem o vírus chinês e de outro o boicote das forças que há muito dominam
o país. Tanto o Congresso, na sua grande maioria, como o STF, na sua apertada
maioria, agem em função da cultura enraizada nas nossas elites, quando vomitam
democracia para o povo, mas agem na mais deslavada cleptocracia.
Tenho
defendido, em função do exposto, que o Presidente invoque o Art.º 142, e, com o
apoio da maioria da população e das FFAA, brinde o país com uma nova
Constituição, através de Atos Institucionais.
Uma
duvida, porém, me assalta, quando defendo esta postura por parte do Presidente:
é que se dê ouvidos para os que clamam pela volta do AI-5.
AI-5
1.No
período dos Governos militares – 1964 à 1985 - foram instituídos 17 Atos. O de
nº 5 foi o mais duro, pois visava dar poderes ao Governo para enfrentar a guerrilha
promovida pelos comunistas para derrubá-lo.
No
entanto, é oportuno lembrar, que na década de 60 do século passado, o
comunismo, leia-se URSS, tinha realmente um projeto de dominação mundial,
impondo à revelia sua ideologia.
Daquele
projeto, restou apenas um país: Coréia do Norte.
Cuba,
com a morte e envelhecimento dos donos da ilha, estão abrandando a ditadura
comunista clássica.
Venezuela
é um exemplo que denigre a imagem de quem a defende, pois o que lá ocorre é de
uma insensatez sem paralelo.
Argentina,
com seu peronismo à moda kirschner, e comandada por uma senhora com diversos
processos na justiça por roubo e malversão do dinheiro público, caminha para a
venezuelização. Praticam um populismo barato e irresponsável. Vão afundar.
2.A luta
hoje no Brasil não é mais contra o comunismo, AI-5, que à nível mundial é
inexpressivo – China é “comunista” por conveniência, pois não passa de uma Ditadura
de ateus, crescendo a olhos vistos sob o capitalismo de mercado, que aliás, eles
passaram a defender abertamente após a eleição de Trump -, e sim contra a
corrupção.
3.Nossa
inimigo é interno, e não é o comunismo, e sim nossas elites corruptas, em
parceria obscena com uma classe política mais corrupta ainda, e pior, são estes
que indicam os membros dos nossos Tribunais Superiores, a maioria deles nitidamente
parcial.
Proponho
pois, inverter a ordem dos fatos: primeiro a nova Constituição e depois,
dependendo das circunstâncias do momento, o uso do Art.º 142, que prevê a
defesa do Estado contra ataques à ele, o quê claramente está ocorrendo no
Brasil neste ano de 2020.
Não
podemos perder o milagre acontecido, de termos eleito um Presidente honesto e
patriota, e que conhece como poucos a podridão da Câmara Federal e seus
integrantes; tanto que uma vez se candidatou a Presidência da mesma e teve
apenas 4 votos, o que demonstra o grau de perversão daquela Casa. Eles elegem
qualquer um para presidir a Casa, desde que NÃO seja honesto. Pelo contrário,
quanto mais corrupto, melhor para atender seus interesses.
Ante-projeto
O
Governo Federal tem funcionários ociosos mais do que suficiente para deslocar
uma centena deles para interagir com os eleitores, a partir de:
1.Um
ante-projeto de Constituição, elaborado através de seus Ministros, cada um na
sua área, e quem mais o Presidente convidar. Trabalhar abertamente neste ante-projeto.
2.O fato
de colocar este ante-projeto à apreciação dos eleitores para críticas e sugestões,
poderá mostrar como a sociedade pensa de como deveria ser a Carta Magna, e dará
um norte para a elaboração final.
Haverá
críticas contundentes por parte dos conhecidos cleptocratas; não mais do que
hoje já ocorre. Ou então, quem sabe, eles tentem mesmo derrubar o Presidente e
aí antecipamos a intervenção pelo ataque contra o Estado de direito.
2.Para
participar, o cidadão deverá se identificar: nome, CPF e Título de Eleitor. As
ofensas gratuitas dos estúpidos e dos anônimos, que sejam simplesmente
deletadas.
Seria
muito interessante aproveitar este ano quase que perdido, para a elaboração do
ante-projeto de uma nova Constituição. Nem vamos perder tempo falando da atual.
3.Temos
que buscar consenso para um novo Contrato Social, mas sob novo paradigma, e não
ficar insistindo na hegemonia da monarquia, ou do conservadorismo, ou do liberalismo
ou do socialismo; nem procurar agradar gregos e troianos, como se viu obrigado
o Deputado Ulisses Guimarães em 1988, e que gerou o frankenstein que conhecemos
como Constituição “Cidadã”.
Mesmo
tendo agradado aos socialistas com inúmeras cláusulas de concessão de direitos
sem os respectivos deveres, o PT e seus satélites não assinaram a Carta. Logo,
se continuam com esta postura, e é quase certo que continuam, aproveitaremos do
socialismo a única coisa útil: a intenção, pois da prática nada serve, comprovadamente.
A URSS comunista não mais existe e a China abraçou o capitalismo.
O
Presidente deve tentar a modificação do nosso estado de dependência, da nossa
subserviência às forças do atraso, utilizando a força do direito. Se não
permitirem, que seja pelo direito da força. O que não podemos aceitar é que boicotem o Governo durante os 4 anos, e fica tudo por isto mesmo.
C/cópia
para Senador Flávio Bolsonaro, Deputado Federal Eduardo Bolsonaro e Vereador
Carlos Bolsonaro.
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