Martim Berto Fuchs
“...o alto gasto com funcionalismo público no Brasil não
decorre exatamente de um excessivo número de funcionários público, mas sim do
elevado custo (altos salários) deles.”
Errado. Decorre sim. Temos 5.700 Prefeituras com excesso
de pessoal; 27 estados com excesso de pessoal, e a União com excesso de
pessoal.
São poucos os setores onde faltam funcionários. Na
polícia civil, falta. Em SC, para 297 municípios, temos apenas 3.600 policiais
civis. Mas se você for analisar o número de pessoas encostadas nas folhas de
pagamento do estado, é impressionante. Eles simplesmente não tem o que fazer.
Por mais burocracia que inventem, ainda assim as pessoas, em grande parte, estão
ociosas.
Também faltam médicos. Ou seja, onde precisa realmente de qualificação e tem que trabalhar, faltam funcionários. Do contrário, sobram, e sobram muitos. Apenas alguns exemplos:
STF + STJ = 5.000 “funcionários”.
Senado = 13.000 “funcionários”.
Câmara = 18.000 “funcionários”.
INPI (2015) = 1.240 “funcionários”, sendo que apenas 70 técnicos
na atividade fim, qual seja, analisar pedidos de patentes. Pedidos de patentes
chegam a levar 11 anos para serem deferidos ou indeferidos. Quando sai o
resultado, aquele projeto já se tornou obsoleto, e outros atualizados já estão
na fila de espera.
Gastamos quase que toda arrecadação pública com folha de pagamento. Completo absurdo. O Estado como fim em si mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário