segunda-feira, 28 de outubro de 2019

O caso Chile

Martim Berto Fuchs

O Chile, após a vitória do socialista Salvador Allende nas eleições de 1.970, estava caminhando célere para mais uma experiência socialista desastrosa, como todas anteriores o foram e o tempo nos mostrou, as posteriores também.

Interrompida pelo golpe militar do General Augusto Pinochet e seus comandados em 1973, o Chile, na sua guinada de 180°, convocou economistas da Escola de Chicago, e introduziram o liberalismo clássico como modelo econômico.

Passadas algumas décadas, o país, não obstante sua alardeadas conquistas no campo econômico, entra em séria comoção social.

Como quê se explica isto ? Como que a vitrine do liberalismo clássico na América do Sul reúne contra si mais de um milhão de pessoas nas ruas da capital, contra este modelo dito vitorioso ?

A esquerda na sua luta contra o liberalismo, obviamente aproveitou a insatisfação da população para fazer o que melhor sabe: terrorismo. Usou a desculpa do aumento das passagens de metrô, e com seus agentes infiltrados entre os inocentes úteis, tomou conta das manifestações, trabalhando para conseguir seu intento primeiro: cadáveres. Cadáveres sempre despertam comoção.

Previdência privada
Divisão do lucro:
1º - Para pagar os bônus milionários dos Diretores dos Bancos que a administram.
2º - Pagar os acionistas destes bancos.
3º - Pagar o Governo, imposto de renda.
4º - O que sobrar do lucro, vai para o investidor. A ordem de prioridades tinha que estar invertida: primeiro o investidor.
Resultado: insatisfação generalizada no Chile, estopim das manifestações, aproveitada pelos terroristas de esquerda, profissionais no assunto.

São 7 as AFP-Administradoras de Fundos de Pensão, sendo 5 multinacionais: MetLife, Prudential Financial, BTG Pactual, Grupo Sura y Principal Financial Group. Grande parte dos aposentados recebe menos de um salário mínimo, insuficiente para uma vida minimamente digna.

Costumo afirmar que socialismo e liberalismo são faces da mesma moeda, e que um não vive sem o outro.
Socialismo no poder é sinônimo de fracasso econômico, e sem que o econômico funcione, não tem social, a não ser distribuição de miséria.

Diante do fracasso socialista na economia, é invocado o liberalismo clássico para consertar a situação. Alguns anos de liberalismo clássico, e lá está a população novamente o condenando, pois este foca sua atuação na concentração de renda, e depois, mui candidamente, apresenta as estatísticas pela média. Neste modelo de apresentar a renda pela média, PIB dividido pela população, estão todos no melhor dos mundos, e as pessoas se queixam de “ingratas”.

Comunismo ainda se mantém vivo, não obstante moribundo, por causa dos erros da filosofia liberal no campo social.

Liberalismo clássico ainda se mantém vivo, por causa dos erros da filosofia socialista no campo econômico.

A sociedade precisa de um novo paradigma, de um novo Contrato Social, que fuja desta dicotomia socialismo x liberalismo, historicamente comprovado que não resolve o problema.

Dentro deste novo paradigma, um dos pontos é um novo enfoque para a Previdência Social, considerando que:
1.- A idade média da população está aumentando, conseqüentemente o número de idosos.
2.- Se o número de idosos aumenta, não pode ser de boa política, ir diminuindo gradativamente sua renda.

FIPS-Fundo de Investimento e Previdência Social é a proposta do projeto de Capitalismo Social para enfrentar esta nova situação.

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