Martim Berto Fuchs
1.- A esquerda, ou aquilo que se denomina esquerda, hoje
uma confusão de propósitos, que ia do econômico, quase abandonado, ao
politicamente correto e outras pautas, mas que não os obriguem a mostrar
resultados, só reclamar.
2.- O centrão, como é denominado o grupo que defende o
modo atual de fazer política e de fazer negócios, onde o principal ingrediente
é a propina.
3.- E o mais perigoso dos três: os marajás do funcionalismo
público e seus sindicatos, pois cuidam de não permitir que se ataque o problema
número UM do Brasil, qual seja: o empreguismo no setor público e as vantagens
que se outorgam.
O primeiro grupo só terá sucesso, se o segundo e o
terceiro não puderem ser contidos. A esquerda está fora do poder, embora tenha
deixado um rastro de destruição por onde passou, mas tem pouca força para fazer
aprovar suas pautas exóticas.
Para o segundo grupo, a propina é o mesmo que o lucro
para as empresas privadas. Sem lucro, as empresas privadas param. Sem propina,
os representantes do Centrão ficam sem função, pois os negócios, principalmente
os envolvendo os cofres públicos, dispensariam a intermediação dos mesmos.
Mas é no terceiro grupo que está o problema maior.
Empreguismo (empregar sem necessidade) é a raiz da corrupção. Um administrador
da res pública que acoberta, ou pior,
participa desta fraude, perde toda moral para impedir os desvios subseqüentes
dos outros agentes públicos.
Do empreguismo, à instituição de regras que beneficiassem
desmedidamente a parte alta do funcionalismo, foi um passo. Além de se
concederem toda sorte de privilégios, continuaram criando, desnecessariamente,
toda tipo de departamentos, cargos, comissões, associações, sem nenhum motivo válido.
Para coroar esse verdadeiro desastre, criaram regras que engessaram
esta estrutura, tornado-a impermeável à novas regras.
Dos três inimigos do país no seu caminho rumo à
modernidade e conseqüente justiça social, o terceiro será o maior desafio do
Governo Bolsonaro, pois para enfrentá-lo, terá apenas o apoio dos seus
eleitores, de poucos políticos, e de menos ainda setores da estrutura do
próprio Governo,que o boicotam por dentro.
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