Martim Berto Fuchs
Servimos como
colônia aos portugueses até nossa independência política, 1822.
Após isso, fomos
vendidos pelos portugueses aos ingleses e começou nossa dependência
financeira.
Em parte pela
Doutrina Monroe, mas principalmente pela decadência do Império
Britânico, passamos nossa condição de colônia aos EUA, aceitando
pacificamente esta nova situação, não obstante nossos dois países –
Brasil e EUA - terem praticamente a mesma idade.
EUA em crise, já
descendo a ladeira, nossa Corte iniciou há alguns anos, de quatro, a
aproximação com a China. Colônia está sempre de quatro, é a sua
posição preferida.
Pois bem, nossa
Corte, hoje comandada pelos sindicalistas pelegos - último grupo à
dela participar, tendo como expoentes a dupla Lulla/Dilma, comemora
efusivamente, com “caviar” e “champagne”, o novo patrono, a
China; leia-se, o novo patrão.
Para a China, que
tem em mãos mais de US$ 3 trilhões em títulos do governo
americano, valor superior à nossa dívida externa, estes US$ 53
bilhões festejados pelos nossos cortesões, é dinheiro para o
cafezinho. É conveniente lembrar que em 1984 éramos a 11º PIB
mundial e a China, que renasceu em 1976 após a morte de Mao Tse
Tung, era o 20º PIB mundial.
Novamente dependemos
do dinheiro de um país estrangeiro para construir nossas rodovias,
ferrovias e portos – Inglaterra e aciarias – EUA, como já foi no
passado.
Novamente diminuímos
a renda dos nossos atuais e futuros aposentados, e aumentamos
impostos, para manter as mordomias dos VAGABUNDOS e LADRÕES da nossa
Corte. Raras exceções, cada vez mais raras. Novamente, é bom
lembrar, que em 1984 recolhíamos para o sustento da mesma, 20% do
PIB. Hoje, 2015, chegaremos à 40% do PIB. E não vai parar por aí.
E, quando os atuais
meliantes que detém a chave do cofre passarem à oposição,
convocarão a claque de camisas vermelhas e os block bostas, para
gritar “Fora FMI” , “Fora Imperialistas” e encher a cabeça
dos ignorantes - sempre em maior número - de que estamos sendo
explorados pelos capitalistas estrangeiros.
Nossa Corte, desde
1808, é composta pela “nobreza”, pelos funcionários públicos
donos de verdadeiros feudos, pelas oligarquias rurais e “empresários”
industriais ou financeiros, assim denominados, mas que praticam o
capitalismo sem risco, ou seja, sempre amparados pelos recursos dos
cofres públicos, seja produzindo para o governo ou, emprestando o
dinheiro do governo para o próprio governo.
Esta situação, no
Brasil, será eterna, mesmo eventualmente com uma nova ditadura.
Somos reféns de partidos políticos, que nos aplicam uma farsa de
democracia, pois não nos é dado o direito de escolher candidatos,
mas apenas referendar os nomes impostos, via de regra, de pessoas sem
caráter.
Se tomarmos a
Revolução Francesa (1789) como ponto de partida, constataremos que
houve apenas uma troca no núcleo que domina os países do ocidente.
Saíram as famílias imperiais, os “nobres” passaram à condição
de funcionários públicos, e, entraram os burgueses. Porém,
continuam uma casta, onde por mais preparado que esteja, por mais
inteligente que seja, quem dela não faz parte, paga. Quem dela faz
parte, recebe.
Capitalismo Social
propõe a mudança desta situação, dentro de um novo paradigma,
onde impere verdadeiramente a democracia e que todos cidadãos tenham
o direito de chegar aos cargos que governam este país.
Até lá, não
adianta culpar o capitalismo burgues, que aliás
está mais para mercantilismo, pelas nossas mazelas. Procurem a culpa em outro lugar,
preferencialmente na nossa Corte, da nossa eterna Monarquia, agora
Republicana, que não se importa de sentar em outro colo, desde que não perca suas mordomias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário