Fernão Lara Mesquita
A
primeira condição para voltarmos a ter uma educação que puxe o país para cima
(sim, ela já foi assim no Brasil!) é nossas escolas voltarem a entregar
educação em vez de empulhação.
Vai ser
uma luta muito dura porque envolve a grande chave comutadora de tudo: a decisão
sobre se este país quer ser uma meritocracia ou continuar para sempre nesse
troca-troca entre liberdade para roubar e distribuição de pequenos privilégios
para comprar a conformidade dos roubados.
O alvo
essencial desses “professores” black-blockeados que, há anos sem
fim, servem a dose diária de ultimate fighting jurássico-ideológico
que inferniza a vida do país é a meritocracia. Bani-la para sempre do
dicionário geral da língua portuguesa é a única condição essencial à
sobrevivência deles como espécie porque militância profissional e meritocracia
são coisas tão irreconciliavelmente incompatíveis e mutuamente excludentes
quanto o musgo e o sol.
Não
confundí-los jamais com os professores de verdade, cada vez mais humilhados e
ofendidos. Estes só terão remissão quando se impuserem aos que lhes usurparam a
palavra e limparem o seu ambiente de trabalho do entulho político e corporativo
que come a diferença entre o dinheiro que os brasileiros ja investimos em
educação — igual ou maior que o que os melhores do mundo investem — e o
resultado que colhemos depois de reparti-lo entre os professores de verdade e a
multidão dos que se infiltraram no sistema com pistolões políticos e permanecem
lá dentro por todos os motivos menos pelo do merecimento.
Vespeiro, blog
05-06-2015
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