Luiz Otávio Saraiva Ferreira
As Mesas Girantes na França
Segundo Wantuil [4], o marquês de Mirville [118], o literato Eugene Nus [120], e o conde de Gasparin [137] historiam a chegada do fenômeno das mesas girantes à Franca, em 1853. Mirville defendia a realidade dos fenômenos e exigia o pronunciamento da ciência sobre eles. O químico Michel Chevrel, em resposta a Mirville, em nome da Academia de Ciências de Paris, publicou um livro [121] em que explicava os fenômenos da vara divinatória, do pêndulo e das mesas girantes como frutos ou da charlatanice ou de movimentos inconscientes dos operadores, no que foi imediatamente refutado por Mirville [119], por Gasparin [137], e pelo Dr. Louis Figuier [122], os quais apontaram no trabalho de Chevrel, além de graves falhas metodológicas e de argumentação, a omissão de fatos comprovados.
Era opinião corrente na época que as mesas girantes poderiam ser explicadas pelo magnetismo animal, mas o magnetismo animal não era bem visto pelas academias científicas, estabelecendo-se calorosa contenda entre os magnetistas e seus adversários. O fenômeno das mesas girantes veio confundir ainda mais os debates, pois suscitava a interpretação de que por trás dele haveria a existência de espíritos, o que chocava tanto as mentes que tinham os espíritos como crendices populares quanto as que os tinham como coisas demoníacas. Alguns periódicos franceses da época são também importantes fontes bibliográficas sobre os fenômenos do magnetismo animal, sonambulismo, e espiritismo [124,125,126,127,128,129].
Surgimento do Espiritismo
O educador francês Hippolyte Leon Denizard Rivail, mais conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, iniciou estudos dos fenômenos das mesas girantes, escrita automática e outros, aplicando-lhes o método científico. O primeiro fruto dessas investigações foi "O Livro dos Espíritos", em que a interpretação dos fenômenos observados o leva à conclusão da existência e comunicação dos espíritos. Devem-se a ele a criação das palavras "médium", "mediunidade", e "espiritismo", dentre outras. Nota-se em sua obra uma grande influência da idéia do magnetismo animal. Fundou em 1858 e dirigiu a "Revue Spirite", que foi importante fórum de debates sobre a fenomenologia, filosofia e religião espíritas.
O mais antigo tratado específico sobre mediunidade foi lançado pelo mesmo autor em 1861 sob o título de "O Livro dos Médiuns". Kardec foi classificado por Charles Richet como o mais influente personagem, entre os anos de 1847 e 1871, na ciência do paranormal. Maiores detalhes biográficos podem ser encontrados na biografia elaborada por Wantuil[6]. (obs: os termos entre parênteses nos dois parágrafos abaixo são acréscimos aos textos originais a título de esclarecimento ao leitor). Na atualidade a obra de Kardec foi profundamente analisada pelo físico e filósofo da ciência Sílvio S. Chibeni, que em recente artigo[75] assim se expressou: (Kardec) "nos legou um paradigma (científico) admiravelmente coerente, abrangente, empiricamente adequado e heuristicamente fértil, que não deixa nada a desejar aos mais bem sucedidos paradigmas das ciências ordinárias, como a termodinâmica, o eletromagnetismo, as teorias da relatividade, a mecânica quântica, etc".
Mais adiante, no mesmo artigo, Chibeni faz um admiravelmente sucinto resumo da obra de Kardec: "Como uma indicação geral e aproximada, podemos dizer que O Livro dos Espíritos[7], estabeleceu a ontologia e os princípios teóricos básicos (do Espiritismo); O Livro dos Médiuns[8] e a segunda parte de O Céu e o Inferno[10] efetuaram a conexão com a base experimental; O Evangelho Segundo o Espiritismo[9] e a primeira parte de O Céu e o Inferno exploraram as repercurssões filosóficas do paradigma (espírita) no campo da ética;
A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo[11] e ensaios diversos nas Obras Póstumas[12] e na (Revue Spirit) Revista Espírita[123] aprofundaram vários pontos da teoria (espírita), sendo que a revista constitui também valioso repositório de relatos experimentais". Para concluir, pode-se afirmar, com base nos trabalhos de Chagas[67,71] e Chibeni[72,75], que até hoje não surgiu uma teoria dos fenômenos espíritas mais sólida, estável, abrangente e bem sucedida que a de Kardec, a qual é a única a atender aos mais modernos e exigentes conceitos de cientificidade.
O INÍCIO DO PERÍODO CIENTÍFICO
Esse período inicia-se com as primeiras pesquisas de Sir William Crookes (1870) e vai até a atualidade, caracterizando-se pela visão positivista de Ciência que esterilizou todos os esforços realizados.
A PSYCHICAL RESEARCH
Denomina-se de Psychical Research à linha de pesquisas iniciada pela Society for Psychical Research, linha essa de caráter nitidamente positivista. O debate entre magnetistas, sugestionistas e espiritistas não teve grandes novidades até por volta de 1870, quando a Sociedade Dialética de Londres nomeou uma comissão de estudo dos fenômenos espíritas, que trabalhou nos anos 1869-71. Segundo Conan Doyle[1], era composta de 34 membros, tinha como tema "Investigar os fenômenos tidos como manifestações espíritas", e concluiu que "o assunto era digno de maior atenção e cuidadosa investigação do que tinha recebido até então".
A Sociedade recebeu muito mal essas conclusões, e recusou-se a publicar o relatório, o qual foi publicado às custas da própria comissão[138]. De sua fundação participaram os principais nomes da ciência ingleses interessados na investigação desses fenômenos. Em 1882, por causa da recusa sistemática da Sociedade Dialética em investigar os fenômenos então designados por mesmerismo, psiquismo e espiritismo, foi fundada uma nova sociedade com esse propósito específico, por iniciativa de Sir William Barrett, com a denominação de Society for Psychical Research.
Sua produção científica está registrada nos "Proceedings". Foi literalmente dominada pelos materialistas, os quais na sua maioria negavam "a priori" a possibilidade do espírito como causa dos fenômenos e, por isso, distorciam (intencionalmente ou não) os resultados das investigações realizadas e faziam uma permanente obstrução das pesquisas que tendessem a demonstrar a existência do espírito. Por outro lado deve-se ressaltar que formou um grande acervo de estudos de casos de telepatia[144,155,157,160,170,171], sugestão e hipnotismo[161,178], clarividência[172], psicografia[195], fantasmas dos vivos[162], fantasmas dos mortos[163,164], e assombrações[196]. Alguns dos seus membros, isoladamente, renderam-se às evidências do espírito em face dos fenômenos observados, especialmente fenômenos de materialização (na investigação de Eusápia Palladino pelo Dr. Hereward Carrington[188]) , mas também pela psicografia e psicofonia (na investigação de Mrs. Piper pelo Prof. Hyslop[197]).
As experiências de correspondência cruzada (mensagens interrelacionadas psicografadas por médiuns diferentes em locais diferentes) forneceram excelentes evidências da sobrevivência do espírito, e são bem relatados, dentre outros, por Mrs. Johnson[184] e por Charles Richet[199].
As investigações de Sir William Crookes
Crookes iniciou estudando os fenômenos espíritas produzidos por D. D. Home[140], que já havia sido estudado por Lord Adare[139]. Dentre outros fenômenos, Crookes (um famoso químico e físico inglês) estudou em laboratório, a partir de 1870, através da mediunidade de Florence Cook, a materialização de espíritos. Crookes publicou os resultados de suas pesquisas (inclusive várias fotografias das materializações[64]) em 1874, enfrentando grandes perseguições por causa de sua conclusão favorável à origem espírita dos fenômenos[141,142].
As investigações do Dr. Alfred Russel Wallace
O famoso naturalista Dr. Alfred Russel Wallace também fez investigações sobre os fenômenos espíritas[143], e igualmente concluiu pela origem espírita dos mesmos, padecendo também perseguições por isso.
As investigações do Prof. William Barrett
William Barrett apresentou estudo dos fenômenos espíritas à Associação Britânica para o Progresso da Ciência em 1876 [356] e declarou publicamente seu apoio à hipótese espírita.
As investigações de Lord Rayleigh e do Prof. De Morgan
Famosos matemáticos ingleses Lord Rayleigh[146] e Prof. De Morgan[136], igualmente investigaram os fenômenos espíritas e declararam publicamente suas conclusões favoráveis à hipótese espírita.
Fotografias Espíritas
Outro interessante fenômeno estudado nesse período é o das fotografias das aparições de espíritos produzidas na presença de médiuns especialmente dotados. As aparições não são visíveis a olho-nu, aparecendo apenas nas fotografias. Um relato interessante é encontrado num livro autobiográfico do médium William H. Mumler, de Boston (EUA)[212]. O Dr. Alfred Russel Wallace também relata experiências com fotografias espíritas[213].
Pesquisas sobre Telepatia e Sugestão
Sobre esse assunto pesquisaram, entre outros, Lodge[155,156], Thaw[170], Sidgwick[159,171,180], Backman[172], Ochorowicz[173], Dessoir[176], Schernck-Notzing[177], Hodgson[178], James[179], Myers[195,196], Flournoy[181,182,183], Johnson[184], Verrall[158], Salter[166], Hyslop[167,168], Troubridge[169]. Na França, Richet publicou ensaio abrangendo telepatia, clarividência, diagnóstico de doenças, e a relação entre paciente e magnetizador[198].
O Fenômeno das Vozes Diretas
Outro fenômeno igualmente interessante pesquisado na época foi o das vozes diretas, que são aquelas produzidas sem o concurso dos orgãos fonadores do médium, parecendo brotar do nada. Dentre outros pode-se citar os relatórios das seguintes pesquisas sobre vozes diretas: pesquisas do Sr. Damiani[215], da Sociedade Dialética de Londres; pesquisa do General Boldero[214], da SPR, com o médium D. D. Home, e pesquisa do Prof. Hyslop[216] sobre a médium Elisabeth Blake, de Ohio (EUA).
Moldagens em Parafina
Moldagens em parafina de membros dos espíritos materializados foi excelentemente pesquisada pelo Dr. Gustave Geley[218].
Os Grandes Médiuns do Período Científico
Os principais médiuns que contribuíram com a produção de fenômenos espíritas para estudo da ciência são citados a seguir. DANIEL DUNGLAS HOME Daniel Dunglas Home era escocês, nascido em 1833. Produzia principalmente fenômenos de materialização, levitação, tele-cinesia e "raps". Foi investigado pelo Prof. Wells, da Universidade de Harvard, pelo Prof. Hare, pelo Prof. Mapes, por Sir David Brewster[147], por Sir William Crookes[141], por Aleksander Aksakof e pelo Prof. Butlerof. OS IRMÃOS DAVENPORT Os Irmãos Davenport nasceram em Buffalo, estado de New York, EUA, em 1839 e 1841, respectivamente. Tiveram publicadas duas biografias: uma por T. L. Nichols[148], e outra por Robert Cooper[150].
Nichols também narra fatos da vida dos Davenport em outro livro[149]. Foram examinados pelos professores da Universidade de Harvard em 1857 (cf. [148] pp. 87-88), que após terem atendidas todas as suas exigências de controles contra fraude, e mesmo assim terem presenciado as materializações, não fizeram relatório, provavelmente impedidos pelos preconceitos vigentes. Deram demonstrações públicas de efeitos físicos por todo os EUA, Europa e Austrália[1]. Os irmãos Horatio e William Eddy foram grandes médiuns de materialização no estado de Vermont EUA. Iniciaram suas demonstrações nos anos de 1874/5.
Foram investigados pelo Coronel Olcott, um grande pesquisador de materializações, das quais publicou relatos minuciosos[112]. Fez medidas de peso, força muscular e altura dos espíritos materializados pelas faculdades desses médiuns. HENRY SLADE Henry Slade produzia escrita-direta em lousas lacradas. Exibiu-se nos EUA por 15 anos antes de ir a Londres, onde chegou em 1876. Foi investigado pela Comissão Seybert (EUA), pelo Prof. Zoellner, em Leipzig, Alemanha[151], juntamente com os professores William Edward Weber (físico), Scheibner (matemático) e Theodore Fechner (físico). Foi estudado também em São Petersburgo (Rússia) (cf. [1], p. 247).
O DR. MONCK O Dr. Monck foi pesquisado por Alfred Russel Wallace[152] e por Sir William Barret[153]. Produzia escrita direta em lousas seladas e materializações à plena luz do dia. Foi apanhado em fraude algumas vezes, o que não invalida suas produções verdadeiras. CHARLES H. FOSTER Charles H. Foster nasceu nos EUA, e foi biografado por George C. Bartlett[189]. Além de grande clarividente, apresentava também a psicofonia. M.ME. D'ESPERANCE M.me. d'Esperance, cujo nome de batismo era Elisabeth Hope, foi um grande médium de materializações. Escreveu uma importante auto-biografia[190], e foi estudada por Alexander Aksakof[65].
Alguns de seus feitos mediúnicos são também descritos por William Oxley[191]. Teve um triste fim de vida, pois ficou irremediavelmente doente após um pesquisador ter agarrado o espírito Yolanda materializado numa seção em Helsingfors, no ano de 1893, na tentativa de provar que havia fraude no fenômeno. A desmaterialização súbita do espírito e o choque decorrente na médium a adoeceram. WILLIAM EGLINTON William Eglinton nasceu na Inglaterra. Possuía forte mediunidade de efeitos físicos. Foi biografado por J. E. Farmer[192], e foi estudado na Universidade de Cambridge, em 1880, sob os auspícios da Sociedade de Psicologia. No mesmo ano foi estudado pelo Prof. K. F. Zoellner[151] e outros, em Leipzig (Alemanha). STAINTON MOSES Stainton Moses nasceu na Inglaterra. Possuía forte mediunidade de efeitos físicos e de psicografia. Uma descrição detalhada de sua mediunidade foi dada por F. W. H. Myers[193,194].
A METAPSÍQUICA
Após uma fase de intensas pesquisas, o estudo de fenômenos físicos foi abandonado na Inglaterra e, na França, ficou praticamente restrito aos trabalhos de Paul Gibier[185,186,187]. A Metapsíquica, também de caráter nitidamente positivista, foi o resultado de um novo surto de interesse da comunidade científica sobre os fenômenos espíritas, interesse esse despertado pelo surgimento de uma nova geração de poderosos médiuns. Tal interesse resultou em longos anos de pesquisas por alguns dos melhores cérebros da Europa, daí surgindo uma nova disciplina batizada de Metapsíquica, da qual descendem as atuais Parapsicologia e Psicotrônica.
Os metapsiquistas pesquisaram desde a visão de auras até os fenômenos de materialização, passando pelos de telepatia, clarividência, precognição, psicofonia (denominado de "encarnação espírita") e psicografia (denominado de "escrita automática"). As interpretações espiritualista ou materialista dos fatos observados variavam de pesquisador para pesquisador como hipóteses cientificamente válidas, pois baseadas em fatos positivos.
O Renascimento do Magnetismo Animal
As pesquisas sobre visão das auras dos ímãs, cristais e seres vivos, iniciadas por Reichenbach, que haviam sido desprezadas por se basearem no testemunho de sensitivos, foram retomadas em 1880 pelo Dr. Barety[217], em 1891 pelo Coronel De Rochas[223], em 1903 pelo Prof. Blondot[224], e em 1912 pelo Dr. Kilner[225]. Seguiram-se as pesquisas de Haschek[226] (em 1914) e de Hofmann[227] (em 1919) sobre visão de auras de cristais e ímãs, que deram resultados negativos.
As experiências de Boirac[231,232] e Alrutz[233] (sobre a sensibilidade de pacientes à imposição de mãos), bem como as de Louis Favre[234,235] e de Paul Vasse[236] (sobre a germinação de vegetais), mais recentes, trouxeram apoio à hipótese fluidista. Clarac e Llaguet[237] registraram a mumificação de tecidos vivos pela imposição de mãos de uma sensitiva. Luys, Chaigneau, Guebhart, Jacobson, Yvon, Dellane, Darget, Baraduc (vide [3] p.247), Fontenay[228], e G. Le Bon (vide [3] p.247) pesquisaram ainda o registro do fluidos magnéticos em chapas fotográficas. Após a superação de erros experimentais em diversas pesquisas, concluiu-se que há fenômenos genuínos.
Zöllner[229] e Sokolowski[230] constataram a influência dos magnetizadores sobre bússolas, e Grunewald[238] fez pesquisas empregando um galvanômetro balístico de espelho, observando a produção de campos magnéticos pela aproximação da mão de alguns magnetizadores. Os fenômenos elétricos atribuídos ao magnetismo animal foram pesquisados com o auxílio de galvanômetros por Gass-Desfosses[239] e Courtier a partir de 1874, acrescentando-se depois os eletrômetros ao aparato experimental. Tais experiências foram continuadas pela comissão do Instituto Geral Psicológico de Paris (vide [3] p. 255) em 1905, por Imoda[240] em 1908 e por Ochorowicz[174] logo em seguida.
Em 1921 Yourevitch e Du Bourg de Bozas[241,242], apresentaram os resultados de suas pesquisas sobre efeitos elétricos da radiação de pacientes paranormais. Grunewald[243] também pesquisou o assunto à mesma época. Concluiu-se que há uma energia que, sem ser a eletricidade, tem algumas propriedades semelhantes a esta. Devem-se ressaltar as pesquisas de Ochorowicz[175] sobre as emanações humanas, que ele denominou de raios XX devido ao seu poder de penetração muito superior ao dos raios X. Obteve inúmeras "radiografias", notadamente de mãos. Experiências assemelhadas foram feitas pelo Prof. Foa[244], da Universidade de Turim, por Geley, Richet e Sudre[245], no Instituto Metapsíquico de Paris e por Geley[246] e colaboradores, no mesmo instituto.
Eusápia Palladino
Não se pode falar da pesquisa espírita sem ressaltar a grande contribuição da médium Eusápia Palladino, cuja mediunidade despertou interesse de grandes personalidades científicas da Europa no final do século XIX. Ela submeteu-se pacientemente a longos anos de investigações científicas dos fenômenos produzidos por sua potentíssima mediunidade, investigações essas que muitas vezes colocavam em cheque sua lisura na produção desses fenômenos e provocavam-lhe grandes desconfortos físicos e psicológicos[1].
Eusápia Palladino foi um dos médiuns de efeitos-físicos mais estudados pela ciência até nossos dias. Seu primeiro pesquisador foi o Prof. Chiaia, de Nápoles, que a recomendou ao estudo do Prof. Lombroso[220]. Foi estudada ainda pela Comissão de Milão (em 1892), da qual participaram o Prof. Schiaparelli, Diretor do Observatório de Milão, o Prof. Gerosa, Catedrático de Física, Ermacora, Doutor em Filosofia Natural, Aksakof, Conselheiro de Estado do Czar da Rússia, Charles du Prel, Doutor em Filosofia de Munique, e o Prof. Charles Richet, da Universidade de Paris.
Foram realizadas 16 sessões. Em seguida foi estudada em Nápoles (1893), em Roma (1893-4), em Varsóvia (1894), onde deu 40 seções para o Dr. Ochorowicz e da elite científica da Polônia, na França (1894) sob a direção do Prof. Charles Richet, de Sir Oliver Lodge[154], de Mr. F. W. H. Myers e do Dr. Ochorowicz. Em 1895 foi estudada novamente em Nápoles, e no mesmo ano foi estudada na Inglaterra pelo Prof. Charles Richet, Sir Oliver Lodge, Dr. Richard Hodgson e Mr. Sidgwick. Ainda no mesmo ano foi estudada na França pelo Coronel de Rochas[221]; em 1896 em Tremezzo, em Auteuil e em Choisy Yvrac; em 1897 em Nápoles, Roma, Paris, Montfort e Bordéus; em Paris, em novembro de 1898, pela comissão composta de Camile Flamarion (astrônomo), Prof. Charles Richet, Albert de Rochas, Victorien Sardou, Jules Claretie, Adolphe Bisson, Gabriel Dellane, G. de Fountenay e outros.
Em 1901 foi investigada no Clube Minerva, em Genebra, em presença dos Professores Porro, Morselli, Bozzano, Venzano, Lombroso, Vassalo e outros, e em Gênova pelos professores Morselli[247] e Porro. Entre 1905-1908 foi estudada no Instituto Geral Psicológico de Paris[248]. Houve muitas outras pesquisas na Europa e nos EUA. Em 1906-7 foi estudada em Gênova, pelo Prof. Morselli, onde foram tiradas fotografias, e em 1907 foi estudada por Bottazzi, em Nápoles. Em 1908 a SPR nomeou uma comissão de três técnicos em ilusionismo, composta por Mr. W. W. Baggally, Mr. Everard Fielding e pelo Dr. Hereward Carrington, para investigar a mediunidade de Eusápia. O relatório das investigações foi publicado em 1909[188]. Em 1910 o Dr. Hereward Carrington efetuou novas experiências com a mediunidade de Eusápia, dessa vez em Nova York (EUA).
Luiz Otávio Saraiva Ferreira
Agradecimentos
Este trabalho foi possível graças às preciosas fontes bibliográficas cedidas pelo Dr. Hernani Guimarães Andrade e Prof.a. Suzuko Hashizume, do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobio-físicas, e pelo Eng.o. Alcivan Wanderley de Miranda Fo., do Instituto Labor, e pelo Prof. Dr. Aécio Pereira Chagas.
continua ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário