Para começar, a escolha de candidatos deixaria de ser atributo de partidos políticos e passaria a ser exercida diretamente pela sociedade. As vantagens daí advindas são de toda ordem. Pela primeira vez no Brasil a sociedade escolheria através de eleições pessoas capacitadas e que gostaria de ver exercendo a administração pública e a legislação pertinente.
Estaríamos livres desta farsa tão bem interpretada pelos atores de sempre, no palco político montado para nos engambelar. Chega ser ridícula a tentativa dos nossos “políticos” de nos fazer crer nos “altaneiros propósitos “ com que nos brindam à cada 2 anos, com seus candidatos impostos à revelia e que não nos deixam opções, à não ser a de votar no menos pior.
Segundo, eleições à cada 2 anos fazem com que eles estejam eternamente em campanha e procurando cargos mais rentáveis, sendo os assuntos que dizem respeito à sociedade e pelos quais foram eleitos, tratados por seus assessores junto à seus financiadores, como tão bem a mídia tem nos demonstrado na exposição dos semanais escândalos.
Terceiro, candidatos derrotados não mais teriam à sua disposição departamentos públicos criados com este fim, com régios salários mensais enquanto aguardam a próxima “eleição”.
Neste novo conceito, uma ligação umbilical se estabelece entre municípios, regiões, estados e União, ligação esta efetuada pelos próprios eleitos.
Tomemos como exemplo uma Secretaria, da Saúde.
Todos eleitos tem afinidade e conhecimento da área tratada, saúde, pois do contrário não poderiam se candidatar pela mesma. Prova de Qualificação.
O Secretário Municipal debaterá e aprovará um projeto de Lei com um Conselheiro de cada distrito. Caso aprovado ...
Levará, como Conselheiro Regional, esta experiência para o Secretário Regional.
Este, como Conselheiro Estadual da sua mesorregião, levará este projeto para o Secretário Estadual.
Este, também como Conselheiro Nacional, levará à Brasília esta experiência, ao Secretário Nacional, que juntamente com os 27 Conselheiros Nacionais poderão analisar experiências tornadas públicas e em andamento em todo país.
Leis nacionais poderão ser aprovadas, baseadas em experiências em andamento em todos municípios do Brasil, com informações vindas diretamente da fonte, municípios, regiões, estados, da mesma forma a troca de informação entre as Secretarias nos 3 níveis, uma vez que 2 níveis teriam sempre a mesma pessoa fazendo a ligação.
Seria difícil a elaboração de Leis oriundas da atuação de lobbies, pois os mesmos teriam que atuar em pelo menos 2.000 municípios.
Da mesma forma, não há como ignorar em Brasília o que se passa pelo país na área da Secretaria, no caso, a de Saúde, pois as informações seriam tratadas pelos próprios interessados à nível de Secretaria e não mais por um Congresso sempre acéfalo e quando atuante, operando como balcão de negócios.
Teríamos 14 “Presidentes” cuidando cada um do macro da sua área de atuação, sempre dependentes da aprovação do Presidente da República, magistrado maior e do próprio Congresso Nacional, caso necessário.
Sem ideologias e religiões, ou a falta dela, apenas tendo como norte o bem maior da sociedade, desde a visão macro até a realidade micro.
Esta é uma proposta para ser debatida com quem realmente que mudar para melhor e acredita que isto é possível. Não é para ser fatiada entre desiguais, juntada e transformada em nova Constituição Cidadã, que 24 anos depois encontra-se inacabada. Nem para permitir que Ministérios passem meses a fio sem responsáveis, pois se não precisam de Ministros, também não precisamos dos Ministérios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário