terça-feira, 17 de abril de 2012

Reis e ditadores


por Martim Berto Fuchs

Monarquia Absolutista e Estado Absolutista. Em ambos, os 3 poderes estão na mão de uma pessoa. Tanto o rei como o ditador, fazem as leis, executam e julgam.
O monarca via de regra é religioso, além de se considerar muitas vezes divino.
O ditador no regime que querem nos impor é ateu, mas se considera um deus.

O Brasil em 1889 deixou de ser uma Monarquia Absolutista, apenas por que a alternância no Poder passou à ser disputada pelos comensais da Corte e não mais automaticamente de pai para filho. Esta foi toda república que implantaram por aqui. Logo, vivemos sob uma Monarquia Republicana, onde o Presidente detém os mesmos poderes que um Rei, pois interfere diretamente na elaboração das Leis, executa-as conforme seu entendimento e depois nomeia seus apaniguados para julgar à seu favor os mensalões, mensalinhos e privatarias.

Os atuais detentores da coroa, os sindicalistas, desde a fundação do seu partido em 1980 pretendem implantar um Estado Absolutista, onde o Estado é o dono de tudo e eles são donos do Estado, em vez da Monarquia Republicana à que infelizmente estamos subordinados. Não apenas defendem um Estado laico, mas ateu, materialista. Teoricamente melhor para eles, pois a mente dominada não cobra os horrores de que são capazes, mas o registro no inconsciente permanece e este inevitavelmente cobrará, creiam ou não.

Partindo do original grego, a democracia tem muitas versões e interpretações, mas não deveria. Deveria ser o povo representado por si mesmo e exercendo o Poder, da forma mais livre e participativa possível.

A proposta de Capitalismo Social propõe justamente este desiderato e sob uma República realmente Democrática.
Obviamente, ela se contrapõe aos regimes em execução, pois nem um deles tem a intenção de entregar o controle da sociedade para a própria sociedade. O capitalismo dito democrático praticado nos EUA, ou projetos como o dos atuais detentores da chave do cofre no Brasil, não aceitam nem debater a democracia como proposta em Capitalismo Social, não obstante ser a que mais se aproxima do original grego, uma vez que esta não interessa aos que entendem o mundo como precisando de um pai a impor sua férrea vontade sobre seus filhos, inclusive os dos outros.

A disputa hoje no Brasil entre os dois principais grupos não é por mais ou menos democracia, onde o roto está a criticar o esfarrapado, além da visão estrábica de uns e retrógada de outros, mas a forma hipócrita como é apresentada, conduzida e exercida, onde sobressai apenas a luta abjeta pelo poder e pelas benesses que este proporciona.

Povo é o manto com o qual eles se cobrem e se escondem do seu próprio rubor, pois no íntimo sabem que mentem de forma desavergonhada.

Deus é apenas uma figura de retórica usada pelos dois lados; uns dizendo que acreditam e outros dizendo que não existe, mas ambos O desrespeitando acintosamente.

E nesta luta entre as duas facções nos quedamos nós sociedade, cada vez mais indefesa, usada e expropriada por quem se encontra momentaneamente exercendo o cargo maior “em nosso nome”.

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