Jorge Serrão
O Brasil tem de ser reinventado, reestruturado e passado a limpo
com Democracia - Segurança do Direito. Precisamos obediência consciente às leis
que forem pactuadas. Necessitamos, urgentemente, de um novo "Contrato
Social". Só valerá se for baseado no mundo real e em conceitos políticos e
jurídicos corretos. Nosso regramento excessivo (centenas de milhares de normais
legais em vigor) apenas consagra o Estado Antidemocrático de Direito em vigor.
Nada resolverá se a pressão popular, claramente manifestada nas ruas e nas
redes sociais, não for suficiente para promover a mudança na estrutura do
Estado. #prontofalei!
Uma nova Constituição, adequada ao momento atual e às
necessidades reais do País, deve ser debatida exaustivamente e outorgada. O
regime da "Nova República" de 1985 violentou a tal "Carta Cidadã
de 1988". O modelo representativo precisa ser aprimorado, com voto
distrital e distrital-misto, através de eleições limpas, com possibilidade de
recontagem do voto eletrônico. Enfim, a vontade popular precisa ser
efetivamente representada. Só haverá Democracia com regras claras, seguidas
consensualmente por todos, quando os cidadãos se tornarem legítimos
fiscalizadores da máquina estatal. Estado sem controle cidadão é
antidemocrático, #prontofaleide novo!
A crise é estrutural - e não apenas conjuntural. As instituições
funcionam apenas no papel. Na prática, já foram rompidas, há muito tempo. Seja
pela inação democrática, pela ineficiência proposital do modelo e pela ação
direta do crime organizado. A bandidagem institucionalizada mistura interesses
políticos (sede de poder) com interesses econômicos (ganância que financia os
projetos de conquista e manutenção da hegemonia). Neste modelo, impera o vale
tudo institucional. Os poderes (executivo, legislativo, judiciário e militar)
"funcionam" para quem os controla de fato: a tal "Organização
Criminosa". O cidadão-eleitor-contribuinte é um refém que apenas paga a
conta.
O Brasil está cheio de paradoxos que desafiam os paradigmas. Ao
longo da História, quando o processo democrático mostra evolução, os modelos
errados ou ineficientes são substituídos pelos corretos. Isto ocorre pela via
da chamada "Pressão Popular" - curiosamente algo que não existe. Na
prática, quem faz pressão real são os segmentos esclarecidos (que são minoria e
não maioria na sociedade. O avanço tecnológico, com a maioria das pessoas
interagindo em redes sociais que garantam um mínimo de liberdade, abre caminho
para que as ideias, conceitos e atitudes corretas, éticas e verdadeiras se
tornem hegemônicas.
A tal "Revolução Brasileira" segue tal tendência.
Tomara que a onda por mudanças não seja impedida pelas forças ideológicas
reacionárias e suas vanguardas do atraso. Elas fazem, direitinho, o jogo da
oligarquia (a zelite) para que ocorram apenas alterações pontuais. A intenção é
que tudo continue do jeito como sempre esteve. De acordo com tal fórmula, que
não deseja mexer na estrutura Capimunista Rentista, porque ela viabiliza o
sistema do crime institucionalmente organizado. as mudanças efetivas só podem
ocorrer no discurso, e não na vida prática. Tudo parece projeto - e não plano
para ser realizado no prazo correto e da forma correta. A demagogia, a politicagem
e a corrupção sistêmica fazem a festa.
Vale repetir por 13 x 13: o Brasil vive um dos momentos mais
perigosos da vida brasileira. Já vítima constante da violência, das desgraças
econômicas e da corrupção política sistêmica, agora a população é obrigada a
suportar um brutal e cínico processo de ruptura institucional. O sucesso ainda
parcial da Lava Jato (tem muito a investigar) escancara que a cúpula do
Judiciário brasileiro atua fora de sintonia com a necessidade cidadã por
mudanças. O Supremo Tribunal Federal de uma nação civilizada não pode ser
conivente com a judicialização da política e nem promover a politicagem no
judiciário. Sempre que isto acontece, alimentando uma guerra insana entre os
poderes corrompidos, a república se esfacela.
Apenas tirar a Dilma Rousseff (objetivo imediato da maioria) não
resolve. Substituí-la pelo Michel Temer não muda, efetivamente, a situação. O
PMDB sempre foi governista e deseja continuar sendo. O partido é o coração e o
cérebro da esclerosada Nova República, que o comparsa PT terminou de avacalhar
nos últimos 13 anos de desastrosa ocupação e aparelhamento do poder.
Assim, superar o PMDB é a prioridade democrática mais urgente,
logo após a inevitável saída de Dilma. Lula e a Petelândia correm atrás do prejuízo
para manter a maior parte do espólio que pode ser perdido. Se a cidadania
brasileira der mole, eles conseguirão o objetivo imediato de fingir que se
entrega o poder ao PMDB, enquanto prepara um retorno na próxima eleição
presidencial - que pode ser antecipada ou acontecer apenas em 2018.
Enquanto os poderosos conspiram, a crise estrutural continua...
Se não ocorrer uma pressão mais forte pelas mudanças, elas não acontecerão. O
esquema atual de poder prepara apenas "reformas" para iludir a
opinião pública. Quem for otário embarca em mais este conto político dos
vigaristas.
A petelândia está certa... Não vai ter golpe! Eles já deram o
golpe...
Alerta Total – www.alertatotal.net
Comentário do blog, por MBF:
O
que temos que ter sempre em vista é o desenho de um novo Contrato Social. Não
há porque ficarmos eternamente tentando mudar os efeitos sem mexer nas causas.
A mudança de monarquia para república foi um bom começo. Acontece que
mantivemos uma série de "cacoetes" dos tempos da monarquia e do
absolutismo. Nosso presidencialismo não passa de uma maquiagem do modelo
precedente.
Nosso
"rei" não mais legisla diretamente como antes, mas se necessário, e
isto tem acontecido seguidamente, COMPRA os votos necessários para que se faça
aquilo que seu grupo quer.
Nosso
"rei" não mais julga diretamente como antes, apenas indica como
julgadores, seus sabujos, que se transformam em aspones.
Não
adianta clamar pelas FFAA enquanto não tivermos uma solução para o problema colocado
acima, porque elas também não tem; vão expulsar essas amebas ideológicas do
poder, que além de tudo são LADRÕES, e colocar outros atores, mas desempenhando
o mesmo script ultrapassado e viciado e que no decorrer de alguns anos, nos
levará de volta para os velhos problemas.
Não
esquecendo: à cada crise, milhares de empresas privadas fecham as portas e
milhões de seus trabalhadores são desempregados.
E
sempre a mesma constatação: milhões de pessoas continuam empregadas no setor
público, sem trabalho, recebendo salários bem maiores, e, INTOCÁVEIS. Falta
dinheiro para a sáude (RJ), mas não para pagar esses milhões de parasitas que
infestam as diversas folhas de pagamento do setor público.
Vamos
abordar essas questões ou vamos continuar discutindo quantos partidos políticos
(organizações criminosas) devemos ter, para que continuem nos ROUBANDO à
vontade e impunemente ?
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